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1814
por
Julio Veiga1
Bruna Moresco2
Giuseppe Bonato3
INTRODUÇÃO
O Congresso de Viena não ocorreu oficialmente como uma única reunião, mas durante
inúmeros encontros ao longo de nove meses. Nestes, ministros de diversas nações europeias da
época reuniram-se a fim de elaborar detalhes minuciosos das disputas na Europa do século XIX.
Reuniu representantes de mais de 200 Estados e grupos especiais que não representavam
nenhuma cidade ou Estado específicos. As questões discutidas ordenaram a delineação de uma
visão de longo prazo para um futuro que equilibrasse aspirações políticas de diferentes nações,
esculpindo e solidificando as fronteiras políticas da Europa do século XIX. Isso provou ser um
primeiro passo significativo para a criação de um fórum que buscasse a paz e que discutisse
inúmeras questões politicamente complexas. Como futuro participante do Congresso de Viena,
pense em si mesmo como responsável pela formação de uma parte significativa da história
europeia e do curso que esta história tomará até o presente.
Futuro ministro, a maneira como fará isso é de sua inteira responsabilidade. Assim, você
estará construindo não só argumentos para que sua nação reivindique certos territórios, como
também irá apoiar e refutar as reivindicações de outros, negociando acordos de garantias mútuas
com poderes concorrentes, boicotando negociações com alguns Estados, fazendo acordos
secretos, afirmando sua influência com ameaças e propondo todos os tipos de concessão
possíveis. O sucesso deste Congresso como agente pacificador para o continente depende
inteiramente de você. Tudo o que você deve fazer é representar a sua nação com o melhor de
suas habilidades. Mesmo que, por um lado, as questões pareçam bastante complexas,
encorajamos que vocês relaxem e foquem em, simplesmente, aproveitar o comitê da melhor
forma possível.
1
Estudante do 2º semestre de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
2
Estudante do 2º semestre de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do 2º
semestre de Letras – Língua Inglesa da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
3
Estudante do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA).
HISTÓRIA ANTERIOR AO COMITÊ
A DERROTA DE NAPOLEÃO:
No entanto, até 1810, nada disso poderia ter sido previsto. Esse foi o ano em
que Wellington experimentou sucessos na península Ibérica com o seu pequeno
contingente de soldados britânicos, a única força continuamente em guerra com
Napoleão. Com a derrota da Áustria para o império francês em Austerlitz, no ano de
1805, da Prússia em Jena, no ano de 1806 e da Rússia em Friedland, no ano de 1807, a
Grã-Bretanha manteve-se como o único desafiante real ao domínio pretendido pela
França em toda Europa. No final dos anos 1790 e no início dos 1800, a marinha
britânica, com almirantes formidáveis como Horatio Nelson, já havia dominado,
completamente, Napoleão e toda a escolta francesa no mar, obtendo, no processo, o
controle total do oceano para si. No entanto, em termos de potencial humano puro, o
exército britânico não podia competir com a força que Napoleão era capaz de colocar,
consistentemente, em campo de batalha. O continente, portanto, era de domínio
Napoleônico, ainda que ele não pudesse controlar o mar ao seu redor. Ou melhor, até a
Guerra Peninsular na Península Ibérica começou a cobrar seu preço.
A natureza da terra em Portugal e Espanha dita a forma com que as guerras são
travadas na Península Ibérica. Devido a grande parte da região ser incapaz de fornecer
um grande excedente de alimentos, torna-se impossível a permanência de enormes
campos de exércitos na Península Ibérica sem que as tropas passem fome. Batalhas,
portanto, ocorriam em menor escala, e as táticas na área assemelhavam-se com guerras
por guerrilhas. Para a Grã-Bretanha, com seu potencial humano relativamente menor em
comparação ao da França, a Península Ibérica provou ser a base perfeita para seu
exército terrestre. Como eles não teriam que encarar sozinhos toda a força da muito
mais numerosa Grande Armée de Napoleão, considerou-se necessário dividir seu
contingente em vista das condições da região. O Duque Arthur Wellington, comandante
britânico dessas forças, foi acompanhado, em sua luta contra as forças de Napoleão, por
bandos de portugueses e de guerrilheiros espanhóis ao longo de toda Península Ibérica e
já em 1811 estavam experimentando sucessos contra um militar francês que não tinha
sofrido muitas derrotas até então. Em 1812, Portugal estava livre. A Espanha foi
libertada um ano mais tarde. Finalmente, as forças napoleônicas começaram a retornar à
França.
Sob tal pressão, o foco deve ser intenso, por cada decisão tomada; pois, ainda
que se refira a duas nações geograficamente distantes, a decisão de uma, sempre afetará,
ainda que minimamente, o interesse da outra. Em Viena, a atenção deve ser dada a cada
questão – os delegados devem se antecipar, participando de longas e difíceis reuniões
com os colegas representantes. Bem, e, de vez em quando, talvez assistam a alguns
concertos. Afinal, o Imperador Francisco prometeu um espetáculo...
QUESTÕES RELEVANTES
A QUESTÃO FRANCESA
Dentre as preocupações que o Congresso deve ter, uma delas é, sem dúvida, a
situação presente e futura da França. Certamente, o tratado assinado em maio delineou
explicitamente o que viria a ser da França após a abdicação de Napoleão e a restauração
da antiga família governante no país, os Bourbon. De acordo com as cláusulas do
tratado, a França perdeu toda soberania sobre Malta, Suíça, Holanda, Alemanha e Itália,
retornando suas fronteiras para exatamente aquelas de 1792, com o centro do Reno
como fronteira oriental. A Grã-Bretanha recebeu Tobago, Santa Lúcia e Ilha de França,
enquanto a Espanha cedeu parte de Santo Domingo. Enquanto que partes da França que,
antes, poderiam ter sido consideradas fora de sua jurisdição, incluindo Avignon e
Montbéliard, foram anexadas (índice 4).
A situação na Europa no início dos anos 1800, no entanto, não é como épocas
anteriores da história. Uma nova filosofia política, predominante na Europa da época,
sugere que, ao invés de todas as nações existirem sob a clássica paranoia criada por
rivalidades, em que os concorrentes desejam nada mais do que a eliminação de seus
oponentes, todas as nações podem coexistir de melhor forma se trabalharem em
conjunto a fim de manter seus status atuais. Se cada nação possuir certas garantias de
tolerância para com os outros, então elas podem gastar menos tempo sendo
cautelosamente desconfiadas e suspeitando umas das outras, preocupadas com o fato de
que a qualquer momento um concorrente pode tentar tirar o seu território de domínio e
mais tempo trabalhando por questões de interesse nacional. Para que esse sistema
funcione, no entanto, todas as potências participantes devem estar, no mínimo,
satisfeitas com seu status de poder, não invejando o dos outros. Se uma potência não
está satisfeita, então ela certamente não concordará em fazer parte de um sistema em
que se procura manter o status quo; deve haver, portanto, no lugar, um equilíbrio para
todos os participantes, de tal forma que cada um esteja contente com sua posição em
relação às posições de todos os seus concorrentes.
Se a França fosse tratada como um inimigo vencido, com seus territórios sendo
divididos e removidos, sua riqueza sendo retirada e suas terras sendo poluídas na
derrota, jamais concordaria em fazer parte de um sistema internacional. Pode-se
argumentar que, tratando a França duramente, criar-se-ia, inevitavelmente, conflitos no
futuro, tendo em vista que uma nação amargurada acabará por lutar com os poderes
estabelecidos a fim de recuperar seu status compreendido entre as nações de elite do
continente. Se as nações europeias estão realmente interessadas na prevenção da guerra
futura e em assegurar suas fronteiras e posses, então a melhor opção poderia muito bem
ser um tratamento bastante justo em relação à França, talvez em troca de uma garantia
francesa para renunciar guerras de agressão.
Apesar do fato de que o Tratado de Paris não será reaberto diretamente para
discussão no comitê, deve notar-se que os tempos de mudança podem requerer ajustes
no que se refere à doutrina e que os documentos tornam-se obsoletos com o tempo.
Enquanto o Congresso se reúne em setembro, o Tratado acordado em maio é
completamente legítimo, mas como eventos seguem seu curso e ajustes no mapa e no
equilíbrio da Europa são feitos, é bem possível que os arranjos previamente acordados
tenham que ser revistos.
O DUCADO DE VARSÓVIA E A SAXÔNIA
E ainda, como estabelecer um acordo para esta questão? Insistir que Saxônia e
Polônia se mantivessem independentes é algo que a Prússia e a Rússia nunca
concordariam; apesar do fato de que eles sentem-se no direito de realizar saques por
fazerem parte da coalizão vencedora, não concordariam com territórios fracos e
independentes sendo estabelecidos por medo de que eles possam ser manipulados por
seus rivais e talvez usados como inimigos em uma potencial guerra futura. Enquanto
isso, porém, as outras potências não podem permitir que a Rússia e a Prússia
incorporem estes territórios por medo de que, fazendo isso, o novo fortalecimento das
potências possa perturbar o equilíbrio que agora existe com a queda de Napoleão. Onde
há um meio termo? Como pode a situação destes territórios ser gerenciada de um modo
que todos fiquem satisfeitos? Concessões devem ser feitas para evitar-se uma guerra,
mas talvez outras disputas sobre territórios podem se originar. A única certeza aqui é
que nada pode ser concluído pelo Congresso se a questão dos territórios da Saxônia e da
Polônia não for tratada primeiramente.
Prússia, Áustria, Grã-Bretanha, Rússia e França (até certo ponto) exerceram uma maior
influência na Europa em decorrência do tamanho do seu território, população e poderio militar.
Logo, as negociações em Viena devem girar em torno destas nações. Porém, isto não quer dizer
que outras nações menos poderosas estejam impedidas de negociar, e sim que estas não
poderiam sustentar posições não razoáveis nas negociações, pois, se as nações mais poderosas
não concordarem com alguma posição de outra menos poderosa, esta será vencida.
Porém, se uma nação menos poderosa obtiver apoio de outras com maior influência, é
possível o surgimento de negociações interessantes. A questão é que o Congresso vai
necessariamente focar nas discussões das nações mais poderosas que estiverem presente. Além
disso, concessões a nações menos poderosas devem ter a aprovação das mais poderosas, mas o
inverso não precisa necessariamente ocorrer.
RÚSSIA
ÁUSTRIA
Enquanto isso, a Áustria tem motivos para tentar anexar territórios dos Estados
germânicos não unificados e do norte da Itália, especialmente os estados de Lombardia
e Veneza, principalmente se os rivais Prússia e Rússia obtiverem consideráveis ganhos
territoriais. Outra possibilidade para o Império Austríaco é expandir seu território para
os Bálcãs, ao longo da costa da Dalmácia (índice 16). É difícil imaginar como o ganho
de novos territórios faria a Áustria sentir-se segura de um ataque, mas, apesar disso, este
é seu principal objetivo no Congresso.
PRÚSSIA
FRANÇA
A França foi há pouco derrotada, mas há motivos para que seja considerada uma
grande potência na Europa. Primeiramente, com a abdicação de Napoleão, a família
Bourbon mais uma vez ganhou o controle de toda a nação, ou seja, líderes que não
faziam parte da expansão agressiva de Napoleão agora estão no poder. Isto não seria
importante, a não ser pelo fato de que, na visão da poderosa Grã-Bretanha sobre o
equilíbrio de poder, uma França forte é de significativa relevância. Com uma grande
população e, consequentemente, um grande exército, a França equilibra muito bem a
Rússia no leste e ainda mantém uma Prússia expansionista sob controle (índice 19).
Além disso, com a memória da Revolução Francesa ainda presente e forte na
mentalidade das pessoas, a comunidade internacional está bem alerta com relação ao
que a França pode representar caso sua grande população fique descontente. Manter a
população satisfeita ao não exigir demandas extremas para a nação derrotada e apoiar
sua nova e aparentemente anti-napoleônica liderança poderia trazer estabilidade à
Europa.
Portanto, embora o Tratado de Paris deva ser respeitado, é evidente que com o
mapa da Europa se modificando, com territórios sendo trocados de uma potência para a
outra, ou se livrando do domínio estrangeiro, ou formando conglomerados, um
Congresso que realmente dedica-se para resolver a questão da Europa de maneira
pacífica não hesitaria em rever e discutir algumas cláusulas do tratado se isto fosse
considerado necessário. É o dever do representante da França no Congresso, Talleyrand,
mostrar aos outros representantes a necessidade destas negociações.
DINAMARCA
A Dinamarca talvez não esteja na melhor das condições na conferência pelo fato
de ter sido aliada de Napoleão por tantos anos (índice 20). Portanto, a França não se
importaria em adquirir direitos na região, mas tal resultado parece improvável, dados a
posição francesa após a derrota de Napoleão e o fato de a Dinamarca ser capaz de se
governar sozinha. A questão talvez seja se a nação deve ou não ser punida por sua
aliança com o Imperador. Alguns podem também questionar o controle do vasto
território da Noruega ao norte (índice 21).
ESTADOS PONTIFÍCIOS
PIEMONTE E SARDENHA
PORTUGAL
ESPANHA
SUÉCIA
A Suécia, juntamente com Portugal e Espanha, foi uma das potências menores a
se unir com alguma Coalizão na derrota de Napoleão, além de ter assinado o Tratado de
Paris. Dessa forma, é claro que a Suécia espera benefícios por sua participação. Em uma
recente guerra contra a Rússia, acabou perdendo o território com a Finlândia, mas talvez
este possa ser reconquistado se outras concessões referentes à Rússia forem apoiadas
(índice 28). Entretanto, com a Rússia como uma dominante e perigosa potência neste
ponto, as chances podem ser pequenas. Olhando para Oeste, a Noruega, território que
está sob controle dinamarquês, pode se mostrar mais prudente para a Suécia (índice 21).
Na costa báltica alemã, a Pomerânia é uma região que fora tomada por Napoleão, mas
que previamente esteve sobre controle sueco. Esse território está sob olhares da Prússia,
então a Suécia deve considerar o quanto vale reclamar esse pedaço de terra. Antes de
expressar suas pretensões no Congresso, esta nação precisa decidir se prefere uma
Prússia ou uma Rússia mais forte, ou nenhuma. Em outras palavras, se o ganho de
territórios é mais importante do que a limitação da Prússia e da Rússia em seus
interesses expansionistas é uma questão crítica a ser discutida.
SUÍÇA
Para o melhor andamento possível do comitê, você deve abraçar sua nação e entender a
perspectiva e a agenda que ela trará para a conferência. É importante que você compreenda que,
apesar de haver certas potências que claramente terão a vantagem de poder exercer mais
influência nas discussões em Viena, isto não significa que qualquer representação é menos
importante que outra. Todos serão igualmente cobrados a representar os melhores interesses de
suas nações. Seu objetivo não é sair de Viena representando a nação mais poderosa – você é um
diplomata, um negociador e um realista, não um sonhador. Antes, cada um de vocês é
responsável pela tarefa de assegurar que o futuro da sua nação seja melhor depois do que antes
do Congresso. Por último, seu sucesso será medido por quão bem você usa suas manobras
diplomáticas para elevar a posição de seu país dados os recursos que você tem disponível. Desse
modo, todos vêm a Viena com o mesmo nível. Aprimorar a posição do seu país é o único
objetivo e pode ser atingido das mais variadas maneiras – não hesite em ser criativo.
Com esse pensamento, todos devem apresentar um documento sobre seu país, incluindo
suas pretensões e como você pretende cumpri-las. Conte detalhes específicos da sua posição nas
questões da França e da Saxônia/Polônia e como elas afetam os interesses de seu país. Pense
sobre questões como se você apoiaria a criação de “esferas de influência diplomáticas”.
Entretanto, podendo ser indireto ou bem direto, todo acordo territorial no Congresso de Viena
afeta a sua nação. Você deve ser aplicado na conquista dos objetivos de seu país e perceber que
até mesmo regiões que pareçam importar países remotos e sem importância irão afetar sua
própria nação quando aquele país decidir na soberania ou posição em alguma questão. Assim,
você deve demonstrar que entende como seu país pode ser indiretamente influenciado em
maneiras indiretas, mas significantes, ao explicar sua posição nacional na resolução entre dois
países aparentemente não relacionados e por que tal acordo lhe beneficia.
NOTAS FINAIS
1 Pg. 12. Chapman, Tim. The Congress of Vienna: Origins, Processes and Results.
London, Routledge, 1998.
2 Pg. 13.
3 Pg. 30.
4 Pg. 99-100. Nicolson, Harold. The Congress of Vienna: A Study in Allied Unity
1812-22. London: Castle, Ltd.,
1946.
5 Pg 16. Chapman, Tim. The Congress of Vienna: Origins, Processes and Results.
London: Routledge, 1998.
6 Pg. 119-20. Dallas, Gregor. The Final Act: The Roads to Waterloo. New York: Henry
Holt and Company, Inc.,
1996.
7 Pg. 16-7. Chapman, Tim. The Congress of Vienna: Origins, Processes and Results.
London: Routledge, 1998.
8 Pg. 17.
9 Pg. 51-2.
10 Pg. 117. Nicolson, Harold. The Congress of Vienna: A Study in Allied Unity 1812-
22. London: Castle, Ltd.,
1946.
11 Pg. 43.
12 Pg. 46. Dallas, Gregor. The Final Act: The Roads to Waterloo. New York: Henry
Holt and Company, Inc.,
1996.
13 Pg. 18. Chapman, Tim. The Congress of Vienna: Origins, Processes and Results.
London: Routledge, 1998.
14 Pg. 44.
15 Pg. 17-8.
16 Pg. 45-8.
17 Pg. 24-5.
18 Pg. 50.
19 Pg. 18.
20 Pg. 11.
22 Pg. 28. Sked, Alan. Europe’s Balance of Power: 1815-1848. London: The Macmillan
Press Ltd., 1979.
23 Pg. 72. Dallas, Gregor. The Final Act: The Roads to Waterloo. New York: Henry
Holt and Company, Inc.,
1996.
24 Pg. 4. Sked, Alan. Europe’s Balance of Power: 1815-1848. London: The Macmillan
Press Company, Inc., 1996.
25 Pg. 39. Kissinger, Henry A. A World Restored: Metternich, Castlereagh and the
Problems of Peace 1812-22.
26 Pg. 14. Sked, Alan. Europe’s Balance of Power: 1815-1848. London: The Macmillan
Press Company, Inc.,
1996.
27 Pg. 210. Nicolson, Harold. The Congress of Vienna: A Study in Allied Unity 1812-
22. London: Castle, Ltd.,
1946.
28 Pg. 44. Chapman, Tim. The Congress of Vienna: Origins, Processes and Results.
London: Routledge, 1998.
29 Pg. 29