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MITO E RITO.
Prof. Dr. Salustiano Alvarez Gómez
surgimento da vivência da
intuição realidade
surgimento da surgimento da
razão expressão
3º.- INTERPRETAÇÃO
CIÊNTÍFICA
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descrever a “forma” do cosmos, o universo, o nosso mundo como um todo, de modo que o
cosmo e tudo nele contido se tornem vívido e vivo para nós, infundido com sentido e
significado; cada lugar, cada pedra, colina, flor, planta,... têm seu lugar e seu significado no
esquema cosmológico que o mito fornece. Sua função sociológica serve para estabelecer “a
lei”, os códigos morais e éticos para as pessoas daquela cultura seguirem, os quais vão
ajudar a definir aquela cultura assim como sua estrutura social prevalecente. Sua função
pedagógica serve para nos conduzir através de ritos de passagem específicos que definem
os vários estágios significativos de nossas vidas, da dependência à maturidade e à velhice, e
finalmente, a nossa morte, a passagem final. Os ritos de passagem levam a entrar em
harmonia com o “fundamento do ser” e permitir fazer a viagem de um estágio para o outro
com uma sensação de conforto e propósito.
A experiência mística, o âmago da viagem espiritual que prevê o sobrenatural,
sempre foi uma experiência difícil de expressar. Alguns diriam que é impossível expressá-
la. Outros diriam que esta é a função primária do mito – de encontrar uma maneira para
comunicar qualquer visão mística adquirida na viagem: um entendimento dos mistérios que
fundamentam o universo, uma valorização de suas maravilhas, o sentimento de temor ou
arrebatamento sentido. Uma vez que tais coisas não podem ser transmitidas por meios
diretos, o mito fala através de uma linguagem de metáforas, de símbolos e narrativas
simbólicas que não estão vinculadas a uma realidade objetiva. Alguns acreditam que a
experiência mística é o que dá à luz a linguagem metafórica, o pensamento metafórico.
Campbell explica que a função sociológica do mito serve para apoiar e validar uma
determinada ordem social. O mito vai deixar claro quem está no comando, qual o código de
ética adequado, quais serão os rituais institucionais. Estes códigos são fixos, como a ordem
natural, são eternos, não estão sujeitos a alterações.
Musas.” “Ele inspira as artes, a música, a poesia. Ver a vida como um poema, ver-se
participando nesse poema é o que mito faz por nós”.