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Estudos e Impactos

Ambientais
Estudos e Impactos Ambientais

Prof.ª Me. Rebecca Manesco Paixão


Estudos e Impactos Ambientais

UNIDADE III: AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)

• Conceitos para elaboração de metodologia;


• Principais métodos;
• Principais técnicas utilizadas;
• Atributos e critérios para avaliação de impactos ambientais.
Planejamento de execução do diagnóstico
ambiental

• Stamm (2003) define o diagnóstico ambiental como


um relatório sobre a instalação de um
empreendimento, que deve ser composto pela
completa descrição e análise dos recursos ambientais
e suas interações, da forma como existem, de modo a
caracterizar a situação ambiental da área antes da
implantação do empreendimento, considerando: o
meio físico, o meio biológico e os ecossistemas
naturais, e o meio socioeconômico.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Planejamento de execução do diagnóstico
ambiental

• A Resolução CONAMA nº 001/86 define o diagnóstico


ambiental da seguinte maneira:
“[ ] uma completa descrição e análise dos recursos
ambientais e suas interações, tal como existem, de
modo a caracterizar a situação ambiental da área,
antes da implantação do projeto” (CONAMA, 1986,
p. 3).

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Determinação das áreas de influência

“O EIA deverá definir os limites da área geográfica a


ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos,
denominada área de influência do projeto,
considerando em todos os casos, a bacia hidrográfica
na qual se localiza” (CONAMA 1986, art. 5º, § 3).

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Determinação das áreas de influência

• Deverão ser determinadas as


Área de Influência Indireta
(AII), Área de Influência Direta
(AID) e, normalmente,
também teremos a Área
Diretamente Afetada (ADA),
cada uma dessas áreas são
interligadas.

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Determinação das áreas de influência

• A Área de Influência Indireta (AII) é delimitada por


critérios socioeconômicos, pois esses, normalmente,
englobam uma área maior que os critérios ecológicos.
Critérios que se referem à saúde e à segurança da
população, às condições estéticas e sanitárias do
meio ambiente, às repercussões na estrutura
produtiva e na geração de emprego e renda, dentre
outros (IBAMA, 1995).

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Determinação das áreas de influência

• A Área de Influência Direta (AID), geralmente, é


determinada por critérios ecológicos. Deverá se levar
em consideração, para sua delimitação, os fatores
naturais que poderão ser os mais afetados, como:
águas superficiais, águas subterrâneas, solo/subsolo,
atmosfera, entre outros (IBAMA, 1995).

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Determinação das áreas de influência

• A Área Diretamente Afetada (ADA), normalmente, é a


área de ocupação do empreendimento propriamente
dita e seu entorno imediato. Em alguns
empreendimentos, essa área pode ser bem ampla,
por exemplo, nos casos de usinas hidrelétricas, onde
uma grande área de inundação vai acabar por
delimitar a maior parte da ADA.

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Diagnóstico do meio físico

• O diagnóstico do meio físico é de muita relevância,


pois é o meio físico que dá suporte para as
transformações que poderão ocorrer ou já ocorreram
no meio biológico;
• De acordo com Braga et al. (2002), os estudos de
meio físico comumente necessários em EIA/RIMA
são:
 Clima e condições meteorológicas da AID;
 Qualidade do ar na AID.

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Diagnóstico do meio físico

 Níveis de ruído na AID;


 Formação geomorfológica da AID e ADA;
 Solos da AID e ADA;
 Recursos hídricos, sendo abordados hidrologia
superficial, hidrogeologia, oceanografia física,
qualidade da águas e usos da água.

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Diagnóstico do meio biológico

• É o diagnóstico de maior amplitude, pois examina


diferentes aspectos da vida existente nos vários
ecossistemas das áreas de influência;
• São comumente executados estudos sobre a flora,
principalmente arbórea; mastofauna; avifauna;
herpetofauna e ictiofauna, estudos de insetos e
micro-organismos são pouco comuns.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Diagnóstico do meio biológico

• De acordo com Braga et al. (2002), os fatores


geralmente classificados para estudos do meio
biológico são:
 Os ecossistemas terrestres existentes na AID e ADA;
 Os ecossistemas aquáticos existentes na AID e ADA;
 Os ecossistemas de transição (ecótonos) na AID e
ADA.

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Diagnóstico do meio socioeconômico

• É esse diagnóstico que viabiliza o entendimento das


questões humanas nas áreas de influência. O foco dos
estudos desse diagnóstico são os homens e suas
ocupações dentro da área de influência. Exemplos de
perguntas que este diagnóstico tenta responder: Qual
o nível de qualidade de vida das pessoas nas áreas de
influência? Qual a necessidade de empregos? Como a
população entende o empreendimento? Quem e
quantos vivem nas Áreas Diretamente Afetadas?
Quem poderá ser desabrigado? Entre outras.

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Diagnóstico do meio socioeconômico

• De acordo com Braga et al. (2002), os fatores


geralmente estudados neste meio são:
 Dinâmica populacional na AII, AID e ADA;
 Uso e ocupação do solo na AID e ADA;
 O nível de qualidade de vida na AII, AID e ADA;
 Estrutura produtiva e de serviços;
 Organização social nas áreas de influência.

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Quantificação e qualificação dos impactos

• Anteriormente, estudamos sobre os impactos


ambientais, bem como sobre o processo de Avaliação
de Impactos Ambientais, também conhecido como
AIA, e como este está inserido na questão legal
brasileira no âmbito do licenciamento ambiental. No
entanto, você deve estar se perguntando: Como é
que se qualifica e quantifica os impactos provenientes
de um determinado empreendimento ou atividade?

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Diferença entre método e técnica

• Método: determinação de uma sequência de etapas


para se atingir um objetivo. Tem maior amplitude que
a técnica.
• Técnica: são procedimentos ou recursos específicos
utilizados nas etapas de um método; acabam por
operacionalizar o método.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Como elaborar uma metodologia

• Para adotar um determinado método de avaliação, é


bom que se tenha consciência de que seus resultados
têm valor muito subjetivo em razão das alternâncias
que podem ocorrer no meio ambiente, mesmo antes
da implantação do empreendimento, como condições
meteorológicas, fatores sociais e econômicos,
instrumentação de medição inadequada e outras
adversidades que influenciem na coleta de dados.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Objetivos que devem ser atendidos pela
metodologia
• Identificar os impactos;
• Prever a magnitude dos impactos;
• Interpretar a importância dos impactos;
• Determinar se os impactos são negativos ou positivos;
• Determinar se os impactos são diretos ou indiretos;
• Determinar a temporalidade dos impactos (curto, médio
ou longo prazo, temporários, permanentes, cíclicos ou
recorrentes);
• Determinar seu grau de reversibilidade;
• Determinar suas propriedades cumulativas e sinérgicas.
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Método do Valor de Uso

• Não foi criado para AIA;


• A metodologia do uso de valor se enquadra quando
ocorre sua utilização para identificação e
quantificação monetária das funções que são
causadoras de impactos, contribuindo assim para o
aumento do desempenho, melhoria da qualidade e a
eficácia das atividades, objetivando o aumento do
valor agregado;
• Visa diminuir e/ou eliminar os impactos ou
desperdícios ocasionados pelo produto ou processo,
junto ao meio ambiente.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Análise de custo e benefício

• A análise de custo e benefício consiste em um


método elaborado para avaliar o impacto econômico
líquido de um projeto público;
• O objetivo dessa metodologia consiste em
determinar se um projeto é viável do ponto de vista
do bem-estar social, por meio da soma algébrica dos
seus custos e benefícios, descontados ao longo do
tempo (MOTTA, 1991).

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Análise de custo e benefício

• De acordo com Motta (1991), objetiva:


 prever os efeitos econômicos de um projeto (identificar os
impactos);
 quantificar esses efeitos (impactos);
 transformá-los em unidades monetárias (sempre que
possível);
 calcular a sua rentabilidade econômica, por via de um
indicador preciso, que permita formular uma opinião
concreta em relação ao desempenho esperado do projeto
(chegar a uma valor de magnitude e importância do
impacto).
Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
Análise do risco ecológico

• De acordo com IBAMA (1995, p. 87), este método tem


como princípios básicos:
 organizar as funções e usos do espaço de acordo com o
potencial natural existente;
 ordenar o uso múltiplo do espaço de forma a não
interferir, ou interferir o mínimo possível, nas funções do
sistema natural (produtividade, capacidade-suporte,
capacidade de informação e de auto-regulação), ou seja, a
evitar sobrecargas nos ecossistemas ou nos recursos
naturais que possam causar danos aos usos do espaço,
existentes ou futuros.
Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
Principais técnicas utilizadas

• As técnicas são instrumentos de apoio à realização de


estudos de impacto ambiental, cuja utilização deve
estar sempre inserida no corpo do método adotado
no estudo;
• Podem ser aplicadas para: identificar (Ad Hoc),
ordenar (checklists); agregar (matrizes, diagramas);
quantificar (modelos de simulação); representar
graficamente (overlays, matrizes, diagramas)
informações geradas nos estudos (IBAMA, 1995).

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Técnica da reunião (Ad Hoc)

• Consiste em reuniões com especialistas, baseando-se


em seu conhecimento e nos diagnósticos da área de
estudo;
• Os impactos, geralmente, são identificados por meio
de brainstorming (tempestade de ideias),
embasando-se na experiência profissional do grupo
de especialistas, os quais propõem os impactos com
base em seu histórico de participação em outros
projetos similares; por fim, os impactos são
caracterizados e sintetizados por meio de tabelas ou
matrizes.
Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
Técnica da reunião (Ad Hoc)

• Leva-se em consideração apenas as opiniões dos


especialistas, não formalizando fórmulas matemáticas
e nem critérios quali e quantitativos para qualificação
dos impactos. Assim, como principal desvantagem
deste método destaca-se o alto grau de subjetividade
dos resultados, bem como a tendenciosidade na
coordenação e na escolha dos participantes que
avaliarão os impactos do projeto.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Técnica da reunião (Ad Hoc)

• Quanto as vantagens, cita-se a utilização para casos


com escassez de dados, fornecendo orientação para
outras avaliações, além de apresentar uma estimativa
rápida e de baixo custo da evolução dos impactos de
forma organizada e compreensível ao público.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Lista de checagem (Checklist)

• Baseia-se em listas (descritivas, comparativas ou


questionários) disponíveis para um grande número de
empreendimentos-padrão, que servem de guia para o
levantamento dos dados e informações necessários
ao estudo;
• Normalmente, são listados os fatores a serem
considerados na avaliação como o local do impacto, o
impacto gerado, a fase em que ocorrerá, a existência
de programas e medidas etc.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Lista de checagem (Checklist)

• Como vantagens desse método, cita-se a


simplicidade, rapidez e baixo custo;
• Já como desvantagens, o método não identifica
impactos diretos e indiretos, não possibilita realizar
inter-relações entre os impactos, não considera as
relações causa-efeito e ainda pode ser considerado
estático. Além disso, poucas vezes, pode-se utilizar
uma lista de controle sem que esta seja adaptada às
características próprias do projeto, uma vez que são
listas genéricas por categoria de projeto.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Lista de checagem (Checklist)

O Quadro ilustra um exemplo de lista de verificação dos


principais impactos ambientais decorrentes de um
empreendimento de mineração:
Sobre o meio físico Alteração da qualidade das águas
superficiais e subterrâneas;
Alteração do regime de escoamento
das águas subterrâneas;
Alteração da qualidade do ar;
Alteração da qualidade do solo;
Alteração das condições climáticas
locais.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Lista de checagem (Checklist)
Sobre o meio Alteração ou destruição de habitats
biótico terrestres;
Alteração de habitats aquáticos;
Redução da produção primária;
Diminuição da disponibilidade de
nutrientes;
Diminuição da produtividade dos
ecossistemas;
Deslocamento da fauna;
Perda de espécimes de fauna;
Criação de novos ambientes;
Proliferação de vetores.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Lista de checagem (Checklist)
Sobre o meio Impacto visual;
antrópico Desconforto ambiental;
Riscos à saúde humana;
Substituição de atividades econômicas;
Incremento da atividade comercial;
Aumento local de preços;
Aumento da população;
Sobrecarga da infraestrutura de
serviços;
Expansão da infraestrutura local e
regional;
Perda de patrimônio cultural;
Redução da diversidade cultural.
Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
Matriz de interação

• Consiste em uma forma de organização de informações,


que permite a visualização das relações entre
indicadores relativos ao meio natural e relativos ao
meio antrópico;
• A matriz é composta de duas listas dispostas no formato
de linhas e colunas; em uma das listas são elencadas as
atividades do projeto e na outra os principais processos
ambientais. Para indicar a interação entre os
componentes do projeto e os elementos ambientais,
pode-se utilizar letras, números ou cores para
representar as informações sobre os impactos.
Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
Matriz de interação

• A Matriz de Leopold, ou adaptações dessa, tem sido


uma das mais utilizadas nos EIA/RIMA realizados no
Brasil (IBAMA, 1995). A matriz de Leopold original
contém 100 atividades (colunas) e 88 fatores
ambientais (linhas), gerando 8800 células. No
cabeçalho, ficam agrupados os componentes físicos,
químicos, biológicos e antrópicos.

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Matriz de interação

• Os impactos positivos e negativos do meio físico,


biológico e socioeconômico são alocados no eixo
vertical da matriz de acordo com a fase em que o
empreendimento se encontra e com as áreas de
influência (MORATO, 2008);
• Como vantagens, destaca-se que o mesmo apresenta
boa disposição visual do conjunto de impactos diretos
do projeto e facilidade de elaboração.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Matriz de interação

• Como desvantagens, o mesmo não identifica


impactos indiretos, pode haver subjetividade na
atribuição da magnitude dos impactos, não analisa as
interações entre os fatores e não considera as
características espaciais dos impactos.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Matriz de interação

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Redes de interação (network)

• Por meio das redes de interações é possível identificar


efeitos, bem como indicar ações corretivas e mecanismos
de controle, construindo conexões entre os vários efeitos
ambientais. Além disso, permite identificar impactos
primários, secundários e demais ordens, de modo a
compor a cadeia de impactos diretos e indiretos
provenientes de um determinado
empreendimento/atividade;
• As redes de interações também visam orientar as medidas
mitigadoras que possam ser aplicadas, bem como propor
programas de manejo, monitoramento e controle
ambiental.
Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
Redes de interação (network)

• Como vantagens desse método, destaca-se:


simplicidade de elaboração, baixo custo e boa
visualização das ações e seus efeitos;
• No entanto, como desvantagens cita-se que sua
construção pode gerar redes complexas, o que acaba
por dificultar a valoração dos impactos e, além disso,
não destaca a importância relativa dos impactos.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Redes de interação (network)

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Superposição de Dados Gráficos (overlays)

• Overlays consistem na superposição de dados


gráficos, que objetiva realçar detalhes que necessitam
de ênfase especial, auxiliando na formulação e
visualização de alternativas. As cartas podem ser
geradas por meio do uso de papel transparente ou
translúcido sobre um mapa ou, ainda, por meio da
utilização de mapas computadorizados.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Superposição de Dados Gráficos (overlays)

• Segundo o IBAMA (1995), os dados sobre os


principais fatores ambientais (clima, geologia,
fisiologia, hidrologia, pedologia, vegetação, uso do
solo e vida silvestre) previamente analisados e
ordenados de acordo com seu valor para o
desenvolvimento das atividades previstas, são
registrados nos mapas transparentes, com diferentes
graus de sombreamento. Assim, as áreas mais escuras
representam fatores favoráveis para o
desenvolvimento da atividade, enquanto que as áreas
sem sombreamento são menos favoráveis.
Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
Superposição de Dados Gráficos (overlays)

• Esse método é muito útil para a escolha do melhor


traçado de projetos lineares, como rodovias, dutos e
linhas de transmissão, sendo também útil na
elaboração de diagnósticos ambientais (BRAGA et al.,
2005). Como vantagens desse método, tem-se a boa
disposição visual, dados mapeáveis e possibilidade de
montagem de cenários. Já como desvantagens, há
difícil integração dos fatores socioeconômicos e o
método não admite fatores ambientais não-
mapeáveis.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Superposição de Dados Gráficos (overlays)

Mapa com seleção de alternativa de corredor para


implantação de um gasoduto.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Modelos de simulação

• Os modelos de simulação buscam reproduzir a estrutura


e/ou características mais significativas de sistemas reais,
de modo a representar o comportamento dos parâmetros
físicos, biológicos e socioeconômicos, bem como as
relações e interações entre causa e efeito de
determinadas ações;
• Assim, após as simulações para as várias alternativas, é
possível conhecer o estado ambiental antes e depois da
implantação de cada uma das alternativas, por meio das
variáveis que caracterizam cada componente ambiental
(BRAGA et al., 2005).

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Modelos de simulação

• Como vantagens desse método, cita-se sua


capacidade preditiva, possibilidade de utilizar uma
grande quantidade de dados e de relacionar os
fatores citados anteriormente. Já como
desvantagens, os modelos de simulação requerem
equipamentos caros e apropriados, pessoal técnico e
experiente, além de apresentar complexidade
matemática.

Unidade II: Planejamento para Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)


Na próxima aula...

UNIDADE IV: MEDIDAS E PROGRAMAS AMBIENTAIS

• Medidas;
• Programas e Projetos Ambientais.

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