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1 EQUIPAMENTOS DE SUBESTAÇÕES
a) Transformadores de Distribuição.
Utilizado no setor de distribuição de energia como concessionárias de energia,
cooperativas, instaladoras e empresas em geral (como subestação externa).
Tem potência nominal de 15 a 300kVA trifásicos, de 3 a 75kVA monofásicos e classe de
tensão, dependendo do fabricante de 15, 24,2 e 36,2kV.
a) Transformadores industriais
Semelhantes aos de distribuição, porém com maior potência nominal (500kVA a 5MVA)
e mais itens de proteção, como relés, termostatos etc. Outra diferença é que devido ao seu
tamanho, estes não são instalados em postes, mas em plataformas de SE abrigadas ou externas.
Pelo fato deste tipo de transformador ser refrigerado a óleo, este elemento deve ser
renovado ou filtrado em manutenções preventivas.
Outra particularidade deste tipo de equipamento é o uso de transformadores
recondicionados, os quais tem o valor taxado em aproximadamente 60% do valor de um
equipamento novo. Esta prática é muito comum entre empresas que fazem SE para
consumidores, SE de MT.
Porém atenção especial deve ser dada ao rendimento do transformador recondicionado,
pois o rendimento piora com o passar dos anos, e se a empresa, onde este equipamento vai ser
instalado, tiver um fator de carga perto da unidade (consumo médio perto da demanda máxima),
este equipamento terá um gasto fixo de energia na ordem de alguns kWh, e em alguns casos, se
contabilizado em estudo apropriado, pode ser mais caro manter um transformador velho do que
comprar um novo.
b) Transformadores Secos
Muito utilizados em ambientes que exigem segurança na instalação como indústrias
químicas e petroquímicas, plataformas off-shore, shopping centers, edifícios comerciais,
hospitais, aeroportos, embarcações marítimas etc.
Possui muitas vantagens se comparado aos transformadores de distribuição já que
não utilizam óleo para refrigeração, destas vantagens podemos citar:
• Manutenção muito rara;
• Menor espaço necessário para a instalação;
• Não há vazamentos de óleo;
• Não há riscos de explosão.
Porém existem duas desvantagens deste transformador se comparado ao a óleo, o
primeiro é o preço, em torno de 40 a 50% mais caro, e o segundo é que transformadores a seco
não são utilizados em grandes potências, acima de 15MVA, como em usinas geradoras e grandes
subestações.
A Tabela 1 mostra a comparação de valores de transformadores de distribuição
novos, recondicionados e secos.
Em uma análise lógica e prática, fica evidente a vantagem dos transformadores secos
em comparação as a óleo, pois a diferença de preço não é tão elevada, e levando em
consideração as vantagens, este tipo de equipamento já deveria ter substituído o concorrente, em
instalações baixa e média potência, porém isso não acontece na devida proporção. Este caso
acontece em várias novas tecnologias aplicadas a eletrotécnica, devido a esta área da engenharia
ter uma inércia cultural muito forte, resumindo, engenheiros “tradicionais” tem uma resistência
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muito grande a novas tecnologias. Desta forma cabe aos novos engenheiros abrir seus horizontes
para as vantagens das novas tecnologias e aplicá-las na prática.
c) Transformadores de força
Equipamentos utilizados em grandes potências, geralmente dezenas de MVA, e
tensões nominais acima de 69kV, desta forma somente utilizados por empresas do SEP em SE na
geração e transmissão de energia elétrica.
1.1.2 TAPE
Tape é o nome dado a um conjunto de conexões que podem ser feitas no primário de
um transformador de potência que permite variar a tensão no secundário com a finalidade de
compensar a variação de tensão no lado de AT para que esta não interfira muito na tensão
nominal no lado de BT.
Pode-se variar a relação entre as espiras de um transformador quando se deseja
controlar a tensão em um dos terminais.
O tape pode ser variado manual ou automaticamente, dependendo do modelo do
transformador.
5
Nesta placa devem estar os principais dados do equipamentos, conforme NBR 5440
como mostra a Figura
Este tipo de pára-raios utiliza como matéria prima do resistor não-linear o carboneto
de silício e uma série de componentes envoltos em um corpo de porcelana. Em termos práticos
este é um equipamento mais antigo e que ainda oferece o risco de estilhaçar a armadura de
porcelana quanto este já está danificado e for percorrido por uma corrente muito alta.
Este equipamento utiliza como matéria prima do resistor não-linear o óxido de zinco
e pode ter seu corpo envolto por porcelana ou por polímero. Além disso oferece algumas
vantagens se comparado ao modela anterior tais como:
• Extinção da corrente subsequente;
• Maior absorção de energia;
• Maior isolamento intrínseco;
• Curva de atuação sem transitórios.
Atenção especial deve ser dada a este tipo de pára-raios quando este é polimérico,
que tem muitas vantagens se comparado ao de porcelana, como a ausência de vazios no interior
do equipamento, maior resistência a poluição e no caso de uma falta por excesso de energia, este
equipamento libera gazes aumentando a pressão interna, porém este não tem perigo de se
estilhaçar e danificar componentes perto deste, como o PR de porcelana.
Porém este problema pode ser resolvido de maneira muito simples, basta verificar as
normas da concessionária local e verificar as especificações dos pára-raios descritos nestas e
somente escolhendo a Tensão Nominal. Por exemplo: pára-raios de 15kV padrão CELESC, ou
COPEL, CEMIG etc. Sendo que as concessionárias já fizeram os estudos e cálculos destes tipos
de PR, ficando somente a variável de tensão da linha onde será instalado o equipamento.
Figura 8 – Elo-fusível
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Este tipo de chave não possui fusível, sendo somente utilizada para isolar
equipamentos dos sistemas para determinados fins. Basicamente de dividem entre monofásicas e
trifásicas.
NOTA: as chaves seccionadoras geralmente não devem ser utilizadas para
interromper corrente, não devem ser abertas sob carga. Este processo deve ser feito por
disjuntores, porém se este apresentar problemas e não desligar, a abertura das chaves
seccionadoras deve ser executada com o máximo de precaução devido a formação de arco-
voltaico.
A figura 10 mostra uma chave tipo pedestal e uma chave com base de porcelana e
com dispositivo corta-arco, o qual possibilita a abertura da chave mesmo sob carga.
1.4.1 Condutores de BT
1.4.2 Condutores de MT
Figura 16 – Cabo de MT
Nos casos dos cabos de média e alta tensão o condutor central é revestido com uma
camada de material condutor não metálico (também chamado de primeira camada
semicondutora) que tem como finalidade:
• Dar uma forma perfeitamente cilíndrica ao condutor
• Prover uma distribuição radial e simétrica do campo
• Eliminar os espaços vazios entre o condutor e a isolação
• Evitar a criação de arcos-voltaicos devido ao campo elétrico do condutor.
Em seguida tem a isolação, mais uma camada semicondutora e a blindagem da
isolação (blindagem metálica), cujas funções são:
• Prover uma distribuição radial e simétrica do campo elétrico.
• Proporcionar uma capacitância uniforme entre o condutor e o Terra.
• Escoamento de correntes de fuga, induzidas e de curto-circuito.
Por último a cobertura de PVC que tem a função de proteção física e química do
cabo de MT.
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1.4.3 Condutores de AT
Este é um ponto crítico em qualquer instalação elétrica que utiliza cabos isolados de
média tensão. Caso a instalação da mufla no cabo são seja feita de maneira correta, esta pode
explodir logo após ser energizada ou depois de um certo período. Desta forma a instalação das
muflas deve ser executada por profissional com experiência e seguindo as notas do fabricante.
A instalação da mufla segue uma sequencia indicada pelo fabricante desta,
basicamente da seguinte forma:
a) Preparação da Extremidade do cabo;
• Na ponta do cabo, retirar toda a isolação deixando somente o condutor, e
neste coloque um terminal;
• Logo após a ponta do cabo, retire as camadas do cabo até chegar na
isolação, o comprimento deste trecho é aproximadamente do tamanho da
mufla;
• Logo após o trecho com a camada da isolação exposta, deixe um pequeno
trecho da camada semi-condutora e outro da blindagem eletrostática;
b) Execução da terminação;
• Envolver a ponta do cabo com o terminal em fita semi-condutora deixando
somente a ponta do terminal exposta;
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• Envolver a parte do cabo com a isolação com fita isolante para que este
trecho fique com diâmetro semelhante ao restante do cabo;
c) Montagem da mufla
• Com o cabo já preparado, este é envolto pela mufla, a qual possui um gel
condutor o qual irá retirar os espaços contendo ar entre a mufla e o cabo e
também irá proporcionar uma melhor condução entre a camada de semi-
condutor e a cordoalha de aterramento.
A figura 20 mostra uma mufla já conectada ao cabo.
• Interna ou externa;
• Dimensão correspondente ao cabo de MT;
• Tensão de isolação;
• Demais itens como, proteção metálica etc.
Para facilitar a compra destes componentes, também pode se resumir as
especificações escolhendo a mufla conforme padrão da concessionária local, variando somente a
tensão nominal.
~U1 Z
N1
N2
U2
Figura 22 – TP capacitivo
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b) Classe de Exatidão
Definida a partir de ensaios, cujas condições sob as quais os TPs devem ser
ensaiados estão estabelecidas em normas. Deve detectar a qualidade e o comportamento provável
nas instalações.
Classes (ABNT, ANSI):
Classe de exatidão 0,3
Classe de exatidão 0,6
Classe de exatidão 1,2
Estes valores indicam o erro máximo de medição que o TP pode apresentar, se este
operar em condições normais e tensão nominal com variação de 10%.
De acordo com a ABNT os TPs utilizados em medição de energia elétrica para finsde
faturamento devem possuir uma classe de exatidão de 0,3. Para fins de proteção é indicada a
classe 0,6 e para medição indicativa de tensão a classe 1,2.
Em casos de laboratórios, usa-se a classe de exatidão 0,1, que são mais precisos que
os demais.
U1n N
= kp ≅ 1
U 2n N2
d) Grupo de Ligação
O e Grupo de Ligação, define como serão ligados os primários dos TPs, Grupo 1 p/
ligação Fase-Fase, Grupo 2 Fase-Terra e Grupo 3 Fase-Terra com aterramento deficiente. A
figura 23 mostra 2 TPs com tipos de ligação diferentes.
e) Potência Térmica
Segundo ABNT: EB-251.1
TPs do grupo de ligação 1 (projetados para ligação entre fases) e do grupo de ligação
2 (projetados para ligação entre fase e neutro de sistemas aterrados): a potência térmica nominal
não deve ser inferior a 1,33 vezes a carga mais alta em VA, referente à exatidão do TP.
TPs do grupo de ligação 3 (projetados para ligação entre fase e neutro de sistemas
onde não se garante a eficiência do aterramento): a potência térmica nominal não deve ser
inferior a 3,6 vezes a carga mais alta em VA, referente à exatidão do TP.
f) Nível de Isolamento
Especifica o TP quanto às condições que o isolamento deve satisfazer em termos de
tensão suportável.
Segundo ABNT-EB-251.1:
Tensões máximas de operação: máxima tensão de linha para o qual o equipamento
foi projetado.
Níveis de tensão a ser submetidos nos ensaios.
Nota: corrente alternada é dada em valor eficaz e a tensão máxima não é
necessariamente a tensão máxima de operação do sistema, e na prática a tensão máxima de
operação do TP é superior a tensão do circuito (13,8kV/15kV).
g) Cargas Nominais
As cargas nominais dos TPs são padronizadas e representam a Potência Aparente
(VA) que o equipamento terá que suprir nos terminais do seu secundário. A tabela 4 mostra estes
valores.
h) Exemplo de Especificação
Exemplo 1: Especificar um TP para medição de energia elétrica para faturamento a
um consumidor energizado em 69kV, em que serão utilizados os seguintes instrumentos:
• Medidor de kWh com indicador de demanda máxima tipo mecânico;
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Cálculo da potência:
N1
TC
N2
Figura 25 – TC Enrolado.
• TC tipo Barra
O primário é constituído por uma barra, montada permanentemente através do núcleo do TC
• TC tipo Janela
TC sem primário próprio, construído com uma abertura através do núcleo, por onde
passará um condutor do circuito primário, formando uma ou mais espiras.
• TC de Núcleo Dividido
Tipo especial do TC tipo janela, em que parte do núcleo é separável ou basculante,
para facilitar o enlaçamento do condutor primário.
Exemplo: amperímetro tipo alicate, que possibilita medir a corrente sem a
necessidade de abrir o circuito para colocá-lo em série.
P2
S1 S2
Figura 28 – Núcleo dividido
• TC de vários Núcleos
Utilização muito freqüente em circuitos de alta tensão e extra alta tensão. TC de
vários enrolamentos secundários isolados separadamente e montados cada um em seu próprio
núcleo formando um conjunto com um único enrolamento primário. TC muito versátil pois em
um único equipamento podem ser derivados mais de um tipo de TC, mudando até a classe de
exatidão.
c) Cargas Nominais
As cargas nominais dos TCs são padronizadas e representam a Potência Aparente (VA)
que o equipamento terá que suprir nos terminais do seu secundário. A tabela 5 mostra estes
valores.
d) Exemplo de dimensionamento
Cálculo da potência:
a) Tps
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Para TPs, o valor do secundário é 115V ou 66,4V, e sua designação normativa possui
2 elementos, como por exemplo “0,6P75”, onde “0,6” é a classe de exatidão, e “P75” é a
designação ABNT de 75VA de potência aparente. Além da norma da ABNT também existe
nomenclatura equivalente da norma ANSI, conforme tabela 6.
b) TCs
Para TCs, o valor do secundário é 5A, e sua nomenclatura possuí 3 elementos, como
por exemplo “0,3C12,5”, onde “0,3” é a classe de exatidão, “C” é a indicação que o TC é para
Medição e “12,5” é a designação ABNT de 12,5VA de potência aparente para TC de medição.
Para TCS de proteção, a representação seria “10B50”, onde “10” é a classe de exatidão e “B50”
é a designação da ABNT referente a uma potência de 12,5VA
Cuidado especial deve ser tomado para não confundir a letra “C” da norma da ABNT
e da ANSI. Pois na norma brasileira, este TC é para medição e na norma ANSI é para proteção,
conforme mostra a tabela 7.
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Nota-se que a classe de exatidão de TCs usados para a proteção é de 10%, muito
inferior a classe utilizada para medição, porém este tipo de TC suporta correntes muito mais
elevadas mantendo o valor medido perto do real, o que não acontece em TCs de medição, pois
neste caso o mesmo teria seu núcleo saturado, ocasionando medições não conformes.
c) Sinais Padronizados
• O hífen (-) deve ser usado para separar correntes nominais de enrolamentos
diferentes (primário e secundário). Por exemplo: 100 - 5 A ou 13800 – 115V.
• O sinal de dois pontos (:) deve ser usado para exprimir relações nominais. Por
exemplo: 120:1 (13800 dividido por 115).
• O sinal (x) deve ser usado para separar correntes primarias ou relações obtidas
de um enrolamento cujas bobinas devem ser ligadas em serie ou em paralelo.
Por exemplo: 100 x 200 - 5.
• a barra (/) deve ser usada para separar correntes primarias ou relações obtidas
por meio de derivações, sejam estas no enrolamento primário ou no
secundário. Por exemplo: 150 / 200 - 5 A.
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c) Em subestações abrigadas com potência instalada superior a 300 kVA e até 500 kVA,
deverá ser instalado disjuntor de acionamento automático, com capacidade
de interrupção simétrica mínima de 250 MVA, corrente nominal mínima de 350A
destinado à proteção geral em alta tensão ou chave seccionadora sob carga com
fusíveis de abertura tripolar para cada transformador. Acima de 500 kVA será
obrigatória a instalação de disjuntor de acionamento automático;
h) Quando a potência de transformação for superior a 500 kVA, deverão ser utilizados
relés secundários de sobrecorrente para o acionamento do disjuntor automático de alta
tensão, coordenado com a proteção da CELESC;
Após o adendo [24] tem-se novas regras para uso de relés microprocessados,
segundo Adendo 02 (2005, p. 03)
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A ANSI criou uma tabela com diversas funções de dispositivos, numerando cada
uma destas funções, criando assim a conhecida tabela ANSI. Nesta tabela o valor 50, significa
Relé de Sobrecorrente Instantâneo, ou seja, uma proteção na qual o relé deve atuar
instantaneamente, o valor 51 significa Relé de Sobrecorrente Temporizado, na qual a proteção
atua conforme uma curva decrescente em função do tempo e da corrente.
Estas duas proteções também se aplicam a correntes de neutro, daí tem-se a
denominação 50N e 51N. Sob condições normais, as correntes de neutro somente ocorrem em
circuitos trifásicos desequilibrados, tanto na baixa tensão quanto na média.
E como o relé de proteção é ligado na média tensão, onde o sistema trifásico é ligado
em delta, não existindo um condutor de neutro, as proteções 50 e 51 visam o monitoramento das
diferenças entre correntes de linha para o caso de uma falta fase-terra ou uma fuga de corrente
para o terra, e não a proteção de um condutor neutro em si.
Estas são as proteções solicitadas pela concessionária e que serão focadas neste
estudo.
Este estudo envolve muitos itens específicos e que podem se tornar complexos para a
análise, desta forma serão expostos de forma resumida, como geralmente são citadas nas normas
das concessionárias, mas sem prejudicar a precisão da proteção envolvida.
(Equação 1)
onde:
= corrente ANSI;
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Na prática todo o termo 100/Z% pode ser substituído pelo Ponto ANSI em função da
impedância percentual do transformador e do tempo máximo que este suporta:
b) Corrente de magnetização
Para trabalhar a proteção da curva 51, temos três opções: curva Normalmente Inversa
– NI, que é uma curva mais aberta, mais circular, curva Muito Inversa – MI, mais fechada, e
curva Extremamente Inversa – EI, que é uma curva mais fechada, tendendo a ser uma reta. Além
destas três curvas também é utilizado o recurso da Corrente de Tempo Definido, que consiste em
um valor de tempo pré programado que quando a corrente medida pelo relé atingir o valor de
corrente pré programado começa a contagem do tempo até acionar o TRIP para o disjuntor.
A Figura 31, extraída de um manual de um relé da PEXTRON, mostra um exemplo
de curva com todos os itens de proteção programados no relé.
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O estudo deve ser feito em uma folha bilog contendo os seguintes itens: curva do
religador ou disjuntor da concessionária, curvas do fusível no ponto de derivação (se houver),
corrente ANSI, corrente de magnetização e curva de atuação do relé da empresa.
Detalhes das equações utilizadas para os cálculos das correntes de curto-circuito
foram apresentadas no item 3.1.3.
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Para esta corrente, foi usada a demanda máxima do transformador que é de 500kW,
fator de potência de 0,92 e um acréscimo de 30% no valor da corrente nominal. Assim: In =
20,9A e In1.3 (x1.3/0.92) = 29,5A
Já na corrente do neutro, devido ao problema das terceiras harmônicas, foi estipulado
á princípio, que a corrente fosse um terço do valor da corrente de fase. Porém este valor pode ser
modificado em campo conforme situação de distorção harmônica da empresa.
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SECUNDÁRIO, V. base=13,8kV
PONTO
Transformador 500kVA
Icc3øsimét Icc3øassim Icc1øsimét Icc1ømin Icc1øassim
1
344A 471A 368A 149A 504A
f) Coordenograma de proteção
a) Proteção de Fase
b) Proteção de Neutro
21 – Relé de distência;
25 - Check de Sincronismo;
32 – Direcional de potência;
50/51 - Sobrecorrente de fase instantânea e temporizada;
50/51N – Sobrecorrente instantânea e temporizada de neutro ou terra;
49 – elemento térmico
81 – Sub / Sobrefreqüência e taxa de variação de freqüência;
27/59 - Subtensão e sobretensão fase-neutro ou entre fases;
55 – Fator de potência;
60 – Perda de potencial (balanço de tensão);
67 – Direcional de Sobrecorrente
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b) Disjuntores a vácuo
Este tipo de disjuntor é utilizado em todos os tipos de SE, independentemente da
tensão, potência ou se é abrigada ou externa. Como o próprio nome diz, este equipamento
extingue o arco gerando vácuo entre seus contatos.
Devido a esta característica, este disjuntor é mais barato, de construção mais
simplificada e tende a tomar o lugar do disjuntor PVO.
A figura 35 mostra um exemplo de extinção de arco e a figura 36 mostra um
disjuntor de AT e um de MT, ambos a vácuo.
c) Disjuntores a SF6
Este tipo de disjuntor utiliza o gás isolante SF6 para a extinção do arco-voltaico nos
terminas do equipamento. Geralmente são mais utilizados em SE de AT ou MT quando
envolvem altas correntes, como um circuito de geradores em usinas hidrelétricas por exemplo.
Também podem ser utilizados em SE de MT normais, mas o uso neste caso ocorre com menor
freqüência. A figura 37 mostra disjuntores a SF6 para instalação interna e externa.
Como foi dito no começo deste capitulo, disjuntores de MT e AT não são abertos
automaticamente na presença de alguma falta como os disjuntores termomagnéticos de BT. Estes
precisam ser acionados pelo circuito de comando do disjuntor, que manda sinal tanto para a
abertura quanto para o fechamento do disjuntor.
A abertura do disjuntor é um processo simples, já que este possui molas que sempre
pressionam o disjuntor para uma abertura mais rápida possível, independente do método de
extinção de arco.
Já o fechamento do disjuntor é um processo mais complicado, pois para o
fechamento é necessário o carregamento das molas do mecanismo de operação do disjuntor,
sendo que este carregamento pode ser manual, através de uma manivela, ou automatizado,
através de um motor específico.
Resumindo, para abrir um disjuntor de MT ou AT sómente um sinal de comando
para a bobina de abertura é suficiente, já para fechar, primeiro é necessário carregar as molas do
disjuntor para em seguida fechar o equipamento, manualmente ou via bobina de fechamento.
E tanto o disjuntor mais simples de MT quanto o mais caro de AT possuem a mesma
forma de trabalho e também podem ser carregados com uma manivela, no caso de falha do
sistema motorizado.
1.9 ISOLADORES
Figura 38 – Isoladores