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cy SB Capitulo 4 O processo de ensino na escola Oexercicio do magistério se caracteriza pela atividade de ensino das matérias escolares. Nele se combinam objetivos, contetidos, métodos ¢ formas de organizagio do ensino, tendo em vista a assimilacao ativa, por parte dos ahunos, de conhecimentos, habilidades e hébitos e o desenvol- vimento de suas capacidades cognoscitivas. Hé, portanto, uma relacéo reciproca enecesséria entre a atividade do professor (ensino) eaatividade de estudo dos alunos (aprendizagem). A unidade ensino-aprendizagem se concretiza na interligacio de dois momentos indissociéveis — trans- misséo/assimilacdo ativa de conhecimentos e habilidades, dentro de condicdes especificas de cada situacao didatica. As relagées entre profes- sor, alunoe matéria nao sao estéticas mas dinamicas; por isso, falamos da atividade de ensino como um proceso coordenado de ages docentes. A conducio desse processo, como qualquer atividade humana, requer uma estruturacdo dos varios momentos de desenvolvimento da aula ou uni- dade didatica Neste capitulo serdo tratados os seguintes temas: ‘as caracteristicas do processo de ensino; * processos didaticos bésicos: ensino e aprendizagem; * estrutura, componentes e dindmica do proceso de ensino; * aestruturacao do trabalho docente; © ocardter educativo do processo de ensino e o ensino critico. oinica a As caracteristicas do processo de ensino A atividade de ensinar € vista, comumente, como transmissio da matéria aos alunos, realizacio de exercicios repetitivos, memorizagio de definigdes e formulas. O professor “passa” a matéria, os alunos escutam, respondem o “interrogat6rio” do professor para reproduzir o que est no livro didatico, praticam 0 que foi transmitido em exerefcios de classe ou tarefas de casa e decoram tudo para a prova. Este 6 0 tipo de ensino exi tente na maioria de nossas escolas, uma forma peculiar e empobrecida do que se costuma chamar de ensino tradicional. Vejamos quais sao as li- mitades pedagégicas e didaticas desse tipo de ensino. + O professor passa a matéria, o aluno recebe e reproduz mecanica- mente 0 que absorveu. O elemento ativo é 0 professor que fala e interpre- tao contetido. O aluno, ainda que responda o interrogatério do professor € faca os exercicios pedidos, tem uma atividade muito limitada e um minimo de participacdo na elaboracao dos conhecimentos. Subestima-se a atividade mental dos alunos privando-os de desenvolverem suas po- tencialidades cognitivas, suas capacidades e habilidades, de forma a ganharem independéncia de pensamento. O ensino deve ser mais do que isso. Compreende aces conjuntas do professor e dos alunos pelas quais estes so estimulados a assimilar, consciente e ativamente, os contetidos € 08 métodos, de assimilé-los com suas forgas intelectuais proprias, bem como a aplicé-los, de forma independente e criativa, nas varias situagées, escolares e na vida prética. + E dada excessiva importancia a matéria que esta no livro, sem preo- ‘cupagéo de torné-la mais significativa e mais viva para os alunos. Muitos professores querem, a todo custo, terminar o livro até o final do ano letivo, como se a aprendizagem dependesse de “vencer” o contetido do livro. S40 ideias falsas. © livro didatico é necessario, mas por si mesmo ele nao tem vida. E um recurso auxiliar cujo uso depende da iniciativa e imaginagao do professor. Os contetidos do livro didatico somente ganham vida quan- doo professor os toma como meio de desenvolvimento intelectual, quando 0s alunos conseguem ligé-los com seus préprios conhecimentos e expe riéncias, quando por intermédio deles aprendem a pensar com sua propria cabeca. Além disso, émais importante uma aprendizagem sOlida e dis: doura daquilo que se ensina do que adauirir um erande volur ia aE ———— Jost CARLOS UBANEO sthecimentos. Por essa raz, é fundamental que 0 professor domine best a matéria para saber selecionar o que é realmente basico € indispensdvel para o desenvolvimento da capacidade de pensar dos alunos « O ensino somente transmissivo néo cuida de verificar se os alunos estio preparados para enfrentar matéria nova e, muitas vezes, de detectar Fh chdavis individuaisna compreensio da matéria. Com sso, os alunos sew mulando dificuldades e, assim, caminhardo para o fracasso. © Verdadeiro engino, ao contrario, busca a compreensio ¢ assimilacao s6- lida das matérias; para isso, é necessério ligar o conhecimento novo COM ‘0 que jé se sabe, bem como prover 0s pré-requisitos, se for 0 caso. A ava~ Tianao deve ser permanente, de modo que as dificuldades vao sendo diagnosticadas aula a aula. ~ O trabalho docente fica restrito as paredes da sala de aula, sem preocupagio com a pratica da vida cotidiana das crangas fora da escola (que influem poderosamente nas suas condicbes de aprendizagem) esem waiter os othos para o fato de que o ensino busca resultados pars @ vida puitica, para o trabalho, para a vida na sociedade. O trabalho docente, ortanto, deve ter como referéncia, como ponto de ‘partida e como ponto ‘ica social, isto 6, a realidade social, politica, econdmica, j de chegada, a prat tcltural da qual tanto o professor como os alunos sho parte intagrante. iss de ensino como 0 conjunto de ativi: | Devernos entender 0 proce: dades organizadas do professor e dos alunos, visando aleancar determi- sadiow resultados (dominio de conhecimentos © desenvolvimento das 4 capacidades cognitivas), tendo como ponto de partica o nivel atual de saecimentos, experiencias e de desenvolvimento mental dos alunos: Consideremos algumas caracteristicas desse processo: a) Oensino é um processo, ou seja, caracteriza-se pelo desenvolvi- -apacidades intelectuais mento e transformacio progressiva das « ‘dos alunos em diregao ao dominio dos conhecimentos € habili- nhecimentos é o mticleo do ensino. Entretanto, nao hd identidade entre {ost canes useneo © ptocesso de assimilagao e © processo de ensino, como sé as etapas da assimilacdo fossem as mesmas etapas do ensino. O processo de ensino abrange a assimilacao de conhecimentos, mas inclui outras tarefas. Para assegurar a assimilacao.ativa, o professor deve antecipar os objetivos de ensino, explicar a matéria, puxar dos alunos conhecimentos que j4 dominam, estimulé-los no desejo de conhecer a matéria nova. Deve transformar a matéria em desenvolvimentos signifi- cativos e compreensiveis, saber detectar o nivel da capacidade cognosci- tiva dos altinos, saber empregar os métodos mais eficazes para ensinar, nao um aluno ideal, mas alunos concretos que ele tem a sua frente. Oeensino, assim, é uma combinagao adequada entre a condugao do processo de ensino pelo professor e a assimilacao ativa como atividade auténoma e independente do aluno. Em outras palavras, 0 processo de ; ensino é uma atividade de mediacdo pela qual sdo providas as condigdes @ 0s meios para os alunos se tornarem sujeitos ativos na assimilagao de conhecimentos, ‘As criangas vao & escola para dominarem conhecimentos e habi dades e desenvolverem operacdes mentais, tendo em vista a preparagio 4 para a vida social e para o trabalho. A aprendizagem que as criangas adquirem na escola, pelo estudo das matérias, tem como, resultado # principal a aquisigao do saber escolar e © melhoramento progressivo das fungées intelectuais. A escola puiblica pode oferecer muitos benef: cios as criangas — merenda, recreacao, relacionamento social entre elas, assisténcia a satide etc. —, mas o beneficio da sua responsabilidade 4 direta é o ensino, pelo qual se democratiza o saber e se desenvolver as forgas intelectuais. Oensino tem trés fungées inseparaveis: a) Organizar os contetidos para a sua transmissio, de forma que alunos possam ter uma relacao subjetiva com eles. Um pedagog° escreveu que ensinar é colocar a matéria no horizonte interroga tivo do aluno. Transmitir a matéria, nesse sentido, é traduzir ding racteristicas socioculturais, seu nivel de preparo para enfrentar @ matéria nova, com os conhecimentos e experiéncias que trazem™ | para a sala de aula, ioaica ») Ajudaros alunos a conhecerem as suas possibilidades de aprender, orientar suas dificuldades, indicar métodos de estudo e atividades que os levem a aprender de forma auténoma e independent °° ‘at conntoar ‘aatividade docente para os objetivos da apren- _ Aatividade de ensino, por outro lado, esta indissociavelmente liga- da a vida social mais ampla, o que chamamos de pritica socal. Em seth ‘do amplo, o ensino exerce a mediaco entre o individuo e a sociedade. Essa mediacao significa tanto a explicitacéo dos objetivos de formacao escolar frente as exigéncias do contexto social, politico e cultural de me sociedacle marcada pelo conflito de infezesses entre os grupos soviais, quanto o entendimento de que o dominio de conhecimentos e habilidades um instrumento coadjavante para a superacéo das condigdes de origem social dos alunos, seja pela melhoria das condicées de vida, seja pela conjunta para a transformacao social. eer __ Além disso, o ensino € condicionado por outros elementos situacio- fais do processo ensino-aprendizagem, tais como a organizagio do am- ente escolar, os mecanismos de gestio da escola, o sistema de organi Zac&o das classes, 0 conselho de pais, os livros didaticos e o ‘material escolar, a unidade de propésitos do grupo de professores etc. Podemos sintetizar dizendo que a relagdo entre ensino e aprendiza- ie os trite nce = 8™ nfo é mecanica, nao é uma simples transmissao do professor que a Para um altno que aprende. Ao contrério,€ uma relacéo recfpro- qual se destacam o papel dirigente do professor e a atividade dos lunos, O ensino visa estimular, diri var, t dirigir, incentivar, impulsionar 0 processo *prendizagem dos alunos. Conforme jé estudamos anteriormente, 0 ensi ter emi — oem an cardter eminentemente pedagégico, ou seja, 0 de dar um ido para 0 processo educacional que se realiza na escola. a Tin dos meine tem a tarefa principal de assegurar a difusio e o dominio Sonhecimentos sistematizados legados pela humanidade. Dai que JOSE CARLOSUUBANED ‘uma de suas tarefas basicas seja a selecdo e organizacao do contetido de ensino e dos métodos apropriados, a serem trabalhados em um processo organizado na sala de aula. . “Aaprendizagem é a assimilagio ativa de conhecimentos ¢ de opera ges mentais, para compreendé-los e aplicé-los consciente e autonoma- fnente. Aaprendizagem é uma forma do conhecimentohumano—relacio cognitiva entre aluno e matéria de estudo — desenvolvendo-se sob as condigBes especificas do processo de ensino. O ensino nao existe por si ‘mesmo, mas na relacéo com a aprendizagem. “Aunidade entre ensino e aprendizagem fica comprometida quando oensino se caracteriza pela memorizacao, quando 0 professor concentra rna sua pessoa a exposi¢ao da matéria, quando nio suscita o envolvimen” to ativo dos alunos. Esta atitude nao faz parte do sentido que temos dado a0 papel de ditigente do professor, pois nao leva a empenihar as ativida- des mentais dos alunos. j Por outro lado, também se quebra a unidade quando os alunos $40 deixados sozinhos, com o pretexto de que 0 professor somente deve fa- cilitar a aprendizagem endo ensinar. O processo de ensino, 20 contrario, | deve estabelecer exigéncias e expectativas que os alunos possam cumprit fe, com isso, mobilizem suas energias. Tem, pois, o papel de impulsionar a aprendizagem e, muitas vezes, a precede. . Estrutura, componentes e dinamica do processo de ensino (© processo dé ensino, tal como 0 descrevemos anteriormente, Pée em movimento os elementos constitutivos da Didatica (Capitulo 3), ou seja, 0s objetivos e contetdos, 0 ensino e a aprendizagem, referidos a condigdes de cada situacéo didatica concreta. A Didatica, fazendo a me diacao escolar de objetivos sociopoliticos e pedagégicos, por sta ve7 21° ticulados com'o proceso de ensino e aprendizagem, orienta trabalho + docente, tendo em vista a insercao e atuacao dos alunos nas diversas esfetas da vida social — profissional, politica, cultural etc. (© process didatico se explicita pela ago reciproca de trés compo- nentes —— 0s contetidos, 0 ensino e a aprendizagem — que operam em oan referéncia a objetivos que expressam determinadas exigéncias sociopoli- ficas ¢ pedagogicas e sob um conjunto de condicées de uma situagao didatica concreta (fatores sociais circundantes, organizacao escolar, recur- sos materiais e didaticos, nivel socioeconémico dos alunos, seu nivel de preparo e de desenvolvimento mental, relades professor-aluno etc.). _Os conteridos de ensino compreendem as matérias nas quais sio siste- matizados os conhecimentos, formando a base para a concretizacio de objetivos. O ensino é a atividade do professor de organizaglo, selecio explicagao dos contetidos, organizacao das atividades de estudo dos alu- nos, encaminhando objetivos, métodos, formas organizativas emeios mais adequados em funcio da aprendizagem dos alunos. A aprendizagem 6 a atividade do akuno de assimilacao de conhecimentose habilidades, O processo didético define a acio didatica e determina as condigdes e mo- dalidades de direcdo do processo de ensinar tendo em vista a preparacdo dos alunos para as tarefas sociais. O processo de ensino opera a mediaco escolar de objetivos, contetidos e métodos; sintetiza na aula a agao did4- tica em sua globalidade, uma vez que operacionaliza objetivos gerais sobre 0 fundo objetivo das condices concretas de cada situacSo didatica. O processo de ensino, efetivado pelo trabalho docente, constitui- de um sistema articulado dos seguintes componentes: cbjetvon conte. dos, métodos (incluindo meios e formas organizativas) e con: ‘i ‘des. O professor dirige esse processo, sob condicdes concretas das situagoes aids, em si deeenrolvimento se assegura a assimilacio ativa de ecimentos e habilid: i conhecinenion hail lades e o desenvolvimento das capacidades cog- eee sera. eathado adiante (Capitulos 6 e 7), esses componen- teformam uma unidade,nenhum deles podria ser considerado rola: nte. Os objetivos correspondem jé a contetidos (conhecimentos, habilidades, habitos) e métodos de sua apropriagao. Os conteddos sao selecionados de forma didaticamente assimilavel, portanto, implicam moe (Os métodos, por sua vez, subordinam-se ao contetido de cada matéiaeao mesmo tempo scaactersticas de aprnizagem dos alunos iS mhecimentos e experiéncias que trazem, suas expectativas, seu nivel Seprepare para enfrentar a matéria etc.). Além disso, 0 ensino é insepa- wa as condigdes concretas de cada situacao didatica: 0 meio sociocul- ral em que se localiza a escola, as atitudes do professor, os materiais didaticos disponiveis, as condig6es de vida, conhecimentos, habilidades _ atitudes dos alunos. ——_—— | a | ‘Componentes do processo didatico e do processo de ensino objetivos e conteddos O grafico a seguir mostra a relacdo e as articulagées entre os elemen- tos constitutivos da Didatica eos componentes do processo de ensino, do sistema escolar eee JOSE CAROSUBANEO ance 7 Oprocesso de ensino é impulsionado por fatores ou condigdes espe- cificas ja existentes ou que cabe ao professor criar, a fim de atingir os objetivos escolares, isto é, 0 dominio pelos alunos de conhecimentos, habilidades e habitos e o desenvolvimento de suas capacidades cognos- citivas. O professor planeja, dirige, organiza, controla e avalia o ensino com endereco certo: a aprendizagem ativa do aluno, a relacdo cognitiva entre o aluno e a matéria de estudo. Haveria uma contradic¢ao entre essa ideia de um ensino estruturado e dirigido ea atividade e independéncia de pensamento do aluno como sujeito ativo da aprendizagem? Muito se tem discutido sobre 0s fatores eas condigées que asseguram © bom ensino e resultados satisfat6rios de aprendizagem dos alunos. Muitas pessoas afirmam. que o principal papel esta no professor, na sua aprendizagem, nas suas explicagdes sobre a matéria e no seu traquejo em. conduzir a classe. Outras entendem que bons métodos e técnicas seriam objetivos suficientes. Hé, ainda, as que encontram esse fator no atendimento das necessidades e interesses espontaneos das criangas. Entretanto, esses fa- tores néo podem ser considerados isoladamente. Quando dizemos que o processo de ensino consiste ao mesmo tem- ‘contatidos |» | méfodose << crganizacso Pona conducio do estudo e na autoatividade do aluno, estamos frente a uma contradig4o. Mas é uma contradicao que pode ser superada didati- || mse - (Adaptagso do grafico elaborado porLKlingberg) dominio de conhecimentos, capacidades cognoscitivas habllidades, habitos © desenvolvimento das diversas esferas da vida social ¥ Inserséo e atuacio nas (pratica social) condigbes especificas condigb deensino de aprendizagem camente, na medida em que o ensino nao ignora as exigéncias da auto- » Atividade do aluno na aprendizagem. O professor, de fato, é responsdvel ‘Pelas tarefas de ensino, explicagao da matéria, orientagao das atividades, locagao de exercicios, controle e ‘verificagao da aprendizagem. Mas tudo +1850 € feito para encaminhar 0 estudo ativo dos alunos. Nao se trata de uma tarefa fécil. A contribuicao mais importante da ‘Didatica é precisamente ajudar a resolver a contradic&o entre o ensino e aprendizagem, a detectar as dificuldades enfrentadas pelos alunos na similacdo ativa dos contetidos ea encontrar os procedimentos para que eles proprios superem tais dificuldades e. ‘progridam no desenvolvimen- to intelectual. __, As dificuldades ou impasses que o aluno encontra no enfrentamen- da matéria de estudo expressam a contradicio entre as tarefas coloca- == 88 pelo professor (contetidos, problemas, exercicios etc.) e seu nivel de Snhecimentos, de desenvolvimento mental, bem como suas atitudes Hente 20 estudo.O fator predominante, pois, na dinamica do processo es especificas wo JOSE CARLOS UBANED de ensino é a relagdo contradit6ria entre as exigéncias do processo dida- tico e 0 trabalho ativo e mental dos alunos. . ‘A forga motriz do'processo de ensino desencadeada por essa contra- digdo bésica leva a uma l6gica do proceso didatico que consiste na colo- cacao, pelo professor, de objetivos, contetidos, problemas, dificuldades que sejam instigantes, significativos e compreensiveis para os alunos, de modo que estes possam mobilizar suas capacidades fisicas e intelectuais para a assimilacéo consciente e ativa dos conhecimentos. Em outras pa- lavras, a forca motriz fundamental do processo didatico é a contradicéo, entre as exigéncias de dominio do saber sistematizado e o nivel de conhe- cimentos, experiéncias, atitudes e caracteristicas socioculturais e indivi- duais dos alunos. Em decorréncia disso, nao é suficiente passar os con- | tetidos ou colocar problemas. E preciso colocd-los de modo que se convertam em problemas e desafios para o aluno, suscitando e mobili zando a sua atividade. Para que essa contradigao se converta em forca desencadeadora da atividade dos alunos sdonecessdrias certas condicées. A primeira condigao 6 0s alunos tomarem consciéncia das dificuldades que aparecem quando § se defrontam com um conhecimento novo que nao dominam; tomar cons- ciéncia significa colocar a dificuldade como um desafio que precisa ser vencido, a fim de avancar na aprendizagem. A segunda condigao é a aces- | sibilidade das tarefas cognoscitivas postas pelo professor; isto quer dizer 4 que o nivel e o volume de conhecimentos, atividades e exercicios deve. estar em correspondéncia com as condigdes prévias dos alunos (capacida- des, nivel de preparo etc). A terceira condigao & que a correspondéncia entre as exigéncias do ensino e as condiges prévias dos alunos seja pre-, vista no planejamento, de modo que o professor saiba qual dificuldade (desafio, problema) apresentar e como trabalhé-la didaticamente. Podemos dizer, entio, que o essencial do processo didtico € coordenar © movimento de vaivém entre o trabalho conduzido pelo professor ¢ 44 percepgio e 0 raciocinio dos alunos frente a esse trabalho. Em outras pala ‘vias, frente a um conjunto de conhecimentos e habilidades a serem neces sariamente dominados pelos alunos, trata-se de: verificar previamente © § nivel de conhecimentos jé alcancado por eles e sua capacidade potencial. de assimilacdo, organizar as atividades de assimilagio e chegar gradative” § mente a sistematizacao e aplicacao dos conhecimentos habilidades. roar 1s Em sintese, podemos dizer que, talvez, uma das qualidades mais importantes do professor seja a de saber lancar pontes (ligacées) entre as tarefas escolares e as condigGes prévias dos alunos para enfrenté-las, pois daf que surgem as forcas impulsoras da aprendizagem. O envolvimen- todo aluno no estudo ative depende de que o ensino seja organizado de tal forma que as “dificuldades” (na forma de perguntas, problemas, tare- fas etc.) tomem-se problemas subjetivos na mente do aluuno, provoquem nele uma “tensdo” e vontade de superé-las. As dificuldades, porém, devem ser bem dosadas. Nao podem ser contetidos, problemas ou exercicios que excedam sua capacidade de en- tendimento; também nao podem ser tdo faceis que exijam pouco esforgo para resolvé-los. As dificuldades somente tém valor didatico se possibi- litam a ativacdo e o direcionamento das forcas intelectuais, ou seja, meio para avancar na compreensao e assimilacdo da matéria. Para isso se requer: a ligagao do conhecimento novo com o é existente na cabeca dos alunos; a solidez dos conhecimentos anteriormente assimilados como base para enfrentar 0 conhecimento novo; a constante verificagio do Progresso alcangado; a constante revisao e exercitaco dos conhecimentos ehabilidades. Aestruturacao do trabalho docente Boa parte dos professores de nossas escolas entende 0 trabalho do- ‘cente como “passar” a matéria do programa, geralmente de acordo com _ Olivro didatico. E verdade que muitos livros didaticos jé indicam a es- ‘tuturacdo da aula, mas, ainda assim, o ensino permanece preso A sequén- .da da matéria (exposigao verbal, exercicios, prova), como algo externo e _ ‘Solado que nao mobiliza a atividade mental dos alunos. A estruturaco da aula deve refletir 0 entendimento que temos procurado trazer, no _ [Pe estado, sobre o processo de ensino: um trabalho ativo e conjunto 0 professor e dos alunos, sob a direcdo do professor, tendo em vista a *ssimilacao consciente e sélida de conhecimentos, habilidades e habitos ‘Pelos alunos e, por esse mesmo proceso, o desenvolvimento de suas ;Pacidades cognoscitivas. AALS LORE we =o 081A Ametodologia do trabalho docente inclui, pelo menos, os seguintes elementos: 0s movimentos (ou passos) do processo de ensino no decorrer de uma aula ou unidade didatica; os métodos, formas e procedimentos de docéncia e aprendizagem; 0s tnateriais didéticos e as técnicas de ensino; a organizacio da situacao de ensino. Estes assuntos serao tratados nos Capitulos 7 ¢ 10 e aqui nos restringiremos a abordar, resumidamente, a estruturacao-do trabalho docente na aula, ou seja, os momentos (ou pas- sos) do processo de ensino. Aestruturacdo da aula 6a organizacao, sequéncia e inter-relacdo dos momentos do processo de ensino. Toda atividade humana implica um modo de ser realizada, uma sequéncia de atos sticessivos e inter-relacio- nados para atingir seu objetivo. O trabalho docente é uma atividade in- | tencional, planejada conscientemente visando atingir objetivos de apren- dizagem. Por isso precisa ser estruturado e ordenado. A Didatica, disciplina que estuda as tarefas da instrucao e do ensino, cuida de extrair dos diversos campos de conhecimento humano (por exemplo, Lingua Portuguesa, Matemitica, Histéria, Ciencias etc.) aqueles conhecimentos e habilidades que devem coristituir 0 saber escolar para 4 fins de ensino. Para isso, é fundamental ter em conta o campo de conhe- cimentos de cada matéria e seus métodos de investigacio e estudo. No 4 entanto, a légica da matéria de estudo ¢ insuficiente para determinar a estruturacao do ensino, sendo necessério recorrer Didética, que inves- tiga os elementos do processo de ensino comuns a todas as matérias. Entre esses elementos citamos: objetivos sociais e pedagdgicos, conform exigéncias da sociedade e da tarefa de escolarizacdo, caracteristicas cada grau de ensino conforme idades, niveis de conhecimentos prévios dos alunos; condig6es psicolégicas e sociais do processo de assimilacio dos contetidos por parte dos alunos; conexdes entre ensino e aprendiza gem, momentos ou passos do ensino que asseguram melhores resultados na assimilacao de conhecimentos eno desenvolvimento das capacidades cognoscitivas dos alunos. 3 A estruturagao do trabalho docente tem uma ligacio estreita com metodologia espectfica das matérias, porém néo se identifica com ela ‘Tendo em conta o grawescolar, as idades dos alunos, as caracteristicas 40 desenvolvimento mental, as especificidades de contetido e metodologi# das matérias, podemos indicar ci i i desma = podem lea pee momentos da metodologia do ensi- 1) Orientagioinicial dos objetioos de ensino e aprendizagem —O profes- sor procura incentivar 0s alunos no estudo da miatéria, colocando os objetivos ¢ os resultados que devem ser conseguidos. Estimula nos alunos © desejo de dominar um novo conhecimento para novos progressos, in- dica as habilidades que podem ser aprendidas para a aplicacao dos co- nhecimentos na pratica, Para isso usa de varios procedimentos: pe um problema, conversa com os alunos, incita sua curiosidade, analisa exer- icios ja resolvidos, enlaca os corihecimentos anteriores com a matéria nova, usa ilustragées, pede uma redacio répida, dé breves exercicios que indicam o tipo de assunto que serd estudado ete, 4 2) Transmissao/assimilagio da matéria nova — Uma véz suscitada a atencao ¢ a atividade mental dos alunos, é 0 momento de estes se familia- _-_ Tizarem coma matéria que vao estudar. Dependendo do grau de proximi- __- dade que tém em relagdo ao assunto novo e do nivel de pré-requisitos, 0 __ Primeiro contato com a matéria deve fazer-se, havendo condigées objeti- 8s, pela observacio direta e trabalhos préticos. Nao sendo isso possfvel pe $eja pela inexisténcia de condigées objetivas, seja pela natureza do assun. 19,0 proprio professor encaminha 0 contato com a matéria pela conversa So, discussao, pelo uso do livro didatico, pela realizagio de pequenos “@perimentos. O objetivo desta fase é que os alunos formem ideias claras Sobre o assunto e vao juntando elesnentos para compreensio. Aqui é imprescindfvel que haja uma permanente ligagio com o que giao jd sabe, uma aproximagao dos contetidos com chperincias de aS a, estimulagio -do pensamento das criangas para que expressem os | Spaat los da sua observagio e de sua experiéncia. Nao fazem sentido a = ervasdo, 0s pequends experimentos, a manipulacdo de objetos, os oe etc, se nao mobilizam a atividade pensante das criancas. E pelo setcio depensamento, sempre com a ajuda do professor, que os alunos sass wedindo na formacio de conceitos ¢ no desenvolvimento das ~Mas capacidades cognoscitivas. tang Peeensto ativa e compreensao da matéria possibilitam, assim, a0 "aman mentalmente com os conhecimentos. Paraiso, 6necessério camera eto" do estudo por meio da sistematizacdo, sinteses e entre- i ‘0s entre os assuntos. Esta organizacio dos conhecimentos tem we Jose caitosuaAneo varias fung6es: reprodugo dos conhecimentos ¢ habilidades em. exercicios de fixagao, producdo de conhecimentos na aplicacéo em situagdes novas, recorda¢ao, consolidacao. 3) Consolidagio e aprimoramento dos conthecimentos, habilidades e habitos —No processo de percepgio e compreensio da matéria jé vai ocorrendo a assimilagio de conhecimentos; mas para que se tomem instrumentos do pensamento independente e da atividade mental ¢ necesséria a consoli dado e 0 aprimoramento. Isto se obtém principalmente pelos exercicios ¢ pela recordagio da’ matéria onde s4o aplicados conhecimentos ¢ habili dades e se cumprem os objetivos de ensino estabelecidos. Além disso, os exercicios, tarefas de casa, provas de revisdo etc. sAo um meio insubstitu- vel para aprimorar 08 conhecimentos, formar habilidades e habitos, de- senvolver 0 pensamento independent e criativo. Isso quer dizer que os exercicios cumprem um papel muito mais amplo do que o de simples treinamento ou memorizagio de regras, definicdes e formulas. 4) Aplicago de conhecimentos, habil idades e hdbitos — Os exercicios, as tarefas de casa, as revisdes e outras atividades praticas nao evidenciam | ainda, suficientemente, a assimilagao sélida'tios contetidos. O coroamen- to do processo de ensino se da quando os alunos, independentemente,. podem utilizar os conhecimentos em situagdes diferentes daquelas ante- riormente trabalhadas. Aqui a assimilagéo dos conhecimento8 deve set comprovada mediante tarefas que se liguem a vida, que estimulem capa- cidades-de andlise, sintese, critica, comparagao, generalizacao. 5) Verificagao e avaliagéo dos conhecimentos ¢ habilidades — A verificacao @ avaliacdo dos resultados da aprendizagem ocorrem em todos 0s mo- mentos do processo de erisino, conforme veremos’no Capitulo 9. Na etapa de orientacio inicial, no tratamento da matéria nova, na consolida~ 0 € aplicaao dos contetidos, o professor esté sempre colhendo infor- mac6es e avaliando 0 progresso mental dos alunos. ‘As exigéncias da pratica escolar, entretanto, requerem nao s6 um controle sistematico da realizado dos objetivos de aprendizagem duran te o proceso de ensino, mas também um momento especial de compro~ vacao dos resultados obtidos. Assim, uma avaliacéo final deve ser @ oporttinidade de verificar o nivel de assimilagio conseguido pelos alunos, a qualidade do material assimilado, bem como 6 progresso obtido no. desenvolvimento das capacidades cognoscitivas. orotnca O carater educativo do processo de ensino e o ensino critico © proceso de ensino, 20 mesmo tempo que realiza as tarefas. da instrugao de criangas e jovens, é im processo de educagio. No desem- penho da sua profisséo, o professor deve ter em mente a formacdo de personalidade dos alunos, néo somente no aspecto intelectual, como também nos aspectos moral, afetivo e fisico. Como resultado do trabalho escolar, os alunos vao formando o senso de observacio, a capacidade de exame objetivo e critico de fatos e fenémenos da natureza e das relagdes. Sociais, habilidades de expressao verbal e escrita etc.; vao desenvolven- do 0 senso de responsabilidade, a firmeza de caréter, a dedicagéo aos estudos, o sentimento de solidariedade e do bem coletivo, a forca de vontade etc. A unidade instrucio-educacio se reflete, assim, na formacao de atitudes e conviccées frente a realidade, no transcorrer do proceso de ensino. Em cada um dos momentos do processo de ensino o professor esté educando quando: estimula o desejo e o gosto pelo estudo; mostra a im- portancia dos conhecimentos para a vida e para o trabalho; exige atengao e forca de vontade para realizar as tarefas; cria situac6es estimulantes de pensar, analisar, relacionar aspectos da realidade estudada nas matérias; Preocupa-se com a solidez dos conhecimentos e com o desenvolvimento do pensamento independente; propde exercicios de consolidacio do aprendizado e da aplicacao dos conhecimentos. A realizacao consciente © competente das tarefas de ensino ¢ aprendizagem torna-se, assim, fon- te de conviccdes; principios de agao, que vao regular as aces praticas dos alunos frente a situagGes postas pela realidade, _O carater educativo do ensino esté relacionado com os objetivos do ensino critico. Os estudos que fizemos nos capitulos anteriores mostrando aligacdo da Didética com a Pedagogia, isto €, os vinculos dos principios, Condig6es e meios de direcdo e organizacao do ensino com as finalidades Sociopoliticas e pedagégicas da educacao, forneceram as basés teéricas de ‘uma Didética critico-social. Mostramos, assim, que nao ha como especifi- 2x objetivos imediatos do processo de ensino fora de uma concepcio de mundo, de métodos de investigacio da realidade e de uma concepcao determinada de praxis pedagégica. £ claro que o processo didatico se refere ao ensino das matérias; mas, justamente por ser ensino, a ele se sobrepdem objetivos e tarefas mais amplos determinados social e peda- gogicamente. Falamos em ensino critico quando as tarefas de ensino e aprendizagem, na sua espetificidade, so encaminhadas no sentido de formar convicgées, principios orientadores da atividade pratica humana frente a problemas e desafios da realidade social. Ou, por outras palavras, quando a aquisicao de conhecimentos ¢ habilidades e o desenvolvimen- to das capacidades intelectuais propiciam a formagio da consciéncia critica dos alunos, na condicao de agentes ativos na transformagio das. = relagdes sociais. 4 Mas 0 ensino eritco, expressio do carater educative do ensino, nio possui formulas miraculosas que se distingam daquilo que é basico na conceituacio do processo de ensino. O ensino é critico porque impli ’ objetivos sociopoliticos e pedagégicos, contetidos e métodos escolhidos e organizados mediante determinada postura frente ao contexto das re- lagGes sociais vigentes na prética social. Ele se realiza no entanto, dentro do processo de ensino. Ensinar significa possbilitar aos alunos, median. 4 tea assimilagao consciente de contetidos éscolares, a formacio de suas capacidades e habilidiades cognoscitivas € operativas e, com isso, 0 de- senvolvimento da conscigncia critica. O ensino exitico é engendrado no ptocesso de ensino, que se desdobra em fases didéticas cpordenadas i i licit rater ideo: ji i \dicato ou partido ou que explicite 0 car teja engajado em um sinc i ‘ légico dos contetidos escolares. E preciso, antes de tudo, que dé conta parca condigdes, os contetidos deixam de ser apenas matérias a serem Tepassa- das da cabeca do professor para a cabeca dos alunos; antes, so meios de formar a independéncia de pensamento e de critica, meios culturais para se buscar respostas criativas a problemas postos pela realidade. Ne mo, dda em que os contetidos se articulam ao desenvolvimento de capacida- des ¢ habilidades mentais, por isso mesmo podem ser questionados, eclaborados, confrontados com a realidade fisicae social, em funcio de valores e critérios de julgamento em que se acredita. Sugestées para tarefas de estudo Perguntas para o trabalho independente dos alunos * Explicar por que a atividade de ensino e a atividade de aprendi- zagem so mutuamente relacionadas. * Estabelecer as diferencas entre a concepgao de ensino como sim- Ples transmisséo de conhecimentos e a concepeao de ensino de. senvolvida no capitulo, * Explicara seguinte afirmacio: “Através da assimilagdo de conhe- Cimentos ¢ habilidades se verifica 0 desenvolvimento das poten- Gialidades mentais do educando’, * Descrever em que consiste o processo de transmissi0 ¢ assimila- $40 ativa de conhecimentos. * Odque se deve entender como “contetidos de ensino”? * Definir aprendizagem e dar exemplos. * AP6s0 estudo do t6pico “A Aprendizagem’, explicar 6 que signi- fica “desenvolvimento das capacidades cognoscitivas”; em que Consiste 0 processo de assimilacdo ativa; quais so os niveis de aprendizagem; quais sao as caracteristicas da aprendizagem, * Por que o ensino consiste na estimulagao e direcéo do proceso de ensino e aprendizagem? * Explicar a inter-relacio entre os componentes do processo de ensino. 10 Jose canis usaseo Sacinea. Explicar a contradicéo fundamental do proceso docente e como Bibliografia complementar ela se toma forca motriz desse mesmo processo. 9 P * Como se deve estimular e manter a’atividade cognoscitiva dos alunos com a dosagem de “dificuldades” Quais sdo.0s momentos de estruturacio do trabalho docente como devem ser articulados? Qual a relacao entre a légica da matéria de ensino ¢ a iégica do DANILOV, M.A. El proceso de ensenanza en la escuela. Havana: Editorial de Libros Para la Educacién, 1978. __ DAVIS, Claudia; OLIVEIRA, Zilma de. Psicologia na educagdo. So Paulo: Cortez, = 1990, aca | KLINGBERG, Lothar. Introducciéma la didéctica general. Havasia: Editorial Pueblo rocesso didatico? yy Educacién, 1972, . Sm que sentido podemos falar do cardter educativo do proceso LIBANEO, José Catlos. Democratizago da escola priblica, Sao Paulo: Loyola, 1989 (Caps. 45) ‘Os contetidos escolares e sua dimensao critico-social. Revista da Ande, S50 kk fundi doestud Paulo, n. 11, 1986, p. 5-13. fem q meni 195 para aprofuridamento do estudo SOARES, Magda B. Linguagem e Escola: uma perspectiva social. Sio Paulo: Atica, 1986, =) SAVIANI Dermeval. O ensino basico e o processo de democratizacio da socie- dade brasileira. Revista da Ande, Séo Paulo, n.7 1984, p. 9-13. experiente e procurar destacar varios momentos ou fases de con- ducdo da aula. S + Entrevistar professores para colher suas ideias a respeito do qué € ensinar, o que 6 aprender. * Escolher um tema de estudo e demonstrar a l6gica Yo process0 docente, conjugando os niveis de aprendizagem, o proceso de assimilacao ativa e os momentos de estruturacao do trabalho docente. Temas para redacao * Aunidade do ensino e da aprendizagem no processo didatico. Contetidos do ensino e assimilacao ativa. * Oensino e a atividade mental dos alunos. * Ensino e pratica social. * Ensino e linguagem. * Ensino e desenvolvimento intelectual dos alunos.

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