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O TCU e as Entidades

do Sistema S

Ministro-Substituto Augusto Sherman Cavalcanti


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CONTROLE
Conquista da Sociedade
Evolução do Estado:
 Poder absoluto
 Soberania popular
 Estado de Direito
 Controle do Estado
- tripartição de poder
- controle da administração
 Parlamento – Casa do Povo
 Controle Externo – Tribunal de Contas

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CONTROLE
Conceitos e Objetivos
Conceito:
- Vigilância, orientação e correção.
Objetivos:
 Contribuir para o aprimoramento da gestão pública
 assegurar transparência e consecução dos interesses
coletivos.
 verificar legalidade, legitimidade, economicidade e
resultado dos atos administrativos.

Visão atual:
• busca a melhoria de GOVERNANÇA no setor público
federal, visando ao aperfeiçoamento da
Administração.

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CONTROLE EXTERNO
Sujeitos e Objeto
Sujeitos Ativos (CF, art. 71):
Congresso Nacional, com auxílio do TCU (CF, art. 71).
Jurisdição (CF arts. 70 e 71; Lei 8.443/92, art. 5º):
• Órgãos e entidades das administrações direta e indireta;
• Entes favorecidos com descentralizações;
• Responsáveis por bens ou valores públicos federais.
Objeto:
 Atividades administrativas que impliquem receitas,
despesas e nascimento ou extinção de direitos ou
obrigações.

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TCU
Origem Histórica

 Idéia de criação: 23/6/1826


- Projeto de Lei de Felisberto Caldeira Brandt (Visconde de
Barbacena) e José Inácio Borges
 Criação legal: 7/11/1890
- Decreto 966-A – Ministro da Fazenda Rui Barbosa
 Constitucionalização: 1891 – art. 89
 Instalação: 17/1/1893
- Ministro da Fazenda Innocêncio Serzedello Corrêa

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TCU
Negócio e Missão

 NEGÓCIO:
 Controle externo da Administração Pública e da
gestão dos recursos públicos federais (PET 2011-
2015)
 MISSÃO:
 Controlar a Administração Pública para contribuir com
seu aperfeiçoamento em benefício da sociedade
(PET 2011 – 2015)
 Competências atuais: CF, art. 71, e Lei 8.443/1992.

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TCU
Funções Básicas

 Fiscalizadora;
 Consultiva;
 Informativa;
 Judicante;
 Sancionadora;
 Corretiva;
 Normativa;
 De Ouvidoria;
 Pedagógica/Educativa.

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TCU
Principais competências

 Julgamento de contas;
 Parecer prévio – contas do Presidente da República;
 Fiscalização de Obras;
 Tecnologia da Informação;
 Análise de Convênios/Contratos;
 Desestatização;
 Avaliação de programas;
 Pessoal;
 Consultas, Denúncias e Representações.

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TCU
Jurisdição

 São mais de 8.500 unidades jurisdicionadas


 Incluindo as entidades do Sistema S:
- Lei 8.443/1992
Art. 5º – A Jurisdição do Tribunal de Contas da União abrange:
Inciso V – os responsáveis por entidades dotadas de personalidade
jurídica de direito privado que recebam contribuições parafiscais e
prestem serviço de interesse público ou social.

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TCU
Unidades vinculadas

 Unidades Técnicas do TCU vinculadas ao Sistema S:


 5ª Secex:
- Departamentos Nacionais
- Administrações regionais no DF
 Secex nos Estados:
- Administrações regionais nos Estados

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Da Natureza do Sistema S

 Os Serviços Sociais Autônomos:


- são entidades paraestatais, sem finalidade lucrativa, criadas por lei

- trabalham ao lado do Estado

- desempenham tarefas consideradas de relevante interesse social

- recebem a oficialização do Poder Público, que lhes fornece a autorização


legal para que arrecadem de forma compulsória recursos de parcela da
sociedade e deles se utilizem para a manutenção de suas atividades: as
denominadas contribuições parafiscais (previstas no art. 240 da
Constituição Federal)

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Da Natureza do Sistema S

 Os Serviços Sociais Autônomos não pertencem à


Administração Pública Direta ou Indireta, nos termos
disciplinados pelo art. 4º, incisos I e II, do Decreto-lei 200/67 e
suas alterações;

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Controle Externo e o Sistema S

 Por gerirem recursos públicos provenientes de


contribuições parafiscais (compulsórias), as entidades do
Sistema S.
- Prestam contas ao TCU;
- São submetidas à auditoria do TCU de ofício ou por
demanda por terceiros;
- Suas licitações, contratações e seleções públicas de
pessoal podem ser objeto de representações e denúncias junto ao
TCU;

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Controle Externo e o Sistema S

 Entretanto, considerando que o Sistema S não integra a


Administração Pública, o TCU vem reconhecendo para as
entidades do sistema a necessidade de:
- uma maior autonomia administrativa;
- adoção de um regime jurídico diferenciado.

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Controle Externo e o Sistema S

 O TCU entende que o Sistema S, na execução de suas


despesas, devem adotar regulamentos próprios e uniformes,
livres do excesso de procedimentos burocráticos, em que
sejam preservados, todavia, os princípios gerais que
norteiam a execução da despesa pública (Decisão 907/1997-
Plenário).

 Esse argumento é válido para as todas as despesas destas


entidades, tais como diárias, passagens, contratação de
pessoal e outras, salvo quando a lei dispuser em contrário.

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Controle Externo e o Sistema S

“O que se exige dos Administradores é que as normas


internas das entidades do Sistema S previnam contra o
desrespeito a tais princípios e tenham sempre em vista os
objetivos sociais da entidade” (Decisão 117/1997 1ª
Câmara).

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Controle Externo e o Sistema S

“...este Tribunal deve restringir suas determinações para


modificação das normas próprias do Sistema S aos casos
em que, efetivamente, verificar afronta ou risco de afronta
aos princípios regentes da gestão pública. Trata-se de
resguardar o poder discricionário das entidades do Sistema.”
(Acórdão 2.522/2009 - 2ª C).

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Controle Externo e o Sistema S
Princípios Constitucionais

 Entre os princípios constitucionais que regem a gestão do


Sistema S, podemos destacar:

- Princípio da legalidade: observância da própria


Constituição, da legislação específica aplicável ao Sistema S
e dos próprios normativos internos dessas entidades.
- Princípio da eficiência: o objetivo deve sempre ser
maximizar os resultados auferidos com os recursos
disponíveis, evitando-se desperdícios e despesas
antieconômicas.

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Controle Externo e o Sistema S
Princípios Constitucionais

- Princípio da impessoalidade: buscar sempre o interesse


público sem favorecimentos ou distinções, tendo como norte
os objetivos sociais de cada entidade do Sistema S.
- Princípio da igualdade: procurar dar tratamento isonômico
para aqueles que buscam o Sistema S, seja na condição de
beneficiários, seja na condição de terceiros contratados.

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Controle Externo e o Sistema S
Princípios Constitucionais

- Princípio da moralidade: pautar-se sempre pela moral e


pela ética, principalmente quando diante de situações de
lacunas normativas.
- Princípio da publicidade: essencial para dar transparência à
gestão dos recursos de natureza pública, permitindo o
controle da sociedade.

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Controle Externo e o Sistema S

 Ressalte-se, ainda, que o TCU procura, nas entidades do


Sistema S, dar ênfase à fiscalização de desempenho, com
foco nos resultados:
- Avaliação dos cursos oferecidos;
- Avaliação de tendências do mercado de trabalho;
- Grau de divulgação dos serviços junto aos potenciais
usuários
- Implementação de indicadores de desempenho
- Fixação de limites com despesas administrativas;
- Planejamento de aquisição de equipamentos (informática);

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Importância do Diálogo
Entre TCU e Sistema S

 Forma de atuação preventiva do TCU, focada no caráter


pedagógico.
 Interação e conhecimento recíproco.

O gestor conhece melhor o TCU e se esclarece sobre seu


posicionamento quanto ao regime jurídico aplicável ao ente
jurisdicionado.

 O Tribunal conhece mais de perto a realidade vivenciada


pelo ente jurisdicionado.

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Obrigado!

Ministro-Substituto Augusto Sherman Cavalcanti

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