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Unidade 4 –

Fisiologia e
Recomendações
Nutricionais do
Idoso
Objetivos
 Conhecer as alterações fisiológicas inerentes ao
processo de envelhecimento;
 Compreender o impacto dessas alterações na
ingestão alimentar;
 Compreender o impacto dessas alterações na
ingestão alimentar;
 Conhecer as necessidades nutricionais dessa faixa
etária.

Conteúdos
 Aspectos fisiológicos do idoso;
 Recomendações nutricionais do idoso.

Orientações para o estudo da unidade


Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as
orientações a seguir:
1) Não se limite ao conteúdo deste material
didático; busque outras informações em sites
confiáveis e/ou nas referências bibliográficas
apresentadas ao final de cada unidade.
Lembre-se de que, na modalidade EaD, o
engajamento pessoal é um fator determinante
para o seu crescimento intelectual.
2) O estudo da Nutrição no idoso é marcado pela
relação entre as alterações fisiológicas do
período e seu impacto na saúde do indivíduo.
Conhecê-las é fundamental para uma conduta
nutricional adequada.
3) Além dos aspectos fisiológicos, os aspectos
sociais e comportamentais exercem papel
fundamental no envelhecimento. Busque
sempre associá-los para realizar um melhor
atendimento nutricional.

1. INTRODUÇÃO
Desde a segunda metade do século passado, o Brasil passa
por uma fase de transição demográfica, que em linhas gerais,
significa que o país passou de uma época com altas taxas de
natalidade e mortalidade para uma com baixa natalidade e
mortalidade, que levou à um aumento na expectativa de vida e,
consequentemente, à um envelhecimento populacional. Esse
novo cenário gera grande impacto em diversas áreas, entre elas
as da economia, de serviços e saúde.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatísticas), em 2012, o Brasil possuía 25,4 milhões de pessoas
acima dos 60 anos. Em 2017, ultrapassou a marca dos 30, 3
milhões, o que representa um crescimento de 18% nessa faixa
etária (IBGE, 2018). Segundo projeções da OMS (Organização
Mundial de Saúde), em 2025 o Brasil terá a sexta maior
população de idosos do mundo, com 31,8 milhões de idosos
(OMS, 1998).
Na figura 1 a seguir, está representada a distribuição da
população brasileira por sexo e grupos de idades, baseada em
dados de 2017.

Figura 1: distribuição da população por sexo e grupo idade – 2017.


Fonte: IBGE (2018)

O processo de envelhecimento traz diversas alterações


fisiológicas e anatômicas. Profissionais da área da saúde devem
ficar atentos à essas alterações para melhor adequação de suas
condutas, sempre com o objetivo de promover um
envelhecimento saudável.
A atuação do nutricionista na atenção à saúde da
população geriátrica é considerada essencial e deve acontecer
de maneira integrada aos demais profissionais de saúde, como
geriatras, enfermeiros, fisioterapeutas e fonoaudiólogos.
O acesso à nutrição adequada, não só no envelhecimento,
mas como nas demais fases da vida, contribui para uma melhor
qualidade de vida, proporcionando autonomia e independência,
o que tem impacto direto no estado emocional do idoso (SILVA,
MARUCCI E ROEDIGER, 2016).
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma
sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua
compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo
estudo do Conteúdo Digital Integrador.

2. 1. ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO


Essa fase é marcada por intensas alterações orgânicas,
fisiológicas e metabólicas que podem afetar o estado nutricional
do idoso, pois ele se trona mais vulnerável às alterações de
ingestão alimentar, digestão, absorção e biodisponibilidade de
nutrientes (SILVA, MARUCCI E ROEDIGER, 2016). Compreender
essas mudanças é fundamental para uma avaliação nutricional
mais precisa e consequentemente, traçar estratégias
dietoterápicas mais eficientes.
A seguir serão apresentadas as principais alterações
fisiológicas existentes no processo de envelhecimento:

Alterações na composição corporal


Ocorre diminuição da altura (devido ao achatamento dos
discos intervertebrais e do arco plantar dos pés e o
enfraquecimento da musculatura da perna) e do peso (pela
diminuição na quantidade de água corporal e massa magra,
diminuição da ingestão alimentar, estado emocional, uso de
medicamentos, incapacidade de locomoção), além de mudança
na composição corporal, oriunda principalmente da perda
progressiva de massa muscular esquelética (sarcopenia),
ilustrada na figura 2 e do aumento da gordura corporal (SILVA,
MARUCCI E ROEDIGER, 2016). O teor total de água corpórea
diminui em torno de 20 a 30% por perda de água intracelular
(TIBO, 2007).
Figura 2: corte de ressonância magnética da coxa de adulto de 21 anos (acima) e
idoso de 63 anos (abaixo)
Fonte: adaptado de Silva et al. (2006)

A redução na musculatura gera diminuição da densidade


óssea, redução na força muscular e da mobilidade, menor
sensibilidade à insulina, menor capacidade aeróbia, menor taxa
de metabolismo basal, menores níveis de atividades físicas
diárias (FECHINE e TROMPIERI, 2012).

Alterações no aparelho digestivo


Sofre alterações estruturais, funcionais e de motilidade, o
que torna os idosos mais vulnerável aos distúrbios nutricionais,
pois afetam a ingestão alimentar, o processo digestivo e a
biodisponibilidade de nutrientes. No quadro 1 estão
relacionadas as mudanças que ocorrem em diferentes
estruturas do sistema gastrointestinal.
Quadro 1: principais componentes do sistema gastrointestinal e suas alterações
LOCAL MODIFICAÇÕES IMPACTOS NA ALIMENTAÇÃO
Boca Atrofia das papilas gustativas; Diminuição do paladar;
desgaste e perda de dentes; Alteração na consistência da
dificuldade de fala; redução da dieta;
funcionalidade dos músculos da Dificuldade na formação do
mastigação; xerostomia bolo alimentar.
Esôfago Distúrbios funcionais do Dificuldade na deglutição;
esfíncter; disfagia alteração na consistência da
dieta.
Estômago Aumenta fragilidade da Formação de úlceras;
mucosa; Diminuição da Deficiência na absorção de
secreção ácida; maior tempo ferro, B12, ácido fólico, cálcio e
de esvaziamento gástrico. betacaroteno; sensação de
plenitude precoce.
Pâncreas Atrofia; fibrose e degeneração Tolerância a glicose diminuída
gordurosa; (não obrigatório),
Redução na secreção de Dificuldade de digestão.
bicarbonato e enzimas.
Fígado Diminuição de volume e da Formação de cálculos biliares;
capacidade regenerativa; dificuldade para digestão de
declínio na metabolização de gorduras.
drogas; diminuição da secreção
de sais biliares.
Intestino Redução das vilosidades; Possível impacto na absorção;
diminuição do peristaltismo; constipação intestinal.
predisposição à diverticulite.
Fonte: adaptado de Tibo (2007) e Silva, Marucci E Roediger (2016).

Alterações no sistema cardiovascular


Nessa fase, ocorre redução da frequência cardíaca em
repouso, espessamento das válvulas cardíacas (o que podem
acarretar no aparecimento de sopros), aumento do colesterol
como também da resistência vascular periférica, com o
consequente aumento da tensão arterial e maior risco de
aterosclerose (TIBO, 2007; FECHINE e TROMPIERI, 2012).

Alterações no sistema respiratório


Com o envelhecimento, temos a diminuição da função
pulmonar, com parede torácica mais rígida e retração da
elasticidade do pulmão, com consequente perda de capacidade
respiratória máxima. Os engasgos são mais frequentes devido à
diminuição dos reflexos pulmonares e função ciliar (TIBO, 2007;
FECHINE e TROMPIERI, 2012).

Alterações no gênito-urinário
Os rins diminuem a filtração glomerular. A bexiga
apresenta menor capacidade de armazenamento e redução da
força de contração. Ocorre um desequilíbrio entre a
musculatura voluntária e lisa, o que pode gerar episódios de
incontinência (TIBO, 2007).

Alterações no sistema nervoso


Responsável pelas sensações, movimentos, funções
psíquicas e pelas funções biológicas internas, é o sistema mais
afetado pelo envelhecimento e, por não apresentar função
reparadora, é uma alteração preocupante nessa fase da vida
(FECHINE e TROMPIERI, 2012).
Dentre as alterações recorrentes, pode-se citar redução
no tamanho e peso do cérebro; menor número de neurônios;
maior prevalência de demências; declínio de algumas funções
cognitivas; processamento de informações mais lento; menor
quantidade de neurotransmissores; alteração nos reflexos
devido à menor velocidade de condução nervosa (TIBO, 2007;
FECHINE e TROMPIERI, 2012).

INÍCIO DE DESTAQUE
As leituras indicadas no Tópico 3. 1. tratam sobre as
alterações fisiológicas inerentes ao envelhecimento. Neste
momento, você deve realizar essas leituras para aprofundar o
tema abordado.
FIM DE DESTAQUE
2. 2. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NO IDOSO
Assim como nas demais unidades, antes de estudarmos
as recomendações nutricionais dessa fase da vida, é importante
conhecermos o estado nutricional desse indivíduo, para então
adequarmos suas necessidades.

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Diversos aspectos podem interferir na avaliação
nutricional em idosos, entre eles as alterações fisiológicas e
anatômicas inerentes à própria idade, alterações de composição
corporal, presença de doenças, interação fármaco-nutrientes
(Vitolo, 2008).
Alterações na cavidade oral (ausência ou amolecimento
dos dentes; próteses mal adaptadas; gengivas machucadas;
xerostomia), alterações na deglutição (disfagia), entre outras,
são algumas das alterações que estão associadas ao
comprometimento do estado nutricional do idoso.

Antropometria
Para essa avaliação, é realizado as seguintes aferições:
 Peso (caso a pesagem não seja possível, pode-se utilizar
a fórmula de Chumlea et al (1985) para estimar o peso):
Homens:
P = (1,73 x CB)+(0,98 x CP)+(0,37 x DSE)+(1,16 x AJ)-81,69
Mulheres:
P = (0,98 x CB)+(1,27 x CP)+(0,4 x DSE)+(0,87 x AJ)-62,35
Sendo:
CB: circunferência do braço (cm)
CP: circunferência da panturrilha (cm)
DSE: dobra subescapular (mm)
AJ: altura do joelho (cm)
 Altura (na impossibilidade de aferir a altura com
estadiômetro, é possível estima-la por envergadura ou
meia envergadura ou ainda pela fórmula de Chumlea et
al (1985)
Envergadura: distância entre os dedos médios de uma mão
a outra, feita com os braços estendidos com ângulo de 90º
em relação ao corpo;
Meia envergadura: extensão do braço até o osso externo
multiplicada por dois;
Chumlea:
Homens:
E = 64,19 – (0,04 x I)+(2,02 x AJ)
Mulheres:
E = 84,88 – (0,24 x I)+(1,83 x AJ)
Sendo:
I: idade (anos)
AJ: altura do joelho (cm)
 Circunferências (braço, muscular do braço, panturrilha,
cintura, quadril)
 Pregas cutâneas (tricipital, bicipital, supra ilíaca,
subescapular)
Com a associação dessas medidas, é possível avaliar
diversos indicadores de estado nutricional. O mais simples deles
é o cálculo do Índice de massa corporal (IMC), calculado através
da fórmula:
IMC = __Peso (kg)__
Altura2 (m)

Porém é preciso ficar atento pois os pontos de corte para


população idosa difere do adulto. A partir dos 60 anos, deve-se
utilizar os pontos propostos por Lipschitz, que encontram-se
descritos do quadro 2 a seguir:
Quadro 2: classificação do estado nutricional de adultos segundo o IMC
IMC (kg/m2) Classificação
< 22 Magreza
22 a 27 Eutrófico
> 27 Sobrepeso
Fonte: Lipschitz (1994)
Além desse indicador, é possível também avaliar a
composição corporal com o cálculo de porcentagem de gordura
corporal, através de fórmula que utiliza as pregas cutâneas, e
também estado nutricional pela adequação de mediadas como
circunferência do braço (CB), prega cutânea tricipital (PCT),
entre outras (lembrando que esse assunto será retomado na
disciplina de avaliação nutricional).

Parâmetros bioquímicos
A interpretação de marcadores bioquímicos é de
extrema importância na avaliação nutricional, pois evidenciam
alterações bioquímicas de forma precoce, muito vezes antes
mesmo de aparecerem sintomas.
Avaliação de glicemia, albumina, marcadores do
metabolismo de ferro, hemograma, perfil lipídico, vitaminas (B 12
e ácido fólico) estão entre os principais parâmetros a serem
avaliados (Vitolo, 2008).

Consumo alimentar
É importante que nesse momento aspectos como
queixas (ganho ou perda de peso), história pregressa
(antecedentes pessoais e familiares), hábitos alimentares,
consumo alimentar e questões especiais (hábitos sociais como
tabagismo ou etilismo, uso de medicamentos) sejam levados em
consideração para a realização de uma anamnese mais
completa

Exame físico

A sistemática utilizada para detectar sinais e sintomas


relacionados com desnutrição em idosos são as mesmas
utilizadas em adultos, porém alguns sinais de deficiência podem
ser confundidos com alterações decorrentes do processo de
envelhecimento. Merecem atenção especial aspectos como
avaliação da dentição e/ou uso de próteses dentárias; presença
de disfagia; úlceras de pressão; hidratação.

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Energia
Para estimativa da TMR, utilizam-se as equações
propostas por Harris-Benedict (1979) ou pela OMS (1985). Em
ambos os casos, é necessário levar em consideração fatores
relacionados à atividade física, lesões e efeitos térmicos para a
estimativa do gasto energético total (Silva, 2016). O cálculo da
necessidade energética total (NET) é feito pela fórmula:
NET = TMR x FATOR ATIVIDADE x FATOR TÉRMICO x FATOR
LESÃO

HARRIS-BENEDICT (1919)
Mulheres:
TMR = 655,1 + (9,56 x P) + (1,85 x E) – (4,68 x I)
Homens:
TMR = 66,5 + (13,75 x P) + (5,0 x E) – (6,78 x I)
Sendo:
P: peso (kg)
E: estatura (cm)
I: idade (anos)

EQUAÇÕES PROPOSTAS PELA IOM (1985)


Mulheres > 60 anos:
TMR = (10,5 x P) + 596
Homens > 60 anos:
TMR = (13,5 x P) + 487
Quadro 3: Fatores relacionados à atividade (FA)

Long et al. 1979 WHO (1985) - mulheres WHO (1985) - homens

Acamado: 1,2 Muito leve: 1,3 Muito leve: 1,3

Acamado + móvel: 1,25 Leve: 1,5 Leve: 1,6

Ambulante: 1,3 Moderado: 1,6 Moderado: 1,7

Intenso: 1,9 Intenso: 2,1

Fonte: adaptado de Silva, 2016

Quadro 4: Fatores relacionados a lesão e estresse (injúria)


Paciente não complicado: 1,0 Politrauma em reabilitação: 1,5
Pós operatório oncológico: 1,1 Politrauma + sepse: 1,6
Fratura ossos longos: 1,2 Queimadura 30 a 50 %: 1,7
Sepse moderada: 1,3 Queimadura 50,1 a 70%: 1,8
Peritonite: 1,4 Queimadura 70,1 a 90%%: 2,0
Fonte: adaptado de Silva, 2016

Quadro 5: Fatores térmicos (FT)


38º: 1,1 40º: 1,3
39º: 1,2 41º: 1,4
Fonte: adaptado de Silva, 2016

Já as fórmulas propostas pela IOM (2002) reúnem, além


da taxa metabólica basal, coeficientes de atividade física e
consideram grupos etários, peso corporal e estatura. O cálculo
pode ser feito de forma direta através das fórmulas:

EER (homens > 19 anos)


EER = 662 – (9,53 X idade[a]) + CAF x (15,91 x peso[kg] + 539,6 x
estatura[m])
EER (mulheres > 19 anos)
EER = 354 – (6,91 X idade[a]) + CAF x (9,36 x peso[kg] + 726 x
estatura[m])

Sendo CAF o coeficiente atividade física:


CAF= 1,25 se NAF sedentário (≤ 1 < 1,4)
CAF = 1,50 se NAF leve (≤ 1,4 < 1,6)
CAF = 1,75 se NAF moderado (≤ 1,6 < 1,9)
CAF = 2,20 se NAF intenso (≤ 1,9 < 2,5)

Nível de atividade física (NAF)


NAF sedentário (≤ 1 < 1,4): trabalhos domésticos, caminhadas
relacionadas com o cotidiano, ficar sentado por várias horas.
NAF leve (≤ 1,4 < 1,6): caminhadas 6,4 km, e mesmas atividades
relacionadas ao NAF sedentário.
NAF moderado (≤ 1,6 < 1,9): ginástica aeróbica, corrida,
natação, jogar tênis, além das mesmas atividades relacionadas
ao NAF sedentário.
NAF intenso (≤ 1,9 < 2,5): ciclismo de intensidade moderada,
corrida, pular corda, tênis e atividades relacionadas ao NAF
sedentário.

Proteína
As necessidades proteicas nesse grupo são alvos de
muita investigação. Estudos apontam que consumo menor que
0,8 g/Kg/dia favoreceria o surgimento de sarcopenia. Tal fato
elevaria a recomendação diária de proteína, porém a presença
de problemas renais (muito comuns nessa fase) contraindicam
esse aumento. Por isso as condutas devem ser avaliadas de
forma individual (Silva, 2016).
De forma geral, o IOM (2002) recomenda que a proteína
represente de 10 a 35% do valor calórico total ou 0,8g/kg/dia.
Vitaminas e minerais
No quadro 6 a seguir são apresentadas as vitaminas e
suas funções orgânicas, bem como suas recomendações diárias
segundo a DRI (2000).

Quadro 6: vitaminas importantes no processo de envelhecimento e recomendações


VITAMINAS FUNÇÃO RECOMENDAÇÃO
Vitamina A Essencial para visão e sistema Homens: 900 mcg/d
imune. Mulheres: 700 mcg/d
Vitamina D Prevenção de fraturas; melhora na Homens e mulheres:
densidade óssea 15 mcg/d
Vitamina B12 Prevenção de anemia perniciosa; Homens e mulheres:
prevenção de hipocloridria e à 2,4 mcg/d
redução do fator intrínseco.
Vitamina C Antioxidante; auxiliar na absorção Homens: 90 mg/d
de ferro. Mulheres: 75 mg/d
Fonte: adaptado de Silva (2016) e Vitolo (2008).

Já no quadro 7, são apresentados alguns dos mais


minerais mais importantes para a manutenção da saúde na
velhice e suas recomendações diárias.

Quadro 7: minerais importantes no processo de envelhecimento e recomendações


MINERAIS FUNÇÃO RECOMENDAÇÃO
Cálcio Participação no desenvolvimento e Homens e mulheres:
preservação óssea; evitar a 19 a 50 anos:1000 mg/d
osteoporose. 50 a 70 anos: 1200 mg/d
Magnésio Participação no desenvolvimento e Homens:
preservação óssea; evitar a 31 a 70 anos: 420 mg/d
osteoporose. > 70 anos: 420 mg/d
Mulheres:
31 a 70 anos: 320 mg/d
> 70 anos: 320 mg/d
Fósforo Participação no desenvolvimento e Homens e mulheres:
preservação óssea; evitar a 700 mg/d
osteoporose.
Ferro Evita quadro de anemia. Homens e mulheres:
8 mg/d
Zinco Antioxidante Homens: 11 mg/d
Mulheres: 8 mg/d
Selênio Antioxidante. Homens e mulheres:
55 mcg/d
Fonte: adaptado de Silva (2016).
Importante: para conhecer as demais recomendações, consulte as tabelas de recomendações das
DRIs, já utilizadas nas unidades anteriores.

INÍCIO DE DESTAQUE
As leituras indicada no Tópico 3. 2. tratam sobre as
recomendações nutricionais para idosos. Neste momento, você
deve realizar essas leituras para aprofundar o tema abordado.
FIM DE DESTAQUE

Vídeo complementar ..................................................................


Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar.
 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Videoaula,
localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível de seu curso
(Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo (Complementar).
Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a lista de vídeos.
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Tópicos Gerais para o Ensino de Química – Vídeos Complementares –
Complementar 4.
......................................................................................................

3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR


O Conteúdo Digital Integrador é a condição necessária e
indispensável para você compreender integralmente os
conteúdos apresentados nesta unidade.

3. 1. ASPECTOS FISIOLÓGICOS NO ENVELHECIMENTO


A fim de aprofundar o conhecimento acerca das
alterações fisiológicas que ocorrem durante o envelhecimento,
leia o capítulo 5 do livro:
 DA SILVA, M. L. N.; MARUCCI, M. F. N.; ROEDIGER,
M. A. Tratado de Nutrição em Gerontologia.
Barueri, SP: Manole, 2016 (Biblioteca Virtual
Pearson). Acesso em: 03 ago. 2018.
Outra sugestão de leitura é o artigo abaixo, que também
retrata as alterações ocorridas nessa fase.
 FECHINE, B. R. A.; TROMPIERI, N. O processo de
envelhecimento: as principais alterações que
acontecem com o idoso com o passar dos anos.
Revista Científica Internacional. ISSN: 16.79-9844.
Edição 20, volume 1, artigo nº 7, Janeiro/Marlo
2012. Disponível em: <
http://www.interscienceplace.org/isp/index.php/is
p/article/view/196>. Acesso em: 03 ago. 2018.

3. 2. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NO IDOSO


Para aprofundar os estudos em relação às recomendações
nutricionais do idoso, leia o artigo a seguir:
 FISBERG, R.M. et al. Ingestão inadequada de
nutrientes na população de idosos do Brasil:
Inquérito Nacional de Alimentação 2008-2009. Rev
Saúde Pública 2013;47(1 Supl) :222S-30S.
Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v47s1/08.pdf>.
Acesso em: 18 jul. 2018.
Leia também o capítulo 6 e 7 da obra:
 DA SILVA, M. L. N.; MARUCCI, M. F. N.; ROEDIGER,
M. A. Tratado de Nutrição em Gerontologia.
Barueri, SP: Manole, 2016 (Biblioteca Virtual
Pearson). Acesso em: 03 ago. 2018.

Para conhecer mais sobre o impacto do envelhecimento no


estado nutricional do idoso, leia o artigo sugerido a seguir:
 DOS SANTOS, A. C. O. et al. envelhecimento e
alterações do estado nutricional. Geriatria &
Gerontologia. 2010;4(3):168-175. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v47s1/08.pdf>.
Acesso em: 18 jul. 2018.

Para conhecer mais sobre o a interação fármaco nutrientes e


seu impacto no estado nutricional do idoso, leia o artigo
sugerido a seguir:

 THURNHAM, D. I. An overview of interactions


between micronutrients and of micronutrients with
drugs, genes and immune mechanisms. Nutritionn
Research Reviews, 17: 211-240, 2004.

4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante
para você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades
em responder as questões a seguir, você deverá revisar os
conteúdos estudados para sanar as suas dúvidas.

1) Em relação à nutrição do idoso podemos afirmar que:


a) a nefropatia geriátrica é resultado da supernutrição lipídica
crônica.
b) a função imunológica aumenta com a idade
c) os sentidos do paladar, olfato, visão, audição e tato aumentam
em taxas específicas.
d) a proteína corpórea no idoso sadio é inferior à dos adultos
jovens.
e) a hipercloridria aumenta a absorção do cálcio e ferro não-heme.

2) Em indivíduos da terceira idade, são necessárias algumas


modificações na dieta devido às características do processo de
envelhecimento humano. As principais mudanças na dieta do idoso
são (assinale a alternativa correta):
a) Diminuir o número de refeições, reduzir o volume por refeição e
usar suplementos nutricionais obrigatoriamente.
b) Aumentar o número de refeições, aumentar o volume por
refeição e abrandar as fibras dietéticas por cocção ou por
subdivisão.
c) Aumentar o número de refeições, reduzir o volume por refeição e
abrandar as fibras dietéticas por cocção ou por subdivisão.
d) Diminuir o número de refeições, aumentar o volume por refeição
e usar suplementos nutricionais obrigatoriamente.
e) Aumentar o número de refeições, reduzir o volume por refeição e
usar suplementos nutricionais obrigatoriamente.

Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
autoavaliativas propostas:
1) d.
2) c.

5. CONSIDERAÇÕES
Com esta unidade encerramos o nosso estudo da Nutrição da
gestação ao envelhecimento.
Durante nossa caminhada, percorremos todas as fases do
desenvolvimento humano e estudamos as principais
características e aspectos fisiológicos inerentes a cada fase. A
partir daí foi possível relacionar esses aspectos com o estado
nutricional do indivíduo e propor, respeitando as
individualidades, as melhores estratégias nutricionais, que
promovessem o pleno desenvolvimento e preservação da saúde
e qualidade de vida.
Não se limite aos conhecimentos aqui passados. Lembre-se
que a Nutrição é uma ciência dinâmica, que passa por
alterações de condutas e paradigmas frequentemente. A busca
pelo conhecimento constante fará de você um profissional
diferenciado, sempre atualizado e apto à desenvolver suas
atividades de forma ética e eficiente.

6. E-REFERÊNCIAS

Lista de figuras
Figura 1 Distribuição da população por sexo e grupo idade – 2017. Disponível em:
<https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-
noticias/noticias/20980-numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30-
milhoes-em-2017>. Acesso em 3 ago. 2018.

Figura 2: corte de ressonância magnética da coxa de adulto de 21 anos (acima) e


idoso de 63 anos (abaixo)
Fonte: adaptado de Silva et al. (2006)

Sites pesquisados
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Número de idosos cresce 18%
em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017. Disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-
noticias/noticias/20980-numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30-
milhoes-em-2017. Acesso em 3 ago. 2018.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DA SILVA, M. L. N.; MARUCCI, M. F. N.; ROEDIGER, M. A. Tratado de Nutrição em
Gerontologia. Barueri, SP: Manole, 2016.
LIPSCHITZ, D. A. Screening for nutritional status in the elderly. Prim Care, v. 21, n. 1, p.
55 – 67, 1994.
VITOLO, Márcia Regina. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. 1 ed. Rio de
Janeiro: Ed. Rubio, 2008.

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