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Aterramento Elétrico

Unip - Curso de Pós-Graduação


Engenharia de Segurança no Trabalho

Aula especial: 24/06/2004.


NR 5410/1997 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão –
Classificação dos sistemas de alimentação elétrica de acordo com
o sistema de aterramento.

Professor:
Álvaro Martins,
Engenheiro Eletricista – Eletrotécnica e Eletrônica

Coordenação:
Leonídio Francisco Ribeiro Filho,
Doutor Engenheiro Eletricista

Apoios:
ABRAPHISET – Associação Brasileira de Profissionais de Higiene e
Segurança
abraphiset@abraphiset.com.br

EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.


http://www.emae.sp.gov.br

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, NR 5410 –


Instalações Elétricas de Baixa Tensão, novembro/1997.

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Aterramento Elétrico:
NBR 5410 Instalações Elétricas de Baixa Tensão – Novembro/1997

4.2.2 Tipos de sistemas de distribuição


Os sistemas de distribuição são determinados em função do:
a) esquema de condutores vivos;
b) esquema de aterramento.
4.2.2.1 Esquemas de condutores vivos
Nesta Norma são considerados os seguintes esquemas de condutores vivos:
a) corrente alternada:
- monofásico a 2 condutores;
- monofásico a 3 condutores;
- bifásico a 3 condutores;
- trifásico a 3 condutores;
- trifásico a 4 condutores;
b) corrente contínua: - 2 condutores;
- 3 condutores;

4.2.2.2 Esquemas de aterramento


Nesta Norma são considerados os esquemas de aterramento descritos a seguir, com as
seguintes observações:
a) as figuras 1 a 5 mostram exemplos de sistemas trifásicos comumente utilizados;
b) para classificação dos esquemas de aterramento é utilizada a seguinte simbologia:
- primeira letra - Situação da alimentação em relação à terra:
- T = um ponto diretamente aterrado;
- I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto através
de uma impedância;
- segunda letra - Situação das massas da instalação elétrica em relação à terra:
- T = massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto
de alimentação;
- N = massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado (em corrente alternada, o
ponto aterrado é normalmente o ponto neutro);
- outras letras (eventuais) - Disposição do condutor neutro e do condutor de proteção:
- S = funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos;
- C = funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor (condutor PEN).

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NOTAS - Nas figuras 1 a 5 são utilizados os seguintes símbolos:

4.2.2.2.1 Esquema TN

Os esquemas TN possuem um ponto da alimentação diretamente aterrado, sendo as massas


ligadas a este ponto através de condutores de proteção. Nesse esquema, toda corrente de falta
direta fase-massa é uma cor-rente de curto-circuito. São considerados três tipos de esquemas
TN, de acordo com a disposição do condutor neutro e do condutor de proteção, a saber:
a) esquema TN-S, no qual o condutor neutro e o condutor de proteção são distintos;
b) esquema TN-C-S, no qual as funções de neutro e de proteção são combinadas em um
único condutor em uma parte da instalação;
c) esquema TN-C, no qual as funções de neutro e de proteção são combinadas em um
único condutor ao longo de toda a instalação.

TN - S

TN - C

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TN - C - S
TN-C-S

4.2.2.2.2 Esquema TT

O esquema TT possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, estando as massas da


instalação ligadas a eletrodos de aterramento eletricamente distintos do eletrodo de
aterramento da alimentação.
Nesse esquema, as correntes de falta direta fase-massa devem ser inferiores a uma corrente
de curto-circuito, sendo porém suficientes para provocar o surgimento de tensões de contato
perigosas.

TT

4.2.2.2.3.1 O esquema IT não possui qualquer ponto da alimentação diretamente aterrado,


estando aterradas as massas da instalação. Nesse esquema, a corrente resultante de uma
única falta fase-massa não deve ter intensidade suficiente para provocar o surgimento de
tensões de contato perigosas.

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4.2.2.2.3.2 A utilização do esquema IT deve ser restrita a casos específicos, como os
relacionados a seguir:

a) instalações industriais de processo contínuo, com tensão de alimentação igual ou


superior a 380 V, desde que verificadas as seguintes condições:

- a continuidade de operação é essencial;

- a manutenção e a supervisão estão a cargo de pessoal habilitado (BA4 e BA5,


conforme 4.3.2.1);

- existe detecção permanente de falta à terra;

- o neutro não é distribuído;

b) instalações alimentadas por transformador de separação com tensão primária inferior


a 1 000 V, desde que verificadas as seguintes condições:

- a instalação é utilizada apenas para circuitos de comando;

- a continuidade da alimentação de comando é essencial;

- a manutenção e a supervisão estão a cargo de pessoal habilitado (BA4 e BA5,


conforme 4.3.2.1);

- existe detecção permanente de falta à terra;

c) circuitos com alimentação separada, de reduzida extensão, em instalações


hospitalares, onde a continuidade de alimentação e a segurança dos pacientes são
essenciais (conforme a NBR 13534);

d) instalações exclusivamente para alimentação de fornos industriais;

e) instalações para retificação destinada exclusivamente a acionamentos de velocidade


controlada.

IT

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4.2.2.2.4 Aterramento de neutro

Quando a instalação for alimentada em baixa tensão pela concessionária, o condutor neutro
deve ser sempre aterrado na origem da instalação.

NOTAS

1 O aterramento do neutro provido pelos consumidores alimentados em baixa tensão é


essencial para que seja atingido o grau de efetividade mínimo requerido para o aterramento
do condutor neutro da rede pública, conforme critério de projeto atualmente padronizado
pelas concessionárias de energia elétrica.
2 Do ponto de vista da instalação, o aterramento do neutro na origem proporciona uma
melhoria na equalização de potenciais essencial à segurança.

5.1.3.1.2 Ligações eqüipotenciais


a) Ligação eqüipotencial principal - em cada edificação deve existir uma ligação
eqüipotencial principal reunindo os seguintes elementos:
- condutor(es) de proteção principal(is);
- condutores de eqüipotencialidade principais ligados a canalizações metálicas de
utilidades e serviços (água, gás aquecimento, ar-condicionado, etc.) e a todos os
demais elementos condutores estranhos à instalação existentes, incluindo os elementos
metálicos da construção e outras estruturas metálicas;
- condutor(es) de aterramento;
- eletrodo(s) de aterramento de outros sistemas (por exemplo: de sistemas de proteção
contra descargas atmosféricas (SPDA), de antenas, etc.);
- condutores de aterramento funcional, se existente.
NOTAS
1 A ligação eqüipotencial principal, via de regra, é realizada pelo terminal de aterramento
principal (ver 6.4.2.4).
2 Quando tais elementos originarem-se do exterior da edificação, sua conexão à ligação
eqüipotencial principal deve ser efetuada o mais próximo possível do ponto em que
penetram na edificação.
3 Os condutores de eqüipotencialidade devem satisfazer às prescrições de 6.4.
b) Ligação eqüipotencial suplementar - se, em uma instalação ou parte de uma
instalação, as condições de proteção definidas em 5.1.3.1.1-c) não puderem ser
respeitadas, deve ser realizada uma ligação eqüipotencial suplementar (ver 5.1.3.1.7).
Esta ligação deve satisfazer às condições indicadas em 6.4.

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