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AULA1 - DIREIT O ADMINIST RAT IVO I - DIREIT O ADMINIST RAT IVO: CONCEIT O E
envolvem Direito Adm inistrativo, tratando do dia a dia do advogado público, assim
Desta form a, abordarem os, sobretudo, os fundam entos iniciais, dando detalhes e
aprofundando no que for necessário, form ando um conhecim ento que fará diferença
na hora da prova.
que é esse direito, qual é o seu objeto de estudo e com o delim ita-se, se o ram o é de
dicotôm ica entre esses ram os. Tam bém estudarem os as diferenças entre o sistem a
território e o governo, da form a com o conhecem os hoje, surge com o Estado Moderno e
hum anidade.
Pelo século XV, surgiu efetivam ente um Estado em que teve reconhecim ento de
Estado que surgiu o Direito Adm inistrativo, m uito pelo contrário. Sabem os que, após
Liberal, a tentativa foi de se reduzir o Estado ao Estado Negativo ou Estado Polícia, que
garantisse única e exclusivam ente os direitos individuais, com um não fazer ou não
Essa tentativa de colocar o Estado com o um Estado m ínim o, perdurou por todo
início do liberalism o clássico, naqueles direitos de prim eira dim ensão, de prim eira
geração e, realm ente, não se tinha espaço para esclarecer um a disciplina autônom a,
Estado, já que essas estariam , extrem am ente, reduzidas, nesse contexto de Estado
fracassando, surgindo a partir disso, o contexto do Estado m ais ativo, Estado positivo ou
Estado do bem -estar social. Assim , nesse contexto, com eçam a se avolum ar as
com petências do Estado, não sendo apenas um Estado negativo ou Estado polícia, m as
todas passaram necessariam ente por um a execução por m eio de órgãos e entidades
estatal, servidores públicos, órgãos e entidades públicas, para dar conta de todas as
geração, sendo os direitos sociais propriam ente dito, com o o direito à educação e o
direito à saúde, por exem plo. Nenhum desses direitos (previdência, educação e saúde),
tom ada de decisões de gestão da coisa pública e do contexto político, que se perfaz no
poderes, princípios que devem seguir, regras que devem obedecer tanto na relação
entre os seus órgãos e as suas entidades, quanto entre essa entidade e a sociedade
no vo r amo do dir e it o ?
por nenhum dos ram os já existentes. Assim , surge, pelo século XX a disciplina do Direito
Adm inistrativo.
Feita essa breve digressão histórica com alguns pressupostos do que foi o
surgim ento de um direito próprio para estudar essas funções do Estado, ver-se-á com o
são as principais definições e os teóricos, que são m ais cobrados pelas bancas de
Procuradoria Federal.
C elso Antônio Bandeira de Mello, esclarece ser o Direito Adm inistrativo o ram o do
direito, dentro do regim e jurídico, que disciplina a função adm inistrativa e os órgãos
que a exercem , não só os órgãos, m as tam bém as entidades. Esse é um conceito, que,
apesar de reduzido, diz m uita coisa, porque cada um a dessas expressões detém
dem asiado significado e tratar do ram o do direito público, significa que é juntam ente
com Direito C onstitucional, com Direito Penal e com Direito Tributário, assim o Direito
Adm inistrativo está tradicionalm ente colocado com o ram o do direito público, ou seja, o
Estado atua num a situação, regra geral, de superioridade e de suprem acia para com o
cidadão, com o indivíduo e com o privado. Portanto, tem os a suprem acia do interesse
público com o pedra de toque do Direito Adm inistrativo, com o versa o próprio C elso
Público), pois deve-se ir além do que fala a teoria clássica ou teoria tradicional, quando
se fala nessa dicotom ia dos ram os de direito público e de direito privado. Sabem os que
a m aior parte das dicotom ias do direito, vêm se diluindo frente à com plexidade do
que em diversas situações do Direito Adm inistrativo com eçam a surgir institutos e
figuras híbridas, onde não conseguim os visualizar se são de direito público ou de direito
privado.
caso, pelas norm as do Direito C ivil e do Direito Em presarial, m as não pelas norm as do
Assim , surge dentro dessa estrutura, diversas figuras híbridas, com o, por
exem plo, o terceiro setor (paraestatais), que, com o próprio nom e sugere, significa
paralelo ao Estado. São aquelas pessoas que não fazem parte do Estado, possuindo
adm inistrativa. Muitas das vezes, essa dicotom ia precisa ser reconhecida de que cada
vez m ais é ténue essa diferença, onde os ram os de direito público e de direito privado
neoconstitucionalism o, nas quais cada vez m ais se fala sobre a eficácia horizontal dos
para o direito privado, onde diversas entidades adm inistrativas, diversos órgãos e
entidades públicas, m uitas vezes, m igram para o direito privado, buscando m enos
burocracia, m aior eficiência e m aior agilidade, surgindo essa estrutura extrem am ente
com plexa.
Devem os ter ideia de que nas provas de concurso desse nível, esse tipo de
conhecim ento pode ser cobrado e tam bém poderá ser requisitado na prática
C om o vim os, tradicionalm ente, o Direito Adm inistrativo foi colocado com o ram o
do direito público, m as existem várias figuras híbridas, que têm incidência tam bém no
C elso Antônio diz que o Direito Adm inistrativo disciplina a função adm inistrativa,
que falarem os de form a m ais exaustiva adiante, pois são vários os critérios utilizados
Além de tudo, C elso Antônio, destaca os órgãos que exercem essa função
adm inistrativa, fazendo parte tam bém do que seria o objeto do Direito Adm inistrativo.
De antem ão Hely Lopes Meirelles fala que o Direito Adm inistrativo é um conjunto
públicas tendentes a realizar concreta, direta e im ediatam ente os fins desejados pelo
Estado.
para que o candidato efetivam ente visualize qual é o objeto do Direito Adm inistrativo,
pois apresenta diversas expressões com o "fins desejados pelo Estado". Esses fins, em
últim a análise, seriam o bem com um , m as isso torna definição extrem am ente aberta
e, para alguns, pouco eficiente. Portanto, a definição de C elso Antônio ainda seria a
Maria Sylvia di Pietro, diz que o Direito Adm inistrativo o ram o do direito público
que possui por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas adm inistrativas, que
e os bens de que se utiliza para concepção dos seus fins de natureza pública. Essa é
que é Direito Adm inistrativo, que o enquadre com o ram o do direito público e, ao
m esm o tem po diga, qual é a função adm inistrativa e o que é Adm inistração Pública.
José dos Santos C arvalho Filho diz que o Direito Adm inistrativo é o conjunto de
norm as e princípios. Ele se esqueceu, que dentro da teoria m oderna, norm a é gênero,
onde tem os duas espécies, os princípios e as regras, com o será visto adiante. O Autor
público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre estes e
Bandeira de Mello, que é, sem dúvida algum a, a definição m ais utilizada pelas bancas
O Direito Adm inistrativo existe com o ram o autônom o e diversos são os autores e
O Direito Adm inistrativo tem , pelo m enos, cinco critérios de discussões teóricas e
diversas opiniões à respeito de um tem a, que poderia parecer o m ais sim ples possível.
qual seria esse objeto. Assim , para não confundir, devem os saber todos os critérios, pois
entendem os que o objeto do Direito Adm inistrativo é a função adm inistrativa, que terá
independentem ente de quem esteja encarregado de exercer essa função, podendo ser
exercida pelo Executivo, pelo Legislativo, pelo Judiciário, e até m esm o pelos
Não im porta quem exerce, por isso que o critério é um critério funcional, não é
um critério subjetivo. Assim , não im porta quem exerce a função adm inistrativa, que é o
AT ENÇÃO! O critério utilizado pelo Direito pátrio para definir o objeto do Direito
Existem outros e esses saberes são cobrados na hora das provas, por isso serão
o objeto do Direito Adm inistrativo são as leis adm inistrativas (legislação que se
aplica à Adm inistração Pública) existentes no país. Esse critério, sem dúvida algum a, é o
prim eiro a ser elim inado da nossa lista, porque sabem os que o direito, atualm ente, vai
Brasil. Não existe um código de Direito Adm inistrativo, m as várias leis esparsas, que não
são objeto do Direito Adm inistrativo.
Adm inistrativo e são diversos os elem entos que serão estudados, independentem ente,
m ovim ento de fuga do Direito Adm inistrativo para o Direito Privado. Várias das
O critério do Poder Executivo diz que o Direito Adm inistrativo estuda o que o
Poder Executivo faz e, tam bém , está extrem am ente equivocado. Prim eiro, porque o
Poder Executivo exerce os atos de Governo e de Estado, que são objeto de estudo do
Direito C onstitucional. Segundo, porque diversas outras atividades que não são
realizadas pelo Poder Executivo, com o concurso público feito pela Assem bleia
Judiciário, por exem plo, tudo isso é função adm inistrativa e objeto do Direito
Esse critério, portanto, não consegue delim itar todo e unicam ente o objeto,
com o nas palavras de Aristóteles seria um a boa definição, estando excluído da nossa
utilização.
O critério das relações jurídicas diz que o Direito Adm inistrativo é aquele no qual
acordo com o princípio da suprem acia do interesse público. Isso não caracteriza o
Direito Adm inistrativo e não o distingue, por exem plo, do Direito Am biental , do Direito
tal critério.
O critério do serviço público diz que o objeto do Direito Adm inistrativo é o serviço
público. Entretanto, a atividade adm inistrativa e a função adm inistrativa são m uito
m ais am plas do que o serviço público. Pois tem os, além do serviço público, o fom ento,
O critério teleológico é m uito aberto e diz que o Direito Adm inistrativo estuda as
atividades para conseguir o fim que o Estado alm eja, ou seja, o bem de todos, sendo
extrem am ente am plo e term ina não distinguindo o Direito Adm inistrativo de outros
ram os. No final das contas, principalm ente, dentro do âm bito do direito público, deseja-
Está tão com plicado estudar o Direito Adm inistrativo e definir o objeto, que tudo
o que não for dos outros ram os do direito, é objeto do Direito Adm inistrativo. Diante
C om o vim os, o critério que prevalece no Brasil é justam ente o funcional, objeto
Pietro (baseado em Renato Alessi), que, às vezes, é m uito cobrado nas provas do
C EBRASPE.
utiliza para definir o que é função adm inistrativa no Brasil, é o critério objetivo-form al.
que está exercendo atividade. Assim , se estivesse sendo exercida pelo Legislativo seria,
função jurisdicional. A função adm inistrativa seria aquela exercida pelo Poder
Executivo, onde tem os um conceito sim plista e inicial, que foi o início da teorização
sobre o Direito Adm inistrativo e não m erece prosperar dentro da com plexidade atual,
Essa definição não leva em consideração o fato de que cada um dos órgãos de
típica, m as tam bém exercem funções atípicas dos outros poderes. Significa que o
Legislativo tam bém exerce a função adm inistrativa e tam bém exerce a função
jurisdicional, bem com o significa que a função jurisdicional é exercida tanto pelo Poder
A m aioria dos autores entendem que a função jurisdicional não pode ser
exercida pelo Poder Executivo, ou seja, não existiria um a função jurisdicional típica.
Além disso, existe um a lim itação, que não corresponde ao que significa, realm ente, a
Um outro critério que tam bém não é adotado no Brasil é o objetivo-m aterial.
critério, m as com o nom e do errado. Por isso, estam os falando de todos os critérios e
abstratos, ou seja, qualquer ato geral e abstrato, m esm o aqueles que não trazem
inovação na ordem jurídica, seria função Legislativa. Verem os que isso não é correto,
pois, para que seja a função legislativa, é necessário que haja um a inovação na ordem
norm ativas, significando atos gerais e abstratos, que não inovam na ordem jurídica,
m as que regulam entam e concretizam ainda m ais a pirâm ide norm ativa, com a lei
interno.
necessário um critério a m ais para que haja solução da controvérsia jurídica, que é a
definitividade. Por isso, essa definição está incom pleta. Por exem plo, o Poder Executivo
Essa definição é m uito criticada, porque exclui, por exem plo, a função norm ativa da
Adm inistração Pública, pois essa função não seria função adm inistrativa dentro desse
form al.
A função legislativa é aquela que inova na ordem jurídica, seja um ato geral e
respeito à C onstituição. Desse m odo, se o ato for geral e abstrato, m as não inovar na
ordem jurídica, por exem plo, apenas regulam entando um determ inada situação que a
lei já trouxe (função adm inistrativa), m esm o sendo um ato do Poder Legislativo, não
diante de um a função adm inistrativa, m esm o sendo realizada por um órgão legislativo.
Terem os um ato geral e abstrato, m as que não tem a capacidade de inovar na ordem
jurídica.
A função jurisdicional, por sua vez, não basta solucionar a controvérsia jurídica,
deve solucionar de form a definitiva, ou seja, tem peso de coisas julgada m aterial. Só o
Poder Judiciário no Brasil possui essa prerrogativa, porque adotam os no Brasil o m odelo
de jurisdição una.
hierarquia, tem os um a função adm inistrativa, por exem plo, o concurso público, os atos
norm ativos, diversas outras situações, com o processos adm inistrativos disciplinares e as
licitações.
Várias são as funções adm inistrativas e as atividades adm inistrativas com o todo
serviço público, por exem plo, o fom ento, o poder de polícia e a intervenção do estado
na econom ia. Tudo isso dentro dos atos e com petências de cada poder.
No próxim o bloco, será feito um breve esquem a sobre o que foi visto até agora e