Em parceria com a Prefeitura Municipal e a Secretaria de Integração Governamental, O
Programa Comunidade de Angra, que foi criado em 2007 com a finalidade de introduzir os problemas da comunidade e as ações públicas, vem envolvendo a todos da comunidade de Angra dos Reis. No primeiro momento foram realizadas reuniões nas comunidades para que fosse apresentado aos moradores e o grupo de trabalho, de que forma o programa poderia ser aplicado e com isso, identificar logo principais urgências e demandas que a comunidade necessitava, porem foram apresentados os problemas atuais e as melhorias que seriam aplicadas de uma visão para o futuro. A comunidade após os debates que são realizados, decidem quais ações e projetos são prioritários para eles. O Programa Comunidades de Angra tem como propósito promover o melhoramento, ampliação e fortalecimento em conversa entre a sociedade civil e o poder público, com a pretensão de modificar a realidade dos bairros de forma participativa e colaborativa. Baseado no sentindo do programa, é possível observar e destacar o quanto é necessário e fundamental, entendermos a importância da participação dos próprios moradores das comunidades nas ações do programa considerando que este movimento contribui para que seja inteirado o contexto situação local. Dessa maneira, percebemos a participação da população local, na melhoria da qualidade do espaço ao entorno e da relação afetiva da sociedade com seu bairro.
Figura 01 – Ciclo do Programa Comunidade de Angra
Fonte: https://www.angra.rj.gov.br/sdus-comunidades-de- angra.asp?IndexSigla=SDUS&vNomeLink=Programa%20Comunidades%20de%20Angra Com a entrega do Centro de Inteligência e Cidadania (CIC), o Programa Comunidades de Angra tem promovido e executado projetos e ações sociais nos bairros contemplados, como: Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a Semana da Consciência Ambiental com ações ligadas a educação ambiental, saúde, saneamento básico e outras. O programa conta com melhoras das obras públicas, como: urbanização, encanamento de esgoto, pavimentação de ruas, revitalização de fachadas entre outras ações. O programa passa pela fase de gestão, definição dos membros do Comitê Comunitário. Em seguida, o Comitê que junto aos órgãos municipais, acompanham os projetos. Logo após, ocorre uma reunião de encerramento da fase de planejamento, e dentro da comunidade é apresentado o Plano de Ação.
Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (CMUMA)
Plano Diretor de 1992, que institui a criação do Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (CMUMA), foi criado com o intuito de ilustrar as implicações da espacialidade dos conselhos gestores em seus processos constituintes. O conselho estabelece e enfatiza questões ao uso e ocupação do solo, políticas urbanas e ambiental. Com uma visão totalmente de tomador de decisões, o conselho conseguiu observar algumas mudanças entre a relação do poder publico e da comunidade, junto aos seus interesses coletivos. Algumas dessas mudanças que são de fácil percepção, são elas: o desmatamento das encostas, expulsas das áreas mais valorizadas, o aterro de manguezais, privatização das praias e ilhas e construções de empreendimentos de lazer e imobiliários. Buscando as lições desse esvaziamento, podemos atentar para fatores internos e externos relacionados ao conselho e seus mecanismos de funcionamento. Os fatores internos do conselho são evidenciados por uma pouca atenção dada para com a dimensão espacial por parte de seus formuladores. Já os fatores externos podem ser agrupados em fatores de desmobilização e fatores contra mobilização. Angra dos Reis é dado como um forte exemplo bastante ilustrativo nesse sentido, em que o esvaziamento do Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente se deu muito mais pelos movimentos sociais do que pelos agentes ligados aos grupos hegemônicos do município.