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EDUCAÇÃO INFANTIL, CURRÍCULO E EXPERIÊNCIA: SENTIDOS E

PRÁTICAS DE PROFESSORES

Elaine Luciana Sobral Dantas


Francisco Paulino de Oliveira Neto

RESUMO: Pensar currículo para crianças pequenas, considerando suas especificidades


etárias e as funções sócio-políticas e pedagógicas da educação infantil enquanto primeira
etapa da educação básica, tem sido tema de amplo debate nacional, no contexto de
implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil - DCNEI
(BRASIL, 2009) e discussão da Base Nacional Comum Curricular - BNCC em processo de
aprovação pelo Conselho Nacional de Educação – CNE. A BNCC organiza o currículo já
proposto nas DCNEI por “Campos de Experiências” e aponta os objetivos de aprendizagem
e desenvolvimento a serem garantidos às crianças nos diferentes ciclos etários. Nesse
contexto, considerando que as políticas curriculares tem um papel norteador das práticas
educativas, temos nos questionado: O que os professores compreendem acerca de
experiências educativas? Que sentidos emergem de seus saberes e práticas sobre currículo
organizado por campos de experiências? Quais experiências estão sendo desenvolvidas
com as crianças nas instituições educativas? Nesse contexto, apresentamos neste trabalho
uma pesquisa em sua fase inicial de desenvolvimento com o objetivo de investigar sentidos
e práticas de professores acerca de currículo e de experiências educativas que são
garantidas às crianças na Educação Infantil. Compreendemos neste estudo, que esta etapa
educativa assume finalidades e objetivos essencialmente pedagógicos e que o currículo se
constitui como conjunto de experiências vividas que articulam os saberes prévios das
crianças e os conhecimentos socialmente elaborados. Assumimos como referencial teórico
metodológico, as proposições e fundamentos da abordagem histórico-cultural de L. S.
Vigotski (2000; 2005; 2007) e do dialogismo de M. Bakhtin (1995; 2003), cujos aspectos
principais encontram-se organizados por Freitas (2002; 2003) que reconhece, nessas duas
abordagens, uma perspectiva qualitativa que prioriza, de um modo geral, as significações de
sujeitos e os processos de elaboração de sentidos. Estamos concluindo os estudos
bibliográficos acerca da temática, construindo o referencial teórico acerca de educação
infantil, currículo e experiência, aqui brevemente apresentado, e iniciando a pesquisa
empírica – na qual adotamos procedimentos da pesquisa documental, entrevistas
semiestruturadas (gravadas) com professores e sessões de observação com recurso
audiovisual (filmagem) e registro em diário de campo. Identificamos, como resultados
iniciais, que os sentidos tornados oficiais (DCNEI; BNCC) podem contribuir e fomentar –
ainda que não de modo linear e exclusivo – para a construção de sentidos pelos
professores, sentidos estes que, por sua vez, constituem, em alguma medida, suas práticas
junto às crianças. No entanto, em levantamento feito por pesquisa exploratória, poucos
professores conhecem os documentos normativos.

Palavras-chave: Educação Infantil; Currículo; Experiência; Sentidos; Práticas de


professores.
Agência financiadora: UFERSA – PICI.

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