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Texto 7 de tha2

Etnografia é comparável à tradução na medida que tenta torna familiar o que era
desconhecido de outras culturas, sociedades ou linguagem

Crítica à etnografia de se fechar em si própria. Como oferece a interpretação, não deixa espaço
para uma reinterpretação

O paradoxo de o etnógrafo ter que tornar o desconhecido familiar e ao mesmo tempo


preservar esse mesmo desconhecido

A autoridade do etnógrafo dá-se através do recurso a estratégias retóricas para convencer o


seu leitor da veracidade da sua informação

Comparação entre três trabalhos etnográficos, mas apenas um deles efetivamente realizado
por um etnógrafo, com o propósito de dar a entender as estratégias escolhidas por este para
validar as suas teses.

Trabalho de Catlin acerca de rituais de iniciação dos índios Mandan da América do Norte - uso
de hypotyposis - “stylistically blurred” – “it is the visual that gives authority”

Acerca de Goethe, afirma que este dá mais importância a uma verdade eterna do que daria a
uma perspetiva específica, e por isso não narra a sua situação de um ponto de vista de vista
único (afasta-se). Pratica uma espécie de objetividade que não é propriamente o oposto de
subjetividade. É sua tarefa organizar este fenómeno quase infernal através da sua descrição
para que possa ser apresentada aos seus leitores. Apesar de se afastar, mantém sempre
algumas orientações espaciais ou temporais por forma a tornar as suas descrições mais
convincentes. Acrescenta que o decorrer destes festejos faz lembrar fases importantes da vida
humana, e por isso são dignos de serem observados e descritos na busca pela significância
moral.

Já Geertz opta pelo uso de Puns ao longo da sua narrativa como forma de satisfazer o seu
público alvo (que são os seus leitores) mas também para agraciar o lado da fonte da sua
pesquisa. Ao usar o humor, o autor é visto como perdido e alienado, de certa forma, da sua
identidade. É posto num lugar que já nem é o seu mundo, mas ele ainda não o dominou –
trata-se de um espaço liminar que irá construir pela sua etnografia. A dada altura na sua obra,
começa a dialogar com o leitor ao usar a segunda pessoa do singular. Continua com uma
sequência de críticas à etnografia de Geertz, como não contendo bases fiáveis, como sendo
uma perceção construída a partir do ponto de vista construído pelos nativos, etc.

O texto acaba com uma suma da visão do autor sobre o método etnográfico, críticas a esta
mesma e um resumo das críticas apontadas aos três autores.

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