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Danilo Sande
Termodinâmica
Termodinâmica
Termodinâmica
Temperatura
A temperatura no SI é dada em Kelvin. Não há um limite superior, mas
define-se o limite inferior zero Kelvin (grau de agitação zero das
moléculas).
Essa é uma lei empı́rica e foi uma descoberta tardia, porém como é
fundamental, foi dada com lei zero.
Essa lei permite a criação de uma escala de temperatura. Pode-se
comparar a temperatura de objetos através de uma escala com
pontos de temperatura bem estabelecidos.
Medindo a Temperatura
Medindo a Temperatura
Medindo a Temperatura
Termômetro de gás a volume constante
O objetivo é determinar a temperatura T (em equilı́brio com o
bulbo de gás). Para isso mede-se a pressão do gás.
A temperatura de qualquer corpo em contato térmico com o bulbo
é T = CP.
- C é uma constante
- P é a pressão dada por P = Po − ρgh.
Medindo a Temperatura
Se o bulbo é introduzido em uma célula de ponto triplo, a
temperatura é:
T3 = CP3
Dividindo T por T3 :
P P
T = T3 = 273, 16
P3 P3
Se usarmos essa relação para calcular a temperatura de ebulição da
água com diferentes gases, obtemos as seguintes curvas:
Medindo a Temperatura
Exercı́cio 1
Suponha que você encontre anotações antigas que descrevem uma escala
de temperatura chamada Z na qual o ponto de ebulição da água é 65o Z
e o ponto de congelamento é −14o Z . A que temperatura na escala
Fahrenheit corresponde uma temperatura T = −98o Z ? Suponha que a
escala Z seja linear, ou seja, que o tamanho de um grau Z é o mesmo em
toda a escala.
Exercı́cio 1 - Solução
Como as escalas são lineares, as variações na escala Z são proporcionais
às variações na escala F. Assim, se uma variação de 79 na escala Z
corresponde uma variação de 180 na escala F, qual a variação na escala
F correspondente à uma variação de 84 na escala Z?
Z F
79 180
84 x
x = 84 180 o
79 = 191 F
R = 32 − 191 = −159o F
Dilatação Térmica
Dilatação Térmica
Dilatação Térmica
Dilatação Térmica
Dilatação Linear
Se a temperatura de uma barra metálica de comprimento L aumenta de
um valor ∆T , seu comprimento aumenta de um valor:
∆L = Lα∆T
α é coeficiente de dilatação térmica.
Dilatação Térmica
Dilatação Linear
Dilatação Térmica
Dilatação Volumétrica
A variação de volume com a temperatura é dada por:
∆v = v β∆T
Dilatação Térmica
Dilatação Volumétrica
Quando a água resfria, o volume diminui, ela fica mais densa e afunda.
Porém, quando ela resfria abaixo de 4o C , ela fica menos densa e congela
apenas na superfı́cie. Como o gelo é um mau condutor, dificulta a perda
de calor do resto do lago.
Dilatação Térmica
Exercı́cio 2
Em um dia quente em Salvador, um caminhão tanque foi carregado com
37000 L de óleo diesel. Ao chegar no destino final, em Piatã, municı́pio
do interior da Bahia, a temperatura local estava 23o C abaixo da
temperatura de Salvador. As descarregar o óleo, quantos litros chegaram?
O coeficiente de dilatação volumétrica do óleo diesel é 9, 5.10−4 /o C .
Dilatação Térmica
Exercı́cio 2
A variação volumétrica é dada por:
Temperatura e Calor
Temperatura e Calor
Capacidade Térmica
É a quantidade de calor que um determinado corpo deve trocar para
que sua temperatura sofra variação unitária.
Q = C ∆T
Calor especı́fico
Capacidade térmica por unidade de massa
Q = mc∆T
o o
1cal/g C = 1Btu/lb F = 419J/kgK
Ex: Uma pedra de mármore possui capacidade térmica de
179cal/o C , já o calor especı́fico do mármore é 0, 21cal/g o C . A
pedra possui 852g.
Exercı́cio 3
Uma certa quantidade de calor Q aquece 1g de uma substância A em
3o C e 1g de um material B em 4o C . Qual das duas substâncias tem o
maior calor especı́fico?
Exercı́cio 3 - Solução
Calor especı́fico é dado por:
Q
c=
m∆T
Q Q
cA = ; cB =
3 4
cA > cB
A substância A é mais resistente à mudança de temperatura que a
substância B. A possui maior inércia “térmica” que B.
Calor de transformação
Q = Lm
Calor de transformação
Calor de transformação
Calor de vaporização
Quando há mudança do estado lı́quido para gasoso ou vice-versa,
lidamos com o calor de vaporização.
Para a água à temperatura normal de vaporização ou condensação:
Calor de fusão
Quando há mudança do estado sólido para lı́quido ou vice-versa,
lidamos com o calor de fusão.
Para a água à temperatura normal de solidificação ou fusão:
Calor de transformação
Calor de transformação
Exercı́cio 4
Que quantidade de calor deve absorver uma amostra de gelo de massa
m = 720g a −10o C para passar ao estado lı́quido a 15o C ?
Dados: calor especı́fico do gelo cgelo = 2220 J/KgK , calor de fusão da
água LF = 333 KJ/Kg e calor especı́fico da água cagua = 4190 J/KgK .
Calor de transformação
Exercı́cio 4 - Solução
O processo ocorre em 3 etapas:
1 - O gelo funde a temperaturas abaixo de 0o C
2 - A temperatura não passa de 0o C sem derreter todo o gelo
3 - Depois que o gelo funde, a água aumenta a temperatura
1) Aquecer o gelo até zero graus:
Q = mcgelo ∆T = 720.10−3 .2220.(0 − (−10)) = 15, 98 KJ
2) Derreter toda a massa de gelo: Q = mLF = 720.10−3 .333 = 239, 8 KJ
3) Aquecer a água a 15o C :
Q = mcagua ∆T = 720.10−3 .4190.(15 − 0) = 45, 25 KJ
QTotal = 15, 98 + 239, 8 + 45, 25 ≈ 301 KJ
Calor de transformação
Exercı́cio 5
Um pedaço de cobre de massa mc = 75g é aquecido em um forno de
laboratório até a temperatura T = 312o C . Em seguida, o pedaço é
colocado em um béquer de vidro contendo uma massa ma = 220g de
água. A capacidade térmica Cb do béquer é 45 cal/K. A temperatura
inicial da água e do béquer é Ti = 12o C . Supondo que o pedaço de
cobre, o béquer e a água são um sistema isolado e que a água não é
vaporizada, determine a temperatura final Tf do sistema quando o
equilı́brio térmico é atingido. ca = 1cal/gK e cc = 0, 0923cal/gK .
Calor de transformação
Exercı́cio 5 - Solução
O calor do cobre deve aquecer o sistema.
Experimento de Joule
Equivalente mecânico do calor
Pode-se aumentar a temperatura de um sistema realizando trabalho
sobre ele.
4, 184 J são necessários para aumentar 1 g de água em 1o C.
1 cal = 4, 184 J
https://www.youtube.com/watch?v=RWBVKArqrq4
Calor e Trabalho
Relação entre Calor e Trabalho
A energia pode ser transferida em forma de calor e trabalho de um
sistema para o ambiente e vice-versa.
Supondo um sistema isolado sobre um reservatório térmico,
deseja-se levar o sistema (gás) de um estado inicial (Pi , Vi , Ti ) a um
estado final (Pf , Vf , Tf ) (processo termodinâmico).
Calor e Trabalho
Cálculo do trabalho
A pressão do gás pode empurrar o êmbolo para cima com uma força
F~ e causar um pequeno deslocamento ds:~
dW = F~ .ds
~ = PA.ds = PdV
Z Z Vf
W = dW = PdV
Vi
Calor e Trabalho
Alguns processos termodinâmicos
a) Pressão variável (W > 0)
b) Processo inicial com pressão constante e aumento de
temperatura (Q > 0) seguido de processo a volume constante
(W = 0) e redução de temperatura (Q < 0)
c) Compressão (W < 0)
d) Processo cı́clico (Wliq > 0)
∆Eint = Q − W
dEint = dQ − dW
A energia interna de um sistema tende a aumentar se
acrescemos energia na forma de calor, e a diminuir, se
removemos energia na forma de trabalho realizado pelo
sistema.
O sı́mbolo W é tratado como o trabalho realizado pelo sistema, se
fosse sobre o sistema, terı́amos ∆Eint = Q + Ws
Exercı́cio 6
A figura mostra quatro trajetórias em um diagrama P-V, ao longo das
quais um gás pode ser levado de um estado i para um estado f. Ordene
as trajetórias de acordo com (a) a variação da energia interna do gás, (b)
o trabalho realizado pelo gás e (c) o valor absoluto da energia transferida
em forma de calor entre o gás e o ambiente, em ordem decrescente.
∆Eint = −W
A única troca possı́vel de energia entre o sistema e o ambiente é através
do trabalho.
∆Eint = Q
Processo cı́clico
Após certas trocas de calor e de trabalho, o sistema volta ao estado
inicial Q = W . Como a energia interna só depende dos estados, então:
∆Eint = 0
Expansão livre
É um processo adiabático no qual nenhum trabalho é realizado (não há
resistência à expansão). Q = W = 0
∆Eint = 0
Resumindo:
Exercı́cio 7
Suponha que 1 kg de água a 100o C seja convertida em vapor a 100o C à
pressão atmosférica padrão (1 atm = 1, 01.105 Pa) no arranjo da figura
abaixo. O volume da água varia de um valor inicial 10−3 m3 de lı́quido
para 1,671 m3 de vapor.
Exercı́cio 7 - Solução
a) A pressão foi mantida constante:
Z vf
W = PdV = P∆v = 1, 01.105 .(1, 671 − 0, 001) = 169 KJ
vi
Condução
Na transmissão de energia térmica por condução, os elétrons e
átomos dos objetos vibram intensamente por causa da temperatura,
essas vibrações e energias associadas são transportadas através de
colisões entre os átomos.
L
R=
k
A(TQ − TF )
Pcond = Pn
i=1 (Li /Ki )
Convecção
Na convecção, o fluido que recebe calor fica menos denso que o fluido
não aquecido a sua volta e sobe, enquanto o mais frio desce, formando
célulcas de convecção que trocam calor.
Radiação
Transmissão de energia através de ondas eletromagnéticas. Não depende
de meio material para se propagar. Todo corpo possui uma certa
temperatura e emite radiação.
Radiação
A taxa de emissão de radiação é dada por:
Prad = σAT 4
σ = 5, 6704.10−8 W /m2 K 4 é a constante de Boltzmann
0 < < 1 é a permissividade do objeto
A taxa de absorção de radiação é dada por:
4
Pab = σATamb
A taxa lı́quida:
4
Pliq = Pab − Prad = σA(Tamb − T 4)
Se Pliq > 0, o corpo absorve energia
Se Pliq < 0, o corpo emite energia
Referência