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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

FISICA EXPERIMENTAL I

PÊNDULO GRAVITACIONAL

São Luís - MA

2015
PÊNDULO GRAVITACIONAL

Experimento realizado utilizando a física associada ao movimento


oscilatório do pêndulo simples para calcularmos a aceleração da
gravidade na superfície da Terra e de Marte e compará-los.

São Luís - MA

2015

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................4

REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................4

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL......................................................................5

RESULTADOS........................................................................................................6

CONCLUSÃO.......................................................................................................10

REFERÊNCIAS....................................................................................................10
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INTRODUÇÃO

Um pêndulo simples é um modelo idealizado constituído por um corpo


puntiforme suspenso por um fio inextensível de massa desprezível. Quando um
corpo puntiforme é puxado lateralmente a partir de sua posição de equilíbrio e a
seguir libertado, ele oscila em torno da posição de equilíbrio (Young, 2003).

O pêndulo simples é muito utilizado para medição do tempo. O cientista


italiano Galileu Galilei que foi um dos primeiros a perceber a independência do
pêndulo simples com a amplitude, e assim construiu os primeiros relógios de
pêndulo.

O movimento de um pêndulo simples envolve basicamente uma grandeza


chamada período (simbolizada por T): é o intervalo de tempo que o objeto leva para
percorrer toda a trajetória, ou seja, retornar a sua posição original de lançamento,
uma vez que o movimento pendular é periódico.

Portanto, o experimento tem como objetivo associar os movimentos


oscilatórios do pêndulo simples para calcularmos a aceleração da gravidade em
diferentes superfícies, sempre fazendo a comparação dos resultados obtidos nas
medições realizadas pelos operadores com os padrões presentes na literatura. Além
de fazer os estudos dos erros possíveis para cada grandeza estudada e percebida.

REFERENCIAL TEÓRICO

Período

Na área de física é chamado de período o tempo necessário para que um


movimento realizado por um corpo volte a se repetir. Por exemplo, em um relógio de
pêndulo, o período do pêndulo é determinado pelo tempo que este leva para realizar
o movimento de ida e de volta. Nota-se que, depois deste período, o pêndulo fará o
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mesmo movimento novamente, ou seja, se repetirá. O período é usualmente


representado pela letra T. O inverso do período é chamado de frequência.

Ou seja: No Sistema internacional de unidades (SI), o período é medido em


segundos (s)

Fórmula do Período para pequenas oscilações

Para pequenas oscilações, a aproximação fornece a seguinte


expressão para o período do pêndulo:

(2.1)

T: período

L: comprimento do fio

g: aceleração da gravidade

Vale lembrar que o período do pêndulo não depende da massa e que o fio
tem que ser inelástico e de massa desprezível para que não altere o período(T).

Utilizando a equação 2.1, pode mos chegar a equação para obtenção da


aceleração gravitacional denotada por

g= 42L (2.2)
T2

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Materiais utilizados

Os materiais utilizados para a prática foram:


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 Conjunto variable-g-Pendulum;
 Trena;
 Cronômetro.

Detalhes do experimento

Iniciou-se o experimento medindo o comprimento do pendulo com a fita


métrica, de uma extremidade a outra, por cinco vezes. Usando esses dados,
calculamos a média e definimos o valor para comprimento do pêndulo(L).

Posicionamos o equipamento sobre a bancada, devidamente nivelado,


evitando inclinações e possíveis erros no procedimento, ajustou-se o ângulo para 0°
pra medirmos a aceleração da gravidade na superfície da Terra e mediu-se o tempo
para o pendulo realizar 10 oscilações utilizando o cronometro.

Repetiu-se o procedimento anterior, agora ajustado para 67,7°, simulando


assim a aceleração da gravidade na superfície de Marte.

Indiretamente fizemos a inferência de tempo de uma só oscilação, baseando-


se sempre em suas respectivas acelerações superficiais.

RESULTADOS
Após medição feita por cada componente da equipe para comprimento do pêndulo
obtivemos os seguintes valores apresentados na tabela 01.

Aluno1 34,4 34,4 34,4 34,4 34,4


Aluno2 34,5 34,5 34,5 34,5 34,5
Aluno3 34,5 34,4 34,4 34,4 34,4
Aluno4 34,4 34,4 34,4 34,4 34,4
Aluno5 34,4 34,4 34,4 34,4 34,4
Tabela 01-Medição do comprimento do pêndulo em cm

Medidas do tempo em segundos para cada repetição (10 oscilações), com


seus respectivos ângulos e posteriores valores inferidos indiretamente para cada
oscilação.
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Aluno 9,78 11,12 10,68 10,83 10,98 11,37 11,52 11,28 11,16 11,28
1
Aluno 10,25 10,06 10,50 10,19 10,31 10,13 11,47 10,00 10,22 10,21
2
Aluno 11,35 11,34 11,28 11,38 11,47 11,38 11,32 11,40 11,37 11,41
3
Aluno 11,44 11,44 11,56 11,50 11,53 11,50 11,47 11,46 11,59 11,53
4
Aluno 11,18 11,38 11,41 11,59 11,31 11,43 11,07 11,37 11,44 11,41
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Tabela 02 – Tempo medido (segundo) para dez oscilações a 0° de inclinação

Aluno1 0,978 1,112 1,068 1,083 1,098 1,137 1,152 1,128 1,116 1,128
Aluno2 1,025 1,006 1,050 1,019 1,031 1,013 1,147 1,000 1,022 1,021
Aluno3 1,15 1,134 1,128 1,138 1,147 1,138 1,132 1,140 1,137 1,141
Aluno4 1,14 1,144 1,156 1,150 1,153 1,150 1,147 1,146 1,159 1,153
Aluno5 1,118 1,138 1,141 1,159 1,131 1,143 1,107 1,137 1,144 1,141
Tabela 03 – Tempo medido (segundo) indiretamente para dez oscilações a 0° de inclinação

Calculando-se a média do tempo, obtemos: T= 1,112seg e seu desvio médio


= 0,002 para superfície da Terra.

Aluno 18,47 18,06 18,10 17,97 18,19 18,00 18,06 18,16 18,16 18,34
1
Aluno 18,31 18,60 18,35 18,47 18,34 18,22 18,22 18,28 18,16 18,38
2
Aluno 18,32 18,25 18,06 18,09 18,01 18,32 17,94 18,00 18,07 18,03
3
Aluno 18,78 18,06 18,25 18,06 18,60 18,75 17,88 17,69 18,00 17,97
4
Aluno 18,22 18,25 18,18 18,41 18,25 18,28 18,28 18,09 18,45 18,25
5
Tabela 04 – Tempo medido (segundo) para dez oscilações a 67,7° de inclinação
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Aluno1 1,847 1,806 1,810 1,797 1,819 1,800 1,806 1,816 1,816 1,834
Aluno2 1,831 1,860 1,835 1,847 1,834 1,822 1,822 1,828 1,816 1,838
Aluno3 1,832 1,825 1,806 1,809 1,801 1,832 1,794 1,800 1,807 1,803
Aluno4 1,878 1,806 1,825 1,806 1,860 1,875 1,788 1,769 1,800 1,797
Aluno5 1,822 1,825 1,818 1,841 1,825 1,828 1,828 1,809 1,845 1,825
Tabela 05 – Tempo medido (segundo) indiretamente para dez oscilações a 67,7° de inclinação

Calculando-se temos media = 1,821 e desvio médio= 0,0004 para superfície


de Marte.

1) Resultado do comprimento do pendulo na forma ℓ = ℓℓ̅ ± �ℓ :

Desvio padrão = e Média =

De acordo com essas fórmula, temos

ℓℓ̅ = 34,43 (somatório dos valores da tabela 1 dividido por 25)

�ℓ = 0,42 (desvio padrão dos comprimentos da tabela 1)

ℓ = 34,43 – 0,42 = 34,01

ℓ = 34,43 + 0,42 = 34,85

2) Período do pendulo simples

- Para a Terra: Admitindo L = 34,43 (média dos comprimentos) e g = 978,9 cm/s 2,


temos T = 1,18 seg.

- Para Marte: L = 34,43 e g = 371,1cm/s2, temos T = 1,91seg.


Comparando-se os desvios obtidos pela tabela 3 e tabela 5, verificamos que os
valores obtidos pela formula do período simples para cada superfície encontra-se no
limite de incerteza estabelecido.
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3) Utilizando a equação do cálculo do período, sabemos que:

4 2
g 2
T

g= 975,19 cm/s2, para a Terra

g= 372,21 cm/s2, para Marte.

Cálculo do erro:

g medido  g padrão
 .100%
g padrão

Cálculo do erro padrão da gravidade na Terra:

975,19  978,9
  .100%
978,9

= 0,37%

Cálculo do erro padrão da gravidade em Marte:

372,21  371,1
  .100%
371,1

= 0,29%
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CONCLUSÃO

No cálculo da aceleração da gravidade, a porcentagem de erro encontrada


foi de 0,37 % para a superfície da Terra e de 0,29% para a superfície de Marte,
esse erro deve-se a fatores que podem ter comprometido a exatidão do resultado
da experiência como a percepção visual na hora de definir o valor do comprimento
do fio do pêndulo, a habilidade psicomotora de cada integrante do grupo para
soltar o pêndulo na mesma amplitude, entre outros. Diante de todos os resultados
obtidos, o experimento nos proporcionou resultados satisfatórios dentro das
margens de erro estabelecidas nos cálculos.

REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert e KRANE, K.S. Física 2. 4° edição: Rio de


Janeiro, Ed. LTC, 1996.

NUSSENZVEIG, H. M. - Curso de Física Básica 2 - Fluidos, Oscilações e Ondas e


calor. 4ª Edição. Edgard Blücher Ltda, 2002.

SERWAY, Raymond A. et al. Princípios de Física: movimento ondulatório e


termodinâmica. CENGAGE LEARNING, São Paulo, p.423-424, 2008.

WATARI,Kazunori, Mecânica Clássica. Vol 2 , Livraria da Física, São Paulo, 2003.

YOUNG, Hugh D. et al. Física II: termodinâmica e ondas. PEARSON, São Paulo,
10º ed. p.49, 2003.

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