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“Enron” era a sétima maior empresa dos Estados Unidos e uma das maiores empresas
de energia do mundo. A “Enron” mantinha, no Brasil, participações na CEG/CEGRio,
no Gasoduto Brasil / Bolívia, na Usina Termoelétrica de Cuiabá, na Eletrobolt, na
Gaspart e na Elektro (empresa que atende cerca de 1,6 milhões de consumidores).
Atuava, principalmente, em cinco grandes áreas: Enron Transportation Services:
condução interestadual de gás natural, construção, administração e operação de
gasodutos; investimento em atividades de transporte de óleo cru; Enron Energy
Services: compra, comercialização e financiamento de gás natural, óleo cru e
eletricidade; administração de risco de contratos de longo prazo de commodity;
gasodutos estaduais de gás natural; desenvolvimento, aquisição e construção de
centrais de energia de gás natural; extração de gás natural líquido; Enron Wholesale
Services: negócios globais da “Enron”, incluindo a negociação e entrega de
commodities físicas e financeiras e serviços de gerenciamento de risco; Enron
Broadband Services: atividade implementada no ano 2000, que provê aos clientes
uma fonte de serviços de telecomunicações e Corporate and Others: provê serviços
relacionados a abastecimento de água.
Não se pode afirmar quais foram os reais motivos do trágico naufrágio (no
documentário a empresa é comparada com o Titanic), no entanto, a prática de fraudes
e manobras contábeis que culminaram no prejuízo de milhares de pessoas,
certamente foi influenciada pela economia do mercado. Nesse sentido, todas as
atitudes dos administradores demonstram a fragilidade do sistema contábil e de
auditoria.
Assim, o que mais chama a atenção, nessa situação, que mais parece roteiro de filme
de ficção, é a visibilidade da falta de ética dos profissionais, através da postura
adotada diante da empresa. Como é relatado no documentário, o que era para ser
infalível, graças à maliciosa e desonesta forma como fora administrada, faliu em
dezembro de 2001, deixando cerca de R$ 180 bilhões e muitos escândalos
corporativos.