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Capítulo 4

TERMODINÂMICA QUÍMICA

260
Termodinâmica é a ciência que trata
• do calor e do trabalho
• das características dos sistemas
Termodinâmica Química

• das propriedades dos fluidos


termodinâmicos

261
Alguns ilustres pesquisadores
que construíram a termodinâmica

James Joule
Sadi Carnot
1818 - 1889
1796 - 1832
Termodinâmica Química

Emile Claupeyron
1799 - 1864

Wiliam Thomson
Rudolf Clausius
Lord Kelvin 1822 - 1888
1824 - 1907
262
Termodinâmica Química

Sistema + Vizinhança = UNIVERSO de TRANSFORMAÇÃO

Vizinhança do sistema - o que fica fora da fronteira

http://www.mhhe.com/physsci/chemistry/animations/chang_7e_esp/enm1s3_4.swf
263
Sistema
É a parte do Universo que é objecto de trabalho.

Sistema Aberto – há troca de matéria e


energia com o exterior.
Termodinâmica Química

Sistema Fechado – não há troca de


matéria mas há troca de energia
com o exterior.

Sistema Isolado – não há troca de


matéria nem energia com o
exterior.
264
Trabalho
Primeira Lei da Termodinâmica

• Deslocamento de um corpo contra uma força que se


opõe ao deslocamento

• Expansão de um gás que empurra um pistão

• Reação química que gera corrente elétrica

265
Trabalho
Mecânico dw = Fext dl Fext = força externa
l = deslocamento

De Estiramento kl = tensão
dw = k l dl
Primeira Lei da Termodinâmica

l = deslocamento

Gravitacional m = massa
dw = mg dl g = constante gravitacional
l = deslocamento
Expansão dw = - Pext dV Pext = pressão externa
V = volume
Expansão superfícial dw = g dA g = tensão superficial
A= área

Eletroquímico dw = DV dQ DV = diferença de potencial


= I DV dt Q = quantidade de eletricidade
I = corrente elétrica
t = tempo 266
Energia do Sistema
É a capacidade de gerar trabalho.
Primeira Lei da Termodinâmica

Pode ser modificada

• fazendo trabalho no sistema (compressão do gás)

• sem envolver trabalho, mas calor:


aquecimento  aumento de P
 aumento da energia do sistema

267
Fronteiras adiabáticas
Uma fronteira que não permite a transferência de energia sob forma
de calor.
Primeira Lei da Termodinâmica

a) processo endotérmico T

b) processo exotérmico T

268
Fronteiras diatérmicas
T= cte
c) Processo endotérmico :
o sistema absorve energia na forma de
Primeira Lei da Termodinâmica

calor

Energia + 2HgO (s)  2Hg (l) + O2 (g)

Energia + H2O (s)  H2O (l)

d) Processo exotérmico :
o sistema liberta energia na forma de calor

2H2 (g) + O2 (g)  2H2O (l) + Energia

H2O (g)  H2O (l) + Energia

269
Primeira Lei da Termodinâmica Fronteiras diatérmicas

Calor dado pelo Calor absorvido


Energia

Energia
sistema pelo sistema

para a vizinhança da vizinhança

Exotérmico Endotérmico

270
Energia Interna: U

DU = Ufinal - Uinicial
Primeira Lei da Termodinâmica

Função de estado:
depende do estado no qual o
sistema está, não do modo que
chegou

• Variável extensiva
• Unidade SI para
Calor , Trabalho e Energia Interna é
Joule (J)
1 J = 1 kg m2 s-2
DU em geralmente expressa em kJ mol-1
271
Contribuição de James Joule

Experiências: trabalho mecânico,


1839
eletricidade e calor.
Primeira Lei da Termodinâmica

1840 Efeito Joule : Pot = RI2 Lei da


Equivalente mecânico do calor Conservação
1843
( 1 cal = 4,18 J) de
Efeito Joule-Thomson : Energia
decréscimo da temperatura de um
Nasceu em 1852
gás em função da expansão sem
Salford - Inglaterra realização de trabalho externo.

As contribuições de Joule e outros levaram 1a Lei


ao surgimento de uma nova disciplina: da
a Termodinâmica Termodinâmica

272
1ª Lei da Termodinâmica
A energia pode ser convertida de uma forma em outra, mas não
pode ser criada ou destruída.
Primeira Lei da Termodinâmica

DEsistema + DEvizinhança= 0 ou DEsistema = - DEvizinhança

Reacção Química Exotérmica


Formação de CO2

C3H8 + 5O2  3CO2 + 4H2O

Energia química perdida na combustão = Energia ganha pela vizinhança

Sistema Vizinhança 273


1ª Lei da Termodinâmica
A variação de energia interna (U) de um sistema fechado é igual à
soma da quantidade de calor fornecido (ou retirado) ao sistema e da
Primeira Lei da Termodinâmica

quantidade de trabalho efectuado sobre (ou realizado pelo) sistema.

DU = q + w

Sistema isolado  (q = 0, w = 0) e DU = 0 (U = cte)

274
Discussão sobre as convenções
(Pilla) (Atkins)

DU = q - w DU = q + w
O SISTEMA PRODUZ TRABALHO
Primeira Lei da Termodinâmica

a partir da perspectiva da vizinhança a partir da perspectiva do sistema

w de expansão
w de expansão

Vf Trabalho de Expansão
Vf
w   PdV w    PdV
Vi Vi
A Energia Interna de um sistema que efectua o trabalho diminui

A vizinhança “ganha” energia O sistema “cede” energia sob


sob forma de trabalho forma de trabalho
275
Trabalho feito pelo Sistema
O trabalho é dado por:
Não é função de estado:
V2
Primeira Lei da Termodinâmica

w    PdV Dw = wfinal - winicial

V1 w = F×d
w = -P ×DV
F
P V  d 3  F d  w
a) a P = cte d 2

w  P   V  V   PDV
 2 1

Expansão DV > 0  -PDV <0  wsis < 0

276
Trabalho feito pelo Sistema
b) Para um gás perfeito o trabalho realizado na DV em
condições de reversibilidade
Primeira Lei da Termodinâmica

PV = nRT  P= nRT/V
V2
w    PdV
V1

V2 P
w  n  R  T  ln  n  R  T  ln 1
V1 P2

Expansão V2 > V1  ln V2 /V1 > 0  wsist < 0

277
Trabalho feito pelo Sistema
Para uma transformação que se dá a volume
constante (DV=0) e w=0
Primeira Lei da Termodinâmica

DU = qv

278
Calor Específico e Capacidade Calorífica
Calor específico (c) de uma substância é a quantidade de
calor (q) necessária para aumentar a temperatura de uma grama
Primeira Lei da Termodinâmica

de substância em um grau Celsius.


Capacidade calorífica (C ou Cp) de uma substância é a
quantidade de calor (q) necessária para aumentar a temperatura
de uma quantidade (m) de substância em 1ºC.

Como se relacionam: c = C/m

Calor (q) absorvido ou libertado:

q = m c Dt  q = C Dt
Dt = tfinal - tinicial

279
Calorimetria a volume constante
Medida de DU
Primeira Lei da Termodinâmica

qsis = qágua + qcal + qreac

qsis = 0
qreac = - (qágua + qcal)

qágua = mcDt

qcal = CcalDt

Não sai nem entra calor.

280
Capacidade calorífica
Primeira Lei da Termodinâmica

 U 
Cv   
 T  v

qv = Cv DT

281
Entalpia, H
A grande maioria das transformações químicas dão-se todavia, em
contacto com o meio exterior e portanto a P= cte. Nestas condições
Primeira Lei da Termodinâmica

o sistema químico realiza só trabalho exterior e torna-se


conveniente definir uma nova função termodiâmica, H.

DU = q + w

Se V  cte
Uma parte do calor recebido pelo
sistema retornas às vizinhanças sob
forma de trabalho.

É uma função de estado.


282
Entalpia, H

dH = dU + d(PV)
H = U + PV
Primeira Lei da Termodinâmica

dH = dq + dw + P×dV + V×dP

Se w é de expansão dw = - PdV

dH = dq + VdP

a) Se aquecimento a P = cte

dH = dqp DH = qp com DH = DU+P×DV


Entalpia : calor fornecido para fazer
um trabalho de expansão a P = cte

283
Entalpia, H
DH = H (produtos) – H (reagentes)
Primeira Lei da Termodinâmica

Exotérmico: Endotérmico:
Energia

Energia
libertação de calor absorção de calor
pelo sistema pelo sistema

Hprodutos < Hreagentes Hprodutos > Hreagentes

DH < 0 DH > 0

Reacção Exotérmica Reacção Endotérmica


284
Entalpia, H
DH e DU são geralmente muito semelhantes em sólidos e líquidos.
Primeira Lei da Termodinâmica

b) Em gases
DH = DU+P×DV como P×DV= Dn×(RT)

DH = DU + Dn×(RT)

285
Calorimetria a pressão constante
Medida de DH
Primeira Lei da Termodinâmica

qsis = qágua + qcal + qreac

qsis = 0
qreac = - (qágua + qcal)

qágua = mcDt

DH = qreac

 H  qP = CP DT
CP   
Não sai nem entra calor.
 T P
286
Equações Termoquímicas

O DH é negativo ou positivo?
Primeira Lei da Termodinâmica

O sistema absorve calor


Calor absorvido da
Entalpia

Vizinhança para o
sistema Reacção Endotérmica

DH > 0

6,01 kJ são absorvidos por cada 1 mole de gelo que derrete a 0ºC e 1 atm.

H2O (s)  H2O (l) DH = 6,01 kJ


287
Equações Termoquímicas

O DH é negativo ou positivo?
Primeira Lei da Termodinâmica

Calor libertado da O sistema liberta calor


Entalpia

vizinhança para o
sistema
Reacção Exotérmica

DH < 0

890,4 kJ são libertados por cada 1 mole de metano que sofre combustão
a 25ºC e 1 atm.

CH4 (g) + 2O2 (g)  CO2 (g) + 2H2O (l) DH = -890,4 kJ


288
Equações Termoquímicas

1. Os coeficientes estequiométricos referem-se sempre ao número


de moles da substância
Primeira Lei da Termodinâmica

H2O (s)  H2O (l) DH = 6,01 kJ


2. Se a reacção for invertida, o sinal de DH muda

H2O (l)  H2O (s) DH = - 6,01 kJ

3. Se se multiplicar ambos os lados da equação por um factor n, o


DH terá que ser multiplicado por esse factor n.

2 H2O (s)  2 H2O (l) DH = 2× 6,01 kJ


289
Equações Termoquímicas

4. Os estados físicos dos reagentes e produtos têm de ser


especificados nas equações termoquímicas.
Primeira Lei da Termodinâmica

H2O (s)  H2O (l) DH = 6,01 kJ

H2O (l)  H2O (g) DH = 44,0 kJ

290
Comparação entre DH e DU
2Na (s) + 2H2O (l)  2NaOH (aq) + H2 (g) DH = -367,5 kJ/mol

DU = DH - PDV
Primeira Lei da Termodinâmica

a 25ºC, 1 mole H2 = 24,5 L a 1 atm PDV = 1 atm x 24,5 L = 2,5 kJ

DU = -367,5 kJ/mol – 2,5 kJ/mol = -370,0 kJ/mol

291
Primeira Lei da Termodinâmica

292
Química em Acção
Valores Energéticos dos Alimentos e outras Substâncias
C6H12O6 (s) + 6O2 (g) 6CO2 (g) + 6H2O (l) DH = -2801 kJ/mol
Primeira Lei da Termodinâmica

1 cal = 4,184 J
1 Cal = 1000 cal = 4184 J

Os rótulos nas embalagens dos


alimentos revelam o conteúdo calórico
do alimento que se encontra no seu
interior.

293
Entalpia de Formação e de Reacção Padrão

Entalpia de formação padrão (DHºf) é o calor posto em jogo


quando se forma uma mole de composto a partir dos seus à
Primeira Lei da Termodinâmica

pressão de 1 atm.
Medida foi feita nas
condições padrão (1 atm).
DHºf Formação

Para aplicação é conveniente definir uma escala de entalpias em


relação a um nível zero.
A entalpia padrão de formação dos elementos na sua forma mais
estável é zero.

DHºf (O2) = 0 DHºf (C, grafite) = 0

DHºf (O3) = 142 kJ/mol  0 DHºf (C, diamante) = 1,90 kJ/mol  0


294
Primeira Lei da Termodinâmica

295
Entalpia de Formação e de Reacção Padrão

Entalpia de reacção padrão (DHºreac) é a entalpia de uma


Primeira Lei da Termodinâmica

reacção que ocorre a 1 atm.

aA + bB  cC + dD

DHºreac= [cDHºf (C) + dDHºf (D)] - [aDHºf (A) + bDHºf (B)]

DHºreac= SnDHºf (produtos) – SmDHºf (reagentes)

296
Entalpia de Formação e de Reacção Padrão
Como calcular DHºreac?
Primeira Lei da Termodinâmica

1. Método Directo: Aplica-se a compostos que podem ser facilmente


sintetizados a partir dos seus elementos.

C(grafite) + O2 (g)  CO2 (g) DHºreac = -393,5 kJ/mol

DHºreac= DHºf (CO2,g) – [DHºf (C, grafite) + DHºf (O2, g)]


= 393,5 kJ/mol

S(ortorrômbico) + 3F2 (g)  SF6 (g)

4P(branco) + 5O2 (g)  P4O10 (g)

C (grafite) + 2S(ortorrômbico)  CS2 (g)


297
Entalpia de Formação e de Reacção Padrão

2. Método Indirecto: Aplica-se em casos em que os compostos não


podem ser sintetizados directamente a partir dos seus
Primeira Lei da Termodinâmica

elementos, quando as reacções são lentas ou quando


ocorrem reacções laterais.

Lei de HESS: Quando os reagentes são convertidos em


produtos, a variação de entalpia é a mesma quer a reacção
ocorra num só passo ou em vários.

Nestas condições é possível definir variações de entalpia de reacção para


diversas reacções químicas, designando-se a variação de entalpia por
entalpia de formação, combustão, hidrogenação, dissolução, diluição,
neutralização, etc., consoante o tipo de transformação química a que se
refere.
298
Entalpia de Formação e de Reacção Padrão
Primeira Lei da Termodinâmica

299
Entalpia de Formação e de Reacção Padrão
Primeira Lei da Termodinâmica

300
Entalpia de Solução e de Diluição

Entalpia de solução (DHsol) é o calor gerado ou absorvido


quando uma certa quantidade de soluto se dissolve numa certa
Primeira Lei da Termodinâmica

quantidade de solvente.

DHsol= Hsol – Hcomponentes

Entalpia de dissolução (DHdil) é o calor


gerado ou absorvido quando o processo
associado é um processo de diluição.

301
Primeira Lei da Termodinâmica Processo de dissolução do NaCl

Energia de rede - a energia


Na+ e Cl- iões no estado gasoso
necessária para separar 1 mol
de composto iónico sólido em Passo 2
iões gasosos.

Passo 1

Calor de solução
DHsol= 4 kJ/mol

Na+ e Cl- iões no


estadosólido
Na+ e Cl- hidratados

DHsol = Passo 1 + Passo 2 = 788 – 784 = 4 kJ/mol


302
Para uma reacção de dissociação de uma molécula
diatómica a DH corresponde à Energia de Ligação dessa
Primeira Lei da Termodinâmica

molécula.

Em moléculas poliatómicas verifica-se uma apreciável constância na energia


das suas ligações pelo que para cada ligação a sua energia pode
considerar-se aproximadamente constante e independente da molécula.

As energias de ligação permitem determinar, de modo aproximado, as


entalpias de formação de diversos compostos. (Há mais de 1 milhão de
compostos orgânicos cujas entalpias de formação se podem determinar a partir do
conhecimento de 25 energias de ligação)

303
Para alguns compostos as suas fórmulas de estrutura não são
adequadamente representadas por uma única fórmula de estrutura e nessas
condições há uma diferença entre a entalpia de formação calculada através
Primeira Lei da Termodinâmica

das energias de ligação da estrutura mais representativa e a entalpia de


formação do composto medido experimentalmente. Esta diferença é
designada por Energia de Ressonância.

304
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica Entropia
• A água a descer por uma colina
• O açúcar a dissolver-se numa chávena de café
• A 1 atm, a água congela abaixo de 0ºC e o gelo derrete acima de 0ºC
• Calor é transmitido objecto quente para outro frio
• Um gás expande-se num recipiente em vácuo
• O ferro exposto a oxigénio e água forma a ferrugem

Espontâneo

Não espontâneo

305
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica Processos Espontâneos e Não Espontâneos

Espontâneo

Não espontâneo

306
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica Uma diminuição de entalpia numa reacção significa
que a reacção é espontânea?

307
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
Entropia (S) é a medida da desordem do sistema.

ordem S desordem S

DS = Sf - Si

Se a alteração do estado inicial para o final resulta num aumento de


desordem
Sf > Si DS >0 H2O (s)  H2O (l) DS > 0

Para qualquer substância, o estado sólido é mais ordenado que o


estado líquido que por sua vez é mais ordenado que o estado gasoso

Ssólido < Slíquido << Sgás

É uma função de estado. 308


Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
Processos que levam a um aumento de entropia (DS > 0)

http://www.mhhe.com/physsci/chemistry/chang7/esp/folder_structure/en/m4/s1/index.htm

309
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
Como é que varia a entropia do sistema para cada um
dos seguintes processos?

(a) Condensação de vapor de água


 desordem  S (DS < 0)

(b) Formação de cristais de sacarose numa solução supersaturada


 desordem  S (DS < 0)

(c) Aquecimento de hidrogénio gasoso 60ºC a 80ºC

 desordem S (DS > 0)

(d) Sublimação de gelo seco


 desordem  S (DS > 0)

310
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
Numa transformação irreversível a entropia total aumenta enquanto
que num processo reversível a entropia total mantém-se constante.

A entropia é dada por:


S = R ln 

onde  é o número de microestados do sistema no espaço de fase, i.e.,


no espaço de coordenadas posicionais (x, y, z) e de coordenadas de
quantidade de movimento (px, py, pz).

311
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica

Processo espontâneo:

DSuniv = DSsis + DSviz > 0

Processo de equilíbrio:

DSuniv = DSsis + DSviz = 0

312
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
Variação de Entropia de um Sistema (DSsis)

A entropia padrão de uma reacção (DSº ) é a variação de entropia


para uma reacção que ocorre a 1 atm e 25ºC.

aA + bB  cC + dD

DSºrea = [ cSº(C) + dSº(D) ] - [ aSº(A) + bSº(B)]

DSºrea = SnSº (produtos) – SmSº (reagentes)

313
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
Variação de Entropia de um Sistema (DSsis)

Quando gases são produzidos (ou consumidos)

• Se uma reacção produz mais moléculas de gás que as que


consome , DSº > 0.
• Se o número total de moléculas de gás diminui, DSº < 0.
• Se não há uma alteração no número total de moléculas de
gás, então DSº pode ser positiva ou negativa mas terá um
valor pequeno.

Qual é o sinal da variação de entropia na seguinte reacção?

2Zn (s) + O2 (g) 2ZnO (s)

O número total das moléculas gasosas diminui, DS <0.


314
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
Variação de Entropia de um Sistema (DSsis)

Processo Exotérmico Processo Endotérmico


DSviz > 0 DSviz < 0

315
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
3ª Lei da Termodinâmica
A entropia de uma substância perfeitamente cristalina é zero à
temperatura absoluta de zero graus.

S = R ln 

=1
S=0

O aumento de S com T indica que a entropia será mínima a 0K.


316
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
Energia de Gibbs, G (ou Energia Livre)
Mede o grau de espontaneidade do sistema.

Para um processo a temperatura constante: DG = DHsis -TDSsis

DG < 0 A reacção é espontânea no sentido directo.


DG > 0 A reacção não espontânea na forma escrita. Será espontânea no
sentido inverso.
DG = 0 A reacção está em equilíbrio.

317
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
Energia de Gibbs, G (ou Energia Livre)
Energia livre padrão de uma reacção (DGºreac) é a variação de
energia livre de uma reacção quando ocorre em condições padrão.

aA + bB  cC + dD

DGºreac = [ cDGºf(C) + dDGºf(D) ] - [ aDGºf(A) + bDGºf(B)]

DGºrea = SnGºf (produtos) – SmGºf (reagentes)

318
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
Energia de Gibbs, G (ou Energia Livre)
Energia livre padrão de formação (DGº) é a variação de energia
livre que ocorre quando 1 mole de um composto é formado dos
seus elementos nos seus estados padrão.

DGº de qualquer elemento no seu estado


mais estável é zero.

319
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
Energia de Gibbs, G (ou Energia Livre)

320
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
Energia de Gibbs, G (ou Energia Livre)

CaCO3 (s)  CaO (s) + CO2 (g)

Pressão de Equilíbrio do CO2

DHº = 177,8 kJ
DSº = 160,5 J/K
DGº = DHº – TDSº

a 25ºC, DGº = 130,0 kJ


DGº = 0 a 835ºC

321
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
Energia Livre de Gibbs e o Equilíbrio Químico

DG = DGº + RT lnQ
onde R é a constante dos gases (8,314 J/Kmol)
T é a temperatura absoluta (K)
Q é o quociente da reacção

No equilíbrio DG = 0 e Q = K

0 = DGº + RT lnK  DGº = - RT lnK

322
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
Energia Livre de um sistema reaccional
vs extensão de uma reacção
(A) REACÇÃO ESPONTÂNEA DG<0

Reacção espontânea

DG<0

DG>0

323
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
Energia Livre de Gibbs e as Mudanças de Estado

DGº = 0 = DHº – TDSº

Velocidade de Equilíbrio
H O(l) H O(g) evaporação dinâmico
2 2

Velocidade
ΔH 40,79 kJ
ΔS    109 J/K Velocidade de
T 373 K condensação

Tempo

324
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica
Energia Livre de um sistema reaccional
vs extensão de uma reacção
(B) REACÇÃO NÃO ESPONTÂNEA DG>0

Reacção não espontânea

DG>0

DG<0

325
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica

Energia Livre

Alanina + Glicina  Alanilglicina

DGº = +29 kJ K<1

ATP + H2O + Alanina + Glicina  ADP + H3PO4 + Alanilglicina

DGº = -2 kJ K>1
326

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