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Caderno de Direito Empresarial III

Professor: Daniel Rivoredo Vilas Boas (@fumec.br)


Matéria:
Unidade Assunto
I Teoria Geral dos Títulos de Crédito
II Letra de Câmbio
III Nota Promissória
IV Cheque
V Duplicatas
Extra Instrumentos Modernos de Organização de Crédito

Posteriores a 2002
Fábio Ulhôa Coelho
Tomazeti

Provas:

Data Prova
//2019 1ª Avaliação Teoria Geral dos Títulos de Crédito
//2019 2ª Avaliação Letra de Câmbio
//2019 3ª Avaliação Nota Promissória / Cheque / Duplicatas
//2019 Especial

Direito Empresarial III


20/02/2019

Unidade I – Teoria Geral dos Títulos de Crédito


1) O crédito sob a ótica do Direito: é uma relação jurídica em que são partes o Credor e o
Devedor, na qual o credor tem o direito de exigir do devedor o pagamento de uma certa
quantia, no tempo e no modo ajustados por eles.
Relações Jurídicas: São vínculos que criam direitos e obrigações entre as partes.
Elementos de validação da Relação Jurídica: Agentes capazes, objeto lícito e obediência à
forma prevista em lei.
Quanto à forma:
 Relações Jurídicas de forma vinculada: aquelas pelas quais a lei estabeleceu uma
forma, uma solenidade para se tomar parte na relação jurídica;
 Relações Jurídicas de forma livre: aquelas em relação às quais a lei se silencia, ela
não define uma forma;
As relações jurídicas de crédito possuem forma livre, no entanto, a operação econômica
não é compatível com esta forma, utilizando-se na prática dos instrumentos
disponibilizados pelos títulos de crédito, uma vez que formalizam esta relação.

27/02/2019

2) Funções dos títulos de Crédito: são documentos, são memórias escritas da relação de
crédito, que por isso, criam um registro físico da relação.
Destinam-se a organizar as operações de créditos.
1ª. Com o documento pode-se fazer prova da existência da relação de crédito e das
condições para as quais ela foi pactuada. É um acautelamento do credor para garantir o
recebimento.
2ª. Os títulos de crédito permitem que crédito circule no ambiente econômico. Com os
títulos de crédito, o crédito pode circular, ele pode ser cedido do seu credor para terceiros.

27/02/2019

3) Conceito: “Título de Crédito é o documento necessário para o exercício do direito literal e


autônomo nele mencionado” (Vivante).
Documento necessário para o exercício do direito: memória escrita do crédito, sem o
papel não se exercitará o direito. Toda vez que as partes de uma relação de crédito
decidirem formalizá-la através de um título de crédito, dali nascerá uma nova relação
jurídica chamada de cambiária ou cambial. Ele se refere a direito da relação cambiária.
Documento literal em que nele se mencionam o os direitos cambiários: só se exercem
direitos cambiários se eles estiverem escritos. O objetivo é dar segurança às partes.
Os direitos da relação cambiárias são autônomos: os direitos cambiários são
independentes, são desvinculados das outras relações jurídicas. Quando gera o título de
crédito ele se torna independente da relação comercial, dando segurança à circulação do
crédito.
4) Princípios:
- Cartularidade: princípio pelo qual os títulos de créditos são documentos sem os quais
não se exercem os direitos cambiários.
- Literalidade: direitos cambiários só são exercidos quando escritos no título, quando
constarem expressamente no título.
- Autonomia: princípio pelo qual os direitos e as obrigações cambiárias são independentes
dos direitos e das obrigações das demais relações jurídicas envolvidas.

20/03/2019

5) Classificação:
a. Ordens de Pagamento: se estruturam com a presença de 3 sujeitos:
O sacador dá uma ordem ao sacado para que pague ao tomador uma certa
quantia.

Nas ordens de pagamento há duas relações de crédito que se resolvem, se


encerram, com um único pagamento.
1ª. Relação de crédito: O sacador (devedor) deve ao tomador (credor)
2ª. Relação de crédito: O Sacado deve ao Sacador uma certa quantia, por isso o
Sacador manda o Sacado efetuar o pagamento ao Tomador.

Quando o Sacado paga ao Tomador o preço, extinguem se as 2 relações, o Sacador


deixa de dever ao Tomador e o Sacado deixa de dever ao Sacador.
i. Sacador: é aquele que origina a relação, obtendo alguma coisa do
Tomador e dando uma ordem para que o Sacado efetue o pagamento em
seu nome;
ii. Sacado: é aquele que paga em nome do Sacador ao Tomador;
iii. Tomador: beneficiário da ordem que o sacador dá ao sacado.

b. Promessas de pagamento: o sacador (devedor) nas promessas de pagamento,


promete ao tomador o pagamento de uma certa quantia.

6) Espécies:
 Letra de Câmbio: é um título de crédito que se caracteriza como uma ordem de
pagamento pura (Sacador, Sacado e Tomador), qualquer pessoa física ou jurídica pode
ser um dos polos da relação.
 Nota Promissória: é uma promessa de pagamento pura, têm-se os dois sujeitos
(sacador e tomador), qualquer pessoa pose ser um dos polos da relação.
 Cheque: é uma ordem de pagamento à vista, na qual o sacado é sempre uma
instituição financeira. Não é uma ordem de pagamento pura porque é uma ordem à
vista e o sacado é obrigatoriamente uma instituição financeira.
 Duplicatas: são requisições de pagamento feitas pelo Credor contra o Devedor, nela o
Credor é que emite um título contra o Devedor.
03/04/2019

UNIDADE II – Letra de Câmbio: Ordem de pagamento pura.


Nascem 2 relações de crédito que se resolvem com um único pagamento.

1. Criação e emissão: Criar um título de crédito é confeccionar a cártula, confeccionar o


documento. Emitir é colocar o título em circulação.
Para criar uma letra de câmbio é necessário preencher os requisitos de elementos
essenciais:
a. Nomear o título: Letra de Câmbio, ao darmos o nome, estamos implicitamente
estipulando a cláusula à ordem (é a autorização para que o título de crédito
circule).
b. Conste uma ordem incondicional de pagamento de uma certa quantia (Pague
___(sacado)______ a ____(tomador)__ a quantia de __(R$ 1,00)_____)
c. A indicação do sacado: aquele que efetuará o pagamento.
d. O local e a data da criação do título: ex.: Belo Horizonte, 3 de abril de 2019.
e. Assinatura do sacador.
Letra de Câmbio
Pague _____________________________________________________________
a _________________________________________________________________
a quantia de _______________________________________________________

Belo Horizonte, 3 de abril de 2019

_____________________________
Assinatura
Vencimento e o Nome do Tomador não são requisitos obrigatórios,
Quem cria o título é o Sacador.
A emissão do título (colocação em circulação) se dá quando o Sacador o entrega
ao Tomador.

24/04/2019

2. Aceite: é a concordância facultativa do sacado com a ordem de pagamento que lhe


deu o sacador. O aceite é criado em razão do temor natural do credor (tomador) do
recebimento do crédito. É a busca do tomador pelo aperfeiçoamento do título.
Efeitos jurídicos:
i. Aceite: a consequência do aceite é tornar o sacado (aceitante) o
principal obrigado ao pagamento do título, o aceite transforma o
sacado no principal obrigado ao pagamento do título, ficando o
sacador na condição de obrigado subsidiário. Para aceitar o título,
basta que o sacado assine o título na face ou anverso do mesmo. Ao
aceitar o título, o sacado se torna aceitante. O aceitante é o principal
obrigado.
ii. Recusa: a consequência da recusa do aceite pelo sacado torna o
vencimento antecipado do título contra o sacador.
Cláusula não aceitável: é a cláusula que proíbe que o tomador do título busque o
aceite do título junto ao sacado antes do seu vencimento. Basta que se escreva no
título do documento “Letra de Câmbio Não Aceitável”.

08/05/2019

3. Endosso: é o instrumento que viabiliza a circulação do crédito no ambiente


econômico, mediante a cessão dos direitos cambiários do endossante (portador do
título, aquele que cede os direitos cambiários) para o endossatário (que recebe o título
e se torna o novo tomador, é aquele que recebe os direitos cambiários). A assinatura
atrás, ou no verso do título é o endosso.
 Endosso em preto: é aquele em que o endossatário é identificado.
Para: xxxxxxx
 Endosso em branco: e aquele em que o endossatário não é identificado.
Não identifica quem está recebendo, não coloca “para: ”
Efeitos Jurídicos:
1º) O endossatário se sub-roga nos direitos do endossante; O endossatário
passa a ser o titular do crédito. Sub-rogação é quando uma pessoa ocupa a
posição jurídica de outra pessoa.

2º) todo e cada endossante responde subsidiariamente pelo pagamento do


título perante os que lhe forem posteriores na cadeia cambiária, portanto, se o
aceitante não efetuar o pagamento, o portador do título pode cobrar de
qualquer um dos endossantes anteriores a ele.

Cláusula não à ordem: é a cláusula que proíbe o endosso do título. Basta que se
escreva no título do documento “Letra de Câmbio Não à Ordem”.

4. Aval: é a garantia pessoal própria dos títulos de crédito.


Garantias: são obrigações acessórias em que o garantidor se obriga a suportar a mora
do obrigado principal.
Todo aquele, exceto o tomador, que assina um título na face se torna avalista.
Aval é garantia pessoal e sempre que se falar em aval, estamos falando de um título de
crédito, para o qual lhe é próprio.
Tipos:
 Pessoais: o garantidor se obriga com todos os seus bens, indistintamente, sem
vincular nenhum deles. Ex. fiança, aval.
 Reais: nas garantias reais o garantidor se obriga vinculando um bem móvel ou
imóvel ao pagamento da dívida principal. Ex. caso das hipotecas, alienação
fiduciária, penhor.

O aval observa 2 princípios:


 Princípio da equivalência: por ele o avalista se obriga nas mesmas condições
do seu avalizado, se equiparam as obrigações entre o avalista e avalizado.
 Princípio da autonomia: as obrigações dos avalistas e dos avalizados são
independentes, não se vinculam, portanto, um avalista não pode se negar a
efetuar o pagamento por uma condição do avalizado;

15/05/2019

5. Vencimento: é o momento em que a obrigação cambiária principal (pagar o valor


consignado no título) se torna exigível pelo credor. Momento em que o credor pode
reclamar o valor devido pelo devedor.
Modalidades:
1) À vista: são aquelas que vencem junto com o aceite do título, no ato do aceite.
2) A certo termo de vista: são aquelas que vencem num certo prazo contado do
aceite.
3) Em data certa: são aquelas que vão vencer numa determinada data especificada
no próprio título.
4) A certo termo de data: são aqueles que vencem num certo prazo, contado da
criação do título. Ex. esta letra de câmbio vence em 30 dias da criação deste título.

6. Protesto: é um ato solene que serve para dar publicidade a um fato relevante da
relação cambiária.
a. Falta de aceite: o sacado se nega a aceitar o título, o tomador então leva o
título a protesto para que a consequência possa ser executada, qual seja, a de
exigir antecipadamente o pagamento do crédito. Serve para constituir em
mora o sacador.
b. Falta de data de aceite: aceitou-se, mas não datou, nos títulos com cláusula de
vencimento “a certo termo de vista”. Vai marcar o início da contagem do prazo
de vencimento do título “a certo termo de vista”.
c. Falta de pagamento: se o aceitante não efetua o pagamento, o protesto é
instrumento para que se possa exigir o crédito dos coobrigados subsidiários.
Serve para constituir em mora os coobrigados subsidiários.

É feito no Tabelionato de Protestos de Títulos (Serviços que recebem uma outorga


pública para dar publicidade a atos).

O título é apontado, entregue ao Cartório, indicando o motivo do protesto. O


Tabelionato verifica da regularidade formal do título, verifica se o título preenche os
requisitos formais. Estando em ordem o Tabelionato notifica a pessoa para que em 3
dias sane o motivo do protesto. Se ele não sana, o Tabelião lavra o protesto do título
nos livros do Cartório.
7. Ação Cambial: é uma ação judicial que origina um processo executivo com base no
título de crédito. Gera um título executivo judicial, que obriga o devedor a efetuar o
pagamento ao credor.
Prazos Prescricionais:
a) Contra o aceitante: prescreve em 3 anos, contados do vencimento do título;
b) Contra os coobrigados subsidiários: prescreve em 1 ano, contados do vencimento
do título;
c) Entre coobrigados: é de 6 meses, contados da data do pagamento que ele fez.
22/05/2019

UNIDADE III – Nota Promissória.


É uma promessa de pagamento pura, qualquer pessoa física ou jurídica pode figurar como
parte da relação. Compromisso feito pelo Sacador de efetuar o pagamento ao Tomador de
certa quantia na data e modo ajustado.

1. Criação e emissão: Criar um título de crédito é confeccionar a cártula, confeccionar o


documento. Emitir é colocar o título em circulação.
Para criar uma Nota Promissória é necessário preencher os requisitos de elementos
essenciais:
a. Nomear o título: Nota Promissória, ao darmos o nome, estamos implicitamente
estipulando a cláusula à ordem (é a autorização para que o título de crédito
circule).
b. Conste uma promessa incondicional de pagamento de uma certa quantia (Pagarei
por este título a quantia de __(R$ 1,00)_____)
c. O local e a data da criação do título: ex.: Belo Horizonte, 3 de abril de 2019.
d. Assinatura do sacador.
Nota Promissória
Pagarei por este título a quantia de
________________________________________________________________

Belo Horizonte, 3 de abril de 2019

_____________________________
Assinatura
Quem cria o título é o Sacador.
A emissão do título (colocação em circulação) se dá quando o Sacador o entrega
ao Tomador.

2. Endosso: é o instrumento que viabiliza a circulação do crédito no ambiente


econômico, mediante a cessão dos direitos cambiários do endossante (portador do
título, aquele que cede os direitos cambiários) para o endossatário (que recebe o título
e se torna o novo tomador, é aquele que recebe os direitos cambiários). A assinatura
atrás, ou no verso do título é o endosso.
 Endosso em preto: é aquele em que o endossatário é identificado.
Para: xxxxxxx
 Endosso em branco: e aquele em que o endossatário não é identificado.
Não identifica quem está recebendo, não coloca “para: ”
Efeitos Jurídicos:
1º) O endossatário se sub-roga nos direitos do endossante; O endossatário
passa a ser o titular do crédito. sub-rogação é quando uma pessoa ocupa a
posição jurídica de outra pessoa.
2º) todo e cada endossante responde subsidiariamente pelo pagamento do
título perante os que lhe forem posteriores na cadeia cambiária, portanto, se o
aceitante não efetuar o pagamento, o portador do título pode cobrar de
qualquer um dos endossantes anteriores a ele.

Cláusula não à ordem: é a cláusula que proíbe o endosso do título. Basta que se
escreva no título do documento “Nota Promissória Não à Ordem”.

3. Aval: é a garantia pessoal própria dos títulos de crédito.


Garantias: são obrigações acessórias em que o garantidor se obriga a suportar a mora
do obrigado principal.
Todo aquele, exceto o tomador, que assina um título na face se torna avalista.
Aval é garantia pessoal e sempre que se falar em aval, estamos falando de um título de
crédito, para o qual lhe é próprio.
Tipos:
 Pessoais: o garantidor se obriga com todos os seus bens, indistintamente, sem
vincular nenhum deles. Ex. fiança, aval.
 Reais: nas garantias reais o garantidor se obriga vinculando um bem móvel ou
imóvel ao pagamento da dívida principal. Ex. caso das hipotecas, alienação
fiduciária, penhor.

O aval observa 2 princípios:


 Princípio da equivalência: por ele o avalista se obriga nas mesmas condições
do seu avalizado, se equiparam as obrigações entre o avalista e avalizado.
 Princípio da autonomia: as obrigações dos avalistas e dos avalizados são
independentes, não se vinculam, portanto, um avalista não pode se negar a
efetuar o pagamento por um condição do avalizado;

4. Vencimento: é o momento em que a obrigação cambiária principal (pagar o valor


consignado no título) se torna exigível pelo credor. Momento em que o credor pode
reclamar o valor devido pelo devedor.
Modalidades:
1. À vista: são aquelas que vencem junto com o aceite do título, no ato do aceite.
2. Em data certa: são aquelas que vão vencer numa determinada data
especificada no próprio título.
3. A certo termo de data: são aqueles que vencem num certo prazo, contado da
criação do título. Ex. esta Nota Promissória vence em 30 dias da criação deste
título.

5. Protesto: é um ato solene que serve para dar publicidade a um fato relevante da
relação cambiária.
a. Falta de pagamento: se o aceitante não efetua o pagamento, o protesto é
instrumento para que se possa exigir o crédito dos coobrigados subsidiários.
Serve para constituir em mora os coobrigados subsidiários.

É feito no Tabelionato de Protestos de Títulos (Serviços que recebem uma outorga


pública para dar publicidade a atos).

O título é apontado, entregue ao Cartório, indicando o motivo do protesto. O


Tabelionato verifica da regularidade formal do título, verifica se o título preenche os
requisitos formais. Estando em ordem o Tabelionato notifica a pessoa para que em 3
dias sane o motivo do protesto. Se ele não sana, o Tabelião lavra o protesto do título
nos livros do Cartório.

6. Ação Cambial: é uma ação judicial que origina um processo executivo com base no
título de crédito. Gera um título executivo judicial, que obriga o devedor a efetuar o
pagamento ao credor.
Prazos Prescricionais:
a) Contra o sacador: prescreve em 3 anos, contados do vencimento do título;
b) Contra os coobrigados subsidiários: prescreve em 1 ano, contados do vencimento
do título;
c) Entre coobrigados: é de 1 ano, contados da data do pagamento que ele fez.

05/06/2019

UNIDADE IV – Cheque.
1. Conceito: são ordens de pagamento dadas à vista na qual o sacado é sempre uma
instituição financeira. O cheque pressupõe que entre o sacador e o sacado tenha
havido um vínculo anterior através de um contrato de abertura de conta bancária.
2. Apresentação: é a entrega do cheque pelo tomador para o sacado com o intuito de
obter o pagamento do título. É o aceite do cheque. No cheque o pagamento do título
não é decorrente de uma vontade do sacado e sim em um critério objetivo (a
existência de fundos disponíveis na conta do sacador, ou seja, se o sacador tiver
fundos para o pagamento o banco paga, se não houver, o banco devolve o cheque).
a. Tomador apresenta o cheque diretamente ao banco responsável pelo
pagamento
b. Por compensação interbancária: o tomador vai ao banco dele e pede a ele
que faça um serviço para a obtenção do valor no banco do sacador.

O cheque tem prazo de até 30 dias para apresentar o cheque de mesma praça
(coincidência de mesmo lugar de emissão e de pagamento) e de 60 dias para os
cheques de praças diferentes (o lugar da emissão é diferente do lugar do pagamento).

3. Criação e emissão: Criar um título de crédito é confeccionar a cártula, confeccionar o


documento. Emitir é colocar o título em circulação.
A emissão do título (colocação em circulação) se dá quando o Sacador o entrega
ao Tomador.

4. Endosso: é o instrumento que viabiliza a circulação do crédito no ambiente


econômico, mediante a cessão dos direitos cambiários do endossante (portador do
título, aquele que cede os direitos cambiários) para o endossatário (que recebe o título
e se torna o novo tomador, é aquele que recebe os direitos cambiários). A assinatura
atrás, ou no verso do título é o endosso.
 Endosso em preto: é aquele em que o endossatário é identificado.
Para: xxxxxxx
 Endosso em branco: e aquele em que o endossatário não é identificado.
Não identifica quem está recebendo, não coloca “para: ”
Efeitos Jurídicos:
1º) O endossatário se sub-roga nos direitos do endossante; O endossatário
passa a ser o titular do crédito. sub-rogação é quando uma pessoa ocupa a
posição jurídica de outra pessoa.

2º) todo e cada endossante responde subsidiariamente pelo pagamento do


título perante os que lhe forem posteriores na cadeia cambiária, portanto, se o
aceitante não efetuar o pagamento, o portador do título pode cobrar de
qualquer um dos endossantes anteriores a ele.

Cláusula não à ordem: é a cláusula que proíbe o endosso do título. Basta que se
escreva no título do documento “Nota Promissória Não à Ordem”.

5. Aval: é a garantia pessoal própria dos títulos de crédito.


Garantias: são obrigações acessórias em que o garantidor se obriga a suportar a mora
do obrigado principal.
Todo aquele, exceto o tomador, que assina um título na face se torna avalista.
Aval é garantia pessoal e sempre que se falar em aval, estamos falando de um título de
crédito, para o qual lhe é próprio.
Tipos:
 Pessoais: o garantidor se obriga com todos os seus bens, indistintamente, sem
vincular nenhum deles. Ex. fiança, aval.
 Reais: nas garantias reais o garantidor se obriga vinculando um bem móvel ou
imóvel ao pagamento da dívida principal. Ex. caso das hipotecas, alienação
fiduciária, penhor.

O aval observa 2 princípios:


 Princípio da equivalência: por ele o avalista se obriga nas mesmas condições
do seu avalizado, se equiparam as obrigações entre o avalista e avalizado.
 Princípio da autonomia: as obrigações dos avalistas e dos avalizados são
independentes, não se vinculam, portanto, um avalista não pode se negar a
efetuar o pagamento por um condição do avalizado;
6. Vencimento: só existe uma modalidade, é o vencimento à vista.
1. À vista.
2. Cheque pré-datado: é um acordo para a apresentação futura, não mudando a
modalidade de vencimento à vista.

7. Protesto: é um ato solene que serve para dar publicidade a um fato relevante da
relação cambiária.
a. Falta de pagamento: se o sacado não efetua o pagamento por falta de fundos,
o protesto é instrumento para que se possa exigir o crédito dos coobrigados
subsidiários. Serve para constituir em mora os coobrigados subsidiários.

É feito no Tabelionato de Protestos de Títulos (Serviços que recebem uma outorga


pública para dar publicidade a atos).

O título é apontado, entregue ao Cartório, indicando o motivo do protesto. O


Tabelionato verifica da regularidade formal do título, verifica se o título preenche os
requisitos formais. Estando em ordem o Tabelionato notifica a pessoa para que em 3
dias efetue o pagamento. Se ele não sana, o Tabelião lavra o protesto do título nos
livros do Cartório.

8. Ação Cambial: é uma ação judicial que origina um processo executivo com base no
título de crédito. Gera um título executivo judicial, que obriga o devedor a efetuar o
pagamento ao credor.
Prazos Prescricionais:
a) Contra o sacador: prescreve em 6 meses, contados do fim do prazo de
apresentação do título; mesma praça 6 meses + 30 dias; praças diferentes 6 meses
+ 60 dias.
b) Contra os coobrigados subsidiários: prescreve em 6 meses, contados do fim do
prazo de apresentação do título; mesma praça 6 meses + 30 dias; praças
diferentes 6 meses + 60 dias.
c) Entre coobrigados: prescreve em 6 meses, contados do fim do prazo de
apresentação do título; mesma praça 6 meses + 30 dias; praças diferentes 6 meses
+ 60 dias.

12/06/2019

UNIDADE V – Duplicata
Duplicata é uma espécie de título de crédito que se caracteriza como requisição de
pagamento, feita pelo credor contra o devedor.

1. Criação e emissão: Criar um título de crédito é confeccionar a cártula, confeccionar o


documento. Emitir é colocar o título em circulação.
Quem cria o título é o credor (sacador), contra o devedor (sacado). É um título causal,
ela só pode se originar quando estão presentes 1 de 2 negócios jurídicos:
 compra e venda mercantil:
 ou de uma prestação de serviços:
2. Espécies:
Duplicadas Mercantis: são aquelas originadas da compra e venda mercantil.
Duplicatas de Serviços: são aquelas originadas de uma prestação de serviços.
O boleto é a representação da duplicata.

--- não
Para criar uma Duplicata é necessário preencher os requisitos de elementos essenciais:
a. Nomear o título: Letra de Câmbio, ao darmos o nome, estamos implicitamente
estipulando a cláusula à ordem (é a autorização para que o título de crédito
circule).
b. Conste uma ordem incondicional de pagamento de uma certa quantia (Pague
___(sacado)______ a ____(tomador)__ a quantia de __(R$ 1,00)_____)
c. A indicação do sacado: aquele que efetuará o pagamento.
d. O local e a data da criação do título: ex.: Belo Horizonte, 3 de abril de 2019.
e. Assinatura do sacador.
Letra de Câmbio
Pague _____________________________________________________________
a _________________________________________________________________
a quantia de _______________________________________________________

Belo Horizonte, 3 de abril de 2019

_____________________________
Assinatura
Vencimento e o Nome do Tomador não são requisitos obrigatórios,
Quem cria o título é o Sacador.
A emissão do título (colocação em circulação) se dá quando o Sacador o entrega
ao Tomador.
--- não
3. Aceite: o título se aperfeiçoa quando o sacado o aceita. É a concordância do sacado
com a requisição de pagamento que lhe deu o sacador. O aceite é criado em razão do
temor natural do credor (tomador) do recebimento do crédito. É a busca do sacador
pelo aperfeiçoamento do título.
Efeitos jurídicos:
i. Aceite: a consequência do aceite é tornar o sacado (aceitante) o
principal obrigado ao pagamento do título, o aceite transforma o
sacado no principal obrigado ao pagamento do título, ficando o
sacador na condição de obrigado subsidiário. Para aceitar o título,
basta que o sacado assine o título na face ou anverso do mesmo. Ao
aceitar o título, o sacado se torna aceitante. O aceitante é o principal
obrigado.
ii. Recusa: a consequência da recusa do aceite pelo sacado torna o
vencimento antecipado do título contra o sacador.
Cláusula não aceitável: é a cláusula que proíbe que o tomador do título busque o
aceite do título junto ao sacado antes do seu vencimento. Basta que se escreva no
título do documento “Duplicata Não Aceitável”.

4. Endosso: é o instrumento que viabiliza a circulação do crédito no ambiente


econômico, mediante a cessão dos direitos cambiários do endossante (portador do
título, aquele que cede os direitos cambiários) para o endossatário (que recebe o título
e se torna o novo tomador, é aquele que recebe os direitos cambiários). A assinatura
atrás, ou no verso do título é o endosso.
 Endosso em preto: é aquele em que o endossatário é identificado.
Para: xxxxxxx
 Endosso em branco: e aquele em que o endossatário não é identificado.
Não identifica quem está recebendo, não coloca “para: ”
Efeitos Jurídicos:
1º) O endossatário se sub-roga nos direitos do endossante; O endossatário
passa a ser o titular do crédito. Sub-rogação é quando uma pessoa ocupa a
posição jurídica de outra pessoa.

2º) todo e cada endossante responde subsidiariamente pelo pagamento do


título perante os que lhe forem posteriores na cadeia cambiária, portanto, se o
aceitante não efetuar o pagamento, o portador do título pode cobrar de
qualquer um dos endossantes anteriores a ele.

Cláusula não à ordem: é a cláusula que proíbe o endosso do título. Basta que se
escreva no título do documento “Letra de Câmbio Não à Ordem”.

5. Aval: é a garantia pessoal própria dos títulos de crédito.


Garantias: são obrigações acessórias em que o garantidor se obriga a suportar a mora
do obrigado principal.
Todo aquele, exceto o tomador, que assina um título na face se torna avalista.
Aval é garantia pessoal e sempre que se falar em aval, estamos falando de um título de
crédito, para o qual lhe é próprio.
Tipos:
 Pessoais: o garantidor se obriga com todos os seus bens, indistintamente, sem
vincular nenhum deles. Ex. fiança, aval.
 Reais: nas garantias reais o garantidor se obriga vinculando um bem móvel ou
imóvel ao pagamento da dívida principal. Ex. caso das hipotecas, alienação
fiduciária, penhor.

O aval observa 2 princípios:


 Princípio da equivalência: por ele o avalista se obriga nas mesmas condições
do seu avalizado, se equiparam as obrigações entre o avalista e avalizado.
 Princípio da autonomia: as obrigações dos avalistas e dos avalizados são
independentes, não se vinculam, portanto, um avalista não pode se negar a
efetuar o pagamento por uma condição do avalizado;

6. Vencimento: é o momento em que a obrigação cambiária principal (pagar o valor


consignado no título) se torna exigível pelo credor. Momento em que o credor pode
reclamar o valor devido pelo devedor.
Modalidades:
1) À vista: são aquelas que vencem junto com o aceite do título, no ato do aceite.
2) A certo termo de vista: são aquelas que vencem num certo prazo contado do
aceite.
3) Em data certa: são aquelas que vão vencer numa determinada data especificada
no próprio título.
4) A certo termo de data: são aqueles que vencem num certo prazo, contado da
criação do título. Ex. esta letra de câmbio vence em 30 dias da criação deste título.

7. Protesto: é um ato solene que serve para dar publicidade a um fato relevante da
relação cambiária.
a. Falta de aceite: o sacado se nega a aceitar o título, o tomador então leva o
título a protesto para que a consequência possa ser executada, qual seja, a de
exigir antecipadamente o pagamento do crédito. Serve para constituir em
mora o sacador.
b. Falta de data de aceite: aceitou-se, mas não datou, nos títulos com cláusula de
vencimento “a certo termo de vista”. Vai marcar o início da contagem do prazo
de vencimento do título “a certo termo de vista”.
c. Falta de pagamento: se o aceitante não efetua o pagamento, o protesto é
instrumento para que se possa exigir o crédito dos coobrigados subsidiários.
Serve para constituir em mora os coobrigados subsidiários.

É feito no Tabelionato de Protestos de Títulos (Serviços que recebem uma outorga


pública para dar publicidade a atos).

O título é apontado, entregue ao Cartório, indicando o motivo do protesto. O


Tabelionato verifica da regularidade formal do título, verifica se o título preenche os
requisitos formais. Estando em ordem o Tabelionato notifica a pessoa para que em 3
dias sane o motivo do protesto. Se ele não sana, o Tabelião lavra o protesto do título
nos livros do Cartório.

8. Ação Cambial: é uma ação judicial que origina um processo executivo com base no
título de crédito. Gera um título executivo judicial, que obriga o devedor a efetuar o
pagamento ao credor.
Prazos Prescricionais:
a) Contra o obrigado principal: prescreve em 3 anos, contados do vencimento do
título;
b) Contra os coobrigados subsidiários: prescreve em 1 ano, contados do vencimento
do título;
c) Entre coobrigados: é de 1 ano, contados da data do pagamento que ele fez.

10/04/2019

Meios modernos de organização do crédito

- Cartões de crédito e instituições bancárias

1ª) A

Arrendamento mercantil, leasing, locação com opção de compra ao final do contrato

Contrato de abertura de crédito em conta corrente, abre a conta bancária e recebe um capital
que fica disponível (cheque especial), é um capital disponível que pode ou não ser usado pelo
correntista.
Contrato de fomento mercantil, factoring, fazem o desconto de título, antecipa um valor de
crédito cobrando um desconto sobre o valor de face. Para ser autêntico, aquele que desconta
o título, deve prestar um serviço de análise creditícia e de seguro do crédito.

Contrato de mutuo bancário, empréstimo de coisa fungível, quando alguém empresta dinheiro
para outra pessoa. Não é contrato real (pois não envolvem imóveis), é contrato de modalidade
pessoal. Posso ter mútuo simples (pegar um dinheiro emprestado numa instituição financeira),
mútuos com garantias pessoais, mútuos para capital de giro.

2ª. E

Contratos bancários

Alienação fiduciária em garantia, são contratos reais (bem móvel ou imóvel), oferece-se um
bem móvel ou imóvel para responder pela dívida assumida. O banco fica na propriedade e o
devedor fica com a posse.

Encargos financeiros, não respeitam a limitação da taxa de juros de 12%;

Contrato de depósito bancário, o correntista confia seus recursos ao banco para utilização
posterior.

3ª. E

Cartões de Crédito

Neles figuram: o devedor (titular do cartão), a administradora do cartão de crédito e uma


instituição financeira. Quando o pagamento não é feito na totalidade a instituição financeira
entra para financiar o saldo devedor. Ação de prestação de contas, o banco e a administradora
podem figurar no polo passivo da ação.

As administradoras do cartão não são instituições financeiras, elas se vinculam a uma


instituição financeira.

Caso haja ordens de pagamento sem que o titular tenha autorizado o débito, o banco ou a
administradora não podem exigir o pagamento do titular do cartão.

4ª. E

O CDC vale para as relações bancárias.


As limitações de juros e usura não obrigam as instituições financeiras.

Os contratos bancários estão suscetíveis a revisão judiciária

Leasing

5º. A

Mutuo bancário, a instituição financeira disponibiliza um capital, com o compromisso de


restituir o capital com os encargos pactuados.

Refazendo a 1ª. Prova

1ª) Títulos de crédito são documentos necessários para o exercício do direito literal e
autônomo nele mencionado. Cartularidade é documento em si, a literalidade é o que estará
escrito no título e autonomia é um desvinculamento do título da relação cambial originária,
que segue livre. A primeira função do títilulo de crédito serve para provar a existência do
crédito, então os princípios que se relacionam são a cartularidade e literalidade, pois será o
documento e o que está escrito nele, as condições. A segunda função é que permite a
circulação do crédito no ambiente econômico, que se relaciona com o princípio de autonomia
por se desvincular e poder ter a livre circulação.

2ª) Duplicata é uma requisição de pagamento do credor contra o devedor, ele exige a
obrigação. Então não é nem ordem, nem promessa de pagamento.

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