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CAPÍTULO 3

CALOR, TRABALHO E
1a LEI DA TERMODINÂMICA
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1. Calor

“Calor ou transferência de calor é a energia


térmica em trânsito devido a uma diferença de
temperatura no espaço”. (Schmidt, F. W.,
Henderson. R. E., Wolgemuth. C.H., “Introdução as
Ciências Térmicas”. 2004.)
Maior Calor Menor
Temperatura Temperatura
“Calor é definido como sendo a forma de
transferência de energia através da fronteira de um
sistema, em uma dada temperatura, para outro
sistema (ou ambiente), que apresenta uma
Calor
temperatura inferior, em virtude da diferença entre
as temperaturas dos dois sistemas ”
(Borgnakke, C., Sonntag, 2013. “Fundamentos da Maior Menor
Temperatura
Termodinâmica”. Editora Edgard Blücher Ltda. Temperatura
Série Van Wylen.)
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1. Calor

• Convenção de sinais Q>0


Positivo
Q > 0 → Calor transferido para o sistema
Q < 0 → Calor transferido do sistema

Q<0
Negativo
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1. Calor

• Calor não é uma propriedade do sistema, pois depende do


caminho seguido durante o processo, portanto:

2
T =  dT = T2 − T1
2
1
1
Q= Q  Q 2 − Q1
2
P =  dP = P2 − P1
1
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2. Mecanismos da Transferência de Calor

A transferência de calor pode ocorrer de 3 modos distintos:


- Condução;
- Convecção ;
- Radiação.

Fonte: http://bombeirobaldini.blogspot.com/2014/09/transferencia-de-calor-e-
termodinamica.html
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2.1. Condução
Transferência de energia das partículas mais energéticas de uma substância
para as partículas adjacentes, menos energéticas, devido a interações entre
as partículas.
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2.1. Condução

Ocorre em sólidos, líquidos e gases em repouso.

Figura 1.2: Associação da transferência de calor por condução à


difusão de energia devido à atividade molecular
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2.1. Condução

Qx
A ( T1 − T2 )
Qx 
L
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2.1. Condução

Lei de Fourier

100 oC 30 oC
Qx
dT
Qx = − kA
dx
30-100=-70 oC
onde:
Qx – Taxa de transferência de calor [W]
k – Condutividade Térmica [W/moC]
A – Área da seção transversal da parede [m2]
dT/dx – Gradiente de temperatura [oC/m]
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.1.2.1. Condução
Condutividade térmica

dT
Qx = − kA
dx
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2.1. Condução

Condutividade térmica

dT
Qx = − kA
dx
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2.2. Convecção

Quando um fluido a determinada temperatura escoa sobre uma


superfície sólida a temperatura diferente, ocorrerá transferência
de calor entre o fluido e a superfície sólida, como consequência
do movimento do fluido em relação a superfície.

Abrange dois mecanismos:


- Difusão;
Tfluido = 20oC
- Advecção.

Tplaca = 100oC
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2.2. Convecção

A convecção pode ser natural ou forçada.


• Convecção Natural
O movimento ocorre devido a diferença de densidade

Qx
V

TW > T
T

TW
ar
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2.2. Convecção

A convecção pode ser natural ou forçada.


• Convecção Forçada
O movimento ocorre devido a um mecanismo externo

U T

TW > T
ar

TW

Parede Qx
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2.2. Convecção

Lei de Resfriamento de Newton

Q = h A ( Tw − T )

onde:
Q – Taxa de calor [W]
h – Coeficiente de convecção [W/m2 oC]
A – Área [m2]
Tw – Temperatura da parede [oC]
T – Temperatura do fluido [oC]
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2.2. Convecção

O coeficiente de convecção h depende de propriedades físicas


do fluido, da velocidade do fluido, do tipo de escoamento, da
geometria, etc.
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2.3. Radiação

Radiação térmica é a energia emitida pela matéria


que se encontra a uma temperatura diferente de
zero.
A radiação não necessita de um meio físico para se
propagar. A energia se propaga por ondas
eletromagnéticas ou por fótons.
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2.3. Radiação

Emissão da Radiação do Corpo Negro - Lei de Stefan-Boltzmann

En =  Ts4 [W / m ] 2

onde:

En - Poder emissivo do corpo negro

 - Constante de Stefan-Boltzmann igual a 5,67.10-8 W/m2K4

Ts - Temperatura absoluta da superfície [K]


3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2.3. Radiação

Emissão da Radiação de um Corpo Real

E=   Ts4 [W / m2 ]
onde:

E - Poder emissivo de um corpo real

 - Emissividade 01
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2.3. Radiação

Absorção de Radiação

O fluxo de radiação que incide sobre um corpo negro é


completamente absorvido por ele e é chamado de irradiação G.
Se o fluxo de radiação incide sobre um corpo real, a energia
absorvida por ele depende do poder de absorção  e é dado por:

2
G abs =  G [W / m ]
onde:
G abs - Radiação absorvida por um corpo real (irradiação)
 - Absortividade 0    1
G - Radiação incidente - irradiação
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.1.2.3. Radiação
Taxa líquida de transferência de calor por radiação saindo da
superfície, por unidade de área.

Tviz
E =  s  Ts4
4
E =  Tviz
Ts


Q rad =  s Ts −  s Tviz
4 4

Admitindo s = s

Q rad =  s  ( Ts − Tviz )
 4 4
[W / m2 ]
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2- Trabalho

• Um sistema realiza trabalho sobre as suas vizinhanças se o único


efeito sobre tudo aquilo externo ao sistema puder ser representado
pelo levantamento de um peso. y
s2

( )
s2


1
W= F  ds = m V2 − V1
2 2
s1 2 s1

Fonte: Moran, M.J., Shapiro, H.N., 2002.


3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2- Trabalho

• Um sistema realiza trabalho sobre as suas vizinhanças se o único


efeito sobre tudo aquilo externo ao sistema puder ser representado
pelo levantamento de um peso.
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2- Trabalho
Trabalho realizado
• Convenção de sinais pelo sistema

W > 0 → Trabalho realizado pelo sistema Área A

W < 0 → Trabalho realizado sobre o sistema

Sistema dx

W<0 W>0
F
Sistema

Fronteira do
Sistema
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2- Trabalho
Trabalho realizado
• Convenção de sinais pelo sistema

W > 0 → Trabalho realizado pelo sistema Área A

W < 0 → Trabalho realizado sobre o sistema

Sistema dx
F
W<0 W>0

Sistema

Fronteira do
Sistema
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2- Trabalho
Trabalho realizado
• Convenção de sinais sobre o sistema

W > 0 → Trabalho realizado pelo sistema Área A

W < 0 → Trabalho realizado sobre o sistema

Sistema dx
F
W<0 W>0

Sistema

Fronteira do
Sistema
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2- Trabalho
Trabalho realizado
• Convenção de sinais sobre o sistema

W > 0 → Trabalho realizado pelo sistema Área A

W < 0 → Trabalho realizado sobre o sistema

Sistema dx

W<0 W>0
F
Sistema

Fronteira do
Sistema
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2- Trabalho

• O Trabalho avaliado em termos de forças e deslocamentos é


dado por:

2 s2
W = F  ds 
 1
W =
 s1
F  ds

• Trabalho não é uma propriedade do sistema, pois depende dos


detalhes das interações que ocorrem entre o sistema e a
vizinhança (depende do caminho seguido durante o processo),
portanto:

2

2
 1
W  W2 − W1 1
dT = T2 − T1
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.2- Trabalho
• Trabalho é um fenômeno de fronteira
• Um sistema não possui ou armazena trabalho e sim energia
• Trabalho de expansão ou compressão

W = Fdx
Área A

Sistema

F
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.2- Trabalho
• Trabalho é um fenômeno de fronteira
• Um sistema não possui ou armazena trabalho e sim energia
• Trabalho de expansão ou compressão

W = Fdx
Área A

Sistema
dx1
F1
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.2- Trabalho
• Trabalho é um fenômeno de fronteira
• Um sistema não possui ou armazena trabalho e sim energia
• Trabalho de expansão ou compressão

W = Fdx
Área A

Sistema dx2
F2 dx1
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.2- Trabalho
• Trabalho é um fenômeno de fronteira
• Um sistema não possui ou armazena trabalho e sim energia
• Trabalho de expansão ou compressão

W = Fdx
x2 Área A
Fdx = 
V2
→ W=
x2
W= P A dx PdV
x1 x1 V1
X2
dV dx3
F
P=  F = P A Sistema
F3 dx2
A dx1
X1

W = Área
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2- Trabalho
T F
Outros tipos de trabalho
• Trabalho de eixo r
T
Weixo = F.s = ( 2r ) n voltas = 2 n voltasT
r T = Fr
Weixo T
Weixo = = 2  n T = T  F=
dt r

Onde:
-T → Torque
- nvoltas → número de voltas
- n → número de voltas na unidade de tempo (rotação)
-  → velocidade angular
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2- Trabalho

Outros tipos de trabalho


• Trabalho da força gravitacional

Wg = m g (z 2 − z1 )

• Trabalho cinético
 Vel 2 − Vel 2 
W = m 2 1 
 2 
 
Onde:
- z → Cota
- m → Massa
- Vel → Velocidade
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2- Trabalho

Outros tipos de trabalho


• Trabalho de mola

1
(
Wmola = k x 2 2 − x12
2
)
onde:
- k → Constante da mola x2 x1

Obs.: F=kx
Wmola = F dx
2 x2
= k ( x 22 − x 12 )
x2 x2 x2 x 1
Wmola =  Fdx =  k x dx = k  x dx = k
x1 x1 x1 2 x1
2
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2- 1ª Lei da Termodinâmica para Sistema Fechado

• Princípio da conservação de energia para Sistema Fechado

E2 − E1 = Q − W

Observações:
- A energia não é destruída, ele é conservada;
- Calor e trabalho são as únicas formas de energia que atravessam a
fronteira do sistema;
- O sinal negativo que aparece com o termo do trabalho é devido a
convenção de sinais;
- A energia E do sistema, na ausência de efeitos elétricos, magnéticos e
superficiais é composta por:
U → Energia Interna
EC → Energia Cinética
EP → Energia Potencial
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2- 1ª Lei da Termodinâmica para Sistema Fechado


• Energia Interna
É a energia armazenada ou possuída pelo sistema devido a energia
cinética microscópica e a energia potencial das moléculas presentes
na substância que o constitui;

• Energia Cinética – EC
É a energia devido ao movimento, como um todo, do sistema.

m V2
EC =
2
• Energia Potencial – EP
É a energia devido a posição do sistema em um campo gravitacional.

EP = m g z
onde: g é a aceleração da gravidade e z é a elevação do sistema em
relação a uma referência
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2- 1ª Lei da Termodinâmica para Sistema Fechado


Considerando a energia como sendo composta pelas energias interna,
cinética e potencial, a primeira lei pode ser escrita como:

E2 − E1 = Q − W

U2 − U1 + EC2 − EC1 + EP2 − EP1 = Q − W

A 1ª Lei em regime estacionário é dada por:

U2 − U1 = Q − W

A 1ª Lei em termos de taxa é dada por:


dE
= Q−W
dt
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.2- 1ª Lei da Termodinâmica para Sistema Fechado
Exercício 1
A figura 1 apresenta um Tanque rígido, fechado, com volume de 0,89186 m3
contendo 1 kg de água a uma pressão de 0,1013 MPa e a uma temperatura de
100oC. O recipiente é aquecido até que a água atinja a temperatura de 120 oC.
Determine a pressão após o aquecimento e o calor fornecido ao sistema.

Tanque rígido, fechado

P1=0,1013 MPa
Água
T1=100oC
T2=120oC
V=0,89186m3
m=1kg

Aquecimento

Figura 1: Esquema do exercício 1


3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.2- 1ª Lei da Termodinâmica para Sistema Fechado
Exercício 2
A figura 2 apresenta um Tanque rígido, fechado, com volume de 1m3 contendo
2 kg de água a uma pressão de 0,1013 MPa e a uma temperatura de 100oC. O
recipiente é aquecido até que a água atinja a temperatura de 110 oC.
Determine a pressão após o aquecimento e o calor fornecido ao sistema.

Tanque rígido, fechado

P1=0,1013 MPa
Água
T1=100oC
T2=110oC
V=1m3
m=2kg

Aquecimento

Figura 2: Esquema do exercício 2


3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.2- 1ª Lei da Termodinâmica para Sistema Fechado
Exercício 3
Um dispositivo êmbolo-cilindro (figura 3) contém um quilograma de água
saturada a pressão de 1MPa e título 0,4. O recipiente é aquecido até que a
água atinja a temperatura de 250 oC. Determine o trabalho realizado e o calor
fornecido ao sistema.

Êmbolo
W

Figura 3: Esquema do exercício 3


3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.2- 1ª Lei da Termodinâmica para Sistema Fechado
Exercício 4a
Um dispositivo pistão-cilindro contém um quilograma de água a 100oC.
Inicialmente, o pistão repousa sobre calços inferiores do cilindro, de forma
que a água ocupa um volume de 0,835 m3. Uma pressão de 150 kPa é
necessária para suportar o pistão. Calor é fornecido à água até que ela se
torne vapor saturado. Determinar: (a) A pressão no final do processo; (b) A
temperatura no final do processo ; (c) O trabalho que a água realiza sobre o
pistão e; (d) O calor adicionado ao sistema.

Calço superior

Calço inferior
W

Q
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.2- 1ª Lei da Termodinâmica para Sistema Fechado
Exercício 4b
Um dispositivo pistão-cilindro contém um quilograma de água a 100oC.
Inicialmente, o pistão repousa sobre calços inferiores do cilindro, de forma
que a água ocupa um volume de 0,835 m3. O cilindro possui também calços
em sua parte superior, de forma que quando o pistão encosta em tais calços o
volume no interior do dispositivo é de 0,88573 m3. Uma pressão de 150 kPa é
necessária para suportar o pistão. Calor é fornecido à água até que ela se
torne vapor saturado. Determinar: (a) A pressão no final do processo; (b) A
temperatura no final do processo; (c) O trabalho que a água realiza sobre o
pistão e; (d) O calor adicionado ao sistema.

Calço superior

Calço inferior
W

Q
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.2- 1ª Lei da Termodinâmica para Sistema Fechado
Exercício 5
Um dispositivo pistão-cilindro contém um quilograma de água a 100oC.
Inicialmente, o pistão repousa sobre calços inferiores do cilindro, de forma
que a água ocupa um volume de 0,835 m3. O cilindro possui também calços
em sua parte superior, de forma que quando o pistão encosta em tais calços o
volume no interior do dispositivo é de 0,87529 m3. Uma pressão de 200 kPa é
necessária para suportar o pistão. Calor é fornecido à água até que a
temperatura atinja 300oC. Determine: (a) A pressão no final do processo; (b) O
trabalho que a água realiza sobre o pistão e; (c) O calor adicionado ao
sistema.
Calço superior

Calço inferior
W

Q
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.2- 1ª Lei da Termodinâmica para Sistema Fechado
Exercício extra
Um dispositivo pistão-cilindro contém um quilograma de água a 100oC.
Inicialmente, o pistão repousa sobre calços inferiores do cilindro, de forma
que a água ocupa um volume de 0,835 m3. O cilindro possui também calços
em sua parte superior, de forma que quando o pistão encosta em tais calços o
volume no interior do dispositivo é de 1,20 m3. Uma pressão de 150 kPa é
necessária para suportar o pistão. Calor é fornecido à água até que ela se
torne vapor saturado. Determinar: (a) A pressão no final do processo; (b) A
temperatura no final do processo ; (c) O trabalho que a água realiza sobre o
pistão e; (d) O calor adicionado ao sistema.

Calço superior

Calço inferior
W

Q
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.2- 1ª Lei da Termodinâmica para Sistema Fechado
Exercício 6
Um dispositivo pistão-cilindro (Figura abaixo) contém dois quilogramas de
água inicialmente a uma temperatura de 900oC, sustentando um pistão a uma
pressão de 4,0 MPa. O cilindro possui calços de forma que quando o pistão
encosta em tais calços o volume no interior do dispositivo é de 0,24574 m3.
Calor é retirado da água até que se atinja a pressão de 2,5 MPa. Determine:
(a) Quanto trabalho é realizado sobre a água;
(b) Quanto calor é retirado do sistema.
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.2- 1ª Lei da Termodinâmica para Sistema Fechado
Exercício 7
Um dispositivo êmbolo-cilindro (figura abaixo) contém dois quilogramas de
água saturada a temperatura de 120oC. Inicialmente, o pistão repousa sobre
calços inferiores do cilindro, de forma que a água ocupa um volume de
0,020000m3. Uma pressão de 300 kPa é necessária para suportar o pistão. O
recipiente é aquecido até que a água atinja a temperatura de 130oC. Determine
o trabalho realizado e o calor fornecido ao sistema.

Êmbolo

Q
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.2- 1ª Lei da Termodinâmica para Sistema Fechado
Exemplo 4.1 – Schmidt et al., 2004.
Um centésimo de quilograma (0,01kg) de ar é comprimido em um dispositivo
cilindro-êmbolo. Encontre a taxa do aumento de temperatura no instante em
que T = 400K; a taxa do trabalho realizado sobre o ar é de 8,165kW e o calor é
removido à taxa de 1,0 kW.

Exemplo 4.2 – Schmidt et al., 2004.


Um gás perfeito é comprimido, de forma isotérmica e reversível, de um
volume de 0,01m3 e uma pressão de 0,1MPa para uma pressão de 1,0MPa.
Quanto calor é transferido durante este processo?

Exemplo 4.3 – Schmidt et al., 2004.


O volume sob o êmbolo com peso do cilindro da fig. E4-3 contém 0,01kg de
água. A área do êmbolo é de 0,01m2 e a massa que está sobre o êmbolo é de
102kg. O topo do pistão está exposto à atmosfera que está a uma pressão de
0,1MPa. Inicialmente a água está a 25oC e o estado final da água é de vapor
saturado. Quanto calor é adicionado à água e quanto trabalho é feito sobre ou
pela água ao ir do estado inicial para o estado final?
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica
3.2- 1ª Lei da Termodinâmica para Sistema Fechado

Aberto à atmosfera

Cilindro

102kg
Pistão
Água

Figura E4-3: Dispositivo pistão-cilindro com água


3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2.1- Análise de 1ª Lei da Termodinâmica para Ciclos

• Quando um sistema em um dado estado inicial percorre uma seqüência


de processos e finalmente retorna àquele estado inicial, o sistema
executou um ciclo termodinâmico.

• Existem muitas aplicações práticas importantes envolvendo geração de


energia, propulsão de veículos e refrigeração para as quais a
compreensão dos ciclos é necessária.
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2.1- Análise de 1ª Lei da Termodinâmica para Ciclos


O balanço de energia para qualquer sistema que percorre um ciclo
termodinâmico tem a forma:

 Eciclo = Qciclo − Wciclo

onde Qciclo e Wciclo representam quantidades líquidas de transferência de


energia por calor e trabalho, respectivamente, para o ciclo.

Como o sistema retorna a seu estado inicial após o ciclo, não há uma
variação líquida da sua energia (Eciclo = 0), dessa forma, o balanço de energia
para um sistema que percorre um ciclo toma a forma:

Wciclo = Qciclo
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2.1- Análise de 1ª Lei da Termodinâmica para Ciclos

• A expressão do balanço de energia para ciclos (Wciclo =Qciclo) deve ser


satisfeita para todo ciclo termodinâmico, não importando a sequência de
processos seguida pelo sistema que percorre o ciclo ou a natureza das
substâncias que compõem o sistema.
• Duas classes importantes de ciclos são:
(a) Ciclos de Potência e (b) Ciclos de Refrigeração e Bomba de Calor,
representadas esquematicamente nas figuras abaixo.

(a) (b)
Corpo Corpo
quente quente

Qentra Qsai
Sistema Sistema
Wciclo = Qentra − Qsai Wciclo = Qsai − Qentra

Qsai Qentra
Corpo Corpo
frio frio
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2.2- Ciclos de Potência

Para ciclos de potência o trabalho líquido entregue a vizinhança é dado


por (foi abandonada momentaneamente a convenção de sinais):

Wciclo = Qentra − Qsai

A Eficiência Térmica é dada por:

Wciclo
t =
Qentra

A Eficiência Térmica alternativamente pode ser escrita como:

Qentra − Qsai Qsai


t = = 1−
Qentra Qentra
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2.3- Ciclos de Refrigeração e Bomba de Calor

Para ciclos de refrigeração e bomba de calor o trabalho líquido necessário


para a execução do ciclo é dado por (foi abandonada momentaneamente a
convenção de sinais):

Wciclo = Qsai − Qentra

Como os ciclos de refrigeração e bomba de


calor têm objetivos diferentes, seus parâmetros
de desempenho, chamados coeficientes de
desempenho, são definidos de maneira
diferente, como segue:
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2.3- Ciclos de Refrigeração e Bomba de Calor

Coeficiente de desempenho para ciclos de refrigeração:

Qentra
R =
Wciclo

Ou alternativamente:

Qentra
R =
Qsai − Qentra
3- Calor, Trabalho e 1a Lei da Termodinâmica

3.2.3- Ciclos de Refrigeração e Bomba de Calor

Coeficiente de desempenho para bombas de calor:

Qsai
 BC =
Wciclo

Ou alternativamente:

Qsai
 BC =
Qsai − Qentra
1a LEI DA TERMODINÂMICA
PARA SISTEMA ABERTO
(VOLUME DE CONTROLE)

SISTEMA ABERTO
SISTEMA
(VOLUME FECHADO
DE CONTROLE)
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
4.1- Balanço de massa
Fronteira do Sistema
coincide com a fronteira
do volume de controle
Instante t

me mVC(t)

Sistema Fechado  Sistema


Volume de
Controle

Sistema aberto  Volume de Controle


Instante t+t
Fronteira do
Volume de Controle
Fronteira do Sistema

mVC(t+t)

Volume de ms
Controle
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
4.1- Balanço de massa

No instante de tempo t o volume de controle coincide com o sistema


e a massa do volume de controle é igual a do sistema, ou seja:

msis (t ) = m vc (t ) (4.1)
No instante de tempo t+t a massa do sistema é dada por:

msis (t + t ) = m vc (t + t ) − me + ms (4.2)

Como a massa do sistema não varia com o tempo (4.1)=(4.2), tem-se :

msis (t ) = msis (t + t )
m vc (t ) = m vc (t + t ) − me + ms

m vc (t + t ) − m vc (t ) = me − ms (4.3)
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
4.1- Balanço de massa

Dividindo-se por t e aplicando o limite para t→0, obtém-se o


balanço de massa em termos de taxa, ou seja:

 m vc (t + t ) − m vc (t )   me   ms 
lim   = lim   − lim  
t → 0  t  t →0 t  t →0 t 

dm vc
= me − ms (4.4)
dt

Considerando vários locais de entrada e saída na fronteira, tem-se:

m − m
dm vc
= e s (4.5)
dt
e s
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
4.1- Balanço de massa

Para regime permanente, dm vc = 0 então:


dt

m − m
dm vc
= e s
dt
e s

0= m − m
e
e
s
s

m = m
e
e
s
s (4.6)
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
4.1- Balanço de massa

Para escoamento unidimensional m = VA , então:

m = m
e
e
s
s
kg m 2
 m
3 s
m
 e Ve A e =  s Vs A s (4.7)
e s

onde:
 – massa específica
A – área
V – velocidade perpendicular a área A
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
4.2- Balanço de energia
Fronteira do Sistema
coincide com a fronteira
do volume de controle
Instante t

Ee EVC(t)
Sistema Fechado  Sistema
Volume de
Controle
Sistema aberto  Volume de Controle
Instante t+t
Fronteira do
Volume de Controle
Fronteira do Sistema

EVC(t+t)

Volume de Es
Controle
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
4.2- Balanço de energia

No instante de tempo t o volume de controle coincide com o sistema


e a energia do volume de controle é igual a do sistema, ou seja:

Esis (t ) = E vc (t ) (4.8)
No instante de tempo t+t a energia do sistema é dada por:

Esis (t + t ) = E vc (t + t ) − Ee + Es (4.9)

 2   V 2 
mas Ee = m e  ue + e + g z e  e Es = m s  us + + g z s  logo
V s
  2 
 2   

 V 2   V 2 
Esis (t + t ) = E vc (t + t ) − me  ue + e + g z e  + ms  us + s + g zs 
 2   2 
   
(4.10)
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
4.2- Balanço de energia

A primeira lei para sistema fechado é dada por:

Esis (t + t ) − Esis (t ) = Q − W (4.11)

Substituindo os valores de Esis(t) e Esis(t+t) das equações (4.8) e


(4.10), respectivamente, tem-se:

 V 2   V 2 

E vc (t + t ) − me ue + e  
+ g z e + ms us + s + g z s  − E vc (t ) = Q − W
 2   2 
   
(4.12)
Rearranjando a equação:
 V 2   V 2 

E vc (t + t ) − E vc (t ) = Q − W + me ue + e  
+ g z e − ms us + s + g zs 
 2   2 
   
(4.13)
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
4.2- Balanço de energia
Dividindo-se por t e aplicando o limite para t→0 em cada termo da
equação (4.13), obtém-se o balanço de energia em termos de taxa, ou seja:
 E (t + t ) − E vc (t )  dE vc
lim  vc  =
t → 0  t  dt
Q
lim   = Q
t → 0  t 

 W
lim   = W
t →0   t 

lim 
(
 m u + V2 / 2 + g z
e e e e )  = m  u Ve2 
e e + + g ze 

t → 0  t  2
   

lim 
(
 m u + V2 / 2 + g z
s s s s )  
 = m u + Vs
2 
+ g zs 
s s 
t → 0  t  2
   
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
4.2- Balanço de energia
Logo, a equação do balanço de energia em termos de taxa fica:

dEvc  Ve2   Vs2 


= Q − W + me  u e + + g z e  − ms  u s + + g zs 
dt  2   2 
   
(4.14)
O trabalho pode ser separado em duas contribuições, uma associada a
pressão do fluido à medida que a massa escoa pela fronteira ( Wpres ) e
outra associada aos demais efeitos (trabalho de eixo, trabalho devido a
efeitos elétricos, magnéticos, etc.) ( Wvc ) , ou seja:
kg N m3
W = Wvc + Wpress m(P v)  ( 2 ) W
s m kg
W = Wvc + ms (Ps vs ) − me (Pe ve ) (4.15)
onde ve e vs são os volumes específicos na entrada e na saída, respectivamente.
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
4.2- Balanço de energia

Substituindo a equação (4.15) na equação (4.14), resulta:


W
dEvc  Ve2   Vs2 
= Q − Wvc − ms ( Ps vs ) + me ( Pe ve ) + me  ue + + g z e  − ms  u s + + g zs 
dt  2   2 
   
Rearranjando a equação:

dEvc  Ve2   Vs2 


= Q − Wvc + me  ue + Pe ve + + g ze  − ms  us + Ps vs + + g zs 
dt  2   2 
   

Substituindo a definição de entalpia h = u+P v resulta:

dEvc  Ve2   Vs2 


= Q − Wvc + me  he + + g z e  − ms  hs + + g zs  (4.16)
dt  2   2 
   
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
4.2- Balanço de energia

Para vários fluxos entrando e vários fluxos saindo a equação da Primeira Lei
da Termodinâmica para Volume de Controle toma a forma:

 Ve2   Vs2 
 
dE vc
= Q − Wvc + me  he + + g ze  − ms  hs + + g z s  (4.16b)
dt  2   2 
   
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
4.2- Balanço de energia
dE vc
Para regime permanente = 0 então:
dt

dEvc  Ve2   Vs2 


= Q − Wvc + me  he + + g z e  − ms  hs + + g zs 
dt  2   2 
   

 Ve2   Vs2 
0 = Q − Wvc + me  he + + g z e  − ms  h s + + g zs 
 2   2 
   

 Ve2   Vs2 
Q + me  h e + + g ze  = Wvc + ms  hs + + g zs  (4.17)
 2   2 
   
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
4.2- Balanço de energia

Para vários fluxos entrando e vários fluxos saindo a equação da Primeira Lei
da Termodinâmica para Volume de Controle em regime permanente toma a
forma:

 Ve2   Vs2 
Q+  me  he +

 2
+ g z e  = Wvc +


 ms  hs +

 2
+ g zs 


(4.17b)
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios

1. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo


representado na figura abaixo e determinar a expressão para o coeficiente
de desempenho do ciclo de refrigeração e do ciclo de bomba de calor.
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios

1. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo


representado na figura abaixo e determinar a expressão para o coeficiente
de desempenho do ciclo de refrigeração e do ciclo de bomba de calor.

• Compressor  Ve2   Vs2 


Q + me  h e + + g ze  = Wvc + ms  hs + + g zs 
 2   2 
   

 V12   V22 
Q + m1  h1 + + g z1  = WC + m2  h2 + + g z2 
 2   2 
   
m1  h1 = WC + m2  h2

WC = m1  h1 − m2  h2 mas m1 = m2 = m

WC = m  ( h1 − h2 )
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios

1. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo


representado na figura abaixo e determinar a expressão para o coeficiente
de desempenho do ciclo de refrigeração e do ciclo de bomba de calor.
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios

1. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo


representado na figura abaixo e determinar a expressão para o coeficiente
de desempenho do ciclo de refrigeração e do ciclo de bomba de calor.

• Condensador  Ve2   Vs2 


Q + me  h e + + g ze  = Wvc + ms  hs + + g zs 
 2   2 
   
 V22   V32 
QC + m2  h2 + + g z 2  = Wvc + m3  h3 + + g z3 
 2   2 
   
QC + m2  h2 = m3  h3

QC = m3  h3 − m2  h2 mas m2 = m3 = m

QC = m  ( h 3 − h 2 )
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios

1. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo


representado na figura abaixo e determinar a expressão para o coeficiente
de desempenho do ciclo de refrigeração e do ciclo de bomba de calor.
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios

1. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo


representado na figura abaixo e determinar a expressão para o coeficiente
de desempenho do ciclo de refrigeração e do ciclo de bomba de calor.

• Dispositivo de Expansão    
Ve2 Vs2
Q + me  h e + + g ze  = Wvc + ms  hs + + g zs 
 2   2 
   

 V32   V42 
Q + m3  h3 + + g z 3  = Wvc + m4  h 4 + + g z4 
 2   2 
   
m3  h3 = m4  h 4 mas m3 = m4

h3 = h 4
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios

1. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo


representado na figura abaixo e determinar a expressão para o coeficiente
de desempenho do ciclo de refrigeração e do ciclo de bomba de calor.
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios

1. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo


representado na figura abaixo e determinar a expressão para o coeficiente
de desempenho do ciclo de refrigeração e do ciclo de bomba de calor.

 Ve2   Vs2 
• Evaporador Q + me  h e + + g ze  = Wvc + ms  hs + + g zs 
 2   2 
   
 V42   V12 
QO + m 4  h 4 + + g z 4  = Wvc + m1  h1 + + g z1 
1  2   2 
   
QO + m4  h 4 = m1  h1

QO = m1  h1 − m4  h 4 mas m4 = m1

QO = m  ( h1 − h 4 )
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios

1. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo


representado na figura abaixo e determinar a expressão para o coeficiente
de desempenho do ciclo de refrigeração e do ciclo de bomba de calor.

• Resumo

WC = m  ( h2 − h1 ) *

QC = m  ( h 2 − h 3 ) *

h3 = h 4

QO = m  ( h1 − h 4 )

* Foi abandonada a convenção de sinais


4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios

1. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo


representado na figura abaixo e determinar a expressão para o coeficiente
de desempenho do ciclo de refrigeração e do ciclo de bomba de calor.

• Coeficiente de desempenho
do ciclo de refrigeração

Qentra
R =
Wciclo

QO m  ( h1 − h 4 )
R = =
WC m  ( h2 − h1 )
h1 − h 4
R =
h2 − h1
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios

1. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo


representado na figura abaixo e determinar a expressão para o coeficiente
de desempenho do ciclo de refrigeração e do ciclo de bomba de calor.

• Coeficiente de desempenho do
ciclo de uma bomba de calor

Qsai
 BC =
Wciclo

QC m  ( h 2 − h 3 )
 BC = =
WC m  ( h2 − h1 )
h2 − h3
 BC =
h2 − h1
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios
2. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo
de Rankine representado na figura abaixo e determinar a expressão para
a eficiência do ciclo.
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios
2. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo
de Rankine representado na figura abaixo e determinar a expressão para
a eficiência do ciclo.

• Caldeira
 Ve2   Vs2 
Q + me  h e + + g ze  = Wvc + ms  hs + + g zs 
 2   2 
1    
 V42   V12 
QCALD + m4  h 4 + + g z 4  = Wvc + m1  h1 + + g z1 
 2   2 
   
QCALD + m4  h 4 = m1  h1
4
QCALD = m1  h1 − m4  h 4 mas m4 = m1 = m

QCALD = m  ( h1 − h 4 )
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios
2. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo
de Rankine representado na figura abaixo e determinar a expressão para
a eficiência do ciclo.
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios
2. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo
de Rankine representado na figura abaixo e determinar a expressão para
a eficiência do ciclo.

• Turbina  Ve2   Vs2 


Q + me  h e + + g ze  = Wvc + ms  hs + + g zs 
 2   2 
   

 V12   V22 
Q + m1  h1 + + g z1  = WTURB + m2  h2 + + g z2 
 2   2 
   
m1  h1 = WTURB + m2  h2

WTURB = m1  h1 − m2  h2 mas m1 = m2 = m

WTURB = m  ( h1 − h2 )
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios
2. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo
de Rankine representado na figura abaixo e determinar a expressão para
a eficiência do ciclo.
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios
2. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo
de Rankine representado na figura abaixo e determinar a expressão para
a eficiência do ciclo.

• Condensador
 Ve2   Vs2 
Q + me  h e + + g ze  = Wvc + ms  hs + + g zs 
 2   2 
   
 V22   V32 
QCOND + m2  h2 + + g z 2  = Wvc + m3  h3 + + g z3 
 2   2 
   
QCOND + m2  h2 = m3  h3

QCOND = m3  h3 − m2  h2 mas m3 = m2 = m

QCOND = m  ( h3 − h2 )
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios
2. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo
de Rankine representado na figura abaixo e determinar a expressão para
a eficiência do ciclo.
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios
2. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo
de Rankine representado na figura abaixo e determinar a expressão para
a eficiência do ciclo.

• Bomba  Ve2   Vs2 


Q + me  h e + + g ze  = Wvc + ms  hs + + g zs 
 2   2 
   
4    
V32 V42
Q + m3  h3 + + g z 3  = WBOMBA + m4  h 4 + + g z4 
 2   2 
   
m3  h3 = WBOMBA + m4  h 4

WBOMBA = m3  h3 − m4  h 4 mas m3 = m4 = m

WBOMBA = m  ( h3 − h 4 )
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios
2. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo
de Rankine representado na figura abaixo e determinar a expressão para
a eficiência do ciclo.

• Resumo

QCALD = m  ( h1 − h 4 )

WTURB = m  ( h1 − h2 )

QCOND = m  ( h2 − h3 ) *
WBOMBA = m  ( h 4 − h3 ) *

* Foi abandonada a convenção de sinais


4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios
2. Aplicar a 1ª Lei da termodinâmica em cada um dos equipamentos do ciclo
de Rankine representado na figura abaixo e determinar a expressão para
a eficiência do ciclo.
• Determinação da expressão
para a eficiência do ciclo.
Wciclo
t =
Qentra
WTURB − WBOMBA
t =
QCALD
m  ( h1 − h2 ) − m  ( h 4 − h3 )
t =
m  ( h1 − h 4 )
( h1 − h2 ) − ( h 4 − h3 )
t =
h1 − h 4
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios

3. Determinar a eficiência térmica do ciclo de Rankine do exercício anterior.


As propriedades em cada ponto do ciclo estão definidas conforme tabela
abaixo e a vazão de vapor é igual a 5kg/s.

Ponto Pressão Temperatura Título


MPa oC

1 5,0 450,0 ( h1 − h2 ) − ( h 4 − h3 )
t =
2 0,1 0,93
h1 − h 4
3 0,1 0
4 5,0 100,0
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios

4. Vapor d’água entra em uma turbina operando em regime permanente


com um fluxo de massa de 4600kg/h. A turbina desenvolve uma potência de
1000kW. Na entrada, a pressão é 60 bar, a temperatura é 400oC e a
velocidade é 10m/s. Na saída a pressão 0,1 bar, o título é 0,9 (90%) e a
velocidade é 50m/s. Calcule a taxa de transferência de calor entre a turbina
e as vizinhanças em kW.
4- 1a Lei da Termodinâmica para Volume de Controle
Exercícios

5. Água líquida é bombeada em um sistema operando em regime


permanente com um fluxo de massa de 4600kg/h. São fornecidos a bomba
1,89 kW de potência. Na entrada da bomba, a pressão é de 500kPa, a
temperatura é de 40oC, a velocidade é de 10m/s e a altura em relação ao
piso é de 0,5 m. Na saída a pressão é de 2000 kPa, a temperatura é de 40oC,
a velocidade é de 15m/s e a altura em relação ao piso é de 0,75 m. Calcule a
taxa de transferência de calor entre a bomba e as vizinhanças em kW.
2 a LEI DA TERMODINÂMICA

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