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INTRODUÇÃO AOS MOTORES A COMBUSTÃO

RUDSON DE SOUZA LIMA

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O MOTOR QUATRO TEMPOS

 Em 1862 Beau de Rochas propôs uma


seqüência de operação em 4 tempos,que é, até
hoje, típica dos motores de ignição por faísca.
Em 1876 Nikolaus August Otto, construiu um
motor utilizando as idéias de Beau de Rochas,
funcionou perfeitamente. Desde então essa
seqüência passou a ser conhecida como ciclo
de Otto ou ciclo Otto

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O MOTOR QUATRO TEMPOS

 E como ocorre o ciclo do motor quatro


tempos?
 Admissão
 Compressão
 Expansão
 Escapamento

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O MOTOR QUATRO TEMPOS
CICLO OTTO
 Admissão  Válvula de admissão
aberta.
 Válvula de escape
fechada.
 O pistão se desloca do
PMS ao PMI admitindo
para dentro do cilindro a
mistura combustível/ar.

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O MOTOR QUATRO TEMPOS
CICLO OTTO
 Compressão  Válvula de admissão
fechada.
 Válvula de escape fechada.
 O pistão se desloca do PMI
ao PMS, comprimindo a
mistura.
 Antes do pistão atingir o
PMS, ocorre a faísca, dando
origem à combustão.
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O MOTOR QUATRO TEMPOS
CICLO OTTO
 Expansão  Válvula de admissão
fechada.
 Válvula de escape
fechada.
 A combustão provoca a
expansão dos gases que
empurram o pistão,
fazendo-o se deslocar do
PMS ao PMI.
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O MOTOR QUATRO TEMPOS
CICLO OTTO
 Escapamento  Válvula de admissão
fechada.
 Válvula de escape
aberta.
 O pistão se desloca do
PMI ao PMS,
empurrando para fora
os gases queimados.

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O MOTOR QUATRO TEMPOS
CICLO DIESEL

 Em 1892 Rudolph Diesel idealizou um novo


motor com ignição espontânea, chamado até
hoje de motor Diesel.

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O MOTOR QUATRO TEMPOS
CICLO DIESEL
 Admissão  Válvula de admissão
aberta.
 Válvula de escape
fechada.
 O pistão se desloca do
PMS ao PMI admitindo
para dentro do cilindro
apenas ar.

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O MOTOR QUATRO TEMPOS
CICLO DIESEL
 Compressão  Válvula de admissão fechada.
 Válvula de escape fechada.
 O pistão se desloca do PMI ao
PMS, comprimindo o ar.
 Antes do pistão,atingir o
PMS, ocorre a injeção do
combustível, que se mistura
com o ar,que está aquecido
devido à compressão, dando
origem à combustão
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O MOTOR QUATRO TEMPOS
CICLO DIESEL
 Expansão  Válvula de admissão
fechada.
 Válvula de escape
fechada.
 A combustão provoca a
expansão dos gases que
empurram o pistão,
fazendo-o se deslocar do
PMS ao PMI.
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O MOTOR QUATRO TEMPOS
CICLO DIESEL
 Escapamento  Válvula de admissão
fechada.
 Válvula de escape aberta.
 O pistão se desloca do
PMI ao PMS, empurrando
para fora os gases
queimados.

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O MOTOR DOIS TEMPOS

 Em 1878 Dugald Clerk idealizou o ciclo motor


em dois tempos, sendo utilizado tanto para
motores de ignição por faísca quanto para
motores de ignição espontânea.

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O MOTOR DOIS TEMPOS
(MIF)
 Compressão  Quando o pistão se desloca do
PMI ao PMS, simultaneamente,
ele comprime a mistura
(combustível + ar + óleo
lubrificante) que está no
cilindro, e admite nova
quantidade de mistura no carter.
Antes do pistão, atingir o PMS
ocorre à faísca que da origem à
combustão e conseqüentemente
a expansão.
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O MOTOR DOIS TEMPOS
(MIF)
 Expansão  Com a expansão, o pistão se
desloca do PMS para o PMI,
liberando as janelas de escape.
Ao mesmo tempo ele comprime
a mistura que está no carter,
fazendo com que a mesma,
passe para o cilindro através da
janela de transferência. Esta
nova mistura ao entrar no
cilindro auxilia na expulsão dos
gases queimados.
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O MOTOR DOIS TEMPOS
(MIE)
 Admissão  Quando o pistão se encontra
no PMI, estão abertas as
janelas de admissão e a
válvula de escape. Ar é
empurrado para dentro do
cilindro por uma bomba,
chamada de “bomba de
lavagem”, auxiliando no
escapamento dos gases
queimados.
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O MOTOR DOIS TEMPOS
(MIE)
 Compressão  Fecha-se a válvula de escape
e o ar fica retido no cilindro.
O pistão se desloca do PMI ao
PMS comprimindo o ar

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O MOTOR DOIS TEMPOS
(MIE)
 Compressão  Antes dele atingir o PMS
ocorre à injeção do
combustível, que da origem à
combustão e
conseqüentemente a
expansão, deslocando o pistão
do PMS para o PMI.

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O MOTOR DOIS TEMPOS
(MIE)
 Admissão  Então será feita uma nova
lavagem do cilindro.

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ORGÃO DOS MOTORES ALTERNATIVOS

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BLOCO
 Componente que abriga
em seu interior o
virabrequim, bielas e
pistões. Na prática, é a
"estrutura de suporte" do
motor, na qual ficam os
suportes da sede de
casquilhos e também os
cilindros. É de ferro- gusa
fundido ou de liga de
alumínio e apresenta uma
série de ranhuras de
reforço nos pontos mais
críticos. Normalmente o
bloco de um motor é
fechado por cima pelo
cabeçote e por baixo pelo
cárter.
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CABEÇOTE

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PISTÃO

 Para controle de
dilatação, a cabeça
do pistão é cônica e
ele é de seção
transversal oval.

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ORGÃO DOS MOTORES ALTERNATIVOS

 OHV- “over head valves” – válvulas no cabeçote


 OHC - “over head camshaft” - eixo comando de válvulas no cabeçote
 DOHC - “double over head camshaft” - dois eixos comando de válvulas no
cabeçote
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ORGÃO DOS MOTORES ALTERNATIVOS

 15 – Vareta
 16 - Tucho

 01 – Bloco  06 - Balancim (eixo de  11 - Pino do pistão


 02 – Cabeçote balancins)  12 - Casquilhos (Bronzinas)
 03 – Carter  07 – Molas  13 - Árvore de manivelas
 04 – Válvulas  08 – Anéis (Virabrequim)

 05 - Eixo comando de  09 – Pistão  14 - Volante do motor


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válvulas  10 – Biela
ALGUMAS RELAÇÕES IMPORTANTES

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ALGUMAS RELAÇÕES IMPORTANTES

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ALGUMAS RELAÇÕES IMPORTANTES
 Razão de compressão
Máx.vol.cilindro vd  vc
Rc  Rc 
Min.vol.cilindro vc

 Velocidade média do pistão


Vm  2.L.N

 Velocidade instantânea do pistão


ds
V
dt

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ALGUMAS RELAÇÕES IMPORTANTES
 Cilindrada unitária
 .D.2
vu  .s
4

 Cilindrada total
v  vu .z
 Volume total do cilindro
v1  vu  v2
 Velocidade angular da árvore de manivela
  2. .n

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ALGUNS COMPARATIVOS DE MOTORES
Motor CILINDRADA DIÂMETRO CURSO POTÊNCIA RPM TORQUE RPM CLASSIFICAÇÃO
(CM3) (CM) (CM) (CV) (m.kgf)
VW 1.6 1596 8,10 7,74 90 5600 13,5 2600 SUPERQUADRADO

VW 2.0 1984 8,25 9,28 125 5800 19,5 3000 SUBQUADRADO

FIAT 1.6 1590 8,64 6,74 84 5700 13,2 3250 SUPERQUADRADO

GM 2.5 2471 10,16 7,62 89 4400 17,1 2500 SUPERQUADRADO

FORD 1.8 1781 8,10 8,64 93 5200 15,5 2800 SUBQUADRADO

GM 2.0 1988 8,60 8,6 110 5600 17,3 3000 QUADRADO

VW 1.8 1781 8,10 8,64 96 5200 15,6 3400 SUBQUADRADO

FIAT 1.5 1498 8,64 6,39 82 5500 12,8 3500 SUPERQUADRADO

FORD 1.6 1555 7,70 8,35 73,7 5200 12,6 2400 SUBQUADRADO

GM 1.8 1796 8,48 7,95 95 5600 15,1 3000 SUPERQUADRADO

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EXERCÍCIO

 1 – Para o motor monocilíndrico, 4 tempos, são dados: Diâmetro


do pistão de 10 cm; Raio da manivela de 4,5cm; Volume morto de
78,5 cm³ e rotação de = 4500 RPM. Pede-se:
 a) A cilindrada (cm³);
 b) A taxa de compressão;
 c) A velocidade média do pistão (m/s);
 d) A velocidade angular do comando de válvulas (rad/s);
 e) Se na rotação dada, a combustão se realiza para um ∆α=25º,
qual o tempo de duração da combustão em milissegundo?

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INDICADORES DE PRESSÃO

São dispositivos destinados ao


“levantamento” do diagrama real que
representa um ciclo de funcionamento de
um motor de combustão interna.
Pode ser:
Mecânico
Elétrico

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INDICADORES DE PRESSÃO

 INDICADORES MECÂNICOS
 Altera a “rv” do motor,
prejudicando o seu
desempenho;
 A inércia do sistema
mecânico influi no
resultado;
 O sistema é rígido,
transmitindo as vibrações
para a ponta do riscador.
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INDICADORES DE PRESSÃO

 INDICADORES ELÉTRICOS
 Não altera as condições
do motor;
 Sistema mais preciso e
mais confiável;
 Mais utilizados

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CICLO REAL X TEÓRICO OTTO

 Razão de compressão entre 5 e13


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CICLO REAL X TEÓRICO DIESEL

 Razão de compressão entre 14 e23


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COMBUSTÃO (MIF)
 Início da chama

 Esfera (núcleo de chama)

 Frente de chama

 Retardamento químico

 Avanço da faísca
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COMBUSTÃO (MIE)

 Início da chama

 Retardamento físico

 Retardamento químico

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VELOCIDADE DA FRENTE DE CHAMA

 Turbulência

 Relação ar-combustível

 Gases residuais

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PROBLEMAS DA COMBUSTÃO

 Pré-ignição

 Detonação (batida de pino)

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DETONAÇÃO
 Qualidade do combustível
 Pressão e temperatura de admissão
 Temperatura do fluido de arrefecimento
 Percurso de chama
 Mistura ar-combustível
 Taxa de compressão
 Turbulência
 Avanço de faísca
 Temperatura do eletrodo de vela
 Geometria da câmara de combustão
 Massa final pequena
 Boa área de troca no final
 Percurso de chama seja o menor possível
 Turbulência adequada
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CÂMARA DE COMBUSTÃO DIESEL

 Injeção direta ou aberta  Partida a frio fácil

 Maior rendimento
térmico

 Menor consumo de
combustível

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CÂMARA DE COMBUSTÃO DIESEL

 Injeção indireta ou dividida


 Produzir turbulências
para reduzir o
retardamento físico;
 Maior perda de calor,
redução do rendimento
térmico e aumento do
consumo.
 Funcionamento mais
suave do motor;
 Rotações mais elevadas;
 Partida a frio
23/05/2019 21:23difícil. 44
CÂMARA DE COMBUSTÃO DIESEL

 Injeção indireta ou dividida


 Não produz alta
turbulência;
 Movimento se torna
altamente turbulento na
cabeça do pistão, onde
se completa a
combustão;
 Funcionamento mais
suave do motor;
 Rotações mais elevadas;
 Partida a frio
23/05/2019 21:23difícil. 45
COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DO PETRÓLEO

 Combustível fóssil
 Vários hidrocarbonetos misturados
 Processo de destilação
 Cadeias de hidrocarbonetos diferentes
COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DO PETRÓLEO
COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DO PETRÓLEO

 Os produtos derivados do petróleo podem ser reunidos


nos seguintes grupos:
 COMBUSTÍVEIS: Gasolinas, Gás Natural e GLP, Óleo
diesel, Óleo combustível, Querosene de aviação, Bunker
(combustíveis marítimos).
 LUBRIFICANTES: Óleos lubrificantes minerais, Óleos
lubrificantes graxos, Óleos lubrificantes sintéticos,
Composição betuminosa.
 INSUMOS PARA A PETROQUÍMICA: Nafta, Gasóleo.
 ESPECIAIS: Solventes, Parafinas, Asfalto, Coque.
GASOLINA

 Estado líquido;
 Volátil;
 Inflamável
 Constituida quimicamente por uma mistura
complexa de mais de 400 hidrocarbonetos.
 Octano : CH3(CH2)6CH3 .
GASOLINA

 As gasolinas mais comuns são:


 Comum (ou gasolina C)
 Aditivada
 Premium
 Petrobras Podium (produto exclusivo dos postos
Petrobras).
ÁLCOOL

 FONTES
 Cana de açúcar
 Milho
GNV
1999 2011

2018
DIESEL

Aplicações:
 Utilizado em motores de combustão interna e ignição
por compressão empregados nas mais diversas
aplicações, são comumente utilizados como:
combustível industrial; combustível para motores a
explosão de máquinas (locomotivas); combustível
para veículos pesados (carretas, tratores, caminhões);
combustível para automotivo (ônibus, veículos
utilitários); combustível para embarcações marítimas;
combustível para geração de energia elétrica.
DIESEL
 Características:
 Apresenta ótima qualidade de ignição:
 a combustão ou queima se inicia rapidamente após a
injeção;
 proporciona queima limpa e completa, produzindo o
mínimo de resíduos, depósitos e cinzas;
 não é corrosivo nem produz gases tóxicos e corrosivos em
sua combustão;
 mistura-se facilmente com o ar;
 não contém água e sedimentos que ocasionariam a
interrupção do seu fluxo;
 proporciona segurança e facilidade de manuseio e
estocagem.
COMBUSTÍVEIS

COMBUSTÍVEL Conteúdo de energia (kJ/L) Equivalência da gasolina


Gasolina 31.850 1
Diesel leve 33.170 0,96
Diesel pesado 35.800 0,89
GLP 23.410 1,36
Etanol 29.420 1,08

Çengel, 2006. Termodinâmica.

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SISTEMA DE ARREFECIMENTO
 O que é?
 Sistema de troca de energia do motor com o
ambiente
 Para que serve?
 Para manter os componentes do motor em
temperaturas médias compatíveis com as
características dos materiais, e para evitar a
detonação nos motores.
 Como fazer?
 Circulação forçada de água;
 Circulação forçada de ar.
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SISTEMA DE ARREFECIMENTO
 Dados interessantes:

 Verifica-se, experimentalmente que 25% a 30% do


calor gerado na combustão devem ser transferidos
para o sistema de arrefecimento, nos motores
arrefecidos a água e de 20% a 25% nos motores
arrefecidos a ar.

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SISTEMA DE ARREFECIMENTO
 ARREFECIMENTO POR CIRCULAÇÃO
FORÇADA DE ÁGUA

 É o processo mais empregado pois permite melhor


controle da temperatura média do motor, o que
permite também trabalhar com temperaturas
médias mais baixas, permitindo maiores taxas de
compressão, melhorando o rendimento térmico.

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SISTEMA DE ARREFECIMENTO
 ARREFECIMENTO POR CIRCULAÇÃO
FORÇADA DE ÁGUA

 PRINCIPAIS COMPONENTES:
 Bomba;

 Radiador;

 Válvula termostática;

 Eletro-ventilador
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SISTEMA DE ARREFECIMENTO
 ARREFECIMENTO POR CIRCULAÇÃO
FORÇADA DE ÁGUA
VÁLVULA TERMOSTÁTICA FECHADA

BOMBA
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SISTEMA DE ARREFECIMENTO
 ARREFECIMENTO POR CIRCULAÇÃO
FORÇADA DE ÁGUA
VÁLVULA TERMOSTÁTICA ABERTA

BOMBA
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SISTEMA DE ARREFECIMENTO
 ARREFECIMENTO POR CIRCULAÇÃO
FORÇADA DE AR

 Atualmente este sistema é aplicado somente onde


seja absolutamente necessário, pois ele limita a
potência do motor por litro de cilindrada, os
cilindros devem ser aletados, e há a necessidade de
um circulador de ar, cuja potência consumida e
custo são equivalentes ou até maiores que os do
sistema de arrefecimento a água.

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COMPONENTES PRINCIPAIS
 Radiador de água (trocador de calor compacto)
 Bomba de água (bomba centrífuga)
 Eletroventilador (ventilador)
 Válvula termostática (termostato)
 Intercooler (trocador de calor compacto)
 Radiador de óleo (trocador de calor compacto)
 Bomba de óleo (bomba de engrenagens)
 Válvula de alívio de óleo (pressostato)

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LUBRIFICAÇÃO

 OBJETIVO
 O sistema de lubrificação tem como função distribuir o
óleo lubrificante entre partes móveis do motor para
diminuir o desgaste, o ruído e auxiliar no arrefecimento
do motor.

23/05/2019 21:23 64
LUBRIFICAÇÃO

 O QUE SÃO LUBRIFICANTES?


 São fluidos utilizados na lubrificação de motores e
sistemas de transmissão.

SISTEMA DE VÁLVULAS SISTEMA DE TRANSMISSÃO

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LUBRIFICAÇÃO
 COMO OCORRE:
 Nos motores de quatro tempos o óleo
lubrificante é armazenado no cárter e o fluxo de
óleo é feito sob pressão através de galerias
existentes no motor.
 Nos motores de dois tempos do ciclo Otto o
óleo lubrificante fica misturado com o
combustível no tanque.

23/05/2019 21:23 66
LUBRIFICAÇÃO

 QUAIS SÃO AS FUNÇÕES?


 Diminuir atrito: com conseqüente diminuição do
desgaste das partes em contato;
 Redução de ruído: amortece os choques e as cargas
entre os mancais.
 Atuar como agente de limpeza: retirando carvões e
partículas de metais que se formam durante o
funcionamento do motor;
 Resfriamento auxiliar: nos motores de 4 tempos;
 Vedação: entre os anéis do pistão e a parede do
cilindro; 23/05/2019 21:23 67
LUBRIFICAÇÃO

 COMO SE CLASSIFICA?
 VISCOSIDADE:
CLASSIFICAÇÃO SAE (Society of Automotive Engineers)

 QUALIDADE:
CLASSIFICAÇÃO API (American Petroleum Institute )

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LUBRIFICAÇÃO

 VISCOSIDADE
 Usa o padrão da SAE;
 É medida em função da resistência ao escoamento
do óleo;
 É o tempo em segundos, para que uma certa
quantidade de óleo, numa dada temperatura, escoe
através de um orifício de formato e dimensões
padronizados

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LUBRIFICAÇÃO
TERMÔMETRO AQUECEDOR

ÓLEO

RESERVATÓRIO

Viscosímetro Saybolt Universal


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LUBRIFICAÇÃO
 QUALIDADE
 TIPO DO MOTOR
 OTTO
 DIESEL
 “PESO” DA MÁQUINA
 Leve
 Médio
 Pesado e intermitente
 Pesado e contínuo
 Muito pesado e velocidades elevadas e contínuas
 Extremamente pesados em grandes velocidades

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LUBRIFICAÇÃO
 QUALIDADE
 MOTOR OTTO
 SA - Serviços leves
 SB - Serviços médios
 SC - Serviços pesados e intermitentes
 SD - Serviços pesados e contínuos
 SE - Serviços muito pesados e velocidades elevadas e
contínuas
 SF - Serviços extremamente pesados em grandes
velocidades

23/05/2019 21:23 72
LUBRIFICAÇÃO
 QUALIDADE
 MOTOR DIESEL – TRATORES
 CA - Serviços leves
 CB - Serviços médios
 CC – Motor aspirado serviço normal
 CD – Motor aspirado serviço pesado
 CE – Motor turbinado serviço normal
 CF – Turbinado serviço pesado

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LUBRIFICAÇÃO
 CLASSIFICAÇÃO DO ÓLEO QUANTO A
VISCOSIDADE:
 Óleos de “grau de inverno”
 possibilitam uma fácil e rápida movimentação, tanto
do mecanismo quanto do próprio óleo, mesmo em
condições de frio rigoroso ou na partida a frio do
motor. A viscosidade é medida a baixas temperaturas
e tem a letra W acompanhando o número de
classificação.
 Os testes para óleos de grau de inverno levam em
consideração a resistência que o mesmo oferecerá na
partida a frio do motor e a facilidade de
bombeamento e circulação em baixas temperaturas.
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LUBRIFICAÇÃO
 CLASSIFICAÇÃO DO ÓLEO QUANTO A
VISCOSIDADE:
 Óleos de “grau de verão”
 Trabalham em altas temperaturas, sem o rompimento
de sua película lubrificante, pois quanto mais quente
o óleo, menos viscoso ele se apresenta.
Os óleos de grau de verão têm portanto sua
viscosidade medida a altas temperaturas e não
possuem a letra W.
 Os testes dos óleos de grau de verão verificam a
operabilidade do lubrificante em altas temperaturas,
ou seja, a sua capacidade de oferecer proteção em
regimes extremos.
23/05/2019 21:23 75
LUBRIFICAÇÃO

 CLASSIFICAÇÃO DO ÓLEO QUANTO A


VISCOSIDADE:
 Óleos multiviscosos:
 Se enquadra em duas faixas de temperatura, por
apresentar menor variação de viscosidade em
virtude da alteração da temperatura.
 Estes óleos apresentam as duas faixas de viscosidade
em sua nomenclatura.

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LUBRIFICAÇÃO
 CLASSIFICAÇÃO DO ÓLEO QUANTO A
VISCOSIDADE:
VISCOSIDADE MÉDIA A 323 K

DESIGNAÇÕES GRUPO

Graus Engler Graus Centistock

SAE 5 2 a 2,3° 12 a 15°

MUITO FLUIDO

SAE 10 2,3 a 3,3° 15 a 24°

SAE 20 3,3 a 6,6° 24 a 50°

FLUIDO

SAE 30 6,6 a 9,7° 50 a 74°

SAE 40 9,7 a 14,0° 74 a 107°

VISCOSO

SAE 50 14,0 a 21,0° 107 a 160°

TABELA COMPARATIVA 23/05/2019 21:23 77


LUBRIFICAÇÃO

 EXEMPLOS:
 SAE 30
 SAE 40
 SAE 20W
 SAE 20W-40
 SAE 20W-50

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LUBRIFICAÇÃO
 QUALIDADE

TABELA DE OLEOS DE ESPECIFICAÇÃO API-S


API-SA/SB/SC/SD ..1930...1971 ..Em desuso atualmente
..API-SE ..1972 ..Para motores 1971-1979
..API-SF ..1980 ..Para motores 1980-1989
..API-SG ..1989 ..Para motores 1989-1993
..API-SH ..1994 ..Para motores 1994-1996
..API-SJ ..1996 ..Para motores 1996-2000
..API-SL ..2001 ..Para motores 2001 ....

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LUBRIFICAÇÃO
 ADITIVOS
 Anti-oxidante
 Anti-corrosivo
 Ampliador de viscosidade
 Detergentes
 Anti-espumante

23/05/2019 21:23 80
LUBRIFICAÇÃO
 SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO
 sistema de mistura com o combustível;
 sistema por salpico;
 sistema de circulação e salpico;
 sistema de circulação sob pressão.

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LUBRIFICAÇÃO
 SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO

 sistema de mistura com o combustível;

 Utilizado nos motores de 2 tempos a gasolina. O óleo


é mistura ao combustível na proporção de 1:20 a
1:40.

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LUBRIFICAÇÃO
 SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO

 sistema por salpico;

 Este sistema e mais utilizado nos motores


estacionários, monocilindricos, de uso agrícola. Neste
sistema o pé da biela apresenta um prolongamento
afilado denominado pescador. Uma bomba alimenta
com óleo o pescador. Ao girar o motor o óleo é
borrifado pelo pescador nas paredes dos cilindros e
nos demais orgãos que se acham encerrados na parte
inferior do bloco.
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LUBRIFICAÇÃO
 SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO

 sistema por salpico;

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LUBRIFICAÇÃO
 SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO

 sistema de circulação e salpico;

 Neste sistema uma bomba força a passagem do óleo


através de uma galeria principal contida no bloco do
motor ao mesmo tempo em que abastece as calhas de
lubrificação por salpico. Da galeria principal o óleo,
sob pressão, é direcionado através do virabrequim, do
eixo de cames e do eixo de balancins. O óleo que
escapa dos eixos é pulverizado na parte superior das
paredes dos cilindros, nos pistões e pinos das bielas.
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LUBRIFICAÇÃO
 SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO
 sistema de circulação sob pressão;
 Sistema utilizado nos motores de tratores agrícolas. Neste sistema o óleo, sob
pressão, além de passar através dos eixos de manivelas, cames e balancins,
ainda é forçado através dos pinos dos pistões. Os pinos dos pistões são
lubrificados por galerias existentes nas bielas. As partes superiores dos
cilindros e dos pistões são lubrificadas pelo óleo que escapa de furos
existentes nas conexões das bielas com os pinos dos pistões e a parte inferior
das paredes dos cilindros e dos pistões pelo óleo pulverizado de furos
existentes nas conexões da árvore de manivelas com as bielas. Devido a longa
distância e diversas galerias percorridas pelo óleo neste sistema, o
requerimento de pressão na maioria dos motores dos tratores varia de 15 a 40
psi, podendo em alguns casos chegar até 65 psi.

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LUBRIFICAÇÃO
 SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO
 sistema de circulação sob pressão;

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