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IDENTIFICAÇÃO
Período: 7º período
Autores: Jose Luiz Campos Monteiro, Douglas Gonzaga, Jânio Minchio, Gabriel
Miranda e Assis Carlos Miranda
VITÓRIA
2019
JOSÉ LUIZ CAMPOS MONTEIRO
DOUGLAS GONZAGA
JÂNIO MINCHIO
GABRIEL MIRANDA
ASSIS CARLOS MIRANDA
VITÓRIA
2019
INTRODUÇÃO
Ao se iniciar uma limpeza, logo percebe-se que a água não molha muito bem as
superfícies onde é aplicada, pois tende a se aglomerar formando gotas esféricas e,
assim, não lava com eficiência. Sozinha, não consegue remover certos tipos de
sujidade, como por exemplo substâncias orgânicas gordas.
Isto pode ser observado quando se enche um copo e em seguida este é esvaziado.
O recipiente fica umedecido internamente de forma irregular, apresentando áreas
secas e áreas úmidas. Este fenômeno é conhecido como tensão superficial pode ser
entendido como, a força que está sujeita a água na superfície de um líquido (força que
impede a miscibilidade entre a água e o ar). A tensão superficial da água é de 72
dinas/cm (20ºC). Para que ocorra seu perfeito espalhamento sobre a superfície, é
necessário reduzir sua tensão superficial a valores entre 30 a 40 dinas/cm. O agente
capaz de promover este tipo de modificação na tensão superficial da água é
denominado de tensoativo e é o principal componente dos detergentes
comercialmente conhecidos hoje. Além de solucionar o problema de tensão
superficial, os tensoativos exercem outras funções muito importantes na lavagem
como, deslocar e dispersar partículas de sujeira.
Várias tentativas, ao longo dos séculos, foram feitas no sentido de auxiliar a água em
sua função detergente. Os primeiros processos que se tem notícia, baseados no atrito,
empregavam substâncias alcalinas argilas, cinzas e gordura animal.
Dos tensoativos conhecidos, o sabão foi o primeiro a ser produzido comercialmente.
A indústria do sabão nasceu muito simples e os primeiros processos exigiam muita
paciência. Tudo o que tinham a fazer, segundo a história, era misturar dois
ingredientes: cinza vegetal, rica em carbonato de potássio, e gordura animal. Então,
era esperar por um longo tempo até que eles reagissem entre si. O que ainda não se
sabia era que se tratava de uma reação química de saponificação. Esta arte secular
de fabricar sabão somente recebeu impulso definitivo quando da descoberta do
processo Leblanc de fabricação de soda em 1790. A regra básica atual é uma reação
entre um ácido graxo (gorduras e óleos de origem vegetal ou animal) com um material
alcalino, isto é, de caráter básico. Normalmente, a base é o hidróxido de sódio (NaOH),
que é conhecida como soda cáustica. A dosagem adequada de gorduras animais e
vegetais aliada aos processos modernos de fabricação, permite obter sabões de
características totalmente definidas e elevada qualidade.
O sabão, cuja época e local exato de aparecimento são ignorados, é o marco de
entrada no campo dos detergentes.
Dito de uma forma simples, pode-se definir detergentes por substâncias inorgânicas
ou orgânicas que apresentam a propriedade de reduzir a tensão superficial da água,
favorecendo o seu espalhamento e emudecimento das superfícies, promovendo um
contato mais íntimo entre a água e o objeto a ser limpo.
Atualmente consumimos uma enorme quantidade de produtos derivados de sabões e
detergentes em nosso cotidiano. Por esse motivo, esta pesquisa irá mostrar a
importância de saber como essas substâncias são produzidas, como agem e como
são degradadas pela natureza, para que nossa interação com o meio seja melhor e
mais consciente. Serão abordados vários aspetos, como os seus processos de
produção mais relevantes e respectivas reações químicas, caracterização destes
processos, impactos ambientais e em algumas diferenças entre os detergentes
biodegradáveis e não biodegradáveis.
SABÃO
O termo é utilizado para todos os sais de sódio e potássio de ácidos graxos de elevado
peso molecular como oléico, palmítico, esteárico, etc. São os sabões utilizados para
fins de lavagens domésticas e/ou indústrias; existem, entretanto, uma grande
variedade de sabões de outros metais, usados para fins lubrificantes (indústria têxtil,
etc..) e medicinais, obtidos usualmente pela saponificação direta dos ácidos
correspondentes.
De acordo com a regra "polar dissolve polar; apolar dissolve apolar", cada extremidade
apolar procura um ambiente apolar; em meio aquoso, o único ambiente deste tipo
existente são as partes apolares das outras moléculas do sabão, e assim elas se
agregam umas às outras no interior da micela. As micelas mantêm-se dispersas
devido à repulsão entre as cargas de mesmo sinal das respectivas superfícies. Forma-
se, então, uma emulsão estável de óleo em água que é facilmente removida da
superfície que se pretende limpar (por agitação, ação mecânica, etc.).
Dessa maneira, ao se lavar um prato engordurado, gotículas de gordura são
envolvidas pelas moléculas de sabão (e de detergente também). Na ciência dos
colóides essa partícula, resultado da associação das moléculas de tensoativos,
chama-se micela. As moléculas são orientadas com a cadeia apolar direcionada para
a gordura e a extremidade polar se direciona para a água
Matérias Primas
Processo Convencional
Reação de Saponificação
• Semi-Cotura
Consiste na fervura da massa com excesso de álcali para garantir uma saponificação
completa, evitando deste modo, a formação de blocos de gordura ou soda que possam
permanecer sem reagir.
• Refino
A lavagem com salmoura é repetida tantas vezes quantas forem necessárias para
obter-se o teor de sabão desejado. O processo tradicional de refino acima descrito
tornou-se anti-econômico e obsoleto para as grandes indústrias. Modernamente
utiliza-se um processo no qual a solução de salmoura percorre em contracorrente a
mistura que contém sabão, numa torre de lavagem. A medida que progride, a solução
de salmoura se enriquece em glicerina.
• Descanso e Acabamento
Neutralizador Vapor
Hidrolisador d´agua
252ºC e 41 atm
Ácidos graxos
Resíduos Acabamento Ar
convencional do
água sabão: barras,
Congelador
Vapor flocos ou pó
d´agua
Glicerina bruta
BIODEGRADABILIDADE DO SABÃO
O sabão é um produto biodegradável, o que significa dizer que é uma substância que
pode ser degradada pela natureza. Essa possibilidade de degradação das moléculas
formadoras do sabão muitas vezes é confundida com o fato do produto ser poluente
ou não. Ser biodegradável não indica que um produto não causa danos ao
ecossistema, mas sim, que o mesmo é decomposto por microrganismos (geralmente
bactérias aeróbicas), aos quais serve de alimento, com facilidade e num curto espaço
de tempo.
O sabão pode tornar-se um poluidor, basta observar que após a utilização o
eliminamos na água, junto com a sujeira. Essa mistura vai para o esgoto e, como é
muito comum, este, acaba desaguando diretamente nos rios, lagos ou oceanos, sem
prévio tratamento. É nesse meio que a mistura sabão-sujidades pode tornar-se
poluidora. Este fato gera a eutrofização das águas, isto é, torna-as férteis ao aumento
de culturas bacterianas. Vários microrganismos, patológicos ou não, alimentam-se da
mistura de sabão e matéria orgânica. Se ocorrer abundância destes compostos, eles
se proliferarão com maior facilidade. Como grande parte desses organismos
necessitam de oxigênio para sobreviver, acabam reduzindo a quantidade do mesmo
que está dissolvida em água, e que, consequentemente, leva os microrganismos
aeróbicos à morte. A partir deste momento, a degradação é realizada, com maior
intensidade, por bactérias anaeróbicas que, ao invés de produzirem CO2 (dióxido de
carbono) e H2O (água) como produtos finais, formarão CH4 (metano), H2S (ácido
sulfídrico) e NH3 (amônia), que são mais tóxicos e prejudiciais ao meio ambiente.
Outra forma pela qual o sabão contribui para o aumento da poluição ocorre quando
há formação exagerada de espumas nas superfícies dos rios e lagos.
A camada de espuma encobre a superfície, impedindo a penetração dos raios solares
e a interação da atmosfera com a água. Esta obstrução é mais evidente em rios cuja
vazão é pequena e as águas, agitadas. Nesses casos, leva plantas aquáticas e peixes
à morte. Este fato, além de prejudicial à natureza, torna mais difícil e dispendioso o
tratamento da água para consumo humano. Por sorte o sabão é suficientemente
biodegradável para que este fato não ocorra somente por sua utilização.
DETERGENTES
Tipos de detergentes
A mistura é bombeada para um piso superior, onde é atomizada sob alta pressão,
numa torre com 24 m de altura, em contracorrente com o ar quente proveniente de
uma fornalha. Assim, constituem-se os grânulos secos, com a forma e as dimensões
aceitáveis e com a densidade apropriada. Os grânulos secos retornam ao piso
superior, mediante transporte pneumático, que os resfria de 116°C e os estabiliza. Os
grânulos são separados num ciclone, peneirados, perfumados e embalados.
A conversão de sulfonação é extremamente rápida. É preciso manter sob controle os
elevados calores de reação, onde se mostra o trocador de calor a circulação, ou o
princípio do banho dominante, não só para estas conversões químicas, mas também
para a neutralização. Nos dois casos, o uso do óleum diminui o sulfato de sódio no
produto acabado. Entretanto, o óleum aumenta a importância do controle, para que
seja impedida a supersulfonação. Em particular, a sulfonação dos alquilbenzenos é
irreversível e, em menos de um minuto, se tem a conversão de 96%, quando se opera
a 54°C com excesso de 1 a 4% de SO3 no óleum. É necessária uma certa
concentração mínima de SO3 no óleum, antes de a reação de sulfonação principiar,
que neste caso é da ordem de 78,5% em SO3 (equivalente ao ácido sulfúrico a 96%).
Uma vez que estas reações são muito exotérmicas e rápidas, a remoção eficiente do
calor é indispensável para impedir a supersulfonação e o escurecimento. A agitação
é proporcionada por uma bomba centrífuga, que injeta o óleum. A razão de
recirculação (volume do material que recircula dividido pelo volume da produção) é
pelo menos de 20 para 1, a fim de que se tenha um sistema favorável. Para que a
sulfonação tenha tempo suficiente de atingir a elevada conversão a que se visa,
proporciona-se à mistura um tempo extra, fazendo-se com que circule por uma
serpentina, com o que a reação de sulfonação pode completar-se.
Óleum
Óleum
Depósito
Agentes Polpa
tensioativos Surfactada
Ar
Ar e partículas de detergente em pó
Ciclone Surfactantes
Ar
Torre Água
Embalagem
de
Atomização
Peneira
Ar Quente
Misturador
Detergente Perfume
116ºC Fornalha
em Pó
Recuperado seco
Outra desvantagem dos sabões está no fato de terem menor poder tensoativo e,
consequentemente menor poder de limpeza que os detergentes. Em contrapartida
os sabões, por possuírem gorduras não saponificáveis, agridem menos a pele. Os
detergentes quando utilizados para a lavagem de louças, retiram, inclusive, a
gordura natural presente nas mãos de quem o utiliza, causando o ressecamento da
pele e a maior suscetibilidade a irritações da mesma.
A grande vantagem na utilização do sabão está no fato deste ser sempre
biodegradável, de ser produzido a partir de matéria-prima renovável (óleos e as
gorduras), é mais barato e atóxico.
Deve ser ressaltado, que existem diferenças significativas nos processos usados
para fabricar os detergentes e sabões, e diferenças marcantes de composição
química que provocam diferenças de atuação.
CONCLUSÃO
Pode concluir-se que os sabões, os detergentes e a glicerina são produtos com uma
alargada área de utilização, que pode ir desde a limpeza e higiene à área medicinal.
No entanto, os processos químicos de obtenção são diferentes, podendo uns serem
mesmo subprodutos de outros, como é o caso, por exemplo, da glicerina
relativamente ao sabão. Apesar de alguns deles serem biodegradáveis, é necessário
ter em atenção a sua excessiva utilização e o modo como os seus resíduos são
tratados.
O sabão e detergentes são produtos de limpeza que assume uma grande importância
devido às suas propriedades químicas. São produtos que tem várias aplicações, das
quais se destacam o uso diário na extração de gordura, e a utilização na higiene
pessoal e pública, assumindo, portanto, uma grande importância a nível económico e
social.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://quimicasemsegredos.com/documents/Teoria/Saboes-e-Detergentes.pdf,
[1] PRODUÇÃO DE DETERGENTE Disponível em: <
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAVYoAI/processos-quimicos-industriais-2-industria-
detergente?part=2> Acesso em 14 de julho de 2013;
http://www.nossofuturoroubado.com.br/arquivos/junho_09/quimica_dos_saboes.PDF
http://www.members.tripod.com/alkimia/saboes_detergentes.htm
[2] DETERGENTE Disponível em: < http://quimicaambiente.blogspot.com.br/2007/11/produo-
artesanal-de-sabo.html> Acesso em 14 de julho de 2013;
[3] TENSOATIVOS Disponível em: <
http://www.iq.ufrgs.br/aeq/html/publicacoes/matdid/livros/pdf/sabao.pdf> Acesso em 14 de julho
de 2013.