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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como tema os estádios de desenvolvimento psicossexual,


segundo Freud, trata-se de sumário da disciplina de Psicologia da 12ª classe mas o
mesmo já é abordado a partir dos conteúdos da psicologia da 11ª classe. Este
programa serve de base para a consolidação e a compreensão da psicologia de
desenvolvimento.

Os Estádios de desenvolvimento psicossexual, segundo Freud é muito importante


para o conhecimento e a reflexão entre os jovens e adultos, que estudam a 12ª
classe do Ensino Secundário, pois dá-lhes a oportunidade de conhecerem-se mais a
si próprios e as pessoas que lhes rodeiam, sobretudo aos pais e futuros pais, para
compreenderem o comportamento dos seus filhos, cada etapa que enfrentam e o
comportamento dos mesmos, face as crises em cada uma dessas etapas, numa
tentativa de se introduzirem na sociedade, influenciando e sendo influenciados pelo
meio em que se desenvolvem. Estes conhecimentos permite aos alunos conhecer-
se a si mesmo e ter uma compreensão mais profunda dos diversos acontecimentos
que se dão dentro dele, promovendo uma maior segurança ao enfrentar cada fase
do seu desenvolvimento, ajudando formular ideias, concepções, opiniões e nas
relações sociais.

Os objectivos da aula saem dos objectivos gerais da Disciplina para o Ensino


Secundário, esta aula, dentro do sistema de aulas desta unidade, ocupa um lugar
determinante, dada a importância do tema desenvolvido e a sua interligação com os
outros temas a fim de se tornar uma unidade completa.

Objectivos gerais da Psicologia no II Ciclo do Ensino Secundário

A Psicologia do II Ciclo do Ensino Secundário tem os seguintes objectivos:

 Compreender a Psicologia como ciência;

 Conhecer um panorama da Psicologia contemporânea;

 Desenvolver um sistema de conhecimentos que permita a compreensão e


comportamento dos processos mentais do Homem;

 Conhecer o indivíduo e aproxima-los dos demais, de acordo com as exigências


da sociedade;
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 Assumir comportamentos que promovem a socialização cooperação no meio
social;

 Aplicar os conhecimentos psicológicos adquiridos na resolução de problemas da


vida prática.

Objectivos gerais da Psicologia da 12a classe:

 Conhecer a Psicologia Social

 Conhecer a Psicologia do Desenvolvimento

 Compreender a aprendizagem como uma mudança relativamente estável e


duradoura do comportamento e do conhecimento.

 Compreender a motivação como estado do organismo pelo qual a energia


corporal é mobilizada e dirigida a determinados elementos do meio.

Objectivos gerais da Psicologia da 12 a classe que se relacionam com o tema da


aula.

 Compreender a psicologia do desenvolvimento

Objectivos da aula

Objectivos instrutivos:

 Citar os estádios do desenvolvimento psicossexual, segundo a Teoria


Psicanalítica de Freud.

 Explicar as características dos estádios do desenvolvimento psicossexual,


segundo a Teoria Psicanalítica de Freud.

Objectivos educativos:

 Valorizar a importância dos estádios de desenvolvimento psicossexual na


formação integral do homem.

Caracterização Psicopedagógica da turma

Foi seleccionada para este trabalho de fim de curso "modelo aula", a turma da
Especialidade de Ciências Económica-Jurídicas, que pertence a Escola do II Ciclo
do Ensino Secundário "PUNIV". Situa-se no município do Sumbe, com as
especialidades de Ciências Físicas-Biológicas, Ciências Humanas e Económicas-

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Jurídicas.

Encontram-se nesta turma 24 alunos, 16 do sexo feminino e 8 do sexo


Masculino. Com idades compreendidas entre os 16 e 18 anos. Nesta turma existe
alunos com muitas potencialidades, são mais ou menos participativos, tanto nos
trabalhos em grupo e independentes. São alunos dinâmicos, o que facilita a
transmissão dos conhecimentos por parte dos professores, uma vez que os alunos
demonstram muito interesse e curiosidade na matéria dada, tem dificuldade em
elaborar seus próprios conceitos, mas são interactivos.

Com oito disciplinas escolares, estabelecem uma boa relação com os professores,
uma vez que estes elaboram as aulas partindo das características dos alunos,
usando meios e métodos de trabalho em grupo para estimular uma boa relação
entre professores/alunos e alunos/alunos, a fim de alcançarem os objectivos
preconizados.

A escola procura estabelecer uma boa relação com a família e encarregados de


educação, colaborando mutuamente para uma melhor relação entre escola e
alunos, fazem-se presentes em reuniões convocadas pela escola, e coordenadores
de turma ou disciplina.

DESCRIÇÃO E ARGUMENTAÇÃO DIDÁCTICO-PEDAGÓGICA DA


ESTRUTURAÇÃO E GESTÃO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Data: 26 Junho 2016.

Classe: 12a

Disciplina: Psicologia geral.

Unidade II: Psicologia do desenvolvimento.

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Sumário: Estádios do desenvolvimento psicossexual, segundo Freud.

Tempo lectivo: 3°

Duração: 45'

Tipo de aula: tratamento mais sistematizado da matéria nova.

Para Libanêo, (2006) devemos entender uma aula como o conjunto de meios e
condições pelas quais o professor dirige e estimula o processo de ensino em função
da actividade própria do aluno no processo de ensino e aprendizagem escolar, ou
seja, a assimilação consciente e activa dos conteúdos.

Para este autor a aula de tratamento mais sistematizado da matéria nova é aquela
em que o professor da continuidade ao tratamento do conteúdo organizativo de
maneira lógico e sistemático, aproveitando os conhecimentos prévios que possuem
os alunos. Nesta aula o aluno torna-se participativo.

Muitos dos temas debatidos nesta aula ainda hão-de ser novidade para alguns
alunos, sobretudo na compreensão de certos comportamentos nas idades descritas
por Freud, mais já possuem conhecimentos de teorias anteriores que permitirão
compreender que no desenvolvimento humano se dão regularidades e
individualidades, assim como crises que potenciam o desenvolvimento segundo a
forma como são resolvidas.

Partindo da tarefa da aula anterior o professor vai descobrir o que o aluno já sabe a
cerca da matéria da presente aula. O conteúdo presente é relativo ao
desenvolvimento humano na visão de Sigmund Freud, portanto uma continuação da
matéria passada sobre o desenvolvimento humano segundo Piaget, os alunos já
trazem conhecimentos acerca do desenvolvimento humano, pelos conteúdos já
ministrados e também por experiências vividas, facilitando em parte o processo
introdutório da aula.

Os objectivos da aula

Os objectivos segundo Libâneo, (2006) são o ponto de partida, as premissas gerais


do processo pedagógico. Representam as exigências sociais em relação à escola,
ao ensino, aos alunos, e ao mesmo tempo reflectem as opções políticas e
pedagógicas dos agentes educativos em face das contradições sociais existentes

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na sociedade.

Objectivos gerais:

 Compreender a psicologia do desenvolvimento.

Objectivos instrutivos:

 Citar os estádios do desenvolvimento psicossexual, segundo a Teoria


Psicanalítica de Freud.

 Explicar as características dos estádios do desenvolvimento psicossexual,


segundo a Teoria Psicanalítica de Freud.

Objectivos educativos:

 Valorizar a importância dos estádios de desenvolvimento psicossexual na


formação integral do homem.

Métodos

Libâneo, (2006) diz que, os métodos de ensino consistem na mediação escolar


tendo em vista activar as forças mentais dos alunos, para assimilação dos
conteúdos pelos mesmos. Partindo desta definição de método, não é fácil
estabelecer fronteiras bem definidas entre métodos e procedimentos, apesar de que
alguns autores consideram como método o que os outros reduzem à simples
condição de técnicas. Entretanto, a opção entre variedade de método existente, é
fundamental para a qualidade de formação, quer ela científica técnica ou
profissional.

A escolha dos métodos devem ser compatíveis com o tipo de actividades dos
alunos, dependem, dos objectivos, dos conteúdos, do tempo disponível e das
peculiaridades de cada matéria. O professor deve escolher os melhores
procedimentos e combiná-los tendo em conta o desenvolvimento das capacidades
cognitivas dos alunos.

Nesta aula utilizou-se os métodos:

 Expositivo problemático
 Elaboração conjunta
 Trabalho em grupo
 Trabalho independente
Expositivo problemático
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Este método usou-se no desenvolvimento da matéria para dar a possível explicação
da aula e dar alguns exemplos concretos a respeito da mesma. Neste método os
conhecimentos, habilidades e tarefas são apresentados, explicados ou
demonstradas pelo professor. Chamamos assim porque existe a participação activa
dos alunos. Durante a aplicação deste método foi suportado pelos seguintes
procedimentos: exposição verbal, ilustração e exemplificação.

Elaboração conjunta

É um método de interacção activa entre professor e alunos visando obter novos


conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções assim como a fixação e
consolidação dos conhecimentos já adquiridos. É um excelente método para
promover a assimilação activa dos conteúdos suscitando a actividade mental
através da obtenção de respostas pensadas sobre os métodos de aprendizagem
levando os alunos a se aproximar gradualmente da organização lógica do
conhecimento. Este método utilizou-se na primeira e na segunda fase didáctica,
para manter o diálogo permaneante durante aula.

Trabalho em grupo

Para Dissengomoka, (2005) este método consiste em distribuir tarefas iguais a


grupos de alunos. Este método permite ao aluno interagir com os colegas,
superando as suas dificuldades e contribui com seu conhecimento para o
engrandecimento do grupo, afasta a timidez e o acanhamento dos alunos levando-
os a interagir e a socializar. Utilizou-se ao formar equipas, para dar cumprimento a
tarefa de explicar os diferentes estádios do desenvolvimento e elaborar exemplos
pessoais, com suas respectivas análises de cada elemento do grupo e assim chegar
a um ponto de vista comum.

Utilizou-se ainda tendo em conta o papel do grupo para a turma, para permitir a
inter-ajuda e ter espírito de liderança. Aqui o papel do professor é de mediador ou
moderador, mantem-se atenta ao trabalho grupal e individual dentro de cada equipa
para aclarar dúvidas e reforçar avanços e atitudes possitivas durante o trabalho
relativamente independente.

No método de trabalho em grupo, os alunos resolvem em conjunto uma tarefa,


possibilitando a orientação e ajuda entre professor e alunos e alunos-alunos.

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Trabalho independente

O método trabalho independente utilizou-se para a orientar da tarefa para casa. Este
método consiste de tarefas, dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos
as resolvam de modo relativamente independente e criador. Utilizamos as seguintes
tarefas: tarefa de assimilação dos conteúdos e tarefa de elaboração pessoal)

Procedimentos

São técnicas que complementam os métodos de ensino. Neste trabalho utilizou-se


os seguintes procedimentos:

 Conversação didáctica

 Tarefa de assimilação do conteúdo.

 Tarefas de elaboração pessoal

 Debate

Conversação didáctica

Libanêo, (2006) opina que consiste numa conversação aberta entre o professor e os
alunos, cujos resultados supõem a contribuição deles a partir de suas vivências.
Permite dinamizar a participação dos alunos na aula, o professor usa-o para activar
o interesse dos alunos, para criar e manter um clima, ameno e estável na aula e
tornar a relação bilateral. Com o emprego deste procedimento o professor pode
conhecer a forma em que os alunos pensam acerca dos comportamentos assumidos
por eles ou outras pessoas com as que se relacionam, além disso pode rever
comportamentos, mudar atitudes e desfazer preconceitos. Procedimento chave do
método de elaboração conjunta. Neste procedimento recomenta-se que a pergunta
deve ser preparada cuidadosamente para que seja compreendida pelo aluno e deve
ser iniciada por um pronome interrogativo correcto (o quê, quando, quanto, por quê,
etc.).

Tarefa de assimilação do conteúdo

Segundo Libanêo, (2006) são exercícios de aprofundamento e aplicação dos temas


já tratados. Tarefas desse tipo podem ser intercaladas no decorrer da aula
expositiva ou aula de conversação: o professor interrompe a aula e intercala alguns
minutos de trabalho individual ou em duplas de alunos. Os resultados podem não
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ser perfeitos ou correctos, mas mesmo os erros cometidos e as soluções
incorrectas servem para preparar os alunos para revisar conhecimentos e assimilar
a solução correcta.

O professor emprega este procedimento durante o trabalho em equipa, quando


orienta aos alunos fazer a leitura do Fascículo para complementar as actividades
independentes entregadas e expor seus resultados ao resto da turma.

Tarefa de laboração pessoal

Segundo Libanêo, (2006) consiste na produção de respostas pelos alunos surgidas


do seu próprio pensamento. O modo prático de solicitar esse tipo de tarefa é fazer
uma pergunta ao aluno que o leve a pensar, a relatar o que observou ou contar o
que aprendeu. Utilizou-se no momento em que os alunos elaboraram exemplos
construídos por eles, sobre as vivências de comportamento observados ou
assumidos nas diferentes idades.

Debate

Utilizou-se para discutir o tema da aula, perante a classe, cada qual defendendo
uma posição.

Meios de ensino

Segundo Libâneo, (2006) os meios de ensino são todos os recursos materiais,


meios utilizados pelo professor e pelos alunos para a organização, condução
metodológica do processo de ensino e aprendizagem.

Como parte integrante do processo de aquisição de conhecimento, hábitos,


habilidades e convicções, os meios de ensino são de grande utilidade não só para o
professor, mas também para o aluno e são tido ainda como elementos
fundamentais para assimilação rápida e corrente dos conhecimentos, pois a sua
selecção e qualidade requer muita atenção.

Para Piletti, (2002) o professor precisa dominar, esses meios auxiliares de ensino,
conhecendo e aprendendo a utilizar e sua utilização depende do trabalho prático do
docente.

Nesta aula o professor empregou os seguintes meios:

 Material de apoio aos alunos (fascículo).


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 Imagens “gravuras”.

 Quadro, giz, apagador e apontador.

Avaliação

Para Libâneo, (2006) a avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do


trabalho escolar tanto do professor como dos alunos, que não se resume apenas na
realização de provas e atribuição de notas, relação as quais se recorre a
instrumentos de verificação do rendimento escolar.

Segundo Piletti, (2002) a avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa


interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista as
mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objectivos, a fim de que
haja condições de decidir sobre alternativas da planificação do trabalho do
professor e da escola como um todo.

A avaliação é muito importante, porque, para além de melhorar o desempenho


escolar dos alunos, ela fará com que o professor saiba até que ponto conseguiu
alcançar os objectivos.

Nesta aula utilizou-se as seguintes avaliações:

 Diagnóstica

 Formativa

A avaliação Diagnóstica

Tem como finalidade verificar os conhecimentos que os alunos têm, os pré-requisitos


que apresentam e as particularidades deles. Este tipo de avaliação é aplicado no
início da aula quando se faz a correcção da tarefa e durante a aula toda com as
perguntas de valoração e exemplificações que fazem os alunos.

A avaliação formativa

Tem como propósito informar ao professor e ao aluno sobre o rendimento da


aprendizagem e localizar as deficiências na organização do ensino. Este tipo de
avaliação se aplica durante o desenvolvimento da aula, quando se realiza a
actividade em grupos entre os alunos e em conjunto com o professor, estimulando
os avanços e esclarecendo dúvidas. Realizou-se durante a terceira e a quarta fase

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didáctica, com intuito de verificar se os alunos estão atingidos os objectivos
previstos.

AS FASES DIDÁTICAS

Motivação

Para Libâneo, (2006) a motivação é um conjunto de forças internas que nos


impulsionam o nosso comportamento para objectivos e cuja direcção e dada pela
nossa inteligência. É ainda vista como conjunto de estímulos que puderam
despertar nos alunos o interesse para aprender de forma que suas necessidades,
desejos sejam canalizadas para prestar atenção nas tarefas de estudo.

Segundo Tavares, (2005) a motivação é a criação de condições tais que permitam


despertar o interesse contínuo do aluno, através das suas potenciais idades,
estimulando-o acima de tudo, a livre criatividade.

O professor concorda com os autores acima consultados no entanto, numa aula


como esta a motivação será um requisito muito importante, em fazer compreender
que o professor precisa de ter muito em conta as condições internas dos alunos
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quanto às influências externas da sociedade e do ambiente.

Nesta aula a motivação se mantem com a utilização de perguntas que levam ao


aluno a pensar nos conteúdos dados anteriormente e a expressar suas vivências e
valorizar, quando vincula o novo conteúdo partindo do controlo da tarefa da aula
anterior e quando busca vincular esta aula com o próximo tema.

Conteúdos da aula nesta fase

O professor depois de saudar os alunos, faz o controlo da estética e higiene da


turma, faz o controlo das presenças. Faz a consolidação da matéria da aula passada
através da correcção da tarefa.

Na aula anterior falou-se do tema "A teoria do desenvolvimento cognitivo segundo


Piaget", os objectivos deste tema era: citar as fases do desenvolvimento cognitivo
segundo Piaget e explicar as fases do desenvolvimento cognitivo segundo Piaget.
Ficou como tarefa:

1- Uma criança entre 7 e 12 anos é capaz de utilizar a lógica e o raciocínio, mas


aplica-os apenas a situações concretas. Uma criança neste estágio poderia
encontrar dificuldade para responder, por exemplo, a uma pergunta do tipo:
Maria é mais alta do que Joana; Maria é mais baixa do que Marta. Qual a
mais alta das três? Argumenta.

Possível resposta

Porque a partir dos 12 anos aproximadamente é que as crianças estão em


condições de formular hipóteses sem terem passado pêlos objectos ou situações
concretas. Após os 12 anos, a criança tem suas capacidades intelectuais
plenamente desenvolvidas. A partir daí não se manifestam mudanças significativas
com relação à capacidade de aprendizagem.

O professor vai aproveitar as respostas dos alunos para introduzir perguntas simples
de diagnóstico para saber do conhecimento prévio dos alunos sobre os estádios do
desenvolvimento psicossexual, segundo Freud.

1- Todas as pessoas alcançam o mesmo desenvolvimento, na mesma idade.

Porquê?

2- Durante a vida toda, as pessoas gostamos das mesmas actividades?


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3- Que teorias do desenvolvimento da personalidade já estudaram?

Possíveis respostas

1. Não. Nem todas as pessoas alcançam o mesmo desenvolvimento da


personalidade, na mesma idade porque a personalidade é única. Todos não
reagimos da mesma maneira ante os estímulos, nem temos o mesmo
desenvolvimento da linguagem e o pensamento.

2. Durante a vida toda, mudamos de interesses, segundo nossa idade e


actividades que fazemos.

3. Teoria do desenvolvimento cognitivo segundo Piaget.

As respostas serviram para comunicar aos alunos que, na presente aula,


conheceram a Teoria Psicanalítica do desenvolvimento psicossexual segundo Freud.
Coloca o tema no quadro e dar a conhecer os objectivos da mesma, informando
também como cumprirão com os mesmos.

Desenvolvimento da aula

Conteúdos ministrados na aula

Segundo Piletti, (2002) os conteúdos ministrados, refletem um conjunto de


experiência social da humanidade no que se refere aos conhecimentos e modos de
acção transformando-se em instrumentos pelos quais os alunos assimilam,
compreendem e enfrentam as exigências teóricas e práticas da vida social.

O conteúdo não abrange apenas a organização dos conhecimentos, mas também


as experiências educativas no campo desses conhecimentos, devidamente
selecionadas e organizadas pela escola. Por isso, tanto a organização dos
conhecimentos como as experiências educativas são importantes.

Ao seleccionar os conteúdos, precisamos, ter em conta os objectivos propostos,


considerar aqueles que são mais importantes e significativos para uma determinada
realidade e época. Independentemente de alguns aspectos que se deve ter em
conta na sua seleção (a idade, a classe, as particularidades individuais e o contexto
social) há também critérios que podem ser seguidos na seleção de conteúdos
nomeadamente: validade, significação, utilidade, possibilidade de elaboração
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pessoal, viabilidade e a flexibilidade.

O conteúdo ministrado na presente aula é correspondente ao Programa de


Psicologia Geral das escolas do 2° Ciclo do Ensino Secundário, que segundo o
currículo disciplinar, passa a ser necessário a sua implementação para a formação
integral do Homem.

Ao longo do desenvolvimento da aula em causa, com maior atenção faz-se uma


seleção analítica do conteúdo, organização de métodos e procedimentos ou
técnicas pedagógicas como tantos outros aspectos enfatizados no processo,
sobretudo aqueles que estavam intencionalizados no momento da avaliação
formativa e intuição global. E como tudo que foi desenvolvido no tema em função do
conteúdo, se comprova, na verificação ou controlo estabeleceu-se uma relação
entre o conteúdo e os objectivos preconizados. Posterioremente a tarefa visa em um
rítmo sequencial do ensino fora da sala de aula, e é especificamente concretizado
em trabalho independente dos alunos bem orientado pelo professor.

As exigências práticas da sala de aula requerem algumas indicações que orientem a


actividade consciente do professor na sequência rumo dos objectivos gerais e
específicos do ensino.

O conhecimento dos estádios do desenvolvimento, dados por Freud constitui um


conteúdo que possui utilidade, significado para os alunos no contexto em que vivem,
no entanto lhe permitirão compreender o porquê de algumas actuações dos
indivíduos nas diferentes idades, desde uma percepção do subconsciente, nas
primeiras idades e mais tarde, mediado pelas influências sociais.

As actividades docentes se planificaram tendo em conta as características da turma


os quais têm um nível normal quanto a aquisição de conhecimentos.

A aula cumpre com suas funções didácticas indispensáveis, e estão em estreita


relação e coerência com os objectivos preconizados. Parte-se da motivação como
função didáctica inicial e que se mantêm durante toda actividade no processo de
ensino e aprendizagem.

A motivação como função didáctica inicial depende principalmente do nível de


escolaridade. Á este nível, na motivação enquadra-se uma breve revisão da aula
passada, correcção da tarefa e a introdução da nova aula. Por isso se parte das
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ideias soltas dos alunos sobre os factores de aprendizagem.

Durante o desenvolvimento dos conteúdos na aula, decorrerão todos os


procedimentos planificados, para garantia dos objectivos pré-estabelecidos assente
nos princípios didácticos, métodos, meios de ensinos e na organização da aula.

O controlo está presente em todos momentos da aula, como função didáctica,


estabelecendo uma relação da aula dada e os objectivos pré estabelecidos. Durante
o desenvolvimento também se faz através do método da elaboração conjunta, o
professor controla os conteúdos e habilidades que possuíram nas aulas anteriores,
controla as diferenças individuais dos alunos e seus avanços em processo de
ensino. A tarefa é a posterior, que visa a continuidade do ensino fora da sala de
aula, e é um trabalho independente.

Fazendo uma análise do ponto de vista dos princípios didácticos, eles são
fundamentais na metodologia de ensino de qualquer disciplina. São eles que
permitem aos alunos descobrir o seu mundo, a fim de conhecê-lo, estabelecer suas
dúvidas e valorizar o ambiente que o cerca.

Formas de organização da actividade docente.

O trabalho docente, sendo uma actividade intencional e planificada, requer uma


estruturação e organização, afim de que sejam atingidos os objectivos do ensino.
Estamos certos em dizer que, a forma predominante do processo de ensino-
aprendizagem é verificável na aula, porque nela são criadas e desenvolvidas
conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções pelos alunos.

A aula será desenvolvida de forma grupal tendo em conta os alunos com problemas
de aprendizagem. Durante a realização do trabalho em grupo se prestará atenção
as diferenças individuais dos alunos.

Se trabalhará em grupo, para favorecer a elaboração conjunta dentro do mesmo


potenciando o intercâmbio de experiências e formação de valores.

O professor andará de carteira em carteira para esclarecer as tarefas de cada


grupo, assim como aclarar dúvidas e contradições que eles possam apresentar,
estimular os avanços e dar tratamento à possíveis problemas.

O tempo empregue na aula é de 50 minutos que correspondem a um tempo lectivo,

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E o mesmo repartido da seguinte maneira:

 Para a motivação 5 minutos;

 Para execução do trabalho grupal 10 minutos;

 Para ponência e oponência do trabalho 25minutos;

 Para as conclusões ou avaliações 7 minutos;

 Para orientação da tarefa 3 minutos.

Princípios didácticos

Para Libâneo, (2006) os princípios são as regras mais gerais que determinam o
conteúdo, os métodos e procedimentos, as formas de organização do ensino para
que estejam em conformidade com os objectivos e tarefas, são aplicáveis em todos
os casos no processo de ensino e em todas as disciplinas.

No entanto os princípios são as leis que regem todas as actividades tanto do


docente como dos discentes, no processo de ensino e aprendizagem. Estes
princípios se dão, em conjunto na prática porque têm um carácter de sistema, sendo
que um serve de ponte para chegar ao outro, ou seja estão interligados, só se
separam para seu estudo e análise.

É bom destacar que todos estes princípios se cumpram durante o processo de


ensino-aprendizagem como um sistema pelo que só os separamos para dar sua
fundamentação didáctica, porque na aula se vêm unidos entre sí.

A seguir vamos a expor alguns dos princípios gerais da Didáctica presentes nesta
aula:

a)- Princípio com vista a assegurar o carácter científico do ensino.

Os conteúdos de ensino devem estar em correspondência com os conhecimentos


científicos actuais e com os métodos de investigação próprios de cada matéria. O
professor da cumprimento neste princípio desde a selecção dos conteúdos os
quais pertencem ao Programa de Psicologia para a 12 a classe do Ensino
Secundário e por sua vez respondem aos objectivos deste subsistema de educação,
reflectidos na Lei 13/01. Lei de Basses do Sistema de Ensino em Angola, onde seus
objectivos respondem as necessidades da sociedade angolana.

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Além disso o cumprimento e relação de todos os componentes da Didactica na aula,
garantem a cientificidade da aula.

b)- Princípio com vista a assegurar a sistematização e a continuidade dos


conhecimentos do ensino.

O ensino é para sua essência uma actividade sistemática que se move, longe de
toda a improvisação, e responde a um planeamento apropriado.

A essência do princípio do carácter sistemático do ensino é determinada


necessidade que a actividade do professor e dos estudantes é consequência de um
planeamento e de uma sucessão lógica.

O professor organiza o conteúdo da aula de forma lógica e sistemática, á partir da


consolidação da matéria anterior por parte dos alunos, antes da introdução da nova
matéria, de maneira a sistematizar os conhecimentos que eles possuem sobre as
diferentes teorias que estudam a personalidade humana.

Além disso com a utilização de leitura do fasciculo, a tomada de apontamentos, o


emprego de quadro resumo sobre a Teoria estudada, as perguntas de controlo na
fase de consolidação e as tarefas para a casa, garantem a sistematização e a
continuidade dos conhecimentos do ensino.

c)- Princípio com vista a assegurar o trabalho dirigente do professor ao trabalho


consciente e activo, criador e independente do aluno.

Neste princípio o papel do professor é de uma importância inegável, já que este faz
muito mais que ensinar o aluno uma série de coisas no campo intelectual ou social,
uma vez que é notório sabermos da sua própria conduta e a forma de organização
de actividades na escola que directa ou indirectamente vão influenciar a
determinação da conduta do aluno. Com isto queremos dizer que enquanto
dirigente do processo, cabe ainda ao professor mediar o conhecimento ao aluno
para harmonizar o útil e o agradável. Em suma, este princípio diz respeito ao
carácter consciente e à actividade independente dos alunos, através da direcção de
um docente que viabilize estratégias e tácticas para condicionar o aprendizado.
(aprender a aprender).

Nesta aula o professor cumpre com este princípio através das perguntas de

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valorização pessoal feitas aos alunos e do trabalho independente que realizam nos
grupos, além das tarefas para a casa.

d)- Princípio com vista a assegurar um ensino adaptado aos alunos na assimilação
da teoria e sua aplicação prática.

Este estabelece sistematicamente um vínculo entre os conteúdos escolares, as


experiências e os problemas da vida prática. Esta ligação ocorre quando o
professor faz o uso da verificação de conhecimentos e experiências dos alunos em
relação ao conteúdo novo, para torná-lo como ponto de partida a ligação dos
problemas concretos do meio ao conhecimento científico; a demonstração prática
dos conhecimentos e tantos outros aspectos, são todos indicadores que nos levam
a afirmar que a ligação entre a teoria e a prática, no processo de ensino, ocorre em
diferente momento do trabalho docente.

Os alunos não só adquirem conhecimentos teóricos, mas, como têm também a


possibilidade de pôr em prática, quer dentro da sala de aula como fora do ambiente
escolar. Portanto, o aluno domina os conhecimentos e habilidades se saber aplicá-
los, tanto nas tarefas escolares como nas da vida prática.

e)- Princípio com vista a assegurar a acessibilidade do ensino aos alunos.

É necessário clarificar que o princípio de acessibilidade do ensino, não é de


nenhuma maneira alguma, um ensino fácil que não apresenta dificuldades. É ir além
das reais possibilidades dos estudantes. Consiste exactamente em apresentar
dificuldades aos estudantes. Este princípio não aparece só para se lembrar das
características da idade dos estudantes, mas também, ajuda tais aspectos como; a
habilidade do professor para relacionar o conhecimento novo com os mecanismos
do pensamento dos estudantes. Ele enquadra-se na fase do desenvolvimento onde
o professor ao explicar a nova matéria procura factos relacionados com a realidade
social dos alunos.

Cumpre - se com este princípio a partir do momento em que torna o conteúdo de


ensino compreensível e possível de ser assimilado pelos alunos; ao ter em conta o
grau de dificuldade, a idade e características dos alunos, ao analisar a
correspondência entre o nível de conhecimento e a capacidade dos alunos, estes
aspectos tornam-nos mais aptos a participarem na aula, contribuindo com as suas

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vivências e experiências.

Tratamento matéria nova

O professor começa por falar do desenvolvimento humano, demostrando algumas


imagens das fases do desenvolvimento psicossexual.

De seguida o professor fará pergunta oral:

1. O que aparecem nas imagens?

Possível resposta:

1- Olhando para as imagens observamos meninos com dedos na boca, com chupeta
na boca, com a mama na boca, uma menina sentada no bacio, meninos a
brincarem com os órgãos genitais e duas crianças deitadas juntas.

O professor explica:

Para Freud o desenvolvimento humano e a constituição do aparelho psíquico são


explicados pela evolução da psicossexualidade.

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A sexualidade está integrada no nosso desenvolvimento desde o nascimento
evoluindo através dos estádios, com predomínio de uma zona erógena, isto é, de
uma região do corpo (epiderme ou mucosa) que quando estimulada, dá prazer.

Cada estádio é marcado por um confronto entre as pulsões sexuais ou libido e as


forças que se opõem como ódio, raiva, desespero, ausência de desejo etc.

Freud elaborou a Teoria psicossexual de desenvolvimento a partir de casos adultos


que tinha como pacientes em Psicanálise, sendo a primeira corrente da Psicologia a
atribuir aos primeiros anos de vida uma importância fulcral na estruturação da
personalidade, considerando a existência da sexualidade infantil.

Freud define e caracteriza cinco estádios de desenvolvimento psicossexual:

1- Estádio oral (O - 12/18 meses).

2- Estádio anal (12/18 meses - 2/3 anos).

3- Estádio fálico (2/3 anos - 5/6 anos).

4- Estádio de latência (5/6 anos - puberdade).

5- Estádio genital (depois da puberdade em diante).

De seguida orientará o trabalho em grupos, criando cinco equipas de acordo com os


estádios de desenvolvimento psicossexual, para isso os alunos farão uma contagem
de 1 a 5. Cada equipa desenvolverá o conteúdo correspondente a um estádio do
desenvolvimento.

Todos terão as seguintes actividades:

a) Nome do estádio e idade que abrange?

b) Explica as características da personalidade, neste estádio e em que maneira


a pessoa sente prazer?

c) Conflito que ocorre neste estádio?

d) Como pode resolver-se o conflito?

e) Exemplifique com vivências pessoais o desenvolvimento nesse estádio.

Grupo nº 1 - Estádio oral (O - 12/18 meses).

Grupo nº 2 - Estádio anal (12/18 meses - 2/3 anos).


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Grupo nº 3 - Estádio fálico (2/3 anos - 5/6 anos).

Grupo nº 4 - Estádio de latência (5/6 anos - puberdade).

Grupo nº 5 - Estádio genital (depois da puberdade).

O professor lembrará as regras do trabalho em grupos e insistirá em dizer que


podem empregar iniciativas durante a exposição.

Os primeiros dez minutos serão para organização das ideias e 5 minutos para
exporem a turma, no final cada um poderá dar uma opinião acerca de como
ultrapassar as crises em cada idade.

O professor avaliará o trabalho realizado por cada aluno, para isso passará pelas
carteiras observando a interacção dentro das equipas, estimulará os avanços
individuais e aclara as dúvidas que possam apresentar. Durante a exposição
avaliará a qualidade desta e a criatividade das equipas.

Possíveis respostas:

1° Grupo: estádio oral (0-12/18 meses).

Características da personalidade: ao nascer o ser humano tem o Id, isto é, como um


conjunto de pulsões inatas.

O Ego forma-se no primeiro ano de vida, é de uma parte do Id, que começa a ter
características próprias. Estas formam-se pela consciência das percepções internas
e externas que o bebé vai experienciando. São particularmente importantes as
percepções visuais, auditivas e quinestésicas.

Zona de prazer: boca e lábios.


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O prazer está ligado ao chupar e mais tarde ao morder.

Conflitos: relação mãe/bebe.

Resolução de conflitos: a qualidade das relações entre a mãe, que o alimenta e


cuida, e o bebe, vai reflectir-se na vida futura. A mãe é muito investida enquanto
pessoa que pela sua presença/ausência, da prazer ou frustra.

Respostas 2° Grupo: o estádio anal (18 meses - 2/3anos).

Características da personalidade: a maturação e o desenvolvimento psicomotor vão


permitir a criança reter ou expulsar as fezes e a urina. Este período etário
corresponde a uma fase em que a criança é mais autónoma, procurando afirmar-se
e realizar as suas vontades.

Zona de prazer: região anal.

Função de expulsar e reter as fezes e a urina.

Conflitos: ambivalência de sentimentos.

Resolução de conflitos: as relações interpessoais com a mãe e com outras pessoas


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vão estabelecer-se neste contexto. É importante a forma como se educa a criança a
ser asseada.

Resposta 3º Grupo: o estádio fálico (3anos – 5/6 anos).

Características da personalidade: as crianças estão interessadas em questões do


tipo: “Como nascem os bebes?”, Estão a tentas as diferenças anatómicas entre os
sexos, as relações entre os pais e as interações entre homens e mulheres, têm
brincadeiras onde exploram estes interesses como brincar aos “médicos” e aos
“pais e as mães”. Dai alguns comportamentos exibicionistas e voyeuristas
(espreitas) podem surgir nesta idade.

Zona de prazer: órgãos genitais.

Interesse pelas diferenças anatómicas e sexuais entre os sexos.

Conflitos: complexo de Édipo

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Resolução de conflitos: o complexo de Édipo é ultrapassado pela renúncia aos
desejos sexuais pelos pais e por um processo de identificação com o progenitor do
mesmo sexo. A forma como se resolve o complexo edipiano influenciará a vida
afectiva futura.

Respostas 4° Grupo: o estádio de latência (5/6 anos - puberdade).

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Características da personalidade: após a vivência do complexo de Édipo e com um
superego já formado, a criança entra numa fase de latência. Ela vai como que
esquecer alguns acontecimentos e sensações vividos nos primeiros anos da
sexualidade, nomeadamente no período edipiano, através de um processo que se
designa por amnésia infantil.

Zona de prazer: caracteriza-se por urna diminuição da actividade sexual, que pode
ser total ou parcial.

Conflitos: identificação sexual.

Resolução de conflitos: a criança deve aprender a compreensão dos papéis do


género, isto é, do que é ser mulher e ser homem, na sociedade em que vive. A
vergonha, o pudor, o nojo, a repugnância são sentimentos que contribuem para
controlar e reter a libido. A existência de um superego manifesta-se em
preocupações morais.

Respostas 5° Grupo: o estádio genital (a partir da puberdade).

Características da personalidade: a adolescência vai reactivar uma sexualidade que


esteve como que adormecida durante o período da latência. Assim, no estádio
genital retomam-se algumas problemáticas do estádio fálico, como por exemplo o
complexo de Édipo.

A puberdade trás novas pulsões sexuais genitais. Também o mundo relacional do


adolescente é alargado a pessoas exteriores á família.

Zona de prazer: novas pulsões sexuais, prevalência de uma sexualidade


genital.
Conflitos: reactivação do complexo de Édipo.

Resolução de conflito: através do ascetismo do adolescente, ele nega o prazer,


procura ter um controlo das pulsões através de uma rigorosa disciplina e de

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isolamento. Pela intelectualização ou racionalização, o jovem procura esconder os
aspectos emocionais do processo adolescente, interessa-se por actividades do
pensamento colocando ai toda a sua energia.

O professor esclarecerá as respostas dos alunos.

Consolidação da matéria

De seguida o professor perguntará aos alunos:

1- Quais são as fazes de desenvolvimento humano segundo Freud? Explique


uma delas.

2- Para vocês, que importância tem o estudo das fases de desenvolvimento


psicossexual dadas por Freud?

Possíveis respostas:

1- As fases do desenvolvimento humano segundo Freud são:

• Estádio oral (0-12/18 meses)

• Estádio anal (12/18 meses -2/3 anos)

• Estádio fálico (2/3 anos - 5/6 anos)

• Estádio de latência (5/6 anos - puberdade)

• Estádio genital (depois da puberdade)

Estádio de latência (5/6 anos - puberdade): após a vivência do complexo de Édipo e


com um superego já formado, a criança entra numa fase de latência. Esquece
alguns comportamentos e sensações vividos nos primeiros anos de sexualidade,
como o período edipiano, através de um processo que se designa por amnésia
infantil. Este estádio caracteriza-se por uma diminuição da actividade sexual, que
pode ser total ou parcial.

A criança pode nesta fase, de uma forma mais calma e com mais disponibilidade
interior, desenvolver competências e fazer aprendizagens diversas: escolares,
sociais e culturais. Uma das grandes aprendizagens é a compreensão dos papéis
de género, isto é, do que é ser mulher e ser homem, na sociedade em que vive.

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A vergonha, o pudor, o nojo, a repugnância são sentimentos que contribuem para
controlar e reter a libido. A existência de um superego, vai manifestar-se em
preocupações morais.

O ego tem mecanismos, privilegiadamente inconscientes, que permitem estruturar-


se com uma nova organização face a pulsão do Id. A introjecção, o recalcamento, a
projecção e a sublimação são, entre outros, mecanismos de defesa do ego.

2- As respostas estarão ao critério dos alunos.

O professor insistirá em que existem vários estádios de desenvolvimento e que cada


um deles pode contribuir para a formação da personalidade, cada fase bem
ultrapassada é o culminar de uma crise e o encontro de uma das características da
identidade.

O professor apresenta o quadro com o resumo dos estádios do desenvolvimento


desde a Teoria Psicanalítica de Sigmund Freud, segundo os seguintes aspectos:

a) Estádio e idades que abrange,

b) Aparelho psíquico,

c) Zona erógena, de prazer, característica que a distingue.

Quadro resumo dos estádios do desenvolvimento psicossexual.

Estádios Aparelho Características


Psíquico
Oral (0-12/18 meses) Id Zona erógena: boca e lábios.
Ego O prazer esta ligado ao chupar e mais
tarde ao morder.
Importância das relações mãe-bebé
Anal (12/18 meses – 2/3 Id Zona erógena: região anal.
anos) Ego Função de expulsar e de reter as fezes e a
urina.
Ambivalência de sentimentos.
Fálico (3 anos – 5/6 Id As zonas erógenas são as genitais.
anos) Ego Interesses pelas diferenças anatómicas e
Superego sexuais entre os sexos.
Complexo de Édipo.

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Latência (5/6 anos - Id Amnésia da sexualidade infantil.
puberdade) Ego Energia da libido canalizada para
Superego actividades sociais.
Mecanismo de defesa do ego.
Processo de identificação sexual.
Genital (a partir da Id Novas pulsões.
puberdade) Ego Prevalência de uma sexualidade genital.
Superego Reactivação do complexo de Édipo.

Orientação da tarefa:

Para o trabalho de casa o professor orientará as seguintes perguntas de tarefa:

1- Explique as características do estádio oral na teoria de Freud.

2- Como se chama a atracão especial que o rapaz sente pela mãe no estádio
oral? Na Teoria Psicanalítica, porque ocorre isto?

3- Identifique os conflitos inerentes aos diferentes estádios psicossexuais do


desenvolvimento humano?

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CONCLUSÕES

Após a abordagem desta temática chegamos as seguintes conclusões:

A vida sexual não começa apenas na puberdade, mas inicia-se com manifestações
claras, logo após o nascimento, é necessário fazer uma distinção nítida entre os
conceitos de sexual e genital. O primeiro é o conceito mais amplo e inclui muitas
actividades que nada têm á ver com órgãos genitais, a vida sexual inclui a função de
obter prazer das zonas do corpo, função que consequentemente é colocada ao
serviço da reprodução.

É necessário reconhecer que os primeiros anos de vida (até cerca de 5 anos) são,
devido a várias razões, de importância capital, é neles que surge o aparecimento
precoce da sexualidade, este aparecimento decide a vida sexual do adulto.

O Id está relacionado com o inconsciente, os instintos, se manifesta desde o


nascimento. O Ego se relaciona com a valoração que temos de nós, segundo a
maneira como nos aceita a sociedade, por isso é que se dá a ambivalência, no
entanto muitas das vezes ficam querendo algo, não podemos disfrutar o fazer só
para satisfazer nossos prazeres, temos que valorizar se a sociedade o aceita ou
não, segundo as normas e condutas, ligada na cultura. O Superego está
intimamente ligado a nossa identidade, sonhos, aspirações, o ideal.

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BIBLIOGRAFIA

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Ensino secundário do Sumbe.

 Carvalho, J. (s/a). Fascículo de Psicologia 12 a classe. Escola do II Ciclo do


Ensino Secundário do Sumbe. Cuanza Sul. República de Angola.

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13/01. De bases do Sistema de Educação. I Série N°65. Segunda Feira, 31
de Dezembro.

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classe. Ministério De Educação Ciência E Tecnologia. República de Angola.

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 Monteiro, M e Dos Santos, M. (1995). Psicologia 2 a Parte. Editora: Porto.


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 Piletti, CI. (2002). Didáctica geral Editora Ática. 23 a Edição. São Paulo.

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