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FUNDOS DE INVESTIMENTOS

1. Fundo de Investimento: Condomínio de pessoas com o objetivo comum de investimentos. Constituídos


por ativos como CDBs, ações, títulos públicos, debentures, etc.
2. Fundo de investimento em Cotas (FIC): Constituídos por cotas de outros fundos de investimentos.
3. Participantes do Fundo – Cotistas: aqueles que possuem a menor parte de um fundo (Cota), podendo
adquirir quantas partes quiser/puder.
4. Cota: Fração do patrimônio de um fundo de Investimento;

5. Cálculo da Cota:

*Descontadas as despesas administrativas e taxas de administração.

6. Propriedade dos Fundos (Exceto fundos imobiliários): Cada cotista é dono do fundo, uns mais, outros
menos em virtude da quantidade de cotas que cada participante possui.
7. Taxa de Administração: Percentual pago pelos cotistas para remunerar os prestadores de serviço
envolvidos. A cobrança da taxa afeta o valor da cota. Taxa fixa percentual ao ano, calculada e
provisionada diariamente;
8. Taxa de Performance: Cobrado quando o a rentabilidade do fundo supera a de um indicador de
referência (Benchmark). A cobrança está condicionada nos casos onde a mesma seja autorizada ou
informada no regulamento do fundo. Sua cobrança ocorre após a dedução de todas as despesas,
inclusive taxa de Adm. Linha d’água é a metodologia da cobrança da taxa de performance, que é
efetuada semestralmente;
9. Despesas: De acordo com a CVM 409 são encargos de fundos de investimentos, além da taxa de
administração, os impostos, despesas de impressão e publicação de relatórios e demonstrativos,
despesas de auditores, advogados, emolumentos e comissões nas operações de fundo, etc.;
10. Marcação a Mercado: o Fundo deverá reconhecer, TODOS OS DIAS, o valor de mercado de seus ativos.
A marcação permite que o administrador dos recursos analise e reflita a que preço seria vendido o ativo
a cada momento, o valor a ser observado deverá ser aquele no fechamento do dia (mercado) em caso
de renda fixa. No caso de renda variável, a legislação determina que se observe o preço médio dos
títulos durante o dia. Seu principal objetivo é evitar a transferência entre cotistas, ou seja, manter os
cotistas cientes de quanto custa a cota, evitando, assim que venda por um preço maior ou menor do
que o mercado está negociando. Fundos Exclusivos não possuem obrigatoriedade de Marcação a
Mercado;
11. Chinese Wall: Combate os conflitos de interesse. Segrega Recursos Próprios de Recursos de Terceiros:
Não misturar os patrimônios do administrador com os dos clientes do fundo.
12. Política de Investimentos: ativos que o gestor do fundo pode comprar para compor o fundo;
13. Assembleia: Reunião para que os cotistas deliberem sobre os assuntos relevantes ao fundo. Exemplo:
Troca do administrador, gestor, custodiante; apresentação das demonstrações contábeis, aumento ou
redução da taxa de administração ou de performance; alteração das políticas do fundo; emissão de
novas cotas (fundos fechados);
A assembleia só pode ser convocada por cotistas ou grupo de cotistas que possuam no mínimo 5% do
fundo ou pelo Administrador do fundo, via correspondência, para todos os cotistas com dez dias de
antecedência. A AG é instalada com qualquer número de cotistas. AGO anual, até 120 dias após o
encerramento do exercício social; AGE são as demais assembleias que ocorram além da AGO;

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14. Direitos e Obrigações dos Cotistas: O Cotista deverá ser informado: i) objetivos do fundo; ii) política de
investimentos e riscos associados; iii) taxa de administração e desempenho, bem como demais taxas e
despesas cobradas; iv) Condições de emissão resgate de cotas e quando aplicável, v) o prazo de carência;
O material de divulgação do fundo deverá apresentar as informações referentes à rentabilidade
ocorrida em períodos anteriores, advertindo que os investimentos em fundos não estão cobertos por
nenhum fundo garantidor e a rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura.
O cotista poderá ser convocado a aportar novos recursos em casos onde o PL se tornar negativo; pagar
as taxas e despesas administrativas, de acordo com o regramento do fundo;
15. Obrigações dos administradores de um fundo de Investimentos: Remeter aos cotistas demonstrações
de desempenho do fundo, até o último dia de fevereiro de cada ano; divulgar na internet o item 3 da
demonstração de desempenho do fundo relativos aos: i) doze meses findos em 31/12, até o último dia
útil de fevereiro próximo e; aos doze meses findos em 30/06, até o último dia útil de agosto de cada ano;
16. Divulgação de informação: i) informações consistentes e não induzir o investidor ao erro; ii) informações
em linguagem simples e clara; iii) informações simultânea para todos os cotistas; iv) não podem
assegurar resultados ou isenção de riscos ao investidor; v) informações factuais devem ser diferenciadas
de interpretações, projeções e estimativas, essas informações deverão conter fontes; vi) quando houver
erros de informações nos materiais, a CVM poderá exigir a cessação da informação e vii) veiculação de
retificações e esclarecimentos por determinação da CVM;
17. Segregação de funções e responsabilidades: i) Administrador – responsável legal pelo fundo, controla
os prestadores de serviço e defende os interesses dos cotistas; ii) Custodiante – responsável pela guarda
dos ativos do fundo, envia dados e informações aos gestores e administradores do fundo; iii)
Distribuidor – vende as cotas do fundo, pode ser o próprio administrador ou terceiros certificados
contratados pelo administrador; iv) Gestor – compra e vende os ativos do fundo, segundo a política de
investimento estabelecida no regulamento. Em casos de resgates de cotistas, ele vende ativos e caso de
aplicação ele compra ativos para compor a carteira; v) Auditor Independente – todo o fundo deve
contratar um auditor independente para que audite as contas do fundo, no mínimo uma vez por ano.
18. Tipos de Fundo:
a. Abertos: Cotistas podem solicitar resgates a qualquer tempo, a não ser que este possua regra
de carência – Com carência terá cobrança de IOF e alíquotas para resgates antes da carência e
Fundos sem carência, possuem liquidez diária – Possui liquidez mais alta, devido a volatilidade
do comportamento dos cotistas, pois ao resgatar cotas, o gestor precisa vender ativos do
fundo, destruindo cotas e quando o cotista decide ingressar no fundo, o gestor adquire ativos
no mercado para compor o fundo, criando cotas;
b. Fechados: Cotista só pode resgatar as cotas ao término do prazo estabelecido no regramento
do fundo ou em eventual resgate agendado em períodos onde o regramento permita o ingresso
ou saída de investidores do fundo. É permitido que o cotista negocie paralelamente suas cotas
quando não for possível sair do fundo. Geralmente são fundos voltados ao mercado imobiliário;
c. Restritos: São constituídos para receber investimentos de um grupo restrito de cotistas. São
comuns fundos restritos a investidores qualificados;
d. Fundos Exclusivos: Constituídos para receber aportes exclusivamente de um único cotista, ou
seja, somente investidores profissionais podem ser cotistas desse tipo de fundo. Não é
obrigatória a marcação a mercado;
19. Documentos dos Fundos: i) Regulamento – estabelece as regras de funcionamento e operacionalização
do fundo. Deve dispor sobre a taxa de administração, taxa de performance (quando aplicável), bem
como as taxas de ingresso e saída; ii) Formulário de Informações Complementares – Política de
divulgação de informações do fundo e fornecer informações complementares, bem como descrever
tributações, taxa de riscos e etc. O FIC é de natureza virtual, estando disponível no site do administrador
do Fundo; iii) Lâmina – informa de forma concisa em uma única página as principais características
operacionais da aplicação, resumo dos objetivos e política de investimentos; iv) Termo de adesão – Com
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o cotista informado das regras e políticas do fundo assina um termo tendo ciência que teve acesso ao
regulamento, FIC e lâmina;

20. Fundos Ativos, Passivos e Alavancados:


a. Ativos: são aqueles onde o gestor atua buscando melhores desempenhos assumindo uma
estratégia que supere o seu benchmark;
b. Passivos (Fundos Indexados): aqueles que buscam acompanhar um benchmark e por isso o
gestor tem menos liberdade na seleção dos ativos;
c. Alavancado: é considerado alavancado quando existir a possibilidade de perda superior ao
patrimônio do fundo desconsidera-se aqui, casos de default nos ativos do fundo;
d. Principais Benchmark: i) Renda Fixa: DI, SELIC, IPCA, IGP-M, IMA; ii) Renda Variável: Ibovespa
(representam 80% do volume transacionado na bolsa), IBrX (100 ações selecionadas na Bovespa
em ordem decrescente por liquidez), ISE (análise comparativa de performance das empresas
listadas na BM&FBovespa);
21. Principais Modalidades de Fundos de Investimento
a. Renda Fixa: Investem no mínimo de 80% do PL em ativos de renda fixa expostos a variação da
taxa de juros ou índice de preços ou até mesmo a ambos; Pode ser considerado de longo prazo
quando o prazo médio de sua carteira for superior a 365 dias;
i. Curto Prazo: prazo máximo a decorrer de 375 dias e prazo médio da carteira do fundo
inferior a 60 dias;
ii. Referenciados: Sua denominação deve constar o sufixo “Referenciado” seguido da
denominação do índice ao qual está indexado. Deverá possuir ao menos de 95% do PL
seja em ativos que acompanhem direta ou indiretamente determinado índice de
referência. Esses fundos devem ter ao menos 80% de seu PL (isolada ou
cumulativamente) Títulos Públicos Federais (TPF) ou ativos de renda fixa de baixo risco
de crédito; Esses fundos tem sua atuação restrita a respectiva atuação de mercado de
derivativos, com objetivo de proteger as posições detidas à vista (Hedge) – “Apostam
que o título ganha ou perde, em caso de perda em relação ao índice o mercado paga a
diferença e em caso de ganho superior ao índice o fundo paga ao mercado a fim de
garantir o valor estimado aos cotistas”;
iii. Simples: Fundo que tenha no mínimo 95% do PL isolada ou cumulativamente, por TPF
ou títulos de Renda Fixa ou coobrigações de IFs. Esses fundos deverão ser identificados
em seu sufixo como “SIMPLES”. É vedado a esse fundo cobrança de taxa de
performance, realização de investimentos no exterior, concentração em créditos
privados e transformá-lo em fundo fechado. Dispensa o Termo de Adesão e Ciência de
Risco.
iv. Dívida Externa: Possui em sua constituição no mínimo de 80% do PL por títulos da
divida externa. Deve apresentar o sufixo Dívida Externa em sua nomenclatura de
apresentação. Permitida a cobrança de Taxa de Performance.
b. Cambial: Principal fator de risco da carteira é a variação de preços de moeda estrangeira ou
variação do cupom cambial. Sua composição deve ter no mínimo de 80% de ativos
relacionados diretamente ou indiretamente via derivativos ao fator de risco que dá nome à
classe. Não acompanha a cotação do dólar;
c. Ações: Investe no mínimo de 67% do seu PL em ações negociadas no mercado à vista de bolsa
de valores;
d. Multimercados: envolve vários fatores de risco, sem o compromisso de concentração em
nenhum fator em especial ou em fatores diferentes das demais classes previstas na instrução,
ou seja, pode aplicar em qualquer formato de títulos, sem necessidade de investimento
mínimo, como observador em outras modalidades de fundos.
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e. Normas relativas à concentração em Créditos Privados: No caso de fundos de pessoas físicas ou
jurídicas de direito privado ou emissores públicos que não a União, que exceda 50% do PL deve
informar em sua denominação a expressão “Crédito Privado”, já o FIC, regulamento e material
de venda deve apresentar de forma destacada o alerta de que o fundo está sujeito a risco de
perda de patrimônio no que se refere ao não pagamento dos ativos da carteira constituída,
inclusive por força de intervenção, liquidação, regime de administração temporária, falência,
recuperação judicial ou extrajudicial dos emissores responsáveis pelos ativos do fundo.
f. Cotas de Fundos de Investimento: Deverá manter, no mínimo, 95% do patrimônio investido em
cotas de fundos de investimento de uma mesma classe, exceto naqueles classificados como
multimercado. Os 5% restantes podem ser mantidos em depósitos à vista ou aplicados em TPF,
CDBs, Operações Compromissadas de acordo com a regulação específica do CMN.
22. Tributação em Fundos de Investimentos:
a. IOF: Alíquota regressiva; até 29 dias pode incidir, após, todas as aplicações estão isentas de IOF;
quando incidente, será sempre antes do Imposto de Renda e é cobrado sobre os rendimentos.
Exceção  em casos de Fundos de Renda Fixa, é que estes estão sujeitos à cobrança do IOF
pela tabela regressiva, que é zerado com resgate de prazo igual ou superior a 30 dias. Quando
se trata de um Fundo com carência, no resgate das cotas quando antes do seu término para
crédito de rendimentos a alíquota é de 0,5% limitada ao rendimento do investidor.
b. Imposto de Renda:
Alíquota Semestral
Tipo de Fundo Responsável Fator Gerador Alíquota Resgate
(Come Cotas)
Renda Fixa Curto
Prazo (Prazo Administrador do Resgate ou Semestral 1 – 180 dias 22,5%
20%
Médio até 365 Fundo (Maio e Novembro) 181 ou mais 20%
dias)
Renda Fixa Longo 1 – 180 dias 22,5%
Prazo (Prazo Administrador do Resgate ou Semestral 181 – 360 dias 20%
15%
médio acima de Fundo (Maio e Novembro) 361 – 720 dias 17,5%
365 dias) 721 ou mais 15%
Renda Variável -
Administrador do
Ações (mais de Somente Resgate Não possui 15%
Fundo
67% em ações)

23. Divulgação de rentabilidade: Expressamente vedada a divulgação de rentabilidades de fundos que


possuam menos de seis meses de registro no CVM; comparar fundos que tenham classificação AMBIMA
diferentes e divulgar titulo ou análise que utilize dados de menos de doze meses. A rentabilidade é
líquida de Taxa de Administração;

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