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DIREITOS HUMANOS

20/08/2019
ONU
A declaração universal dos direitos humanos (DUDH) de 1948 foi elaborada pela extinta comissão de direitos
humanos da organização das nações unidas para ser uma etapa anterior a elaboração de um tratado
internacional de direitos humanos. O objetivo da comissão era criar um marco normativo vinculante logo após
a edição da DUDH. Porém, a guerra fria impediu a concretização desse objetivo e somente em 1966 (quase
vinte anos depois da DUDH foram aprovados dois pactos internacionais: o dos direitos civis e políticos e os
dos direitos sociais econômicos e culturais. Atualmente o sistema global é complexo e não se limita à carta
internacional de direitos humanos, sendo composto por diversos tratados multilaterais de direitos humanos,
como a convenção internacional sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial, a convenção
internacional sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher, a convenção contra a
tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes, a convenção sobre os direitos da
criança e a convenção internacional sobre a proteção dos direitos de todos os trabalhadores migrantes e
membros de suas famílias.
- Carta internacional de direitos humanos (“internacional bill of rights”)
- Declaração universal dos direitos humanos (DUDH) 1945
- Pacto internacional dos direitos civis e políticos (PIDCP) 1966
- Pacto internacional dos direitos econômicos, sociais e culturais (PIDESC) 1966
 PIDCP
1- BRASIL (Promulgado pelo decreto 592 de 6 de julho de 1992)
2- Direitos garantidos:
- Direito a vida (art.6°)
- Direito de não ser submetido a tortura, a penas ou tratamentos cruéis, nem a experiências medicas ou
cientificas sem seu livre convencimento (art.7°)
- Direito a liberdade e a segurança pessoais e de nãos ser preso ou encarcerado arbitrariamente, nem privado,
salvo pelos seus motivos previstos em lei (art.5°)
- Direito de que toda pessoa privada de liberdade seja tratada com humanidade e respeito à dignidade da pessoa
humana (arts.9 e 10)
- Direito de não ser preso apenas por não poder cumprir com uma obrigação contratual
- Direito a livre circulação, direito de sair livremente de qualquer país e de não ser privado arbitrariamente de
entrar em seu próprio país (art.12)
- Garantias processuais (art.14)
- Direito de não ser condenado por atos ou omissões que não constituam delito de acordo com o direito
nacional ou internacional, irretroatividade da lei penal mais gravos a retroatividade a lei penal mais benéfica
ao réu (15)
- Direito ao reconhecimento da personalidade jurídica (art.16)
- Direito de não ser alvo de ingerências arbitrárias ou ilegais em sua vida privada, em sua família, em seu
domicílio ou em sua correspondência, nem de ofensas ilegais à sua honra e reputação (art.17)
- Liberdade de pensamento, consciência e religião (art.18)
- Direito de reunião (art.21)
- Direito de associação pacífica (art.22)
- Direito de contrair casamento e constituir família (art.23)
- Direitos específicos das crianças (direito de não sofres discriminação alguma, direitos as medidas de proteção
por parte de sua família, da sociedade e do estado que sua condição de menor requerer, direito de adquirir uma
nacionalidade (art.24)
- Direito de participação política (art.25)
- Direito a igualdade (art.26)
PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS (PIDESC)
O PIDESC é considerado um marco por ter assegurado destaque aos direitos econômicos, sociais e culturais,
vencendo a resistência de vários estados e mesmo da doutrina, que viam os direitos sociais em sentido amplo
como sendo meras recomendações ou exortações.
Fruto do seu tempo, o PIDESC reconheceu que os direitos sociais em sentido amplo são de realização
progressiva, devendo os estados dispor do máximo dos recursos disponíveis para a sua efetivação, o que não
exclui a obrigatoriedade de sua promoção e, após, a proibição de retrocesso social. Assim, os direitos previstos
no PIDESC são:
I- Obrigatórios, bem como
II- Após sua implementação estão protegidos pela proibição do retrocesso.
O pacto estabelece a obrigatoriedade de os estados partes apresentarem relatórios sobre as medidas adotadas
e sobre os progressos realizados com o objetivo de assegurar a observância dos direitos econômicos, sociais e
culturais. Os relatórios devem ser encaminhados ao secretário-geral da ONU, que enviará cópias ao conselho
econômico e social 10 para exame, bem como as agências especializadas, se os relatórios ou as partes a ele
pertinentes tenham relação om matérias da competência desses organismos (art.16).
1- Noções gerais: direitos econômicos, sociais e culturais são de realização progressiva, o que não exclui
a obrigatoriedade de sua realização pelo estado e sua exigibilidade pela via judicial.
2- Principais direitos adquiridos: decreto legislativo 591/1992
3- Direito ao trabalho (art.6°)
4- Direito ao gozo de condições de trabalho equitativas e satisfatórias (art.7°)
5- Direito de toda pessoa à previdência social (art.9°)
6- Direito de toda pessoa fundar sindicatos e filiar-se á aqueles de sua escolha (art.8°)
7- Direito de greve (art.8°)
8- Direito a proteção e assistência familiar, especialmente a mães e crianças (art.10°)
9- Direito a nível adequado de vida (incluindo alimentação, vestimenta, moradia) (art.11)
10- Direito a saúde física e mental (art.12)
11- Direito a educação (art.13-14) art.208, CF.
12- Direito de participar da vida cultural, desfrutar o processo cientifico e suas aplicações, bem como
beneficiar-se da proteção de interesses morais e materiais decorrentes de toda produção cientifica,
literárias ou artísticas de que seja autor.

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