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Classificação dos seres vivos

Uma característica inerente ao ser humano é a tendência de reunir


em grupos os objetos ou seres que apresentam características
semelhantes. O homem primitivo, por exemplo, já distribuía os seres
vivos em dois grupos: comestíveis e não comestíveis.
A distribuição de objetos ou seres em grupos, de acordo com suas
semelhanças e diferenças, é o que se chama de classificação.
O ramo da Biologia que trata da descrição, nomenclatura e
classificação dos seres vivos denomina-se sistemática ou
taxonomia.
A tentativa de sistematizar o mundo vivo é muito antiga e os critérios
empregados pelos naturalistas variavam muito. Alguns classificavam
em voadores e não-voadores, tomando por base a locomoção; outros
os classificavam em aquáticos, aéreos e terrestres, tomando por base
o hábitat.
Esses sistemas de classificação que utilizam critérios arbitrários, são
chamados sistemas artificiais. Eles são refletem as semelhanças e
diferenças fundamentais entre os seres vivos.
Atualmente, os sistemas de classificação consideram um conjunto de
caracteres relevantes, os quais permitem verificar as relações de
parentesco evolutivo e estabelecer a filogenia dos diferentes grupos,
ou seja, estabelecer as principais linhas de evolução desses grupos.
São conhecidas por sistemas naturais, pois ordenam naturalmente
os organismos, visando o estabelecimento das relações de parentesco
evolutivo entre eles.
Assim dentro das características evolutivas, ao falarmos de animais e
plantas, por exemplo, podemos usar como critério de classificação o
tipo de nutrição: animais são seres heterótrofos; plantas seres
autótrofos. Ao considerarmos bactérias e animais, podemos usar
como critério de classificação o número e o tipo de células: bactérias
são unicelulares e procariontes; animais são pluricelulares e
eucariontes.
Espécie: a unidade de classificação dos seres vivos
Você já ouviu a palavra "espécie" diversas vezes, mas o que ela
realmente significa?
Pense, por exemplo, no cavalo e na égua. Eles podem acasalar-se e
dar origem a um descendente fértil, isto é, que também pode gerar
seus próprios descendentes. Dizemos, por isso, que cavalos e éguas
são animais que pertencem a uma mesma espécie.
Podemos, então, definir: espécie é um conjunto de organismos
semehantes entre si, capazes de se cruzar e gerar descendentes
férteis.
Espécies mais aparentadas entre si do que com quaisquer outras
formam um gênero. O gato-do-mato, encontrado em todas as
florestas do Brasil, pertence a espécie Leopardus wiedii; a nossa
jaguatirica, o maior entre os pequenos felinos silvestres brasileiros,
pertence à espécie Leopardus pardalis; e o gato-do-mato-pequeno, o
menor dos pequenos felinos silvestres brasileiros, pertence à espécie
Leopardus tigrinus. Todos esse animais são de espécies diferentes,
porque NÃO são capazes de cruzar-se entre si gerando descendentes
férteis. Mas como estas espécies são mais aparentadas entre si do
que com quaisquer outras, elas formam um gênero chamado
Leopardus.
Além do gênero existem outros graus de classificação
Espécie - Gênero - Família - Ordem - Classe - Filo - Reino

 Gêneros semelhantes formam um grupo maior: a família.


 As famílias formam a ordem.
 As ordens formam a classe.
 As classes forma o filo
 Os filos, finalmente formam o reino.
 Para entendermos melhor as categorias taxonômicas, vamos
utilizar como exemplo o reino Animal tendo como referência o
cão.
###passar exemplo###
 Do filo dos cordados fazem parte, entre outros, os animais que
têm coluna vertebral, conhecidos como vertebrados (em
oposição aos não cordados, chamados de invertebrados).
Dentre os cordados temos, os anfíbios, os peixes, os répteis, as
aves e os mamíferos.
 O conjunto de filos de anomais cordados e não-cordados forma
o reino dos animais - reino Animalia.

 Reinos
 É o grupo mais abrangente da classificação dos seres vivos.
Grande parte dos pesquisadores aceitam, atualmente, cinco
reinos:
 Monera - Seres unicelulares (formados por uma única célula),
procariontes (células sem núcleo organizado, o tipo mais simples de
célula existente). São as bactérias e as algas cianofíceas ou
cianobactérias (algas azuis), antes consideradas vegetais primitivos.
 Protista - Seres unicelulares eucariontes (que possuem núcleo
individualizado) Apresentam características de vegetal e
animal. Representados por protozoários, como a ameba, o
tripanossomo (causador do mal de Chagas) o plasmódio
(agente da malária), a euglena.
 Fungi - Seres eucariontes uni e pluricelulares. Já foram
classificados como vegetais, mas sua membrana possui quitina,
molécula típica dos insetos e que não se encontra entre as
plantas. São heterótrofos (não produzem seu próprio alimento),
por não possuírem clorofila. Têm como representantes as
leveduras, o mofo e os cogumelos.
 Plantae ou Metafita - São os vegetais, desde as algas verdes até
as plantas superiores. Caracterizam-se por ter as células revestidas por
uma membrana de celulose e por serem autótrofas (sintetizam seu
próprio alimento pela fotossíntese). Existem cerca de 400 mil espécies
de vegetais classificados.
 Animali ou Metazoa - São organismos multicelulares e
heterótrofos (não produzem seu próprio alimento), pois são
aclorofilados. Englobam desde as esponjas marinhas até o ser
humano.
 Uma observação deve ser feita: os VÍRUS são seres que são
classificados à parte, sendo considerados como seres sem
reino. Isto acontece devido às características únicas que eles
apresentam, como a ausência de organização celular, ausência
de metabolismo próprio para obter energia, reproduz-se
somente em organismo hospedeiro, entre outras. Mas eles
possuem a faculdade de sofrer mutação, a fim de adaptar-se ao
meio onde se encontram.
 O nome dos seres vivos
 Ao longo da história, os diversos povos criaram seus próprios
nomes (códigos) para nomear o que viram a sua volta. Com
todas as linguas existentes no mundo, um mesmo ser - um
gato por exemplo - é identificado por diferentes nomes.
 Katze (alemão) Cat (ingês)
 Koshka (russo) Chat (frânces)
 Neko (japonês) Gato (português)
Imagine esta situação: um cientista japonês escreve um artigo para
divulgar uma descoberta referente ao neko. Como um cientista
brasileiro, sem conhecimento da lingua japonesa, poderia entender
que ser vivo o cientista japonês está se referindo?
Para evitar esse problema de comunicação, utiliza-se uma
nomenclatura científica.
O nome científico do gato é Felis catus.
Escolheu-se uma lingua que fosse de conhecimento internacional e
que não sofresse modificações - o latim, por ser uma língua morta
(não é usada por nenhuma nação atualmente e, portanto, não está
sujeita a mudanças) e porque, em muitos países, era estudada até
nas escolas básicas, inclusive no Brasil.
Quando empregamos em textos, os nomes científicos das espécies
vêm em destaque. Esse destaque, em geral, é feito usando letras em
itálico, isto é, letras inclinadas ou sublinhado.
Como se escreve o nome científico dos seres vivos?
Foi apenas em 1735 que se chegou a um sistema de classificação
universal para os seres vivos: o sistema binomial de nomenclatura,
elaborado por Lineu. A espécie foi adotada como unidade básica de
classificação.
No sistema binomial devem ser observadas algumas regras de
nomenclatura:

 O nome científico de uma espécie deve ser escrito em latim e


deve estar destacado no texto (em Itálico ou sublinado) como
já vimos.
 É obrigatório o uso de duas palavras para designar o nome
científico de uma espécie, daí a expressão sistema binomial de
nomenclatura (a palavra binomial significa 'com dois nomes',
'com duas palavras'). A primeira delas deve ser escrita com
letra inicial maiúscula; a segunda, com letra inicial minúscula
 A primeira palavra, com inicial maiúscula, indica o gênero a que
pertence a espécie. A expressaõ formada pela primeira palavra
mais a segunda designa a espécie.

Veja os exemplos:
Equus caballus (cavalo)
Gênero: Equus
Espécie: Equus caballus
Note que o cavalo pertence ao gênero Equus e à espécie Equus
caballus ( e não simplesmente à espécie caballus).
Nomenclatura popular
A nomeação dos seres vivos que compõe a biodiversidade constitui
uma etapa do trabalho de classificação. Muitos seres são "batizados"
pela população com nomes denominados populares ou vulgares, pela
comunidade científica.
Esses nomes podem designar um conjunto muito amplo de organismos,
incluindo, algumas vezes, até grupos não aparentados.

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