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Texto 01: Evangelização e Formação de


Novas Igrejas
“... Depois (que anunciaram e conseguiram muitos discípulos) voltaram para as cidades
de Listra, Icônio, e Antioquia... animavam e aconselhavam os cristãos... em cada igreja
escolhiam presbíteros... pediam em favor dos presbíteros a proteção do Senhor...”.
Atos 14:21-23

1. Introdução
Nestas linhas iniciais, quero destacar a importância da plantação de novas Igrejas.
Primeiro. Temos uma ordem de fazer discípulos de todas as nações. Entendemos que a
arregimentação de novos discipulos esta relacionada a evangelização, e a
evangelização tem relação com a plantação de novas Igrejas.
Segundo. Temos hoje um quadro preocupador: mais pastores do que Igrejas. Há algum
tempo atrás um pastor me dizia que em sua denominação há mais de 1000 pastores
sem Igreja. Esta situação nos leva a pensar que os seminários formam mais pessoas
numa velocidade maior do que aquela em que as denominações abrem novas Igrejas.
A cada ano, os seminários formam novos obreiros, e diante desta realidade a Igreja
precisa abrir espaço para estes que estão sendo recebidos em suas denominações. Se
não for assim, este quadro se agravará. E teremos cada vez mais obreiros sem
rebanhos.
Terceiro. Um recém formado jovem pastor ou missionária, se deparará em seu início
de ministério com a seguinte realidade:

 Assumirão funções pastorais especificas na Igreja local, junto a


departamentos.
 Ou serão desafiados a implantar uma nova Igreja.
 Em último caso, que é mais remoto, os jovens iniciantes serão convidados a
assumir uma Igreja já organizada. Esta é uma situação mais incomum, pelo
fato que as Igrejas já organizadas e bem estabelecidas, costumam
contemplar pastores mais antigos e experientes para exercer função
pastoral sobre elas.
 E ainda, podem se deparar em alguns casos, com a ausência de uma
manutenção financeira integral no exercício da vida pastoral, o que os
levará a terem que fazer tendas na vida secular ao mesmo que exercem a
vida pastoral.
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Diante dos fatos analisados acima, acho importante o estudante de teologia, assumir
desde os primeiros anos de sua formação, o projeto de ser um obreiro empreendedor,
disposto para plantar e desenvolver novas Igrejas, estabelecendo assim o seu lugar de
atuação junto a sua denominação.
Muitos não encontrarão “púlpitos prontos”, Igrejas já construídas, manutenção já
garantida, o que se constituirá um desafio para muitos se tornarem plantadores de
Igrejas.

2. Toda Igreja deve ser mãe de outra Igreja


Semelhantemente às pessoas que nascem, crescem e se reproduzem, assim devem ser
as igrejas. Toda igreja deve pretender ser mãe de outras igrejas e planejar sua vida e
trabalho com esta finalidade. A ação evangelizadora de toda igreja deve orientar-se
em direção a este alvo.
Em muitos casos formar uma nova igreja parece ser algo muito fácil. As facilidades
ou dificuldades encontradas na implantação de uma nova dependem de vários
fatores, como:
1. Experiência do obreiro.
2. Habilidades especiais do obreiro (Música, ensino, escrever, falar
bem, carisma pessoal, etc...)
3. Recursos financeiros disponibilizados para a abertura e estruturação
de uma nova Igreja.
4. Cultura local encontrada na comunidade onde haverá a plantação
de uma nova Igreja.
5. Forma da liturgia aplicada na nova Igreja.
6. O relacionamento social do obreiro e da Igreja com a comunidade.
7. O preparo intelectual do obreiro e sua capacidade empreendedora.
Atualmente usa-se muito o recurso das "campanhas". Alguns ficam em um lote vazio,
barracão ou salão alugado, pregando por algumas semanas. Ao final de dois ou três
meses conseguem algumas conversões e batismos e uma assistência mais ou menos
regular. Quando isso acontece diz-se que "nasceu uma nova igreja".
No entanto, por toda a parte, são muitos os exemplos de grande número dessas
"criaturas" que desaparecem depois de algum tempo. Outras permanecem, mas
estagnam. Outras regridem e se tornam focos de problemas morais, doutrinários e
administrativos. Surge então a pergunta: Formar uma igreja significa apenas
conseguir reunir em um lugar um grupo de pessoas ou significa muito mais do que
isso?
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Certamente é possível "gerar" uma igreja com relativa facilidade. Mas, também, é
possível gerá-la e não dar-lhe alimento e a devida atenção, de modo que pode
morrer. Também é possível gerá-la e dar-lhe atenção e alimentação tão limitadas
que fica fraca e adoece.
Problemas como disputas contínuas, divisões, insubmissão, e outros, não são somente
tentações do diabo. Podem ser enfermidades de uma igreja, que poderiam ter sido
evitadas sob um regime de formação adequada desde o princípio. Essas coisas devem
ser prevenidas através de um plano específico de trabalho missionário.
Formar, então, uma nova igreja implica muito mais que reunir pessoas. Implica muito
mais que ensinar-lhes a cantar e a escutar sermões. Quando um pastor quer levar sua
igreja a "ser mãe" de filhos sadios, deve ter uma visão da totalidade da tarefa que quer
realizar, antes de lançar-se à ela. Deve estabelecer um programa básico que integre as
pessoas em um grupo e as capacite para defender-se das possíveis "pestes" ou
"enfermidades" típicas que sobrevém a qualquer igreja.

3. A seguir oferecemos um modelo de formação de


novas igrejas com os aspectos básicos:
(Estabelecemos este modelo na figura 01, que consta no anexo deste artigo.)

3.1 O Alvo
A primeira coisa a ser definida é o que se quer obter como resultado final. Neste caso,
uma igreja com as atitudes básicas de maturidade. Esta deve ser a idéia que
impulsiona e o ponto a que se quer chegar. Os planos e os esforços se concentrarão
em função de tal idéia suprema.

3.2 Os elementos que caracterizam uma igreja madura


podem resumir-se nos seguintes:
a) Um conjunto de pessoas que, ao ouvir o evangelho, se arrepen-
deram e confessaram com sua boca e batismo que Jesus Cristo é o
Salvador e Senhor. (Cada igreja e denominação tem seus próprios
critérios sobre o número de membros que constitui uma igreja)

b) Um conjunto de crenças básicas aceitas por todos.

c) Relacionamentos sadios e criativos: A marca de uma Igreja madura.

Este aspecto pode dar-se nos seguintes sentidos:


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(1) Relacionamentos internos.


A forma como os irmãos se tratam entre si; como aprendem a resolver os problemas
que aparecem quando mais de duas pessoas se reúnem regularmente; a forma como
os irmãos aprendem a trabalhar juntos. Uma igreja não pode ser destruída por fofocas,
disputas e ciúmes. Isto é anormal. Por isso a tarefa do pastor é a de ser um criador e
aperfeiçoador de relacionamentos. E um trabalho novo, desde seu início, deve ser
ensinado a desenvolver relacionamentos baseados no amor de Jesus Cristo.
Este aspecto é muito importante, pois não se prega o evangelho apenas com a boca.
Também se proclama com a vida de cada irmão em particular e com a vida que a igreja
desenvolve em conjunto. Se nela há harmonia, paz, amor e entendimento, isto em si
constitui uma poderosa mensagem ao mundo, pois se verá na igreja uma estrutura
muito diferente da que ocorre no sistema mundano.
(2) Relacionamentos com a igreja-mãe.
Este, também, é um fator muito importante. Pode-se formar uma igreja completame
Da mesma forma que se faz com os filhos, que a certa idade devem fazer sua própria
vida, a igreja-mãe deve planejar seu trabalho de modo que a filha vá conseguindo sua
autonomia e, o quanto antes, tenha sua própria liderança, fundos, governo, etc.
Que os relacionamentos passem de uma dependência natural no princípio a uma
independência ou simplesmente a um relacionamento fraternal. Deixam de ser mãe e
filha para transformar-se simplesmente em igrejas irmãs, a um mesmo nível, e que
juntas definam suas próprias linhas de relacionamento.
(3) Relacionamentos com a denominação.
A nova igreja deve conhecer bem a família eclesiástica à qual está afiliada, a fim de
tomar uma atitude sadia para receber das e para dar às igrejas irmãs. Ou seja, precisa
entender a posição e o papel que ocupa na denominação.
(4) Relacionamentos com o restante do corpo de Cristo.
Quer se trate de uma igreja "independente", ou de uma que faz parte de uma
denominação, a visão da unidade do corpo de Cristo precisa ser ensinada aos irmãos
desde o princípio. Assim, haverá relacionamentos de respeito e amor. Quando em uma
igreja os relacionamentos com outras igrejas são de hostilidade, menosprezo e
desamor, mais cedo ou mais tarde essas atitudes afetarão o próprio grupo. Toda forma
de pecado para com outros produz efeitos destrutivos ao próprio grupo.
(5) Relacionamentos com a comunidade
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Deus amou o mundo perdido e deu seu Filho Jesus Cristo. O mundo está infestado pelo
pecado e necessita do amor de Deus para conhecer a verdade. Necessita também do
amor e da compreensão da igreja. O Senhor diz: "Sejam bondosos com todos" (Fp.
4:5). E acrescenta: "Portanto, sempre que pudermos, devemos fazer o bem a todos..."
(Gl. 6:10). Uma boa dose de amor para com as pessoas que não conhecem o Senhor é
a melhor motivação evangelizadora e também a melhor ponte.

3.3 Governo e liderança própria.


Por ser a igreja um grupo de seres humanos, o governo não pode faltar. Este deve
existir não porque seja um requisito legal ou denominacional. É porque, como grupo, a
igreja necessita direção, organização, coesão. Por esta razão o Senhor deu à igreja
diferentes dons e também ministérios como os apóstolos, profetas, evangelistas,
pastores e mestres. A Escritura indica: "Obedeçam os seus líderes e sigam as suas
ordens" (Hb. 13:17). Paulo não somente nomeou anciãos ou pastores em cada nova
igreja mas ensinou e ordenou a seus discípulos que também nomeassem tais
servidores nas igrejas (At. 14:23; Tt. 1:5; Fp. 1:1-2).
De modo que, desde o início de uma nova igreja deve-se ensinar os irmãos a ter seu
governo. Em muitos casos será necessário que a própria igreja-mãe governe a nova
igreja. Mas, ao mesmo tempo, precisa treinar os elementos espiritualmente mais
maduros da igreja-filha, para que esta logo tenha sua própria liderança.
Acontece com freqüência que, ao formar-se uma igreja, nomeia-se um pastor ou
encarregado e este se dedica exclusivamente a pregar, visitar e ensinar doutrina.
Mas não treina líderes. Então quando aquele pastor é transferido ou renuncia ao
campo, a igreja fica sem pessoas capazes de dirigí-la. Assim as ovelhas se dispersam,
surgem situações que prejudicam a igreja e seu testemunho. Qualquer que seja o
sistema de governo de uma igreja, este elemento deve fazer parte do plano de
desenvolvimento desde o início.

3.4 Estrutura administrativa.


A Igreja precisa ser organizada através de uma estrutura definida pela qual se saiba:
 Quem tem a autoridade suprema na igreja.
 Quais são os órgãos operantes.

 Que funções tem cada um.


 Quando se reunem os grupos diretivos.
 Quem é responsável por cada um.

3.5 Programa de trabalho.


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Há uma diferença entre programa de cultos e programa de trabalho. A grande maioria


das igrejas tem um programa de cultos. Ao formar-se uma igreja deve-se procurar criar
nela ambas as coisas. Assim se evita a estagnação e se possibilita levar adiante os
propósitos de Deus.

3.6 Lugar para reunir-se.


Este pode ser um fator secundário. Basta lembrar que durante os dois primeiros
séculos a Igreja Cristã não teve templos e, no entanto, cresceu. É possível que, ao
formar-se uma igreja, se considere a necessidade de comprar um terreno e construir
um templo. Ou pode ser que se siga outro tipo de estratégia pela qual os irmãos se
reúnam em casas, em grupos pequenos, aluguem um templo ou algum lugar onde
possam ter uma reunião semanal, com mais simplicidade e talvez com um custo
menor.

3.7 Sustento econômico.


A nova igreja deve chegar a cobrir seus próprios gastos. Se no princípio recebe ajuda
da igreja-mãe, ou da denominação, é necessário traçar um programa pelo qual tal
assistência econômica vá diminuindo progressivamente até o ponto em que
desapareça por completo. Assim a igreja se compromete a ser auto-suficiente em suas
necessidades e programas.

3.8 Capacidade de reprodução.


A igreja-mãe deve passar à sua filha a visão e a capacidade de gerar outras igrejas.
Toda igreja nova deve incluir em seu programa inicial outras obras, tão logo seja
possível. Assim a obra de Deus se manterá em crescimento contínuo.

4. Passos a Seguir. Para alcançar um alvo como o


que foi proposto acima, é necessário definir uma
série de passos.
4.1 Proclamação.
Uma igreja deve ser formada com pessoas que se arrependeram e creram em Jesus
Cristo. Será então necessário começar por um período de proclamação pública do
evangelho, e para isso, deve-se escolher os meios mais convenientes.
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As igrejas estão fazendo isso de diferentes maneiras. Algumas promovem uma


campanha de pregação de dois a três meses. Outras fazem uma visitação de casa em
casa e, com as pessoas e casas interessadas, imediatamente se segue um período de
quatro a oito semanas em que se compartilha o evangelho com detalhes. Os que se
convertem são batizados e começam a se reunir, iniciando assim uma igreja.
Há igrejas que têm programas de rádio que chegam a ser escutados em certos
povoados onde não há uma igreja. Aproveita-se então essas circunstâncias e se
programa uma série de conferências públicas em um teatro ou outro local, em nome
do programa de rádio. A partir disso se reunem os interessados e segue-se com eles
um processo pessoal de comunicação do evangelho.
Temos o exemplo de uma igreja que estabeleceu como objetivo determinado
povoado. Como ficava longe, o primeiro passo foi colocar uma equipe de irmãos no
ponto dos ônibus que iam para aquele povoado. Por várias semanas consecutivas eles
venderam bíblias, novos testamentos, distribuíram folhetos, fizeram contato com as
pessoas nos próprios ônibus. Semanas depois foi organizada uma viagem com um
grupo de irmãos para visitar casa por casa daquele povoado. Durante as visitas eles
falaram com muitas pessoas a quem haviam dado ou vendido literatura. Tiveram a
oportunidade de conversar com elas e perceber o seu grau de interesse. Depois foi
feito um trabalho mais profundo de comunicação do evangelho na casa de cada um
dos interessados e então uma curta campanha. Com as pessoas que professaram sua
fé começou-se a formar a igreja.
Contudo, é necessário lembrar sempre que a proclamação do evangelho é apenas o
primeiro passo na formação de uma igreja. Através dela somente se começa a reunir
o grupo humano inicial.

4.2 Resultados da proclamação.


Depois do trabalho de proclamação inicial em uma comunidade ocorrem vários tipos
de resultados que são mais ou menos comuns em todo o lugar:
(1) Pessoas que ouvem o evangelho, mas que não se convertem nem querem ter
ligação com a igreja:
Essas pessoas pelo menos tiveram a oportunidade de ouvir o evangelho. Talvez não
seja bom continuar insistindo naquele momento. O que deve ser feito é orar por elas,
e se possível, de vez em quando fazer uma visita amigável. Aqueles a quem foi
semeada a Palavra, ainda que a rejeitem no início, depois de meses ou anos podem se
entregar ao Senhor. Por isso deve-se saber o que fazer com eles. Não gastar muito
tempo no momento, mas sim perseverar em oração e manter contato ocasional.
(2) Pessoas que assistem mas que não se batizam - o que é muito comum:
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Essas devem ser tratadas com inteligência. Algumas vezes elas


gostam do evangelho mas talvez não se convertam por algum problema
que escondem. São os casos de divorciados casados novamente, que
pensam que por isso não podem aceitar o Senhor. Ou casos de casais que
vivem amasiados, e outros problemas. Essas situações merecem um
estudo pastoral que mostre como aconselhá-las, como tais pessoas
podem resolver seus problemas, e assim ajudá-las a dar o passo inicial
em direção a Cristo.
Para as pessoas que não têm razões como essas, mas que gostam de assistir
regularmente aos cultos, é preferível ter certo procedimento claro. Não colocá-las em
grupos de formação cristã, pois não deram seu passo inicial de fé e batismo. Seria
construir sobre a areia. Também não dar-lhes cargos ou trabalhos na igreja. Há quem
acredite que tais pessoas devem ser colocadas para "fazer algo" a fim de que se
convertam. Este é um princípio muito questionável, pois a participação no serviço
cristão é para os que já têm mostrado fé sincera e compromissada. Colocar pessoas
não convertidas para servir pode começar a criar problemas muito variados.
O mais positivo poderia ser orar e jejuar por tais pessoas e conversar pessoalmente
com elas, instando-as a tomar uma decisão. Se não dão o passo de fé e batismo, e
continuam a freqüentar a igreja, é necessário cuidar de sua conduta pois,
freqüentemente, por "não ser membros", levam uma vida leviana e às vezes criam
sérias dificuldades. Neste caso, deve-se proceder com amor e com mão firme, até
excluindo-as da igreja se o caso o merecer.
(3) Pessoas que se convertem:
A melhor época para começar a formar o cristão é imediatamente após sua conversão.
Sua mente está limpa, aberta e disposta a receber ensinamento e direção. Por isso
jamais deve-se deixar passar esta oportunidade. O período de formação cristã inicial
deve vir imediatamente.
Se como produto do trabalho de visitação ou de uma campanha o número de
convertidos é quinze, vinte, trinta ou mais, e não há um lugar para reunir todos eles,
podem ser formados vários grupos de discipulado. Mas é muito importante que todos
se reunam uma vez por semana ou por mês. Todo o trabalho em grupos deve ser
complementado com uma reunião geral, para que celebrem a Santa Ceia, adorem
juntos, conheçam-se, ministrem-se, organizem-se, etc.

4.3 Desenvolvimento da liderança e organização.


Quando já houver um grupo de crentes batizados e em processo de formação inicial
pode-se procurar alcançar os seguintes objetivos:
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Através de cursinhos breves ensina-se aos novos irmãos o sistema de governo e


organização que a igreja usará. Com tais informações eles vão sendo preparados para
assumir mais tarde os diferentes cargos no governo da igreja.
Também podem ser oferecidos cursinhos sobre direção de cultos para formar grupos
de dirigentes. Há igrejas que oferecem também seminários sobre os dons do Espírito
Santo e seu emprego. Assim cada irmão aprende não somente a descobrir o dom que
Deus lhe tem dado mas também como usá-lo no corpo de Cristo.
O desenvolvimento da liderança acontecerá de acordo com a visão formativa que
tenha o pastor. E também de acordo com as necessidades que aparecem na igreja.
Daí ser tão importante fazer um plano de trabalho na nova igreja, mais funcional e
mais ágil, em vez de submetê-la a um rígido plano de cultos formais, e deixar
especialmente o domingo para cultos conjuntos de adoração, confraternização,
ensinamento geral, Santa Ceia e ministração às necessidades espirituais.
Com um programa concreto de evangelização, de formação cristã, de
desenvolvimento de liderança e de organização, é possível que em um período de
dois ou três anos a nova igreja chegue a ter os elementos mínimos necessários para
cortar sua dependência da igreja-mãe e lançar-se à vida com seus próprios recursos.

5. Questionário
1. Que aspectos novos aprendi neste capítulo?
2. Qual é a minha opinião sobre o que deve ser uma igreja madura?
3. Se tenho tido experiência em abrir novas igrejas, que plano segui?
4. Do que conheço de outros que têm iniciado novos trabalhos, quais são os
planos ou princípios que seguem?
5. De tais princípios e planos, que fatores têm sido positivos? Que fatores têm
sido negativos?
6. Em que aspectos eu gostaria de mudar ou inovar o plano se tivesse de iniciar
novas igrejas?
7. Como estabeleceria agora - no papel - um programa próprio para miciar novas
igrejas?
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8. Em que lugares poderíamos iniciar um novo trabalho?


9. Que características tem a região?
10. Se nossa igreja nunca começou um novo trabalho, por quais razões não o fez?
11. Qual será o próximo passo a ser dado?

6. Bibliografia
 Clark, Stephen B. EN CONSTRUCCIÓN DE COMUNIDADES CRISTIANAS. Águas
Buenas, Puerto Rico: Publicaciones Nueva Vida, 1975,142 pp.(Cat.) Kratzig,
Guillermo. URBAN EVANGELIZACIÓN. Buenos Aires: Junta
 Bautista de Publicaciones, 126 pp.(Evang.) Tippet, A.R. IGLECRECIMIENTO YLA
PALAVRA DE DIOS. Barcelona: Libros CLIE, 1978,111 pp.(Evang.)

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