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EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA …............

VARA CRIMINAL
DA COMARCA ….........../UF

JOSÉ ALVES, nacionalidade, estado, profissão, portador da cartera de identidade


no ..........., inscrito no cadastro de pessoas físicas sob o n o …........., custodiado nas
dependencias ….............., vem na presença de Vossa Excelencia através de seu advogado
aaixo assinado, com base nos art. 5O, LXV da Constituição Federal e art. 310, I do Código
de Processo Penal, oferecer pedido de:

RELAXAMENTO DE PRISÃO

Com base nos fatos e fundamentos expostos:

I – DOS FATOS

No dia 10 de março de 2011, o requerete foi preso em flgrante por uma equipe da
polícia militar, por supostamente estar embriagado na direção de veículo automotor.
O indiciado foi compelido pelos policiais a realizar teste de alcoolemia em aparelho
de ar alveolar. O qual teria constatado concentração de álcool excessiva.
Na unidade de polícia judiciária, para qual foi levado, foi lavrado auto de prisão em
flagrante pela prática do crime previsto no art. 360 da lei 9503/93, c/c art. 2 O, II do decreto
6488/08. Sendo-lhe negado no referido auto de prisão em flagrante o direito de entrevistar-
se com seu advogado ou familiares, permanecendo o mesmo encarcerado.

II – DO DIREITO

O requerente faz jus ao relaxameto de prisão, pois, o suposto crime não faz parte do
hall de crimes inafiançáveis previstos nos arts. 323 e 324 do Código de Processo Penal,
tendo ao requerente sido tolido o direito a entrevister-se com advogado e familiares, como
também não ocorreu a comunicação da prisão em flagrante ao juízo competente, muito
menos à Defensoria Pública.

ART. 323, não será concedida fiança:


I – nos crimes de racismo;
II – nos crimes de tortura, tráfico ilícito de intorpecentes e drogas afins, terrorismo e
nos definidos como crimes hediondos;
III – nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional ou Estado Democrático;

ART. 324, não será, igualmente, concedida fiança:

I – aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida


ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328
deste código;
II – em caso de prisão civil ou militar;
III – (revogado pela lei n. 12.403, de4-5-2011)
IV – quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva
(art. 312).

II – DA ILEGALIDADE DA PRISÃO EM FLAGRANTE

O requerente foi compelido a realizar teste de alcoolemia, violando-se o princípio da


vedação a auto incriminação, de acordo com o art. 5O, LXII e LXIII da Constituição Federal.

ART. 5O – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

LXII – a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre seráo comunicados


imediatamente ao juíz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer


calado, sendo-lhe assegurada a assistencia da família.

A autoridade competente tornou o requerente incomunicável, ao lhe negar o direito


de comunicar-se com à família, violando o art. 5 O, LXIII da Constituição Federal e o art.
306, caput, do Código de Processo Penal;

ART. 306 – A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão


comunicados imediatamente ao juíz competente, ao Ministério Público e à família do preso
ou à pessoa por ele indicada.

Da mesma forma teve o requerente seu direito à defesa técnica tolida, não tendo sido
lhe dado o direito ao acesso à advogado ou à Defensoria Pública, como apregoa o art. 5 O,
LXIII da Constituição Federal e o art. 306, § 1o do Código de Processo penal.

ART. 306, do Código de Processo Penal:

§ 1O- Em até 24 horas (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será
encaminhado ao juíz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autor não informe o
nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.

A prisão em flagrante não foi comunicada em 24 (vinte e quatro) horas ao juíz e ao


Ministério Público, ão havendo audiencia de custódia, de acordo com o art. 5 O, XLII da
Constituição Federal e art. 306, caput, do Código de Processo Penal.

III – DO PEDIDO

Requer à Vossa Excelencia o relaxamento da prisão em flagrante na forma do art.


310, I, do Código de Processo Penal e a expedição do devido alvará de soltura.

nestes termos
pede deferimento

local/data

advogado
OAB/UF

MARCELO GUIMARÃES DA CRUZ


MATRÍCULA: 201402302754
ESTÁCIO SHOPPING NOVA AMÉRICA – MANHÃ
AULA 7

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