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PROCESSO Nº TST-RR-1001857-06.2016.5.02.

0719

A C Ó R D Ã O
(6ª Turma)
GMACC/nfa/psc

RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A


ÉGIDE DA LEI 13.467/2017 E DA IN 40
DO TST. CERCEAMENTO DE DEFESA.
RECURSO ORDINÁRIO NÃO CONHECIDO POR
ERRO DE IDENTIFICAÇÃO DE PEÇA NO
SISTEMA PJE.
TRANSCENDÊNCIA SOCIAL. No caso em
tela, o debate acerca do acesso à
justiça detém transcendência social,
nos termos do art. 896-A, § 1º, III,
da CLT. Transcendência reconhecida.
CERCEAMENTO DE DEFESA. RECURSO
ORDINÁRIO NÃO CONHECIDO POR ERRO DE
IDENTIFICAÇÃO DE PEÇA NO SISTEMA PJE.
REQUISITOS DO ARTIGO 896, § 1º-A, DA
CLT, ATENDIDOS. RESOLUÇÃO 185/2017 DO
CSJT. O TRT não conheceu do recurso
ordinário do reclamante em razão do
descumprimento da Resolução CSJT
185/2017, na medida em que a
"descrição" e o "tipo de documento"
indicados no sistema PJe não guardam
correspondência com o conteúdo
respectivo. Afirmou, ainda, que o
cadastramento equivocado do recurso
nomeado como "petição em PDF" ou
"manifestação" gera inconsistências
estatísticas do sistema PJE, fato que
repercute na apuração da
produtividade do órgão jurisdicional.
A referida resolução, bem como a Lei
11.419/2006, que dispõe sobre a
informatização do processo judicial,
não preveem essa hipótese de não
conhecimento do recurso. A parte
comprovou o devido peticionamento de
seu recurso ordinário com a
demonstração de violação aos
princípios do contraditório e da
ampla defesa insertos no inciso LV do
art. 5º da Constituição Federal.
Recurso de revista conhecido e
provido.
Firmado por assinatura digital em 27/06/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme
MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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PROCESSO Nº TST-RR-1001857-06.2016.5.02.0719

Vistos, relatados e discutidos estes autos de


Recurso de Revista n° TST-RR-1001857-06.2016.5.02.0719, em que é
Recorrente ERIC COSTA FERREIRA e Recorrida COGNIZANT SERVIÇOS DE
TECNOLOGIA E SOFTWARE DO BRASIL S.A.

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, por


meio do acórdão de fls. 428-430 (numeração de fls. verificada na
visualização geral do processo eletrônico – "todos os PDFs" – assim
como todas as indicações subsequentes), não conheceu do recurso
ordinário do reclamante.
Embargos declaratórios do reclamante às fls. 438-
440, aos quais se negou provimento às fls. 441-443.
O reclamante interpôs recurso de revista às fls.
450-461, com fulcro no art. 896, alíneas a, b e c, da CLT.
O recurso foi admitido às fls. 462-464.
Contrarrazões não foram apresentadas.
Os autos não foram enviados ao Ministério Público
do Trabalho, por força do artigo 95 do Regimento Interno do Tribunal
Superior do Trabalho.
É o relatório.

V O T O

O recurso é tempestivo (fl. 5), subscrito por


procurador regularmente constituído nos autos (fl. 18), e é
dispensado o preparo.
A decisão regional foi publicada em 01/02/2018,
após iniciada a eficácia da Lei 13.467/2017, em 11/11/2017, que
alterou o art. 896-A da CLT, passando a dispor:

"Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista,


examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos
reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica.
§ 1º São indicadores de transcendência, entre outros:
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I - econômica, o elevado valor da causa;


II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência
sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal
Federal;
III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social
constitucionalmente assegurado;
IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação
da legislação trabalhista.
§ 2º Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao
recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo agravo
desta decisão para o colegiado.
§ 3º Em relação ao recurso que o relator considerou não ter
transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre a
questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão.
§ 4º Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do
recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que constituirá
decisão irrecorrível no âmbito do tribunal.
§ 5º É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo de
instrumento em recurso de revista, considerar ausente a transcendência da
matéria.
§ 6º O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela
Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise dos
pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, não abrangendo o critério
da transcendência das questões nele veiculadas."

Insta frisar que o Tribunal Superior do Trabalho


editou novo Regimento Interno – RITST, em 20/11/2017, adequando-o às
alterações jurídico-processuais dos últimos anos, estabelecendo em
relação ao critério da transcendência, além dos parâmetros já
fixados em lei, o marco temporal para observância dos comandos
inseridos pela Lei 13.467/2017:

"Art. 246. As normas relativas ao exame da transcendência dos


recursos de revista, previstas no art. 896-A da CLT, somente incidirão
naqueles interpostos contra decisões proferidas pelos Tribunais Regionais
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do Trabalho publicadas a partir de 11/11/2017, data da vigência da Lei n.º


13.467/2017."

Evidente, portanto, a subsunção do presente


recurso de revista aos termos da referida lei.

1 – CERCEAMENTO DE DEFESA

Conhecimento

De início, convém destacar que o pleito obreiro


envolve pretensão relacionada ao acesso à justiça, questão que goza
de tutela constitucional no artigo 5º, LV, configurando o critério
de transcendência social (art. 896-A, § 1º, III).
Passo à análise dos demais requisitos de
admissibilidade do recurso.
O recorrente logrou demonstrar a satisfação dos
novos requisitos estabelecidos no § 1º-A do art. 896 da CLT,
destacando à fl. 455 o trecho que consubstancia a controvérsia, bem
como apontando de forma explícita e fundamentada, mediante
argumentação analítica, violação do artigo 5º, LV, da Constituição
Federal.
Ultrapassado esse exame inicial, é necessário
perquirir acerca da satisfação dos requisitos estabelecidos nas
alíneas do artigo 896 da CLT.
Ficou consignado no acórdão regional:

"O presente recurso não passa pelo crivo da admissibilidade, por


descumprimento da Resolução CSJT nº 185, de 24 de março de 2017, art.
12, § 2º e art. 15, na medida em que o ‘tipo de documento’ indicado no
sistema PJE não guarda correlação com o conteúdo do mesmo, não se
podendo, assim, atestar-lhe, de forma inconteste, a expressa manifestação
de vontade da parte que o apresentou.
Referida resolução considera ser dever da parte zelar pelo correto
peticionamento nos autos eletrônicos, responsabilizando-se pela exatidão
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das informações prestadas, inclusive quanto à correspondência entre o


preenchimento dos campos ‘descrição’, ‘tipo de documento’ e conteúdo dos
arquivos anexados.
A norma supra mencionada aponta também que o cadastramento
equivocado do recurso nomeado como ‘petição em PDF’ ou ‘manifestação’
gera inconsistências estatísticas do sistema PJE, fato que repercute na
apuração da produtividade do órgão jurisdicional.
Cabe consignar, entretanto, que não há se falar em devolução ou
dilação de prazo para que o litigante retifique o incorreto apontamento,
tendo em vista que este é prazo recursal legalmente previsto e, portanto,
peremptório.
Por todo o esposado, não há como se conhecer do presente recurso"
(fls. 428-429).

E nos embargos de declaração:

"Conheço dos Embargos de Declaração, posto que tempestivos e


opostos por advogado regularmente constituído.
Entretanto, os mesmos improcedem. Explico:
Não houve equívoco no exame dos pressupostos de admissibilidade
do recurso anteriormente interposto, nem há falar em prequestionamento
por alegada violação das normas invocadas nos embargos de declaração. O
fundamento do não-conhecimento do recurso está no voto condutor do
acórdão embargado, ao qual remeto o signatário.
Houve, efetivamente, descumprimento de norma do Conselho
Superior da Justiça do Trabalho e, repito, o campo ‘tipo de documento’,
único campo que importa ao sistema do PJe, foi preenchido erradamente
como ‘petição em PDF’ (ou o que quer que o valha) e não como ‘Recurso
Ordinário’.
A indicação incorreta ou inexistente acarreta inconsistência nos dados
estatísticos, porque ‘petição em PDF’ e nada são o mesmo para o PJe,
contrariando, assim, o que determina o Conselho Superior da Justiça do
Trabalho.
Embargos que se rejeitam."

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O reclamante alega que fez a correta indicação do


recurso ordinário no sistema Pje. Aponta violação dos artigos 5º, II
e LV, e 154 do CPC de 1973 (art. 188 do CPC).
Em exame.
A Resolução 185/2017 do CSJT não prevê como
hipótese de não conhecimento de recurso ordinário o registro
equivocado no sistema PJE, como ocorreu no presente caso, nem a Lei
11.419/2006, que dispõe sobre o processo judicial eletrônico, prevê
esta hipótese de não conhecimento de recurso.
Ao não conhecer do recurso de revista por hipótese
não prevista em lei (erro no cadastramento no PJE), o Regional, no
acórdão recorrido, violou os princípios do devido processo legal e
da legalidade, insertos no art. 5º, II e LV, da Constituição da
República.
Nesse sentido, os seguintes julgados:

"RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI 13.015/2014.


CLASSIFICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE DOCUMENTOS
NO SISTEMA PJE. IRREGULARIDADE APONTADA PELO
TRIBUNAL REGIONAL. NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO
ORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PENALIDADE PREVISTA EM LEI. O
Tribunal Regional não conheceu do recurso ordinário do autor, consignando
que, apesar de o reclamante ter preenchido o campo ‘Descrição’ como
‘Recurso Ordinário’, deixou de fazer a necessária correspondência, ao
nomear o ‘Tipo de Documento’ como ‘Petição em PDF’. Assentou que tal
fato retirou a visibilidade do documento, nos termos do § 4.º do art. 22 da
Resolução 136/2014 do CSJT. Deve-se salientar, todavia, que a própria
resolução permite o saneamento do feito quando a forma de apresentação
dos documentos puder ensejar prejuízo ao exercício do contraditório e da
ampla defesa, devendo o magistrado determinar nova apresentação,
tornando indisponíveis os anteriormente juntados (§§ 3.º e 4.º do art. 22);
fato que não ocorreu nos presentes autos. Ademais, como alegado pelo
reclamante, não existe previsão de ‘não conhecimento do recurso ordinário’
no ordenamento jurídico, quando a parte recorrente registra petição
no sistema PJe de forma equivocada. Do mesmo modo, a Lei 11.419/2006 -
que dispõe sobre a informatização do processo judicial -, não prevê tal
hipótese. Portanto, ao indicar irregularidade no peticionamento feito
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pelo sistema PJe, não conhecendo do recurso ordinário interposto pelo


reclamante, o acórdão regional violou o princípio do devido processo legal,
constitucionalmente assegurado. Recurso de revista conhecido e provido."
(RR-1335-15.2016.5.08.0012, 2ª Turma, Relatora Ministra Delaíde
Miranda Arantes, DEJT 27/4/2018.)

"RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DAS


LEIS NOS 13.015/2014 E 13.105/2015 E ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI
NO 13.467/2017. CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO ACOSTADO.
PJE. RESOLUÇÃO N.º 136/CSJT. IRREGULARIDADE APONTADA
PELO TRT. NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO ORDINÁRIO. Em
homenagem ao princípio do máximo aproveitamento dos atos processuais,
quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o
juiz considerará válido o ato se, mesmo que realizado de outro modo,
alcançar a sua finalidade. Esta é a compreensão emanada dos arts. 188 e
277 do CPC. Recurso de revista conhecido e provido." (RR-472-
24.2014.5.08.0014, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de
Fontan Pereira, DEJT 9/2/2018.)

"RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA. LEI 13.467/2017.


CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. PETICIONAMENTO
ELETRÔNICO. CLASSIFICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE
DOCUMENTOS NOSISTEMA PJE. RESOLUÇÃO N.º 185/2017 DO
CSJT. O processamento do recurso de revista na vigência da Lei
13.467/2017 exige que a causa ofereça transcendência com relação aos
reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica, a qual
deve ser analisada de ofício e previamente pelo Relator (artigos 896-A, da
CLT, 246 e 247 do RITST). O eg. TRT não conheceu do recurso ordinário
da reclamada em razão do descumprimento da Resolução CST nº 185/2017,
na medida em que o ‘tipo de documento’ indicado no sistema PJe não
guarda correlação com o conteúdo do mesmo, afirmando que não se
poderia, assim, atestar a expressa manifestação de vontade da parte que o
apresentou. O art. 896-A, § 1º, II, da CLT prevê como indicação de
transcendência política, entre outros, o ‘o desrespeito da instância recorrida
à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do
Supremo Tribunal Federal’. Como o dispositivo não é taxativo, deve ser
reconhecida a transcendência política quando há desrespeito à
jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal
Federal, ainda que o entendimento ainda não tenha sido objeto de súmula. A
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causa revela transcendência política, nos termos do item II do referido


dispositivo, na medida em que é entendimento desta Corte Superior que não
existe previsão de não conhecimento do recurso ordinário no ordenamento
jurídico, quando a parte recorrente registra petição no sistema PJe de forma
equivocada. O recorrente demonstrou a violação aos princípios do
contraditório e da ampla defesa insertos no inciso LV do art. 5º da
Constituição Federal. Transcendência política reconhecida. Recurso de
revista de que se conhece e a que se dá provimento." (RR-1001223-
55.2016.5.02.0025, 6ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Cilene
Ferreira Amaro Santos, DEJT 9/11/2018.)

"RECURSO DE REVISTA. PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO


- PJE. IRREGULARIDADE APONTADA PELO REGIONAL.
CLASSIFICAÇÃO EQUIVOCADA DO RECURSO ORDINÁRIO. NÃO
CONHECIMENTO. RESOLUÇÃO Nº 136/2014 DO CSJT. O próprio
legislador teve zelo de resguardar os interesses dos jurisdicionados ao
inserir os arts. 188 e 277 do CPC/2015, que elevam o princípio da
finalidade dos atos processuais ao ditarem que, quando a lei prescrever
determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, mesmo que realizado
de outro modo, alcançar a finalidade. No caso dos autos, constata-se que o
reclamante interpôs recurso ordinário e que houve, apenas, erro na
classificação do documento, tendo sido observados todos os requisitos do
recurso que se pretendia interpor. Dessa forma, é certo que há ofensa ao
princípio do contraditório e da ampla defesa, insculpido no art. 5º, LV, da
Constituição, tendo em vista a configuração de excessivo formalismo
quanto ao suposto erro na classificação do recurso interposto por meio do
Sistema Processual Judicial Eletrônico (PJe). Precedentes. Recurso de
revista conhecido e provido." (RR-1000245-70.2016.5.02.0351, 8ª Turma,
Relatora Ministra Dora Maria da Costa, DEJT 5/4/2019.)

"RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI


N.º 13.015/14 E O CPC/2015 - CLASSIFICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO
DE DOCUMENTOS - PJE - RESOLUÇÃO N.º 136/2014 DO CSJT. A
Resolução n.º 136/2014 do CSJT não prevê como hipótese de não
conhecimento de Recurso Ordinário o registro equivocado no sistema PJE,
como ocorreu no presente caso. Violação ao art. 5.º, II, LIV e LV da
Constituição da República. Recurso de Revista conhecido e provido." (RR-
866-97.2015.5.08.0013, 8ª Turma, Relatora Ministra Maria Cristina
Irigoyen Peduzzi, DEJT 25/8/2017.)
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Conheço, por violação ao art. 5º, II e LV, da


Constituição da República.

Mérito

Conhecido o recurso por violação do artigo 5º, II


e LV, da Constituição Federal, seu provimento é consectário lógico.
Dou provimento ao recurso de revista para afastar
o óbice atribuído à Resolução  185/2017   do   CSJT   e  determinar o
retorno dos autos ao Eg. Tribunal de origem, a fim de que prossiga
no exame do feito, como entender de direito.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Sexta Turma do Tribunal


Superior do Trabalho, por unanimidade: I) reconhecer a
transcendência social; II) conhecer do recurso de revista, por
violação do art. 5º, II e LV, da Constitucional Federal, e, no
mérito, dar-lhe provimento para afastar o óbice atribuído à
Resolução 185/2017 do CSJT e  determinar o retorno dos autos ao Eg.
Tribunal de origem, a fim de que prossiga no exame do feito, como
entender de direito.
Brasília, 26 de junho de 2019.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)


AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
Ministro Relator

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