Você está na página 1de 16

COMANDO DA AERONÁUTICA

DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

PRIMEIRO CENTRO INTEGRADO DE DEFESA AÉREA E DE CONTROLE DE


TRÁFEGO AÉREO

CENTRO DE TRATAMENTO DE MENSAGENS


AERONÁUTICAS DE BRASÍLIA – CTMA BR

AFTN/AMHS
TERMINAL DO ASSINANTE - TA
Objetivo Geral

Proporcionar ao aluno a compreensão da estrutura e os procedimentos


operacionais adotados na supervisão do Centro de Tratamento de Mensagens
Aeronáuticas (CTMA BR) como tecnologia de comunicações aplicadas ao controle
do espaço aéreo a fim de habilitá-lo a assumir posição operacional utilizando o
Terminal do Assinante da Rede AFTN/AMHS no Brasil.

Objetivos Operacionalizados

(Cp) - identificar a estrutura e finalidade do CTMA BR;


(Cp) - identificar o funcionamento do CTMA BR;
(Cp) - identificar a interligação do CTMA BR com a Rede AFTN/AMHS;
(Cp) - identificar os principais assinantes do CTMA BR;
(Cp) - identificar a estrutura e a ligação do Terminal do Assinante com o CTMA BR;
SUMÁRIO

Introdução 4
Descrição operacional do STMA 5
Modelo funcional do AMHS 6
Diagrama funcional do gateway AFTN/AMHS 9
Organização do STMA 10
Implantação do STMA 11

1 – INTRODUÇÃO

A AFTN é uma rede de comunicações telegráficas de âmbito mundial que


veicula mensagens impressas de natureza operacional entre órgãos ATS. O Centro
de Comutação Automático de Mensagens (CCAM), que constitui um nó dessa rede,
foi criado a fim de possibilitar um fluxo rápido e confiável de mensagens, de forma
a atender à aviação, através de uma rede privada da Aeronáutica conectada à
Rede Fixa de Telecomunicações Aeronáuticas.

O CCAM realiza a interconexão entre assinantes diretamente conectados


ao Centro, bem como através de outros Centros de comutação da rede AFTN.

O sistema permite a troca de mensagens entre assinantes, utilizando a


técnica de “Store-and-forward”. Os assinantes poderão se interligar ao centro por
meio de terminais inteligentes baseados em microcomputadores ou computadores
com aplicação específica de envio e recepção de mensagens.

TOPOLOGIA DA AFTN
O CCAM também realiza interconexão com alguns serviços
automatizados baseado em mensagens telegráficas, tais como Banco de
Informações Aeronáuticas (BIA), Banco de Informações Meteorológicas
Operacionais (OPMET), Sistema de Controle e Fiscalização da Aviação Civil
(SINCOFAC) e Sistema de Tratamento de Planos de Vôo (STPV).
O Comando da Aeronáutica dispõe de 02 (dois) centros de comutação
automática de mensagens (CTMA), um localizado em Manaus e outro em Brasília.

2. FINALIDADE

Possibilitar um fluxo rápido e confiável de mensagens, de forma a atender às


necessidades de comutação de mensagens aeronáuticas em âmbito nacional, bem
como o tráfego de mensagens internacionais. O CCAM realiza a interconexão entre
assinantes diretamente conectados ao Centro, bem como com outros centros de
comutação da rede AFTN e sistemas similares ou homologados pela DECEA.
Os assinantes poderão se interligar ao centro por meio de terminais teletipo,
terminais inteligentes baseados em microcomputadores ou computadores com
aplicação específica de envio e recepção de mensagens.

As principais funções do CCAM são:

- Comutação de mensagens;
- Arquivamento de mensagens; e
- Supervisão.

Comutação de mensagens é responsável pelas atividades de recepção,


consistência, roteamento e transmissão de mensagens.
Arquivamento de mensagens é responsável por armazenar as mensagens
comutadas pelo CCAM.
Supervisão é responsável pelo auxílio ao supervisor do CCAM no
acompanhamento do estado operacional do sistema, permitindo intervenções
através de comandos introduzidos nos postos de supervisão, edição, correção,
monitoração e recuperação.
Ao supervisor é permitida a recuperação de qualquer mensagem transitada
por qualquer linha, tanto por seqüência numérica ou por faixa horária.
O CCAM realiza a interconexão entre assinantes diretamente conectados ao
Centro, bem como através de outros Centros de comutação da rede AFTN.

3. DESCRIÇÃO OPERACIONAL

3.1 ARQUITETURA BÁSICA DO STMA

3.1.1 USUÁRIOS DO STMA


São definidas duas categorias de usuários AMHS: os diretos e os indiretos.
Os usuários diretos são os que fazem uso de um Agente de Usuário (UA) para
acessar o Serviço de Mensagem ATS e podem pertencer a dois subgrupos:
− Usuários humanos que interagem por meio de uma interface homem-máquina
com um Agente de Usuário conectado a um Servidor de Mensagem ATS; e
− Usuários hospedados, que são aplicações de computador, executadas em um
Sistema Final ATN, interagindo com o Serviço de Mensagem ATS por meio
de interfaces de programas de aplicação (API).
Os usuários indiretos são aqueles localizados em uma estação AFTN e que só
alcançam o AMHS através de um gateway AFTN/AMHS.
O conjunto de Servidores de Mensagem ATS (MTA), Agentes de Usuários (UA)
e gateways AFTN/AMHS (AU) é conhecido como Sistema de Tratamento de Mensagem
ATS (MTS). O conjunto de protocolos de aplicação implementados entre estes
componentes está mostrado na Figura 1.

P2
UA UA

P3 ou API P7 ou API

P1
AU MTA MTA MS

Figura 1 – Protocolos do AMHS

3.1.2 FUNÇÃO DOS COMPONENTES


Um Sistema de Tratamento de Mensagem, como o apresentado na Figura 2,
caracteriza-se pelos seguintes componentes:
a) Agente de Transferência de Mensagem – MTA: é o componente responsável pela
comutação das mensagens. O conjunto de MTA, em uma rede, forma o Sistema
de Transferência de Mensagem – MTS;
b) Agente de Usuário – UA: é o componente que faz a interface entre o usuário e o
MTS. Um usuário pode ser uma pessoa ou um programa de computador que
utiliza um UA para enviar e receber mensagens através do MTS;
c) Armazenador de Mensagem – MS: o MS foi acrescentado às recomendações em
1988 [X.402], para atender os UA que não estão permanentemente em linha ou
que mantêm apenas alguns períodos de conexão com o MTA, como por exemplo
os computadores pessoais. Assim, o Agente de Usuário pode conectar-se ao
Armazenador, quando seja de sua conveniência, e intercambiar mensagens.
d) Unidade de Acesso – AU: é uma entidade funcional associada ao MTA que
fornece interconexão com outros sistemas de mensagens. Refere-se basicamente
ao gateway entre o MHS com outra rede não X.400/MOTIS, no caso do AMHS
com a AFTN.
Domínio 1 MTA

U UA MS M
MTA MTA UA U
U
MTA
AU AFTN

Domínio 3
MTS
MTA MS S UA U

MTA
Domínio 2

MTA UA U
MTA

MTA
U – Usuário
UA – Agente Usuário
AU – Gateway AMHS/AFTN
MS – Armazenador de Mensagem
MTA – Agente de Transferência de Mensagem
MTA – MTA de Fronteira
MTS – Serviço de Transferência de Mensagem

Figura 2 – Modelo Funcional do AMHS

3.1.2.1 Agente de Transferência de Mensagem – MTA


Um Agente de Transferência de Mensagem é o componente comum para todo
MHS. Trata-se de um comutador armazena-e-envia que provê o Serviço de Transferência
de Mensagem para os UA, MS e AU.
Tipicamente, consiste dos seguintes componentes funcionais:
− Recepção de Mensagens: esta função trata as mensagens recebidas tanto de um
UA ou MS, localmente conectado ao MTA, de um AU localmente agregado ao
MTA e de outros MTA. Por essa função é que as mensagens serão analisadas,
validadas ou rejeitadas, se contiverem erros;
− Entrega Local: esta função toma as mensagens recebidas pelo MTA que são
destinadas aos UA e AU localmente conectados e faz a entrega;
− Expansão de Lista de Distribuição: esta função adiciona endereços no envelope
da mensagem se um ou mais endereços identifica uma lista de distribuição
disponível no MTA;
− Armazenamento: é um repositório para todas as mensagens que estão
residentes no MTA, num dado momento, como mensagens aguardando entrega
ou envio, mensagens que foram retrasadas ou retidas para entrega, ou ainda em
processo de conversão;
− Funções de Conversão: converte o conteúdo da mensagem, naqueles casos
onde o UA destinado não pode lidar diretamente com a codificação aplicada ao
corpo da mensagem original;
− Roteamento: as mensagens que chegam a um MTA e que são destinadas aos
UA e AU conectados a outros MTA, devem ser encaminhadas adiante. Este
componente é que decide qual outro MTA adjacente deve ser usado para
encaminhar as mensagens. Um MTA pode estar conectado a vários MTA, e a
maneira que este escolhe o mais apropriado MTA adjacente para passar a
mensagem é referida como Processo de Roteamento; e
− Despacho: esta função tem a responsabilidade de tomar a mensagem
armazenada, quando já tiver sido alocada uma rota, e passá-la, através de um
enlace de comunicação OSI, a um MTA adjacente selecionado pelo processo
de roteamento.

Expansão de Lista de Distribuição


R D
E Entrega local E
C S
E Conversão P
P A
Ç Roteamento de Mensagem C
à H
O Armazenamento O

Figura 3 – Funções do MTA


3.1.2.2 Agente de Usuário IPM – UA
No AMHS o Agente de Usuário veicula a mensagem interpessoal – IPM. Um
típico UA é formado de um número de componentes que fazem a interface do usuário com
o MTS. Na figura abaixo temos a descrição dos componentes funcionais típicos de um
IPM-UA.
− Interface de Usuário: esta é uma função não padronizada que representa os
elementos de serviço do MHS e o IPMS para o usuário;
− Editor de texto e Utilitários: o UA tem disponível algumas funções que
possibilitam ao usuário criar, manipular e gerenciar mensagens;
− Agente de Usuário de Diretório: um UA deverá ter um Agente de Usuário de
Diretório embutido, de maneira que o usuário possa acessar o serviço de
diretório;
− Armazenador: funções de armazenagem podem estar incorporadas em um UA,
de forma que as mensagens possam ser guardadas, organizadas para
apresentação e acessadas na conveniência do usuário;
− Manipulador de Protocolo: este é o núcleo principal de funcionalidade de um
UA, uma vez que define o tipo de cabeçalho que o UA pode lidar e qual tipo de
serviço do UA é provido ao usuário. No caso do AMHS, o protocolo
apropriado de mensagem interpessoal é o P2;
− Endereço O/R: é um item distinto e definitivo para o UA. Pelo endereço O/R é
que o MTA identifica e localiza um UA particular dentro do MTS; e
− Conexão para o MTS: uma pilha de protocolos ou uma interface interna (API)
deverão fazer a conexão com um sistema provendo o Serviço de Transferência
de Mensagens, para que o UA possa enviar e receber mensagens.
Editor
UA de
de
Diretório
texto
Manipulado Conexão
Interface
r de ao
de
Protocolo MTS
Usuário
P2
Utilitários Armazenador.

Nome e Endereço
O/R

Figura 4 – Agente de Usuário

3.1.2.3 Armazenador de Mensagem – MS


O MS é colocado entre o MTS e o equipamento do usuário. Do ponto de vista do
MTS, o MS é um UA. As mensagens destinadas a um UA, que se serve de um MS, são
consideradas entregues assim que o MS as aceita. São componentes de um MS:
− Armazenamento: é simplesmente um repositório de mensagens recebidas do
MTS que aguardam tratamento pelo usuário;
− Funções Automáticas: existem várias ações que o MS pode tomar
automaticamente, em reposta a uma mensagem recebida, que tem campos
específicos de cabeçalho e envelope, tais como a invocação de alerta na
chegada de mensagens urgentes, auto-envio de mensagens que têm um critério
específico estipulado pelo usuário, etc.; e
− Registros (Logs) de entrada e saída: contêm as informações do estado e
progresso das mensagens recebidas e submetidas ao MTS.

3.1.2.4 O Servidor de Mensagem ATS


Os SARP da ATN apresentam o Servidor de Mensagem ATS como um
componente formado por um MTA e opcionalmente um ou mais MS

Mensagens MTS
F A
u u
n t
Log de entrada MTA
ç o
õ m.
e
s Log de saída

Figura 5 – Funções do MS
3.1.2.5 Unidade de Acesso – AU
Uma Unidade de Acesso ou gateway proporciona o interfaceamento de usuários
MHS com usuários de outro sistema de mensagem, tais como Telex, Teletex, Fax, e outros.
Para o AMHS este interfaceamento deverá ser provido com os usuários AFTN, pelo
período de transição, por meio de um gateway AFTN/AMHS.
Três principais componentes definem um gateway: o Componente AFTN, o
Componente ATN e a Unidade de Controle e Transferência de Mensagem, conforme
indicado na figura 6.

Posição de Controle

Unidade de Controle e
Transferência de Mensagem (UCTM)

Componente Serviço de Transporte


ATN (MTA) ATN
Conexão à AFTN Componente
AFTN
Camadas Conexão à Sub-rede
Inferiores ATN

Figura 6 – Diagrama Funcional do gateway AFTN/AMHS

3.1.2.5.1 Componente AFTN


O componente AFTN estabelece uma conexão completa do gateway a um centro
AFTN, com capacidade de envio e recebimento de mensagens. O gateway deve operar
com um conjunto completo de funções, aparentando para o centro tratar-se de uma estação
AFTN. Um endereço AFTN deve ser alocado para o Componente AFTN.
Uma possibilidade de implementação é a integração do gateway e do centro
AFTN na mesma plataforma. Tal integração pode ser lógica, significando que as duas
partes não se comunicariam via circuito AFTN, mas sim, utilizando-se de outros meios,
como por exemplo, uma rede local.

3.1.2.5.2 Componente ATN


O Componente ATN permite que o gateway opere como um sistema final da
ATN. De maneira equivalente ao Servidos de Mensagem ATS, o Componente ATN
incorpora um MTA. Este MTA deve implementar o Grupo Funcional de Listas de
Distribuição, conforme as especificações do Servidor de Mensagem ATS. Se desejar, o
Domínio de Gerenciamento pode implementar outros grupos de funcionalidades opcionais
dentro do Componente ATN do gateway.

3.1.2.5.3 Unidade de Controle e Transferência de Mensagem


No gateway AFTN/AMHS, a unidade de Controle e Transferência de Mensagem
provê funções no nível de aplicação relacionadas com a unidade de Acesso – AU do MHS,
que não são partes do Componente AFTN, nem do Componente ATN. Estas funções ligam
e integram os outros dois componentes e são essenciais para a operação do gateway. Elas
incluem:

a) rotinas gerais, que cobrem dois assuntos principais:


− armazenamento das informações de tráfego, e
− tabelas de endereçamento que incluem a informação necessária para o
processo de conversão de endereços entre os dois ambientes de
endereçamento;
b) conversão AMHS para AFTN dos objetos de informação recebidos do AMHS
com potencial envio pela AFTN. Por ter o AMHS maior nível de
funcionalidade que a AFTN, esta função inclui todo processamento
necessário para determinar a habilidade do gateway de converter o objeto de
informação e as ações necessárias relacionadas com a potencial rejeição, se a
AFTN não puder transmitir o objeto de informação recebido.
c) conversão AFTN para AMHS das mensagens recebidas da AFTN com
potencial envio pelo AMHS. Com o propósito de isolação, no caso das
mensagens de serviço AFTN, o gateway converte, automaticamente, somente
as mensagens que têm um significado de informação fim a fim e que tenham
uma equivalente no AMHS.

3.2 ORGANIZAÇÃO DO STMA

Inicialmente, o domínio de gerenciamento do STMA deverá ser composto por


dois subdomínios de gerenciamento com centros (CTMA) localizados em Brasília e
Manaus.
Futuramente, e havendo a necessidade, outros subdomínios poderão ser formados.
O Anexo D apresenta uma distribuição do domínio de gerenciamento do Brasil
(SB), de acordo com o Esquema de Endereçamento Comum para o AMHS (CAAS),
adotado pela OACI. Esta distribuição foi baseada nas FIR com quantidade significativa de
assinantes, sendo que a FIR Atlântico foi atendida pelo subconjunto da FIR Recife. Os
usuários e/ou subconjuntos por FIR serão posteriormente agrupados para compor os
subdomínios de responsabilidade do CTMA-BR e do CTMA-MN.
Tanto a infra-estrutura do STMA em Brasília, como em Manaus, deve ter a
capacidade de suportar o tráfego de mensagens ATS de todos os usuários existentes no
domínio de gerenciamento do Brasil, incluindo usuários humanos e usuários
automatizados, como OPMET, SISNOTAM, STPV, entre outros.
Em caso de falha de uns dos centros (Brasília ou Manaus), o MTS implantado
deverá possuir mecanismos para garantir a operacionalidade de todos os usuários.
O principal centro de operações do STMA deve ficar localizado em Brasília,
aproveitando os recursos humanos existentes no CCAM-BR.
O centro de Manaus poderá ter recursos de gerenciamento mais básicos podendo
ser completamente operado remotamente, a partir do centro de Brasília.
A implantação do STMA deverá ser de tal forma que mantenha a continuidade do
serviço de mensagens, atualmente, fornecido pela AFTN.

3.3 IMPLANTAÇÃO DO STMA


A migração dos usuários da AFTN para o STMA será dividida em fases de acordo
com o Plano de Migração apresentado no Anexo E. Este plano poderá ser ajustado em
função das particularidades de cada localidade, entretanto deverá atender as seguintes
premissas:
• priorizar a migração dos assinantes do CCAM-BR;
• um assinante AMHS deverá possuir, no mínimo, o mesmo nível de qualidade
de serviço de mensagem em relação ao AFTN;
• a migração não deverá ocorrer enquanto não for possível atingir o nível de
qualidade de serviço da AFTN; e
• o terminal AFTN permanecerá operando em conjunto com o serviço AMHS,
até que seja comprovada a operacionalidade do novo serviço.
O Plano de Migração descreve uma estratégia inicial de transição entre
sistemas de forma a manter a continuidade do serviço de mensagens ATS no
SISCEAB.

Figura 7 - Infraestrutura AMHS


INTEGRAÇÃO ENTRE TERMINAL DE
ASSINANTES AMHS E SAIS

D.1 Integração entre Terminal de Assinantes AMHS e SAIS

A versão 1.1.0 do Terminal de Assinantes AMHS disponibiliza ao SAIS a funcionalidade de


envio e recebimento de mensagens ATS através da interface de leitura e escrita de
arquivos, seguindo o mesmo padrão utilizado pelo aplicativo TECOMIP. Desta forma o SAIS
e o Terminal de Assinantes AMHS se comunicam através de arquivos disponibilizados em
diretórios compartilhados entre si, sendo o protocolo de verificação, leitura e escrita de
arquivos muito simples.

Com a versão 1.1.0 do Terminal de Assinantes AMHS o aplicativo TECOMIP, amplamente


utilizado nas salas AIS ao longo do SISCEAB, poderá ser gradativamente substituído sem
que nenhum prejuízo operacional, no tocante a utilização do Serviço Fixo Aeronáutico pelo
SAIS, seja verificado.

O presente texto visa orientar a atividade de configuração dos diretórios compartilhados


entre o SAIS e o Terminal de Assinantes AMHS, considerando que a instalação destes
aplicativos é abordada em seus respectivos manuais. Cabe ressaltar que o presente texto
não apresenta um passo a passo sobre tal configuração, visto que diferentes situações
podem ser encontradas em cada sala AIS, mas sim uma breve descrição dos mecanismos
de transmissão e recepção de mensagens e uma lista de verificação das configurações que
precisam ser garantidas para que a comunicação entre estes aplicativos ocorra conforme o
projetado.

D.2 Mecanismo de transmissão de mensagens

A transmissão de mensagens pelo SAIS acontece através da escrita da mensagem


confeccionada por este aplicativo em arquivo de formato texto, no diretório de transmissão
de mensagens compartilhado com o Terminal de Assinantes AMHS.
Ao formatar uma mensagem, o SAIS salva um arquivo com extensão MSG no diretório de
transmissão. A cada segundo, o Terminal de Assinantes AMHS lê este diretório à procura de
mensagens com esta extensão.

Se ao ler o diretório de transmissão um ou mais arquivos forem verificados, o TA AMHS


retira do conteúdo do arquivo os destinatários informados e verifica se os mesmos são
validos e existentes em sua tabela local de endereços.

No caso de sucesso na verificação de destinatários, a mensagem é convertida para o


padrão AMHS e então submetida para a fila de saída de mensagens e neste momento o
arquivo tem a sua extensão alterada para um número de sequência gerenciado localmente
pelo TA AMHS. A mensagem fica na fila até que a temporização de envio de mensagens no
TA AMHS vença, ou até que o usuário pressione a tecla F2 em sua janela principal. Se a
mensagem for corretamente submetida, o arquivo tem sua extensão alterada para QSL. Se
houver algum problema na transmissão da mensagem, por motivos de insucesso na
conexão entre o TA AMHS e o MTA AMHS (servidor), a mensagem tem sua extensão
alterada para QTA.

No caso de sucesso total na transmissão da mensagem há ainda mais uma verificação que
pode ser realizada pelo operador, pois uma mensagem de confirmação de entrega deve ser
recebida no TA AMHS. Esta mensagem referencia o nome do arquivo gerado pelo SAIS e
também o número de sequência gerado para a mensagem original no momento da troca da
extensão MSG.
No caso de problema com qualquer um dos endereços informados no conteúdo do arquivo,
a mensagem não é inserida na fila de saída e duas ações são sequencialmente tomadas
pelo TA AMHS: A geração de um alerta em sua janela principal e a alteração da extensão
do arquivo de MSG para ERR. O operador, neste caso, pode proceder da seguinte forma:
Ou alterar endereço inválido ou inexistente diretamente no arquivo ou então, em conjunto
com a supervisão do AMHS no CTMA-BR ou CTMA-MN, providenciar o cadastramento do
endereço no Serviço de Diretório. Após umas destas duas providências, o arquivo pode ser
manualmente renomeado para MSG e então o mecanismo é reiniciado.
Os arquivos MSG gerados pelo SAIS devem ser disponibilizados na pasta com caminho
absoluto descrito abaixo:

C:\Documents and Settings\All Users\Documentos


Compartilhados\TA_AMHS\dados\transmissao

A Figura D.1 ilustra o mecanismo acima descrito.

FIGURA D.1 – MECANISMO DE TRANSMISSÃO DE MENSAGENS GERADA PELO SAIS

D.3 Mecanismo de recepção de mensagens


A recepção de mensagens, sob o ponto de vista de Terminal de Assinantes AMHS, é
disponibilizada através de um mecanismo simples de escrita em arquivo. Um arquivo com
extensão RX é criado diariamente, com seu nome no formato AAAAMMDD. Neste arquivo
são sequencialmente inseridas todas as mensagens recebidas pelo TA AMHS, após a
tradução do formato AMHS para o alfabeto ITA-2. É um arquivo de formato texto e pode ser
editado por qualquer editor do Windows.
Na mudança de dia, um novo arquivo é gerado e o do dia recém encerrado é movido para
uma pasta de nome também no formato AAAAMMDD. Adicionalmente ao arquivo bruto RX,
são gerados outros arquivos RX, um para cada mensagem recebida. Tais arquivos são
armazenados no diretório AAAAMMDD e a identificação destes arquivos é realizado em
acordo com o formato HHMMSS.
Os arquivos RX, e as pastas AAAAMMDD, são gerados pelo TA AMHS na pasta com
caminho absoluto descrito abaixo:
C:\Documents and Settings\All Users\Documentos Compartilhados\TA_AMHS\dados\log

D.4 Lista de verificação das configurações necessárias para conexão entre TA


AMHS e SAIS

1) Garantir que o computador no qual o SAIS é executado leia o diretório de


mensagens recebidas do computador no qual o TA AMHS é executado.

2) Garantir que o computador no qual o SAIS é executado escreva mensagens no


diretório de mensagens a transmitir do computador no qual o TA AMHS é executado.

3) Garantir a configuração do SAIS indicando os diretórios de transmissão e recepção


de mensagens conforme descrito acima. A Figura D.2 destaca quais campos
devem ser alterados no SAIS.

4) Garantir o endereço do originador de mensagens em conformidade com a caixa de


mensagens do TA AMHS. Esta confirmação deve ser realizada em conjunto com a
supervisão do CTMA ao qual o TA AMHS está conectado.

IMPORTANTE 1: No caso dos aplicativos serem executados na mesma máquina, informe


os diretório absolutos mencionados acima.

IMPORTANTE 2: No caso dos aplicativos serem executados em máquinas diferentes, o


administrador do domínio deve garantir o compartilhamento das pastas no computador
do TA AMHS através de serviço do Windows. E, de forma análoga, o mapeamento de
rede para os diretórios do TA AMHS na máquina do SAIS.

IMPORTANTE 3: Para a pasta de transmissão de mensagens, o compartilhamento


deve ser se leitura e escrita.
FIGURA D.2 – JANELA DE CONFIGURAÇÃO DO SAIS

4. ABREVIATURAS

AFTN Rede de Telecomunicações Fixas Aeronáuticas


AMHS Serviço de Tratamento de Mensagens ATS (AMHS)
ATN Rede de Telecomunicações Aeronáuticas
AU Unidade de Acesso
CAAS Esquema de Endereçamento Comum AMHS
CN Nome Comum
CTMA Centro de Tratamento de Mensagens Aeronáuticas
MS Armazenador de Mensagem
MTA Agente de Transferência de Mensagem
MTS Serviço de Transferência de Mensagem
PRMD Domínio de Gerenciamento Privado
STMA Serviço de Tratamento de Mensagens Aeronáuticas
UA Agente de Usuário

Você também pode gostar