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Universidade Federal de Santa Catarina

Campus Joinville
Bacharelado Interdisciplinar em Mobilidade

Derivadas Parciais:
Definição

Prof. Dr. César Augusto Bortot

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Quando ∆𝑥 → 0, o coeficiente
angular de 𝑠 tende a 𝑓′(𝑥), onde

𝑓 𝑥 + ∆𝑥 − 𝑓(𝑥)
𝑓′ 𝑥 = lim
∆𝑥→0 ∆𝑥

ou seja, tende ao coeficiente


angular da reta tangente ao gráfico
de 𝑓 no ponto P 𝑥, 𝑓 𝑥 .
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𝝏𝒇
(𝒙 , 𝒚 )
𝝏𝒙 𝟎 𝟎

𝝏𝒇
(𝒙 , 𝒚 )
𝝏𝒙 𝟎 𝟎

O símbolo 𝜕 é, na realidade, um “d” “arredondado”, cujo nome é


“d” [de] “rond”, do francês para redondo.
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𝝏𝒇
(𝒙 , 𝒚 )
𝝏𝒚 𝟎 𝟎

𝝏𝒇
(𝒙𝟎 , 𝒚𝟎 )
𝝏𝒚

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A inclinação ou coeficiente angular da reta tangente a esta
curva, no ponto P(𝑥0 , 𝑦0 , 𝑓(𝑥0 , 𝑦0 )) é dada por:

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(QUADRO)

𝒛 = 𝟏𝟐 − 𝒙𝟐

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Estamos diante de uma situação de uma função em 𝑥, e
a inclinação da reta tangente à curva no ponto (1,2,11)
𝜕𝑓
é dada por (1,2)
𝜕𝑥

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(QUADRO)

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(QUADRO)

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Gráfico com um
ponto anguloso

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(𝑥0 , 𝑦0 , 𝑓(𝑥0 , 𝑦0 ))

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Se o plano tangente a 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦), no ponto (𝑥0 , 𝑦0 , 𝑓(𝑥0 , 𝑦0 ))
fosse dado pela equação

Teríamos que:
a) Sua inclinação na direção do eixo x seria:

b) Sua inclinação na direção do eixo y seria:

c) O ponto (𝑥0 , 𝑦0 , 𝑓(𝑥0 , 𝑦0 )) satisfaria a


equação:

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Então, podemos escrever

Usando a identidade

podemos concluir que

E portanto a equação do plano tangente, caso ele exista, é dada


por

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Definição (função diferenciável):
Dizemos que a função 𝑓(𝑥, 𝑦) é diferenciável no ponto
𝜕𝑓 𝜕𝑓
(𝑥0 , 𝑦0 ) se as derivadas parciais (𝑥0 , 𝑦0 ) e (𝑥0 , 𝑦0 )
𝜕𝑥 𝜕𝑦

existem e se
𝜕𝑓 𝜕𝑓
𝑓 𝑥,𝑦 − 𝑓 𝑥0 ,𝑦0 +𝜕𝑥 𝑥0, 𝑦0 𝑥−𝑥0 +𝜕𝑦 𝑥0 ,𝑦0 𝑦−𝑦0
lim
𝑥→𝑥0
= 0.
(𝑥−𝑥0 )2 +(𝑦−𝑦0 )2
𝑦→𝑦0

Dizemos que 𝑓 é diferenciável em um conjunto 𝐴 ⊆ 𝐷(𝑓),


se for diferenciável em todos os ponto de 𝐴.
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Proposição: Se 𝑓(𝑥, 𝑦) é uma função diferenciável no
ponto (𝑎, 𝑏), então ela é contínua em (𝑎, 𝑏).

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(QUADRO)

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Plano Tangente e Vetor Gradiente
Definição (Plano Tangente): Seja 𝑓: ℝ2 → ℝ
diferenciável no ponto (𝑎, 𝑏). Chamamos plano tangente ao
gráfico de 𝑓 no ponto (𝑎, 𝑏, 𝑓(𝑎, 𝑏)) ao plano dado pela
equação:
𝜕𝑓 𝜕𝑓
𝑧 − 𝑓 𝑎, 𝑏 = 𝑎, 𝑏 𝑥 − 𝑎 + 𝑎, 𝑏 𝑦 − 𝑏 .
𝜕𝑥 𝜕𝑦
(QUADRO)

Exemplo: Determinar, se existir, o plano tangente ao


gráfico da função 𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑥 2 + 𝑦 2 nos pontos indicados
𝑃1 0,0,0 e 𝑃2 1,1,2 . 26
Solução: A função z = 𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑥 2 + 𝑦 2 é diferenciável em
todos os pontos de ℝ2 , pois suas derivadas parciais são
𝜕𝑓 𝜕𝑓
dadas por = 2𝑥 e = 2𝑦,
𝜕𝑥 𝜕𝑦

e estas são contínuas.


Substituindo o ponto 𝑃1 0,0,0 na equação
𝜕𝑓 𝜕𝑓
𝑧 − 𝑓 𝑎, 𝑏 = 𝑎, 𝑏 𝑥 − 𝑎 + 𝑎, 𝑏 𝑦 − 𝑏 (1)
𝜕𝑥 𝜕𝑦

obtemos
𝑧 − 0 = 2.0. 𝑥 − 0 + 2.0. (𝑦 − 0), ou seja, 𝒛 = 𝟎.
(equação do plano tangente ao gráfico da função no ponto 𝑃1 )

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Substituindo o ponto 𝑃2 1,1,2 na equação (1), obtemos
𝒛 − 𝟐 = 𝟐. 𝟏. 𝒙 − 𝟏 + 𝟐. 𝟏. (𝒚 − 𝟏)
ou seja,
𝟐𝒙 + 𝟐𝒚 − 𝒛 − 𝟐 = 𝟎,
que é a equação do plano tangente no ponto 𝑃2 .

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Definição (Gradiente): Seja 𝑧 = 𝑓 𝑥, 𝑦 uma função que
admite derivadas parciais de 1ª ordem no ponto (𝑎, 𝑏). O
gradiente de 𝑓 no ponto (𝑎, 𝑏), denotado por 𝑔𝑟𝑎𝑑 𝑓(𝑎, 𝑏)
ou 𝛻𝑓 𝑎, 𝑏 , é um vetor cujas componentes são as derivadas
parciais de 1ª ordem de 𝑓 nesse ponto, ou seja,

𝜕𝑓 𝜕𝑓
𝛻𝑓 𝑎, 𝑏 = 𝑎, 𝑏 , 𝑎, 𝑏
𝜕𝑥 𝜕𝑦

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Observações Interessantes:
a) Os extremos relativos de uma função
diferenciável 𝑓(𝑥, 𝑦) estão onde o
gradiente é nulo.

b) Se o gradiente de uma função for não


nulo no ponto (𝑎, 𝑏), então ele é
perpendicular a curva de nível que
passa por esse ponto.

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c) Geometricamente, interpretamos 𝛻𝑓(𝑎, 𝑏) como o vetor
aplicado no ponto (𝑎, 𝑏), isto é transladado paralelamente da
origem para o ponto 𝑎, 𝑏 .

Se estamos trabalhando com um ponto genérico 𝑥, 𝑦 ,


𝝏𝒇 𝝏𝒇
usualmente representamos o vetor gradiente por 𝜵𝒇 = , .
𝝏𝒙 𝝏𝒚

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Exemplo: Determinar o vetor gradiente da função
1
𝑓 𝑥, 𝑦 = 5𝑥 2 𝑦 + 𝑦 2 . Representar geometricamente o
𝑥

vetor gradiente no ponto (1,0).


𝝏𝒇 𝝏𝒇 𝒚𝟐 𝟐𝒚
Solução: 𝜵𝒇 = , = 𝟏𝟎𝒙𝒚 − 𝟐 , 𝟓𝒙𝟐 +
𝝏𝒙 𝝏𝒚 𝒙 𝒙

No ponto (1,0), y
𝜵𝒇 𝟏, 𝟎
temos 𝛻𝑓 1,0 = 0, 5 . 5

1 x

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