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GSM
d) Falta de
CAPÍTULO 1 concorrência de outros mercados, uma vez que os padrões dos
Estados Unidos e Japão somente se tornaram efetivos quando o GSM já estava
consolidado
INTRODUÇÃO
Por solicitação do Reino Unido, uma versão do GSM operando na faixa de 1800 MHz
foi incluída no processo de especificação. Este sistema foi designado com Digital
Cellular System (DCS 1800), embora a denominação GSM 1800 seja atualmente mais
utilizada. Posteriormente, foi feita uma adaptação do GSM para a faixa de 1900 MHz
com a finalidade de atender aos requisitos do PCS (Personal Communications System)
americano. Estas versões entraram em operação a partir de 1995. Atualmente (2009) o
GSM responde por mais de 80% do mercado de telefonia celular. Os seguintes fatores
foram os que mais contribuíram para o sucesso do GSM:
O SISTEMA GSM
Este sistema é responsável por todas as funções relacionadas com a transmissão rádio.
2.1.6
2.2.2 OMC (Operational
Interface aérea (Um)and Maintenance Center) – Centro de Operações e
Manutenção
Esta interface utiliza o protocolo LAP-Dm, onde a letra m se refere ao enlace rádio com
aUnidade
MS, o qual é também
funcional, compatível
conectada com a rede
por enlaces RDSI.
de dados a outros componentes da rede como
os MSCs e as BSCs. Através desta unidade a operadora monitora e controla diversos de
parâmetros do sistema.
2.2.3 Interface Dependendo
A entre BSC e MSC do tamanho da rede pode haver vários OMCs.
2.2.5 Interfaces B e H
As interfaces B entre MSC e VLR e H entre HLR e AUC não estão padronizadas, pois
se tratam normalmente de interfaces internas entre estas unidades (MSC/VLR e
HLR/AUC).
Cada rede telefônica precisa de uma estrutura especifica para encaminhar as chamadas
de entrada para a central correta eFig.
em 1.3
seguida para o assinante.
– Interfaces de Rede Em uma rede móvel,
essa estrutura é muito importante porque os assinantes são móveis. Como os assinantes
2.2.1 Interface Abis entre a BTS e a BSC
se deslocam através da rede, estas estruturas são utilizadas para monitorar sua
localização.
2.3.1 Célula
A área de serviço de uma PLMN corresponde ao conjunto de células para o qual uma
operadora de rede oferece cobertura radioelétrica e acesso.
Definida pela área geográfica onde um assinante pode obter acesso a uma rede GSM.
CÓDIGOS DE IDENTIFICAÇÃO
São canais
1900 bidirecionais
MHz usados1850
na conversação
– 1910 entre a MS1930
e a BTS, sendo classificados
– 1990 América
como:
a) Normal (ou de voz) – utilizado em taxa plena (full rate) ou meia taxa (half rate). No
primeiro caso a taxa de transmissão é de 13 kb/s e no segundo 6,5 kb/s;
Conforme pode ser observado na Fig. 3.3, dependendo da função de controle, estes
canais possuem uma estrutura bem mais complexa.
Taxa Plena
(TCH/F)
Canais de Tráfego Móvel - Base
(TCH) Base - Móvel
Meia Taxa
(TCH/H)
Correção de Freqüência
(FCCH)
Canais de Radiodifusão
(Broadcast) Sincronização
(SCH)
Busca
(PCH)
Canais de Controle
Canais de Comum
Sinalização e Acesso Concedido
Controle (CCH) (AGCH)
Controle Independente
(SDCCH)
Canais de Controle
Dedicado Controle Associado Móvel - Base
Lento (SACCH) Base - Móvel
Controle Associado
Rápido (FACCH)
Estes canais também ocupam a janela 0 da portadora BCH e são utilizados para
estabelecer e suportar um enlace dedicado entre a BTS e MS. Existem 3 (três) tipos de
canais de controle comum:
i) Canal de Busca (Paging Channel – PCH): Utilizado pela BTS para chamar
um determinado terminal na rede;
3.2 RAJADAS
Para os canais de controle que utilizam o canal zero de um quadro TDMA, conforme
ilustrado na Fig. 3.6, o multiquadro é composto por 51 quadros correspondendo a uma
duração de 235,4ms (51x4,615ms). Considerando que existem diversos canais lógicos
de controle, a Fig. 3.7 mostra o arranjo normal do canal zero nos enlaces direto e
reverso do GSM.
e) Rajada simulada – similar à rajada normal e usada para preencher janelas de tempo
(slots) inativas da portadora do BCCH. Este procedimento, denominado qualidade de
monitoração, possibilita a medida contínua da potência do BCCH.
A MS pode ocupar uma posição qualquer dentro da célula. Devido à mobilidade dos
usuários, a distância entre a MS e a BTS varia. Consequentemente, o tempo de
propagação nos enlaces direto e reverso apresenta variações. Entretanto, a técnica
TDMA não tolera desvios de tempo, uma vez que tem que haver um sincronismo
preciso entre a transmissão e a recepção das rajadas de dados. Rajadas transmitidas por
diferentes MSs em janelas adjacentes não devem estar superpostas por mais de um
período de guarda, mesmo que os tempos de propagação sejam muitos diferentes.Para
evitar colisões (Ver Fig. 3.8), o início da transmissão de uma MS deve estar avançada
proporcionalmente à distância entre a mesma e a BTS. Este processo de ajustamento das
transmissões é denominado alinhamento adaptativo do quadro.
O ajuste necessário é dado pelo tempo de propagação relativo ao trajeto de ida e volta
entre a BTS e a MS. Em outras palavras, o ajusto refere-se a duas vezes o tempo de
propagação entre estas estações. Desta forma, a faixa de compensação para evitar
superposição das rajadas situa-se entre zero (sem compensação) e a duração de 31,5
bits, isto é, 116μs, possibilitando ajustar até uma distância máxima de 35km entre a
BTS e a MS.
3.5equipamento
O – SALTO EM GSMFREQUÊNCIA
é fabricado com a possibilidade de operar ou não com salto em
freqüência. A decisão de empregar ou não esta técnica é da operadora. Cumpre ainda
informar que os canais FCH, SCH, BCCH e AGCH não utilizam o salto em freqüência.
O razão
A GSM deusatal
salto em freqüência
procedimento lento (SFH
é facilitar – Slow Frequency
a localização Hoping)
destes canais para evitar os
pela MS.
efeitos causados por desvanecimento seletivo e por interferência co-canal. Esta técnica
implica na utilização de freqüências portadoras distintas a cada quadro TDMA.
Consequentemente, a taxa de salto é de 217 quadros/s que equivale a 10 -3 x (4,615)-1 /s.
Esta técnica está ilustrada na Fig. 3.9.
Por outro lado, a interferência co-canal depende da localização relativa de duas MSs que
utilizam a mesma freqüência portadora. Em que pese o emprego da distância de re-uso
no cálculo da distância entre as estações, sempre haverá um certo nível de interferência
co-canal entre as mesmas. Utilizando esquemas diferentes de salto para as duas células
com re-uso de freqüência, a probabilidade de interferência co-canal será bastante
reduzida e limitada no máximo a uma fração de tempo correspondente à duração de um
quadro TDMA. Neste contexto, a vantagem que se tem com o salto em freqüência é a
possibilidade de reduzir o fator de reuso em áreas de tráfego intenso.
CAPÍTULO 4
CODIFICAÇÃO E MODULAÇÃO
1) GSM HR – com canal de tráfego em meia taxa – padronizado pelo ETSI em 1994;
2) GSM EFR (Enhanced Full Rate) – codificador aprimorado em relação ao RPE-LTP
com canal de tráfego em taxa completa – padronizado pelo ETSI em 1995;
3) GSM AMR (Adaptive MultiRate) – possui a característica de ajustar a taxa de
codificação às condições do canal de transmissão e opera com o canal de tráfego em
taxa completa ou meia taxa – padronizado pelo ETSI em 1995.
O codificador AMR FR opera com as seguintes taxas (modos): 12,2; 10,2; 7.95; 7.4;
6.7; 5,9; 5,15 e 4,75 kb/s. A Fig. 4.3 apresenta curvas da MOS (Mean Opinion Score)
em função da relação portadora interferência (C/I) para os codificadores EFR e AMR
FR. Estas curvas mostram que cada modo do AMR possui uma região de ótima para ser
utilizado. Por lado, verifica-se que o desempenho do codificador EFR degrada
rapidamente para uma relação C/I inferior a 13 dB.
Fig. 4.3 – Desempenho dos codificadores EFR e AMR FR em função da relação C/I
No caso do AMR HR tem-se um menor número de modos: 7,95; 7,4; 6,7; 5,9; 5,15 e
4,75 kb/s. As curvas da MOS em função da relação C/I apresentam um comportamento
similar ao mostrado na Fig. 4.3. Entretanto, para se obter um mesmo valor de MOS o
AMR HR requer uma relação C/I mais elevada.
Os 260 bits por períodos de 20ms na saída do codificador da fonte são classificados em
3 (três) classes: Ia, Ib e II. Esta classificação tem por base a sensibilidade relativamente
ao erro de bit. A classe Ia reúne os 50 bits mais sensíveis ao erro e que trazem maior
impacto na qualidade da voz. Por esta razão devem ter maior proteção. A estes bits é
aplicado um código de bloco do tipo CRC (Cyclic Redundancy Check) que acrescenta 3
bits de redundância aos 50 bits de entrada.
Na classe Ib estão 132 bits que, embora importantes, são menos críticos do que os bits
da classe Ia. Estes bits são reordenados em conjunto com os bits da classe Ia da forma
indicada na Fig. 4.4. Observe-se nesta figura o acréscimo de 4 bits de cauda (zeros) após
o conjunto reordenado.
A etapa final deste processo é dada por uma codificação convolucional de taxa 1/2 que
engloba os bits das classes Ia e IB, os bits de redundância e os bits de cauda
correspondendo a uma total de 189 bits. Na saída deste codificador tem-se então 378
bits aos quais se somam os 78 bits da classe II que não são codificados. Os 456 bits por
20 ms resultantes do processo definem a taxa de transmissão de 22,8 kb/s para o AMR
FR. Relativamente ao AMR HR a taxa de transmissão final é de 12,2 kb/s.
TABELA 4.1
Taxas do codificador da fonte e do codificador do canal do AMR
12,2 10,6
10,2 12,6
7,95 14,85
FR 7,4 15,4
6,7 16,1
5,9 16,9
5,15 17,65
4,75 18,05
7,95 3,45
7,4 4,0
6,7 4,7
HR
5,9 5,5
5,15 6,25
4,75 6,65
4.3 ENTRELAÇAMENTO DE BITS
O entrelaçamento de bits constitui uma proteção usual contra os erros de rajada que
acontecem quando as condições desfavoráveis do canal de transmissão permanecem por
períodos que cobrem um grande número de bits. No caso do GSM, utiliza-se o seguinte
procedimento. Cada bloco de 456 bits na saída do codificador do canal é dividido em 8
(oito) sub-blocos de 57 bits. Estes sub-blocos são entrelaçados como mostra a Fig. 4.5.
Os números se referem à ordem dos bits na sequência original.
4.4 MODULAÇÃO
A técnica de modulação utilizada no GSM é denominada GMSK (Gaussian Minimum
Shift Keying). Esta técnica constitui uma variação da modulação MSK (Minimum Shift
Keying) onde os dados passam através de um filtro cuja característica de resposta de
freqüência tem forma Gaussiana. Esta filtragem reduz os lobos laterais do espectro de
frequência, minimizando a interferência de canal adjacente. Por outro lado, como a
modulação MSK pode também ser vista como um caso especial do esquema FSK
(Frequency Shift Keying), a amplitude constante do envelope do sinal possibilita o uso
de amplificadores de potência sem requisitos de linearidade como é o caso dos
amplificadores classe C. Estes amplificadores têm um custo de produção relativamente
baixo, um alto grau de eficiência e operam por longo tempo sem necessidade de
recarregar as baterias.
RAND: RAND é um número aleatório de 128 bits gerado pelo AuC. É usado
durante a fase inicial da seqüência de autenticação do GSM;
SRES (Signed Response): SRES um número de 32 bits que resulta da aplicação do
algoritmo A3 tendo RAND como entrada;
Kc (Chave de criptografia): o Kc é uma chave de 64 bits, usada para cifrar e decifrar
os dados transmitidos entre o terminal e a estação base durante a comunicação. A
chave Kc é gerado pelo algoritmo A8, no AuC e no SIM, tendo como entrada o
RAND e a chave de identificação original Ki.
Observa-se que a chave de autenticação do usuário está protegida fisicamente, uma vez
que está armazenada somente no servidor AuC e embutida no cartão SIM.
b) A rede visitada submete então sua identificação, juntamente com o IMSI do usuário
ao Centro de Autenticação (AuC), que responde com trio contendo o RAND, o SRES e
a Kc. O SRES contido no trio é gerado no AuC pela utilização do algoritmo A3, tendo
como parâmetros de entrada o número aleatório RAND e a chave Ki de autenticação do
usuário. Da mesma forma, a chave de sessão Kc é gerada utilizando-se o algoritmo A8.
Nota-se
5.2 que apesar daErede
SINCRONISMO visitada conhecer tanto o SRES quanto a chave Kc para esta
REGISTRO
sessão de comunicação particular, a mesma não dispõe de qualquer informação sobre a
chave
Após oKiterminal
de autenticação
móvel serdoexecuta-se
usuário; uma série de operações visando encontrar a rede
GSM, sincronizar-se e registrar-se na mesma.
c) Em seguida, a rede visitada envia o número aleatório RAND de 128 bits à estação
móvel;
1. Inicialmente, o terminal móvel busca uma portadora de radiodifusão (broadcast)
na célula onde está localizado. Para isto são medidas todas as portadoras
disponíveis
d) O cartão SIM nanaestação
área onde se encontra.
móvel, recebendoA oportadora
RAND do deaparelho
radiodifusão
GSM,que contém
utiliza o os
mesmocanais de controle
algoritmo A3 e a échave
identificada
Ki parapor transmitir
gerar umaSRES.
seu próprio potência superior àsentão,
O aparelho, demais
existentes
transmite na célula;
este SRES de volta à rede visitada;
e) A2.rede
A seguir,
visitadao compara
terminal móvel
o SRESrecebe
que recebeu
o canalcomo
lógicouma
FCCH
resposta
para ajustar
da estação
sua móvel
com ofreqüência;
SRES recebido anteriormente do AuC e armazenado no VLR. Se os dois valores
de SRES forem idênticos, a ligação será autorizada; caso contrário, será rejeitada;
3. O próximo passo é identificar o canal lógico de sincronismo SCH através do
f) Se aqual recebe
ligação for oautorizada,
código de oidentificação
cartão SIM noda terminal
ERB; móvel calcula também sua
própria versão da chave Kc, utilizando o RAND e a chave de autenticação de usuário Ki
como4.entradas
A fase dedosincronismo
algoritmo A8. Nota-se que
é encerrada comaachave de Kc
recepção donão é transmitida
canal de controleentre
de a
estaçãoradiodifusão
base e a estação móvel, sendo gerada independentemente em cada
(BCCH) e as seguintes informações: a) o BCCH das células uma;
vizinhas com até 16 frequências de portadoras; b) a identidade global da célula –
CGIde(Cell
g) A fim Global
suportar Identity) – com
comunicações o código
seguras do país, código
nas subseqüentes da de
trocas rede móvel,
dados entre a
código de área e identidade da célula; c) a quantidade de canais de controle
rede visitada e a estação móvel, tanto a estação móvel quanto a rede GSM fornecem as
chavescomum
Kc e o (CCCH);
número dob)quadro
as potências
TDMA máxima e mínima
da ligação que podem
ao algoritmo A5. ser usadas pelo
O resultado é uma
móvel;
seqüência de 114 bits que passa por uma porta OU-EXCLUSIVO com os dois blocos de
dados de 57 bits transmitidos em um único quadro TDMA. Nota-se que, enquanto a
chave Kc permanece constante em uma ligação, a seqüência de 114 bits modifica-se
5. Passando
devido à mudança à fase de registro,
do número o terminal
do quadro TDMA.móvel transmite um acesso aleatório
(RACH) para a ERB/BSC solicitando um canal de controle dedicado (SDCCH).
Em resposta, recebe através de um canal de acesso concedido (AGCH) o
endereço
A Fig.5.1 do SDCCH
mostra a ser usado;
um diagrama esquemático que descreve os processos de
autenticação e criptografia do GSM.
6. Através do SDCCH, o terminal móvel envia a atualização das seguintes
informações: TMSI (Temporary Mobile Subscriber Identity) e LAI (Location
Area Identity). Estes parâmetros ficam armazenados no terminal móvel;
4. O MSC solicita à BSC que seja atribuído um canal de tráfego ao terminal móvel;
6. O MSC envia então o pedido para a rede fixa. O usuário móvel passa a ouvir o toque
de chamada.
5.5 HANDOVER