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FACULDADE DE DIREITO

DIREITO ADMINISTRATIVO II
Prof.ª Mª. Janaína Leite Portella

9.1 – RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA DO ESTADO


Constitui-se na responsabilidade civil do Estado corresponde à obrigação atribuída ao mesmo de reparar os
danos causados por seus agentes públicos ou prestadores de serviços públicos (delegatários) a terceiros, no
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las. Fundamento: art. 37, § 6°, CF/88 e art. 43, CC/02.
Observa-se que a CF/88 não vincula a demonstração de culpa ou dolo para restar comprovado o dever de
responsabilização, sendo que a ação regressiva exercida pelo Estado contra seu agente público necessita da prova
de que este agiu com dolo ou culpa. Assim, para o Estado vigora o principio da responsabilidade objetiva (fundada
no risco administrativo), e para o agente público o princípio da responsabilidade subjetiva. Cumpre salientar que a
teoria do risco administrativo comporta causas excludentes: a culpa exclusiva da vítima, culpa de terceiro, caso
fortuito e força maior, exercício regular de um direito, e a culpa concorrente.

9.2 – RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR ATOS ADMINISTRATIVOS, LEGISLATIVOS E


JUDICIAIS
* Legislativo: a regra é da ausência de responsabilidade do Estado por dano resultante da atividade legislativa. São
exceções: a) as leis posteriormente declaradas inconstitucionais que geram prejuízos impõem responsabilidade do
Estado; b) as leis de efeito concreto, ou seja, as leis sem generalidade ou abstração também geram responsabilidade
do Estado; c) o mandado de injunção que reconhece a omissão legislativa também gera responsabilidade do Estado.
* Judiciais: ocorre quando comprovada a hipótese de erro do Poder Judiciário, apurado em revisão criminal; ou, na
hipótese do preso ficar mais tempo na cadeia que o previsto na sentença condenatória. Em ambos os casos ocorre o
dever de indenização. Obs.: prisão preventiva com posterior absolvição.

9.3 – ELEMENTOS CONFIGURADORES


a) Ato lesivo - a vítima/administrado deve comprovar que o ato foi praticado por um agente público, ou pessoa que
na qualidade de prestador de serviço público, ocasionou o dano. O simples fato da pessoa ser agente público não
enseja a responsabilidade do Estado, ele deve praticar o ato no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-
las.
b) Dano - a vítima/administrado deve comprovar que sofreu uma lesão a um direito subjetivo.
c) Nexo de causalidade - o dano deve ser conseqüência da atuação do Estado.

9.4 – ANTIJURIDICIDADE
* OMISSÃO

9.5 – A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR ATOS ESTRANHOS A ELE


* presidiário fugitivo que causa homicídio
* bala perdida
* professora que é lesionada no braço com faca quando separa uma briga entre alunos
* queda de goleira durante a aula de educação física que ocasiona a morte de aluno

9.6 – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO


É cabível a ação de regresso do Estado contra o agente público causador do dano material ou moral se
restar comprovado que este agiu com dolo ou culpa. Pode ainda ocorrer de o Estado não conseguir identificar o
agente público causador do dano, caso em que não poderá ingressar com ação de regresso. E, ação de regresso não
elimina a via administrativa (sindicância para apuração dos fatos ocorridos)

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