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Trabalho de Arquitetura de Transmissão

Sistema SDH
4º período do Tecnólogo de telecomunicações.
Ricardo, Wilton , Alexandre.

1. Disserte sobre os sistemas PDH x SDH.

O sistema PDH é um sistema plesiócrono, ou seja, quase síncrono.


Existe o sincronismo entre as pontas da transmissão, mas não há sincronia
entre os diversos pacotes transmitidos nele. Isto torna o sistema PDH
rígido, pois para se retirar, por exemplo, um único canal de voz em link de
140 Mbps, será necessário desmonta-lo inteiro, o que aumenta o custo e
diminui a eficiência do sistema.
Já no sistema PDH, existe sincronismo tanto entre transmissor e
receptor, quanto entre os diversos pacotes que são transmitidos. Nele, não
é necessário utilizar bits de justificação, como é no sistema PDH. Na
Hierarquia Digital Síncrona, são utilizados os cabeçalhos e os ponteiros,
que permitem que, mesmo em um link de 10 Gbps, seja possível extrair um
único canal de voz em qualquer parte do circuito.
Além disso, a taxa de transmissão máxima possível nos sistemas
também é diferente,e aqui o SDH mantém sua vantagem. Enquanto no
PDH a velocidade máxima alcançável é de 140 Mbps, a velocidade mínima
de um link SDH é de 155 Mbps, podendo chegar até a 10 Gbps.

2. Defina POH, SOH, Payload, Ponteiro, Container e Virtual


Container.

POH (Cabeçalho de Caminho) – São os bytes associados a um


container, que gerenciam o caminho percorrido por este, assim como o
controle de conteúdo.

SOH (cabeçalho de Seção) – Contém informações de alinhamento do


quadro STM-1, informações de desempenho , manutenção e
monitoramento.

Payload – É a informação realmente transmitida pelo STM-1.

Ponteiro – Indica o início de um container-virtual, em um grupo de


containers-virtuais multiplexados juntos.

Container (C) – Elemento básico do STM-1, que serve de “envelope”


para sinais de velocidade mais baixa que a do STM-1. Ao acomodar sinais
plesiócronos, o container adapta os relógios plesiócronos ao relógio
síncrono do SDH.

Virtual Container (VC) – É formado pela adição de um POH ao


container, possibilitando o controle do caminho percorrido pelo container
desde sua entrada na rede ate sua saída da rede.

3. Qual a função do Cross-Conect?

O Cross-conect permite, através da identificação dos cabeçalhos,


interfacear qualquer sinal digital, de qualquer ordem, presente numa
transmissão SDH, ou seja, ele permite o gerenciamento da rede.

4. Quantos canais de voz (64 Kbps) compõem um STM-1?

Um STM-1 é composto por 1890 canais de voz de 64 Kbps (63


tributários de 2 Mbps, cada um com 30 canais de voz.)

5. Quantos tributários E1 compõem um STM-4?

Um STM-4 é composto por 4 STM-1, que por sua vez, é composto por
63 tributários E1. Assim sendo, um STM-4 é formado por 252 tributários E1.

6. Disserte sobre os cabeçalhos.

Existem dois tipos diferentes de cabeçalho, cada um com uma função


distinta dentro sistema SDH.
Cabeçalho de Seção (SOH) – formado pelas 9 primeiras colunas do
quadro STM-1, este cabeçalho se subdivide em outros três, que são:
 RSOH (Cabeçalho de Seção de Regeneração) – utilizado para
transportar as informações de supervisão, alarmes, manutenção
e gerencia da seção de regeneração.
 MSOH (Cabeçalho de Seção de Multiplexação) – utilizado para
transportar informações de supervisão, alarmes, manutenção,
gerência, comutação para caminho reserva e transporte de
canais de serviço entre as pontas da seção de multiplexação.
 AU-POINTER (Ponteiro de Unidade Administrativa) – utilizado
para identificar como a informação está estruturada na área de
carga útil, como localizar os VC que estiverem sendo
transportados na área de Payload e em qual byte do Payload
inicia-se uma unidade tributária.
Cabeçalho de caminho (POH) – Gerencia o conteúdo e o caminho
percorrido por um container.
7. Descreva o esquema de multiplexação para o Brasil.

O esquema de multiplexação para o Brasil funciona com tributários de 2


Mpbs, tributários de 34 Mbps ou tributários de 140 Mbps. Para entender o
funcionamento, será usado como exemplo um sistema com tributários E1.
Inicia-se com 21 tributários de 2 Mbps, cada um em associado a um
container C-12. A cada container é atribuído um cabeçalho de caminho,
transformando-se assim em Virtual containers VC-12. A cada VC-12 é
agregado um ponteiro de unidade tributária. Agora temos 21 Unidades
Tributárias TU-12. Estas se dividem em 7 grupos de 3, formando 7 Grupos
de Unidade Tributária TUG-2. Estes 7 se concentram um Grupo de unidade
tributária de hierarquia maior, formando assim um TUG-3.
Este grupo se une a dois outros, formados da mesma maneira, em um
container-virtual VC-4. A este é agregado um ponteiro de unidade
administrativa, formando o AU-4, que em seguida irá transformar-se em um
AUG.
Uma quantidade N de Grupos de Unidade Administrativa (formados pelo
mesmo processo) se associa, formando o STM-N.

8. Defina TU, TUG, AU.

TU (Unidade Tributária) – Formada pela adição de um ponteiro de


unidade tributária a um VC. Este ponteiro é responsável por indicar a
posição de início do VC dentro da TU. A Unidade Tributária só é utilizada
quando o VC nÃo é diretamente mapeado no STM-1.

TUG (Grupo de Unidade Tributária) – Formado pela multiplexação de


Unidades Tributárias de mesma Ordem.

AU (Unidade Administrativa) – Formada pela adição de um ponteiro de


unidade administrativa a um VC de ordem superior mapeado dentro de um
STM-1. Este ponteiro vinculado ao container localiza-se no cabeçalho de
seção do STM-1 e indica a posição exata onde começa o VC dentro do
STM-1.

9. Escolha 9 itens constantes no glossário e explique.

AU – Unidade Administrativa – É uma estrutura de transporte constituída


por um Virtual Container de ordem superior e por um ponteiro que indica o
início do VC dentro da estrutura de transporte.
AU – LOP – É a perda do ponteiro de Unidade Administrativa.

DXC – Digital Cross Connect – É um equipamento capaz de interfacear


um ou mais sinais com taxas definidas, permitindo roteamento de qualquer
valor de taxa ou subtaxa com qualquer outro valor do sinal.

LOM – Loss of Multiframe – Sinal de perda de multiquadro de uma


Unidade Tributária.

LOS – Loss of Signal – O estado de perda de sinal ocorre quando a


amplitude do sinal relevante cair abaixo de um limite preestabelecido por um
período também preestabelecido.

MOC – Managed Object Class – Família de objetos gerenciados que


compartilham as mesmas características.

Mapeamento – É o processo pelo qual tributários são adaptados para


serem transportados por meio da rede SDH. Se o tributário em questão for
assíncrono, o mapeamento inclui justificação de bit.

MS – Denomina-se Seção de Multiplex o intervalo entre dois acessos


consecutivos aos bytes MSOH, incluindo as funções que realizam esse
acesso.

HPT – Fligh order Path Termination – A função do HPT processa o


Cabeçalho de Caminho do Virtual Container de ordem superior.

10. Explique a figura 9.19.

A figura 9.19 (pág 133), representa um módulo STM-1 utilizado para


transmitir 3 tributários plesiócronos de 34 Mbps.
Primeiramente, é necessário mapear cada tributário PDH em um
container C-3. A cada container desse é associado um cabeçalho de
caminho POH, formando os Containers Virtuais VC-3. A cada VC-3 é
agregado um ponteiro de unidade tributária, assim, cada VC-3 torna -se
uma Unidade Tributária TU-3
As três unidades tributárias são multiplexadas e mapeadas em um
container C-4, sendo este de hierarquia superior ao C-3. A este, é
associado POH, formando o VC-4. Este Container Virtual agrega-se a um
ponteiro de unidade administrativa e do cabeçalho de seção, formando o
STM-1.
11. Explique o funcionamento do SDXC.

O Cross-Conect Digital Síncrono executa a desmontagem de um STM-N


e sua remontagem na saída, permitindo a realocação dos containers
agregados a ele (sejam estes de alta ou baixa ordem), propiciando assim o
rerroteamento.
Isso é possível porque o SDXC possui todas as suas entradas e saídas
conectadas por uma matriz de comutação sem bloqueio, o que possibilita a
conexão de qualquer entrada com qualquer saída, com possibilidade
alguma de indisponibilidade de interconexão.

12. Faça um breve resumo do item 9.11.

O sistema SDH foi desenvolvido para prover transmissão para vários


serviços. Sua arquitetura, de transporte em camadas, foi projetada para
possibilitar a conectividade necessária para que as várias redes existentes
possam se interligar.
Cada uma de suas 4 camadas tem sua função distinta e funciona com
um servidor para a camada superior, sendo que a camada de circuito serve
aos serviços que a rede SDH transportará.
Camada de Circuito: Interfaces elétricas definidas para cada serviço
usuário, possibilitando acesso à rede SDH.
Camada de Via: Composta por duas subcamadas, a camada de via
provê suporte aos serviços usuários e é responsável por adaptar a
velocidades de transmissão destes a taxa básica SDH.
Também é responsável por monitorar e acompanhar o serviço usuário
por todo o percurso da rede.
Camada de Seção: Servidor da camada de via, responsável pelo
transporte da informação da camada de via entre os dois nós do SDH com
perfeita integridade.
Esta camada também é formada por duas subcamadas, cada uma com
cabeçalho próprio. A camada seção de regeneração cuida de problemas
entre o equipamento óptico, os regeneradores e a outra ponta, enquanto a
camada seção de multiplexação cuida dos problemas entre os dois nós da
rede, relativos a funções de multiplexação.
Camada de Meio Físico: Interfaces de adaptação do sinal digital ao meio
físico pelo qual este trafegará.

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