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Instituto Federal da Paraíba - Campus João Pessoa

C URSO S UPERIOR DE BACHARELADO EM E NGENHARIA E LÉTRICA


D ISCIPLINA DE C OMUNICAÇÕES M ÓVEIS
P ROF. D R . J OABSON N OGUEIRA DE C ARVALHO

S ISTEMA U NIVERSAL DE T ELECOMUNICAÇÕES M ÓVEIS

3ª G ERAÇÃO

ANDERSON VINÍCIUS NERY DE FRANÇA


ITTALO DOS SANTOS SILVA

João Pessoa – PB
Fevereiro/2018
DISCIPLINA: COMUNICAÇÕES MÓVEIS
PROFESSOR: JOABSON NOGUEIRA DE CARVALHO
ALUNOS: ANDERSON VINÍCIUS NERY DE FRANÇA
ITTALO DOS SANTOS SILVA
MATRÍCULAS: 20141610187 / 20141610128

Sistema Universal de Telecomunicações Móveis – 3ª Geração

Trabalho apresentado ao professor


Joabson Nogueira de Carvalho refe-
rente ao Sistema Universal de Tele-
comunicações Móveis de Terceira
Geração para a disciplina de Comu-
nicações Móveis do curso superior
em Engenharia Elétrica do IFPB.

João Pessoa – PB.


Fevereiro/2018
Sumário
1 Introdução 1

2 Objetivos 2

3 Evolução do Sistema Universal de Telecomunicações Móveis 3


3.1 Redes de Primeira Geração (1G) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3.2 Redes de Segunda Geração (2G) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3.3 Redes 2.5G ou 2.75G . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

4 Princípio de Funcionamento da Rede de Terceira Geração 5


4.1 Funções do Nó B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4.2 Funções do RNC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

5 Padrões 3G IMT-2000 7
5.1 W-CDMA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
5.1.1 Serviços e Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
5.2 CDMA2000 1xEV-DO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

6 Considerações 12
Lista de Figuras
1 Arquitetura Global da Rede 3G. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2 Avaliação Mean Opinion Score (MOS) para codecs AMR de bandas estreita e
larga. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Lista de Tabelas
1 Evolução das redes móveis até a terceira geração (??). . . . . . . . . . . . . . 4
1 Introdução
É possível perceber o evidente crescimento na indústria de comunicação celular ao ana-
lisarmos as duas últimas décadas. Esse modo de comunicação sem fio ganhou espaço no mundo
com uma taxa tão alta de crescimento, de modo que passamos de 600 milhões de usuários, em
2001 para mais de 5 bilhões, em 2017, o que representa cerca de 66% da população mundial.
Este grande crescimento prova a robustez e viabilidade deste meio de comunicação, bem
como resultou no desenvolvimento de vários sistemas e padrões para tráfego mais confiável e
veloz de outros tipos de mídia além das chamadas de voz. Neste sentido, busca-se nas próximas
gerações a exequibilidade da substituição das linhas de fibras óticas ou cobre entre pontos fixos
de grande distância.

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2 Objetivos
• Explorar a história e a evolução do sistema universal de telecomunicações móveis;

• Entender o princípio de funcionamento dos sistemas de terceira geração de comunicações


móveis;

• Conhecer as limitações do sistema, bem como o alcance em termos de aplicações.

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3 Evolução do Sistema Universal de Telecomunicações Mó-
veis
No final da década de 90, as redes móveis que estavam sendo lançadas eram conhecidas
como a segunda geração de telefonia celular (2G), cujos padrões mais difundidos são o GSM
e o CDMA (IS-95). Estas tecnologias representaram um considerável avanço em relação aos
sistemas analógicos até então em uso, porém continuavam sendo tecnologias desenvolvidas
essencialmente para transmissão de voz ().
Em seguida, começaram a surgir os primeiros serviços de dados através da rede de tele-
fonia fixa, como o acesso discado à internet e os serviços de e-mail. À medida que estes serviços
foram se tornando populares, surgiu a necessidade de estendê-los, ainda que de forma precária,
aos usuários móveis. Afinal, a proposta inicial da telefonia celular de prover mobilidade aos
serviços de voz precisava acompanhar os serviços que estavam se popularizando ().

3.1 Redes de Primeira Geração (1G)


Esse tipo de rede é baseada em tecnologia analógica, elas foram criadas para suportar
somente o tráfego de voz. Entraram em produção nos anos 80, quando o público teve acesso,
entretanto, hoje praticamente não existem mais redes analógicas, a sua quase totalidade foi subs-
tituída pelas tecnologias digitais. Tanto no Brasil como nos Estados Unidos, foi implementada
a tecnologia 1G chamada de AMPS (Advanced Mobile Phone System) (??).

3.2 Redes de Segunda Geração (2G)


Com a substituição das redes analógicas 1G pelas redes digitais, nasceu a rede 2G. Essa
transição ocorreu por volta dos anos 90 com a necessidade de ter maior número de ligações
simultâneas. As redes 2G ofereceram melhor qualidade e maior capacidade de voz que os siste-
mas 1G, suportando também serviços de dados comutados por circuito e pacotes. Possibilitou
também o envio de dados via Fax e o envio de mensagens de texto (SMS) (??).
Algumas tecnologias de segunda geração são:

• CDMA One – CDMA IS-95A (Code Division Multiple Access): funciona convertendo
informação analógica (voz) em informação digital e em seguida é transmitida como sinal
de rádio através de uma rede sem fio;

• TDMA (Time Division Multiple Access): também uma tecnologia digital 2G que pos-
sibilitou o aumento da quantidade de dados a ser transmitida, dividindo cada canal de
frequência celular em intervalos de tempo e aumentando para 9,6 kbps (kilo bits por se-
gundos) a taxa de transmissão de dados;

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• GSM (Global System for Mobile Communications): inicialmente implementado na Eu-
ropa, é um padrão de comunicação da rede 2G por fornecer serviços digitais. É baseado
na tecnologia TDMA, pois permite conexões de dados comutados por circuitos e suporta
taxas de transmissão de dados de até 9,6 kbps.

3.3 Redes 2.5G ou 2.75G


Essa geração também é baseada em tecnologias digitais e permitem melhores serviços
de dados também baseados por pacotes e melhores taxas de transmissão, acessando à internet
de forma mais eficiente com velocidade de até 385 kbps (??).
Algumas tecnologias:

• CDMA IS-95B;

• EDGE (Enhanced Data Rates for Global Evolution): é um sistema responsável por man-
ter a compatibilidade com os padrões GSM/GPRS;

• GPRS (General Packet Radio Service): é uma evolução da tecnologia GSM, que acres-
centou mais pacotes de dados à rede de voz pré-existente.

A Tabela 1 mostra um resumo das características evolutivas de cada rede móvel.

Tabela 1: Evolução das redes móveis até a terceira geração (??).

Década Tecnologia Descrição


Telefonia Móvel Analógica
Anos 80 Primeira Geração (1G) Tecnologias AMPS 1
Função de voz
Telefonia Móvel Digital
Anos 90 Segunda Geração (2G) Tecnologias: TDMA, GSM, CDMA One
Funções de voz e SMS
Telefonia Móvel Digital
Anos 90 Segunda Geração Tecnologias: GPRS, EDGE, is95b
Intermediária (2,5G) Funções de voz e dados
Telefonia Móvel Digital
Anos 2000 Terceira Geração (3G) Tecnologias: WCDMA, CDMA200
Funções de voz e dados em banda larga

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4 Princípio de Funcionamento da Rede de Terceira Geração
A rede de terceira geração (3G) permite a transferência de informação entre pontos de
acesso, através de teleserviços, tais como telefonia por voz e SMS (Short Message Service),
e serviços de transmissão de dados de longa distância, como o Bearer Service (permissão de
tráfego de informação entre interfaces de rede), tudo em um ambiente móvel. Essa caracterís-
tica é devido a uma maior capacidade de rede por causa da melhoria na eficiência espectral,
fornecendo serviços geralmente com taxas de 5 a 10 megabits por segundo (Mbps) (??).
A Figura 1 descreve a arquitetura principal de uma rede 3G, a qual pode ser dividida em
três domínios: CN, UTRAN e UE. A rede core (CN) apresenta a função principal de comutar e
encaminhar a informação dos usuários e, por sua vez, subdivide-se em dois domínios, um para
comutação de circuitos e outro para comutação de pacotes.

Figura 1: Arquitetura Global da Rede 3G.

Fonte: (??).

O domínio de comutação de circuitos é chamado de CS (Circuit Switched), que consiste


em um Centro de Comutação de Serviços (MSC) e em um VLR (Visitor Location Register).
O primeiro executa a função de comutação e estabelece a ligação a outras redes, recorrendo a
um nó de interconexão (Gateway Mobile Services Switching Centre GMSC). O segundo (VLR)
é uma base de dados dinâmica associada a um MSC que contém informação dos usuários que
visitam a área sob controle do MSC. A transmissão na rede core usa Asynchronous Transfer
Mode (ATM) com níveis de adaptação dedicados ao modo de circuitos e ao modo de pacotes.
O domínio de comutação de pacotes (Packet Switched - PS) é baseado no GPRS (Gene-
ral Packet Radio Service), consistindo em um nó de suporte a esse serviço, chamado de Serving
GPRS Support Node (SGSN), e em um Gateway para as redes de comutação de pacotes, deno-
minada de Gateway GPRS Support Node (GGSN) (??).
O domínio UTRAN é responsável pela gestão da interface de rádio enlace com o dis-
positivo móvel. Este domínio constitui-se de uma estação base, designada por Nó B, a qual é
controlada pelo RNC (Radio Network Controller). A Figura 1 mostra um mesmo RNC contro-
lando várias estações (Nós B) por intermédio de interfaces normalizadas, tal como a Uu, que
permite o acesso ao rádio pelo dispositivo móvel do usuário e vice-versa.

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O domínio UE representa o terminal móvel, o qual pode operar em três modos distintos
quanto à utilização dos domínios PS e CS: o modo em que os serviços dos dois domínios são
fornecidos e os modos em que apenas serviços de um deles são fornecidos. No entanto, o modo
CS não impede que sejam fornecidos serviços do tipo PS, como é o caso de voz sobre IP (VoIP).
A técnica escolhida para a interface de rádio é a Wideband Code Division Multiple Ac-
cess (W-CDMA) combinado ao Frequency Division Duplex (FDD), isto é, existem duas bandas
de frequência distintas, uma para downlink e outra para uplink.

4.1 Funções do Nó B
• Transmissão e recepção dos sinais de rádio;

• Modulação e demodulação;

• Codificação do canal físico com a técnica W-CDMA;

• Monitorização de taxa de erros no canal físico;

• Diversidade

• Controle de potência em malha fechada.

4.2 Funções do RNC


• Controle dos recursos de rádio;

• Controle de admissão;

• Alocação de canais;

• Comando do controle de potência;

• Controle dos mecanismos de handover;

• Diversidade;

• Encriptação;

• Segmentação e reassemblagem;

• Difusão de sinalização;

• Controle de potência em malhar aberta.

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5 Padrões 3G IMT-2000
Conhecida como IMT-2000, em alusão às Telecomunicações Móveis Internacionais (do
inglês, International Mobile Telecommunications - IMT) e à faixa de frequência estabelecida de
2000 MHz, uma família de padrões compatíveis é considerada uma das principais características
dos sistemas 3G, e se identificam pelo uso abrangente ao redor do mundo, além da aceitação
por todas as aplicações móveis, altas taxas de transmissão (podendo chegar a mais de 2Mbps) e
alta eficiência espectral.
No total, houveram 17 padrões propostos para serem considerados como parte da família
IMT-2000. Eram 11 que tratavam de comunicações terrestres, e os outros 6 das comunicações
que ocorriam por meio de satélites, sendo que todos foram aceitos pela União Internacional
de Telecomunicações, passando a integrar a IMT-2000. Desta lista, os três principais são os
sucessores do GSM e do IS-95, respectivamente W-CDMA e CDMA2000, bem como o TD-
SCDMA, sendo melhorias aplicadas ao D-AMPS.

5.1 W-CDMA
O 3G W-CDMA é também conhecido como Universal Mobile Telecommunications Sys-
tem - UMTS - e refere-se a um padrão com interface de ar que vem evoluindo desde 1996, cujas
primeiras versões foram desenvolvidas em conjunto com organizações europeias e foi subme-
tido em 1998 para consideração pelo IMT-2000. À época era identificado como Acesso de
Rádio Terrestre UMTS (UTRA) e foi desenvolvido como uma alternativa de maior capacidade
para os sistemas GSM. Após a concordância de união de vários sistemas CDMA com banda
larga, passando a ser o atual UMTS.
Esta tecnologia é compatível com as de segunda geração (GSM, IS-136, PDC TMDA),
além de todas tecnologias 2,5G. Do GSM são mantidos o empacotamento a nível de bit e a
estrutura da rede, sendo incrementada uma maior capacidade e largura de banda. Foi desen-
volvido para ser um serviço que possibilite a conexão contínua entre quaisquer dispositivos,
compartilhando da mesma rede, de qualquer lugar e a qualquer momento.
Outro objetivo dos padrões W-CMDA é permitir aos usuários conexões em taxas de até
2,048 Mbps para fornecimento de serviços de stream de áudio e vídeo, acesso a dados e multimí-
dias, além de broadcast de alta qualidade. O W-CMDA permite recursos de videoconferência,
e-commerce, jogos etc. a partir de um pequeno dispositivo portátil.
Diferente dos outros padrões 3G, o W-CDMA necessita de uma banda mínima de 5
MHz, e apesar de buscar a compatibilidade com os sistemas citados anteriormente, é compre-
ensível que o aumento desta banda resultará na necessidade de mudança nos equipamentos de
cada estação-base. Quando comparado com o sistema GSM, vê-se um aumento de pelo menos
6 vezes na eficiÊncia espectral, como esperado.

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5.1.1 Serviços e Aplicações

Nesta seção serão expostas algumas características de aplicações do sistema 3G W-


CMDA: Voz AMR, Voz AMR de Banda Larga e Vídeo.

• Serviço de Voz AMR


AMR refere-se à técnica que utiliza multitaxas de transmissão de forma adapativa às
condições do sistema, e esta é utilizada no serviço de voz presente no UMTS. Trata-se
de um codec de voz integrado operando em oito taxas: 12,2, 10,2, 7,95, 7,40, 6,70, 5,90,
5,15 e 4,75 kbps. Tendo em vista a facilitação da interoperabilidade, alguns desses codecs
são os mesmos existentes em outras redes, e tem a capacidade de trocar de taxa a cada 20
ms de quadro de voz após o comando.
A cada 160 amostras (quadros de 20 ms a uma taxa de amostragem de 8000 amos-
tras/segundo), o sinal é analisado e seus parâmetros extraídos. Após isso, antes de envi-
ados pela rede, estes bits de parâmetros são rearranjados de acordo com sua importância
além da sensibilidade em relação aos erros.
Durante uma conversação de telefone há trocas na direção de transmissão, visto que os
papéis de transmissor e receptor normalmente se alternam várias vezes. A Multitaxas
Adaptativa tem quatro funções básicas com o objetivo de utilizar de modo efetivo essa
atividade descontínua. São elas: detecção de atividade vocal na parte transmissora (TX);
avaliação dos ruídos acústicos de fundo para poder transmitir os bits de parâmetros do TX
para o receptor (RX); envio em intervalos regulares do chamado ruído de conforto como
um descritor do ruído existente no considerado silêncio; geração de ruído de conforto na
parte RX quando não há atividade vocal percebida por este.

• Serviço de Voz AMR de Banda Larga


Esta inovação no serviço de voz AMR traz melhoras expressivas na qualidade da voz
usada nas transmissões. É definido na padronização pela ITU como um codec de banda
larga de cerca de 16 kbps e isto é de grande importância, visto que um mesmo codec
é adotado para transmissões com e sem fio, o que elimina a necessidade de mudar a
codificação e também facilita a abrangência da implementação de serviços e aplicações
de voz utilizando banda larga.
Opera em nove diferentes taxas de transmissão, que variam de 6,6 a 23,85 kbps. É cha-
mada de banda larga, devido o fato de a taxa de amostragem empregada passar de 8 KHz
para 16 KHz, tornando a largura de banda dedicada ao áudio cerca de duas vezes maior
que os codecs anteriores. A escala de opinião (MOS) tem mostrado que é perceptível o
aumento na qualidade da voz sem a necessidade do aumento da largura de banda de rá-
dio, simplesmente pelo aumento na taxa de amostragem. A Figura X mostra as avaliações
feitas para alguns codecs de AMR de voz (AMR-NB) e banda larga (AMR-WB).

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Figura 2: Avaliação Mean Opinion Score (MOS) para codecs AMR de bandas estreita e larga.

Fonte: Autoria Própria.

• Serviço de Imagem e Multimídia


Além do servico de MMS (serviço de multimídia) que surgiu como uma melhoria dos co-
nhecidos SMS, permitindo o envio de imagens e outras multimídias além do texto já pre-
sente, outro serviço de imagens ainda mais poderoso que o MMS é o compartilhamento
de vídeo em tempo real. ISto ocorre quando ambos os usuários sentem uma necessidade
de comunicação mais completa que o serviço de voz pode oferecer, então os aparelhos
são configurados para inciar uma transmissão de vídeo em tempo real, seja de mão única
ou dupla.
O uso deste serviço tem variados motivos, estendendo-se de pessoais a necessidades pro-
fissionais. Para tal, é necessário que: a qualidade da imagem e a taxa de atualização sejam
altas o suficiente para habilitar a captura das informações vindas da câmera, além de o
intervalo de tempo entre a captura da imagem pelo transmissor e a possibilidade de visu-
alização pelo receptor seja pequeno o suficiente de modo que não comprometa a fluidez
da interatividade.

• Voice over Internet Protocol - VoIP


Em redes fixas, as chamadas VoIP são empregadas para obter baixo custo em chamadas
de longas distâncias ou internacionais. Em celulares, são preferencialmente para habilitar
chamadas ricas, que se utilizam de vários tipos de mídias (stream de vídeo, jogos, imagens
etc.) para uma comunicação em tempo real entre pessoas.
É importante considerar o índice de qualidade de serviço além da compressão realizada
no cabeçalho IP para uma comunicação VoIP eficiente em W-CMDA.

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• Jogos multijogadores
Outro serviço viável a partir da implementação dos padrões 3G para comunicação móvel
é o de jogos com multijogadores, geralmente de estratégia ou de ação em tempo real, ou
jogos de estratégia baseado em turnos. Os dois primeiros citados requerem um limite de
delay abaixo de 1 s, enquanto o último até 40 s.
Apesar do diferente comportamento entre redes celulares e fixas, e os computadores se-
rem mais velozes que as estações móveis, os resultados têm mostrado que é perfeitamente
possível uma boa experiência em ambas as situações para o usuário final. Os jogos de
ação em tempo real são transmitidos em pacotes a uma taxa que varia de 10 a 20 kbps, as
quais podem funcionar perfeitamente em redes celulares.

• Conectividade comercial
Trata-se do acesso corporativo a uma rede interna ou à própria rede mundial para fins pro-
fissionais, onde são considerados aspectos como o efeito da latência na rede e influência
na performance do sistema, além da segurança necessária. Uma alternativa é o uso de
uma VPN que possibilita a criptografia dos dados.
Este acesso corporativo normalmente é composto de acesso web, troca de emails, além
de download de arquivos. A performance desta aplicação depende tanto da taxa de trans-
missão de bits, como da latência existente na rede. No download de arquivos por meio do
protocolo TCP é possível perceber a influência que a latência na rede tem no desempe-
nho da aplicação, visto que ocasiona o chamado slow start reduzindo a taxa durante certo
tempo e, consequentemente, aumentando o intervalo de tempo para ter acesso ao arquivo
em download.

5.2 CDMA2000 1xEV-DO

Sistema de dados sem fio com o intuito de unir o desempenho de uma rede fixa e a conve-
niência de um sistema móvel, mantendo alta capacidade e velocidade, caracterizando-se
como uma tecnologia 3G por permitir transmissões de multimídia a uma taxa de pelo
menos 2,4 Mbps. Além disso, é possível citar a alta eficiência espectral, dado que apenas
uma ERB consegue fornecer conexão a 4 Mbps com uma banda de 1,25 MHz.
Um segmento onde uma rede CMDA2000 1xEV-DO pode ser aproveitada é na banda
larga residencial e de pequenas empresas, pois pode fornecer uma velocidade semelhante
a uma rede com fio, além de possuir uma instalação mais simplificada.
Foi desenvolvido para operar numa portadora de 1,25 MHz com a mesma quantidade de
espectro que os modelos de CDMA anteriores. Com características similares de RF, fa-
cilita a integração entre os sistemas para os novos dispositivos. Em comparação com o

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UMTS, que é o padrão europeu de 3G, que atinge uma taxa de 2,4 Mbps com uma porta-
dora de 5 MHz, onde se conseguiria implementar três portadoras de 1xEV-DO atingindo
os mesmos valores de transmissão.

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6 Considerações
Percebe-se que o sistema de comunicações móveis, assim como grande parte dos siste-
mas de telecomunicações, evolui constantemente, a fim de garantir maiores taxas de transmis-
são de dados, diminuindo o tempo do processo de comunicação, bem como o desenvolvimento
de normas e padrões que permitam suportar serviços abrangentes e personalizados, proporcio-
nando alto desempenho e estabilidade e evidenciando a qualidade de serviço (QoS).
Vê-se também que isso se dá em função da busca por satisfazer as necessidades dos
clientes que, com o passar dos anos, deseja cada vez mais meios para que a telecomunicação
seja concretizada de forma completa e com eficiência.

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