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5.1 Hub
Foi um dos primeiros equipamentos a serem utilizados em redes locais. Sua principal função é
amplificar os sinais de dados de uma porta e retransmiti-los nas outras portas, sem dar tratamento algum
à informação, caracterizando uma comunicação broadcast. O HUB cria um único domínio de broadcast e
um único domínio de colisão. Isto pode acarretar um aumento significativo da probabilidade de colisões
dos dados, além do fato de cada host ter que analisar o pacote que lhe foi enviado pelo HUB, mesmo
não sendo ele o destinatário do pacote.
O Hub trabalha na camada Física do modelo OSI e, por uma limitação tecnológica, opera
somente em modo semi-duplex (half duplex), ou seja, não pode enviar e receber pacotes ao mesmo
tempo. Caso isso aconteça, haverá colisão de pacotes.
O Hub cria uma topologia física em forma de estrela, sendo ele o elemento central. É um
equipamento simples e, consequentemente, seu custo não é elevado em relação a outros equipamentos
que veremos mais adiante.
O Hub não é gerenciável, o que dificulta ainda mais a detecção de problemas na rede.
Por estes motivos, atualmente este equipamento não é mais indicado para uso em redes de computadores.
5.2 Switch
Equipamento que trabalha na camada de Enlace do modelo OSI e permite a interconexão direta
entre máquinas formando uma conexão ponto-a-ponto, sendo esta uma das vantagens em relação ao
Hub.
À medida que os dados trafegam pela rede, o Switch monta uma tabela relacionando os endereços
MAC (Media Access Control) ou endereço físico das máquinas (48 bits ou 6 bytes, hexadecimal) com suas
portas, segregando dessa maneira o tráfego de dados. O MAC é associado à interface de que conecta um
dispositivo à rede e é único, não havendo duas portas com a mesma numeração.
No início do funcionamento, enquanto não há troca de dados, a tabela do Switch estará vazia e
ele se comportará como um Hub, ou seja, os dados que chegam numa determinada porta serão
retransmitidos pelas demais portas.
O Switch cria um único domínio de broadcast e o domínio de colisão ficará restrito entre uma porta
e o dispositivo nela conectado. Assim sendo, a probabilidade de colisão dos pacotes será
significativamente reduzida, quando operando em modo half duplex. Se operar em modo full duplex, não
ocorrerá colisões, pois os sinais de transmissão e de recepção percorrerão pares de fios diferentes no
cabo UTP. Como o switch tem várias portas, haverá múltiplos domínios de colisão.
Seja, por exemplo, uma rede local de 100 Mbps que utiliza Hub. Essa banda será compartilhada
por todas as estações provocando colisões dos dados e, consequentemente, queda de desempenho. Já
com o uso de Switch, a largura de banda de 100 Mbps será dedicada entre as máquinas que estejam
trocando dados entre si, causando assim um aumento de desempenho da rede. Se duas máquinas “A” e
“B” estiverem conectadas e se, simultaneamente, outras duas máquinas “X” e “Y” também estiverem, a
banda de 100 Mbps estará disponível tanto para a conexão entre “A” e “B”, quanto para a conexão “X” e
“Y”. Ou seja, as máquinas poderão se comunicar simultaneamente.
Outras vantagens do Switch são: podem operar em modo full duplex, são gerenciáveis e a
probabilidade de colisão de dados é significativamente menor do que numa rede com Hub.
Exemplo de tabela sendo montada por um Switch
Porta Endereço MAC
1 00-0C-6E-3C-D1-6D
2
3
4 00:1B:C9:4B:E3:57
5
6 00:0B:C3:4F:E3:6H
7
8 00-19-B9-FB-E2-57
Tabela 1.1
1
Switch
4 6 8
192.168.7.0
192.175.4.0
CAPÍTULO 6 - PROTOCOLOS
o SYN (SYNcronizing Segment): primeiro segmento enviado pelo TCP, utilizado para
sincronizar as duas extremidades de uma conexão em preparação para abrir uma conexão;
o ACK (Acknowledgment): Confirmação positiva de um segmento.
As conexões TCP são full duplex, ou seja, podem ser transmitidas de maneira
independente em ambas as direções, conforme mostra a figura a seguir:
O transmissor mantém um registro de cada pacote que envia e espera uma confirmação
antes de enviar o próximo pacote. O transmissor também inicia um temporizador quando envia
um pacote e retransmite-o se esse temporizador se completar antes de chegar ou não uma
confirmação.
Como o TCP é full duplex, ele adota uma técnica denominada de piggyback para reduzir
o tráfego na rede, que consiste em enviar uma confirmação (ACK) junto com dados para a outra
extremidade, conforme figura a seguir.
Para utilizar melhor a largura de banda, o TCP emprega o conceito de janela deslizante,
que consiste em enviar vários pacotes sem necessidade de confirmação. O número de pacotes
que pode ser enviado e não confirmados em determinado período é restringido pelo tamanho da
janela e limita-se a um número fixo e pequeno.
Se por exemplo o tamanho da janela é 3 (três), significa que o transmissor pode
transmitir até 3 (três) pacotes antes de receber a confirmação, conforme mostrado a seguir.
Campos:
• Porta de Origem e Porta de Destino (16 bits cada) através das quais será feita a conexão entre
as entidades de transporte. Algumas portas são padrão;
• Número de Sequência (32 bits): número de seqüência da parte do segmento, que permite a
remontagem dos dados no destino;
• Número do Reconhecimento (32 bits): especifica o próximo byte aguardado pelo destino,
informando também que até o byte anterior foi recebido corretamente. Só é válido se o bit de
ACK do campo flags estiver “setado”;
• HLEN - Tamanho do Cabeçalho (4 bits): número de palavras de 32 bits do cabeçalho TCP.
Essa informação é necessária pois o campo Opções é variável;
• Reservado : seis bits não utilizados;
• Bits de Código (6 bits);
• URG(1 bit): quando=1 este campo fica habiltado; quando=0, será ignorado;
• ACK (1 bit): quando=1 este significa que o campo Número do Reconhecimento é válido;
• PSH (1 bit) : PUSH – quando=1, o receptor é solicitado a entregar os dados à aplicação
imediatamente, sem esperar que o buffer fique completo;
• RST (1 bit): quando=1, usado para reiniciar uma conexão que ficou confusa por uma falha no
host ou por qualquer outra razão. Também usado para rejeitar uma tentativa de conexão ou
rejeitar
um segmento inválido;
• SYN (1 bit): usado para estabelecer a conexão. Primeiro segmento deve ter SYN=1 e ACK=0
(solicitação de conexão e informação do número de seqüência – CONNECTION REQUEST). A
resposta
contém uma confirmação (ver three way handshake), tendo SYN=1 e ACK=1 (CONNECTION
ACCEPTED);
• FIN (1 bit): usado para encerrar a conexão, dizendo que o transmissor não tem mais dados a
enviar.
• Janela (16 bits): efetua controle de fluxo através de uma janela deslizante de tamanho variável.
Esse campo indica quantos bytes podem ser enviados a partir do byte confirmado (número do
reconhecimento). O valor de 0 é válido e serve para indicar que os bytes até Número do
Reconhecimento –1 foram recebidos bem, mas o receptor quer um descanso (o transmissor
deve parar de enviar dados). Quando o receptor estiver mais folgado, envia outro segmento com
o mesmo campo ”número do reconhecimento” e um byte de “janela” diferente de zero;
• Soma de Verificação (16 bits): soma de todos bytes mais “Soma de Verificação “ deve dar zero;
• Ponteiro Urgente (16 bits): indica um offset do número de bytes a partir do número de
seqüência atual no qual existem dados urgentes;
• Opções (16 bits): possui diversas funções, como por exemplo comunicar tamanho de buffer
durante o período de setup, tamanho máximo do segmento;
• Dados: dados da camada superior.
Campos:
• Versão (4 bits): contém a versão do protocolo IP que o datagrama pertence. Atualmente
trabalha-se na versão 4;
• HLEN (Comprimento do Cabeçalho - 4 bits): indica o número de palavras de 32 bits que
existem no cabeçalho. O valor mínimo é 5;
• Tipo de Serviço (8 bits): indica a qualidade de serviço que o datagrama deve ser enviado.
Várias combinações de velocidade e segurança são possíveis. Para voz digitalizada, a
velocidade é muito mais importante que segurança. Já para transferência de arquivos, uma
transmissão com segurança é muito mais importante que a
velocidade. Este campo está sendo cada vez mais utilizado atualmente, e foi renomeado para
DS (Differentiated Services);
• Comprimento Total (16 bits): indica o número total de bytes (octetos) existentes no datagrama
(cabeçalho + dados). O tamanho máximo é 65.535 bytes;
• Identificação (16 bits): contem um número inteiro único que identifica o datagrama;
• Flags (3 bits): especifica se a fragmentação pode ocorrer;
• Deslocamento do Fragmento: indica a posição à qual pertence o fragmento atual. Todos
fragmentos com exceção do último devem ser múltiplos de 8 bytes (unidade básica do
fragmento). Como são utilizados 13 bits, há um máximo de 8192 fragmentos por datagrama,
dando um tamanho máximo de 65536 bytes, coerentemente com o
campo Comprimento Total;
• Tempo de Vida (8 bits): é um contador utilizado para limitar a vida dos pacotes, a fim de evitar
loops infinitos. Quando ele chega a zero, o pacote é destruído. A unidade utilizada é segundo, e
a máxima vida de um pacote é 255 segundos;
• Protocolo (8 bits): este campo identifica o protocolo da camada de transporte ao qual esse
datagrama está associado, sendo que o mais comum são o TCP (0x06) ou UDP (0x11);
• Verificação da Soma do Cabeçalho (16 bits): faz o controle de erros do cabeçalho;
• Endereço IP de Origem (32 bits): indica o número da rede e número do host origem da
mensagem;
• Endereço IP de Destino (32 bits): indica o número da rede e número do host destino da
mensagem;
• Opções (32 bits): é utilizado para controle de segurança, roteamento, relatório de erros,
depuração, informação de hora, etc. Basicamente, foi proposto para permitir a evolução do
protocolo através deste campo variável;
• Dados: dados das camadas superiores que serão transmitidos.
6.4 Ethernet
o Preâmbulo: o quadro Ethernet começa com um campo de 8 bytes (64 bits), onde os 7
primeiros bytes tem a sequência 10101010 e o último byte é 10101011. Este campo
serve para sincronizar o transmissor e o receptor.
o Endereço de destino: esse campo contem o endereço MAC ou endereço físico do
adaptador de rede da máquina de destino. É composto por 48 bits (ou 6 bytes) no
formato hexadecimal.
o Endereço da origem: esse campo contem o endereço MAC ou endereço físico do
adaptador de rede da máquina de origem. É composto por 48 bits (ou 6 bytes) no
formato hexadecimal.
o Tipo: serve para multiplexar os protocolos da camada de Rede, ou seja, vários
protocolos dessa camada podem ser utilizados (ex: IP, IPX, Apple Talk, ARP) para
aplicações diferentes. A máquina de destino irá identificar o protocolo de Rede utilizado.
Este campo é composto por 16 bits (2 bytes).
o Dados: este campo carrega os dados que vem da camada de Rede. A unidade máxima
de transferência (MTU) é de 1.500 bytes, o que significa que se, por exemplo, um
datagrama IP exceder esse valor, ele será fragmentado em quadros de 1.500 bytes cada
um. Na recepção esses fragmentos serão remontados formando o datagrama IP original.
O tamanho mínimo do quadro é de 46 bytes.
o CRC (Verificação de Redundância Cíclica): tem como finalidade detectar se houve erro
no quadro transmitido. É composto por 32 bits (4 bytes).