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Tecnologias Móveis e Sem Fio

Teaching material
based on GSM
SystemsEngineering,
Tecnologias Mó
8.1 Introdução
Artech House
Publishers, 1997.
Móveis e Sem Fio
8 GSM – Parte 1  Na década de 80, sistemas de telefones celulares analógicos
foram desenvolvidos na Europa.
Profª Ana Cristina B. Kochem Vendramin  Cada país desenvolveu seu próprio sistema, o que levou a
incompatibilidades - problemas de roaming, devido a forma
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Mehrotra 1997 de envio de dados, protocolos e freqüência de comunicação.
Introdução
 Em 1982, foi realizada a CEPT (Conference of European
Arquitetura GSM Posts and Telegraphs) onde formou-se o grupo denominado
Estrutura de rede GSM Groupe Spéciale Mobile.
Serviços GSM  Em 1989, a responsabilidade do GSM passou para o ETSI
(European Telecomunication Standards Institute).
 Em 1990, foram publicadas as especificações da primeira
fase do GSM.
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Introdução Introdução
 O GSM começou a ser comercializado em meados  Padronização da fase 2 do GSM:
de 1991. – Melhores serviços de codificação de voz;
 Atualmente, a sigla GSM significa Global System – Serviços mais avançados de transmissão de
for Mobile Communications. dados
 Sistema celular digital da segunda geração (ex. General Packet Radio Service – GPRS).
 A tecnologia GSM é utilizada nas bandas de
freqüência de 850 MHz, 900 MHz, 1800 Mhz e
1900 MHz.
– Para roaming internacional  aparelhos quadri-
band.
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8.2 Arquitetura GSM Arquitetura GSM


 Um sistema GSM é formado por três subsistemas:
– Subsistema de estação rádio base (BSS - Base Station
 A arquitetura do sistema GSM inclui três
Subsystem) interfaces padrões (Figura 6.1):
 Gerenciamento de conexões no caminho de rádio; – Interface A
 Gerencia handoff entre células dentro de um mesmo BSS.  Entre MSC (Mobile Switching Center) e a Estação Base
– Subsistema de rede e comutação Controladora (Base Station Controller – BSC);
 Controla chamadas;
 Autentica e valida conta de assinantes; – Interface Abis
 Controla roaming de assinantes móveis;  Entre a BSC e a Estação Base Transceptora (Base
 Gerencia handoff entre células de diferentes BSSs. Transceiver Station – BTS);
 Interface com a rede telefônica fixa (PSTN) – Interface Um (interface de rádio)
– Centro de operação e manutenção (OMC - Operation and  Entre a BTS a estação móvel (Mobile Station – MS).
Maintenance Center)
 Suporta a interface de operação da rede.
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Arquitetura de um sistema GSM 8.2.1 Subsistema de rede e comutação


BSC  O subsistema de rede e comutação é formado por um
MS EIR
elemento de hardware e quatro elementos de software:
– Centro de Comutação Móvel (MSC);
BTS MS HLR
– Registro de Localização de Unidade Móvel Local (HLR);
PSTN
BTS
BSC MSC
ISDN
CSPDN – Registro de Localização de Unidade Móvel Visitante
PSPDN
PLMN (VLR);
MS
VLR Rede Pública – Registro de Identidade de Equipamento (EIR);
MS BTS – Centro de Autenticação (AuC).
AUC

BSC
BTS

Interface Interface Interface


Um Abis A
[KOCHEM, 2003]
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Subsistema de rede e comutação Subsistema de rede e comutação


 MSC (Mobile Switching Center)  MSC (Mobile Switching Center)
– Gerência de serviços móveis dentro de sua área de – Provê interoperabilidade entre um sistema GSM e
jurisdição. outras redes, tais como: PSTN (Public Switched
– Comutação de chamadas entre estações móveis ou Telephone Network), ISDN (Integrated Services Digital
entre uma estação móvel e um usuário de uma rede Network), PLMN (Public Land Mobile Network).
fixa. – Um MSC com uma interface para redes externas é
– Atribui canais de usuários junto ao BSS pelo qual é chamada de GMSC (Gateway MSC).
responsável.  A chamada para uma MS com origem em uma rede
– Trabalha em conjunto com HLR, VLR, EIR e AuC para externa, entra na rede via GMSC que examina o HLR
prover serviços de tratamento de assinantes móveis. e então repassa a chamada para a MSC onde a MS
 Registro, gerenciamento de assinantes em roaming, se encontra.
transição entre células (handoff), atualização da
localização, autenticação.
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Subsistema de rede e comutação Subsistema de rede e comutação


 HLR (Home Location Register)  VLR (Visitor Location Register)
– Base de dados que contém informações – Base de dados temporários sobre MSs em roaming
administrativas dos assinantes registrados nas suas  MSs que tenham saído da sua área de serviço
respectivas redes GSM domiciliada e estejam estabelecendo uma chamada em
uma nova área associada a um MSC ao qual o VLR
 Dados permanentes (ex.: perfil de serviços);
esteja conectado.
 Dados temporários (ex.: localização corrente da – Quando uma MS visita uma nova área de MSC, o VLR
estação móvel). conectado àquele MSC requisitará dados daquele
– Quando um assinante adquire acesso à rede móvel assinante ao HLR.
de uma operadora de telefonia celular, ele é – Ao mesmo tempo, o HLR será informado sobre a nova
registrado no HLR da operadora. localização da MS.
– Pode haver mais de uma HLR em uma área de – Se a MS desejar estabelecer uma chamada, o VLR terá as
serviço, mas existe apenas uma única entrada por informações necessárias para controlar a chamada e
providenciar os serviços necessários.
assinante.
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Subsistema de rede e comutação Subsistema de rede e comutação


 EIR (Equipment Identity Register)  EIR (Equipment Identity Register)
– A distinção entre a identidade do assinante e o – Equipamentos móveis são identificados pelo IMEI
identificador do terminal é um potencial causador de (International Mobile Equipment Identity).
problemas para o GSM. – IMEI é uma espécie de número serial, alocado pelo
 É possível operar qualquer terminal GSM com um fabricante do equipamento e registrado pela
SIM card válido. operadora, identificando unicamente e
 Oportunidade para mercado negro de equipamentos internacionalmente um equipamento móvel.
roubados. – Um IMEI é considerado inválido se declarado como
– O EIR é uma base de dados que contém uma lista de roubado ou incompatível com a rede.
todos os equipamentos móveis válidos na rede GSM.

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Subsistema de rede e comutação 8.2.2 Subsistema de estação rádio base


 AuC (Authentication Center)  Subsistema de Estação Rádio Base (BSS - Base
– O procedimento de autenticação checa a validade do cartão SIM Station Subsystem)
dos assinantes e se eles têm permissão para usar a rede em
questão.  Responsável pelo controle da ligação, via rádio, com a
– A autenticação baseia-se no algoritmo A3 armazenado no cartão estação móvel (equipamento móvel + cartão SIM);
SIM e na base de dados protegida AuC.
– A3 utiliza dois parâmetros:  Assegura a cobertura de n células;
 Chave secreta de autenticação Ki armazenada no SIM e na  É composto por:
rede;
 Número gerado aleatoriamente (RAND) que é transmitido – Um Controlador de Estações Rádio Base (BSC –
para o cartão SIM da MS servindo como entrada para o Base Station Controller);
algoritmo.
– O resultado é enviado da MS para a rede onde seu valor é
– Uma ou mais Estação Rádio Base Transceptor
comparado com o valor calculado pelo AuC. (BTS – Base Transceiver Station);
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Subsistema de estação rádio base Subsistema de estação rádio base


 BTS  BSC
– Aloja os transmissores/receptores de rádio e antenas que – Gerencia os recursos para uma ou mais BTS (grupo
definem cada célula da rede. de células).
– Suportam e monitoram os protocolos de interface de rádio com a
estação móvel possibilitando que estas sejam capazes de
– Principais funções:
estabelecer/receber chamadas em uma célula.  Configuração dos canais de rádio;
– Em uma grande área urbana, há várias BTSs.  Controle de salto em freqüências;
– Cada célula possui uma BTS localizada, normalmente no centro.  Transição entre células (handoff) dentro do mesmo BSS.
– Sua potência de transmissão determina o tamanho da célula.  Controle dos níveis de potência das BTSs.
– Recursos inteligentes que foram incorporados em BTSs  Conexão entre as estações móveis e o MSC.
analógicas, tais como medidas nos canais de rádio para critério
– O hardware do BSC pode ser instalado no mesmo
de handoff, foram repassados para as ERMs.
local das BTSs, em um lugar próprio ou no mesmo
– Duas ou mais BTSs são controladas por uma BSC.
local da MSC.
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8.2.3 OMC 8.2.4 Estação Móvel (MS) ou ERM


 Centro de operação e manutenção  Inclui o equipamento de rádio e a interface homem-
– Central de comando em uma rede móvel. máquina (Man Machine Interface – MMI) que o
– A partir do OMC, o operador da rede pode monitorar e assinante precisa para acessar os serviços
comandar todos os parâmetros da rede, a configuração fornecidos por uma GSM PLMN.
atual e as condições de funcionamento.
 Pode transportar voz e dados.
– Reúne todas as funções de gestão e administração de
uma rede móvel (ex.: processo de tarifação).  Terminais distinguem-se por sua potência e
– Controla aspectos técnicos da transmissão via rádio aplicação:
(BSS e MSs) e os aspectos do estabelecimento das – ERMs permanentemente instaladas em carros podem
chamadas (elementos do subsistema de rede e ter uma potência máxima de saída de até 20 W.
comutação). – ERMs de bolso podem emitir até 1 W.

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Estação Móvel (MS) ou ERM Estação Móvel (MS) ou ERM


 Identificada por um IMEI (International Mobile  GSM faz distinção entre a identidade do assinante e a
identidade do equipamento
Equipment Identity)
– Uma GSM PLMN roteia chamadas e faz cobranças
– Permanentemente armazenado no terminal baseada na identidade do assinante ao invés do terminal
móvel; móvel sendo usado.
– Sob demanda, a MS envia este número sobre o – Isto é possível através do uso do módulo de identidade de
canal de sinalização para o MSC; assinante (Subscriber Identity Module - SIM).
– O IMEI pode identificar unidades de celulares – Os dados do assinante são armazenados no módulo SIM.
roubadas ou com operação defeituosa. – O assinante é identificado no sistema quando ele insere o
cartão SIM no equipamento móvel (equipamento é
genérico sem o SIM).

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Cartão SIM Cartão SIM


 Quando o SIM é inserido no celular o assinante precisa entrar com  Conteúdo do cartão SIM (cont.):
sua senha para poder utiliza-lo.
– Chave de Desbloqueio Pessoal (PUK) de 8 dígitos.
– Senha pode ser desativada, porém, perde-se a segurança.
– Senha de 4 dígitos  (Personal Identification
 Conteúdo do cartão SIM:
Number - PIN);
– IMSI (International Mobile Subscriber Identity) para identificar
de forma única e permanente o assinante na rede móvel;  Se um PIN errado for fornecido 3 vezes seguidas, o
– TMSI (Temporary Mobile Subscriber Identity) atribuída e cartão fica bloqueado.
alterada periodicamente pelo VLR para identificar  Cartão pode ser desbloqueado com a PUK.
temporariamente um assinante (protegendo-o de ser
identificado pelo seu IMSI em tentativas de monitoração dos
canais de rádio);
– Um microprocessador para realizar operações de segurança;
– Uma RAM e uma ROM.
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Cartão SIM 8.3 Estrutura de rede GSM


 Conteúdo do cartão SIM (cont.):
 Área de serviço GSM
– Chave de autenticação Ki de 128 bits
– Composta pela combinação de todos os países onde
 Única para o cartão SIM; uma estação GSM pode ser servida (Figura 6.2 (d)).
 Também mantida no AuC;
 Utilizada nos algoritmos A3 e A8 para autenticação e
 PLMN (Public Land Mobile Network) (Figura 6.2 (a))
confidencialidade, respectivamente.
– Estabelecida e gerenciada por uma operadora;
– Algoritmo A3  autenticação: usa a chave Ki ao calcular a
resposta do desafio (número randômico) para o BSS. – Pode haver várias áreas de serviço PLMN dentro de um
– Algoritmo A8: usa a chave secreta Ki para gerar uma nova país;
chave secreta (Kc) utilizada para criptografar mensagens de – Cada PLMN, por sua vez, pode ser dividida em
voz e dados. diferentes áreas de serviço controladas por um MSC.
– Algoritmo A5: criptografa as mensagens antes de serem
transmitidas.
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Estrutura de rede GSM Estrutura de rede GSM


 Área de serviço MSC/VLR (Figura 6.2 (b))
– Uma PLMN pode ter várias áreas de serviço MSC/VLR;
– MSC controla as chamadas somente dentro de sua jurisdição.

 Área de localização (Location Area - LA) (Figura 6.2 (c))


– Existem várias LAs dentro de uma área de serviço MSC/VLR.
– Em uma LA, uma estação móvel pode se mover livremente sem
precisar atualizar seus dados de localização.
– Dentro de uma LA, uma mensagem de paging é enviada em
broadcast a fim de encontrar um assinante.
– A LA pode ser identificada pelo sistema usando a identidade de
área de localização (Location Area Identity – LAI).
– Uma LA é subdividida em células.
[MEHROTRA, 1997] 27 28

Estrutura de rede GSM 8.4 Serviços GSM


 Célula  SMS (Short Message Service): mensagem com no
– Representa a área de cobertura de rádio de uma máximo 160 caracteres alfanuméricos enviada para/de
BTS. uma MS. Se a MS for desligada ou deixar sua área de
cobertura, a mensagem será armazenada e enviada
– Pode ter um raio entre 100 m e 35 km.
quando a MS estiver ativa novamente.
– Estações móveis distinguem células através do
 Cell broadcast: mensagem de no máximo 93 caracteres
código de identificação da estação rádio base (Base
que pode ser enviada para todas as MSs em uma certa
Station Identification Code - BSIC) enviado pela
área de cobertura. Aplicações típicas: aviso de
estação base em broadcast na interface aérea.
congestionamento de tráfego.
 Call forwarding: redirecionamento de chamadas
recebidas para um outro número se a MS estiver
ocupada ou se não receber resposta.
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Serviços GSM Referência Bibliográfica


 Correio eletrônico por voz. ALENCAR, Marcelo Sampaio de. Telefonia Celular Digital.
Érica, 2004.
 Call waiting: permite que o assinante móvel seja
notificado de uma outra chamada durante uma
conversação. Assinante pode responder ou rejeitar KOCHEM, Ana Cristina Barreiras. Controle de Admissão de
Chamadas, Reserva de Recursos e Escalonamento para
essa chamada. Provisão de Qualidade de Serviço em Redes GPRS.
 Call hold: permite que o assinante interrompa uma Dissertação de Mestrado. CEFET, 2003.
chamada e posteriormente a restabeleça.
 Multiparty service: permite que o assinante MEHROTRA, Asha. GSM System Engineering. Artech House
Publishers,1997.
estabeleça uma conversação em grupo (conversação
simultânea entre 3 e 6 assinantes móveis).

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