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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Introdução
A comunicação sem fio é uma das áreas que mais apresenta crescimento com
a evolução tecnológica, já que a necessidade de se comunicar e transferir
informações a qualquer momento se intensificou muito. Neste capítulo, você
vai estudar os conceitos de comunicação sem fio, espectro eletromagnético
e transmissões de dados, além de conferir como se diferenciam os tipos de
antenas, seu ganhos e polarizações.
(Continuação)
1997 Padrão IEEE 802.11 Primeira rede local sem fio (WLAN) de
2 Mbits/s, também conhecida como
consórcio Wi-Fi.
2005 Padrão IEEE 802.16 Rede metropolitana sem fio móvel (WMAN),
também chamada WiMAX pelos fabricantes.
2008 Long Term Evolution Padrão de rede celular de banda larga móvel
(LTE) 3GPP de 4G com taxa > 100 Mbits/s e mobilidade
de 350 km/h.
Codificação Codificação
Criptografia Modulação Multiplexação
da fonte de canal
Decodificação Decodificação
da fonte Descriptografia Demodulação Desmultiplexação
de canal
[…] o canal físico de radiofrequência é definido como uma porção limitada do es-
pectro de frequências que, em sistemas sem fio, se situa em uma faixa do espectro
eletromagnético — conjunto de ondas formadas de diferentes comprimentos de
ondas e frequências — que vai desde alguns Hz até 300 GHz, denominada faixa
de radiofrequências.
Antena isotrópica
Stallings e Beard (2016) afirmam que uma antena irradia energia em todas
as direções, mas geralmente não apresenta de forma igualitária um bom
desempenho em todas elas. Dessa forma, para caracterizar o desempenho
de uma antena, é comum a utilização de um padrão de radiação. Tal padrão
é uma representação gráfica das propriedades de radiação de uma antena,
conforme as coordenadas espaciais. O padrão de radiação utilizado é virtual,
ou seja, não dispõe de existência física real, chamado antena isotrópica.
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Chen e Luk (2009) afirmam que fisicamente uma antena isotrópica não
pode existir, pois não é possível que seu campo de radiação seja consistente
em todas as direções simultaneamente. Dessa forma, a radiação isotrópica é
utilizada como base de comparação para calcular a diretividade das antenas
físicas.
Antena anisotrópica
As antenas físicas são anisotrópicas, ou seja, não irradiam de forma igualitária
em todas as direções. De acordo com Rochol (2018), elas são divididas em
antenas omnidirecionais e direcionais.
As antenas omnidirecionais são projetadas para irradiar sinais em todas
as direções. Como dito anteriormente, não é possível que uma antena física
irradie sinais em todas as direções com a mesma intensidade simultaneamente,
devido a restrições na eficácia da construção e do material. De acordo com
Chen et al. (2016), uma antena omnidirecional irradia energia de ondas de
rádio de maneira uniforme em todas as direções, mas a potência irradiada
vai diminuindo contra os ângulos de elevação acima ou abaixo do plano e
chegando a zero no eixo da antena. Cisco (2007) alega que essas antenas
fornecem padrão de radiação horizontal de 360 graus e são utilizadas quando
existe a necessidade de uma cobertura mais ampla para todas as direções.
Antenas dipolo são as antenas omnidirecionais mais simples e mais utiliza-
das. Possuem dois condutores de uma linha de transmissão, com alimentação
central de radiofrequência. São balanceadas, pois bilateralmente simétricas.
Dispositivos móveis necessitam de antenas dipolo, já que não é possível
saber onde estará o próximo ponto de acesso para conectividade durante
sua locomoção, podendo estar em qualquer direção. Entretanto, antenas
omnidirecionais podem sofrer maiores interferências e ruídos, além de ter
menor intensidade de sinal.
Elas podem ser orientadas de modo horizontal, vertical ou em inclinação.
Podem ser dipolos de meia onda ou dipolos de um quarto de onda. Dipolos
de meia onda (Figura 4) consistem em dois condutores colineares retos com
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2
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onde:
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= 4.4148
Referências
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tronics Hub, 2017. Disponível em: https://www.electronicshub.org/wireless-commu-
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CHEN, Z. N.; LUK, K.-M. Antennas for base stations in wireless communications. New
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www.cisco.com/c/pt_br/support/docs/wireless-mobility/wireless-lan-wlan/82068-
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Introdução à comunicação sem fio 29
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ISOTRÓPICO. In: MICHAELIS: dicionário brasileiro da língua portuguesa. São Paulo:
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ROCHOL, J. Sistemas de comunicação sem fio: conceitos e aplicações. Porto Alegre:
Bookman, 2018.
STALLINGS, W.; BEARD, C. Wireless communication networks and systems. Hoboken:
Pearson, 2016.
TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. Redes de computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson,
2011.
Leitura recomendada
ESTES, A. C. Como começou essa história de transmitir informações sem fio. New York:
Gizmodo, 2018. Disponível em: https://gizmodo.uol.com.br/como-comecou-essa-
-historia-de-transmitir-informacoes-sem-fio/. Acesso em: 13 jan. 2021.