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A PARCERIA DO PSICOPEDAGOGO COM A ESCOLA E A FAMÍLIA.

SANCHES. Fernanda D Alessandro. A Parceria do Psicopedagogo com a escola


e a família: Dificuldade de Aprendizagem, incluindo crianças com Transtorno do
Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), 2017. 13, pg. Artigo Cientifico/Pós-
Graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional-Faculdade Associada Brasil-
FAB, São Paulo-SP-2017.

RESUMO
O mundo tem se expandido rapidamente e a pressão sobre os indivíduos de um modo
geral tem aumentado significativamente. Hoje o que se espera é que o indivíduo seja
participativo, tenha senso crítico, saiba dirigir a palavra a outrem de forma aclarada,
mantendo sua postura e a compreensão. Com base nessa premissa, é possível
entender a real importância do desenvolvimento do indivíduo, justamente por dar
condições ao mesmo de enfrentar as circunstâncias que virem ocorrer em sua vida,
com maior desenvoltura por conta de sua capacidade de lidar com fatos e pressões
do dia a dia. O psicopedagogo, tem como objetivo básico contribuir para o sujeito, a
escola ou a sociedade tenha uma construção do conhecimento, para assim o
processo de aprendizagem seja eficaz, onde abrange as suas dificuldades
relacionadas à pratica pedagógica no atendimento das necessidades individuais de
cada ser humano.

Palavra-chave: Aprendizagem; Crítico; Desenvoltura; Dificuldade.

ABSTRATC
The world has rapidly expanded and the pressure on individuals in a general way has
increased significantly. Today what is expected is that the individual is participatory,
have a critical sense, know how to direct the word to others in a clear way, maintaining
their posture and understanding. Based on this premise, it is possible to understand
the real importance of the development of the individual, precisely by giving the same
conditions to face the circumstances that come to occur in his life, with greater
resourcefulness on account of his ability to cope with facts and pressures of the day to
Day. The psychoeducationalist, aims at contributing to the subject, the school or
society has a knowledge construction, so the learning process is effective, where it
covers its difficulties related to the pedagogical practice in the attendance of the
individual needs of every human being.
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Keyword: learning; Critical; Resourcefulness; Difficulty.

INTRODUÇÃO
As maneiras de a escola instruir, de como ela vê o ensino, e a sociedade no
geral. Ou qual o tipo de pessoa que ela espera educar, se é para modificar a sua
realidade, ou só para produzir o que já tem. Se a maneira que a escola, e os docentes
veem, for transformadora e inclusiva nascera uma percepção de que, as crianças são
pessoas diferentes que possuem dificuldades, e com o auxílio e ajuda especializada
irão poder resolver ou suavizar as limitações que deparam nos seus caminhos
educacionais.
Neste percurso de compreensão, e respeito, das crianças que tiverem
determinada dificuldade para instruir-se, entra à psicopedagogia, que proporciona
contribuições, e portas para que elas possam ter um estudo, e uma leitura detalhista
das tecnologias cognitivas, e das estruturas psicológicas que elas apresentarem em
alguma dificuldade na aprendizagem.
O Psicopedagogo pode apresentar um olhar voltado para o educando, em suas
características cognitivas e afetivas, ampliando a construção, sistematizando
tecnologias que tendem a construir saberes com vínculos à realidade do aluno sem
deixar de proporcionar as outras metodologias, permitindo o seu desenvolvimento
amplo, que não elimina, nem afasta os que têm dificuldade em aprender.
O trabalho interdisciplinar traz auxílio para o ensino, e respeita as
particularidades individuais de cada educando, no processo educativo. Trazendo um
olhar justo, que humaniza, abriga, e descobre o que muitos almejam, ocultam ou que
até mesmo não tem conhecimento por não ter de interesse, empenho, ambição ou
ciência, por esse motivo o trabalho do Psicopedagogo em conjunto com a escola e a
família torna-se de suma importância para amenizar ou quem sabe sanar algumas
dificuldades na aprendizagem inclusive ajudando a melhorar a qualidade de vida de
crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
A relação família-escola tem objetivo alcançar o sucesso ensino-aprendizado
dos alunos, pais ausentes em reuniões pedagógicos indicam que não há um
acompanhamento na vida escolar de seus filhos. Diante disso observamos a
importância da interação família, escola e especialistas. Analisando qual o papel da
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família no aprendizado escolar de seus filhos e a influência na interação família-


escola.
Foi comprovado que o desempenho escolar dos filhos, independente das
classes sociais está coligada na presença assídua da família na escola.
Sendo assim os pais têm que estar inteiramente na escola participando das
atividades para que juntos família, escola e Psicopedagogo, possa ajudar no
desenvolvimento da aprendizagem promovendo o bem-estar a todos,

METODOLOGIA
A natureza da pesquisa é de cunho exploratória, sendo realizada através
pesquisas bibliográficas baseadas em outros conceituados como Ana Paula Souza;
Mário José Filho; Maurice Tardif; Içambi Tiba. Para assim facilitar o entendimento do
assunto em questão.

FAMILIA E ESCOLA: Atribuições e expectativas para uma aprendizagem


significativa.
Segundo Santos (1997) a pesquisa apontou que, segundo a percepção geral
dos pais, os professores são responsáveis diretamente pela qualidade de ensino, pela
disciplina na sala de aula, pela motivação dos alunos e pelo sucesso ou fracasso
escolar.
Dessa forma, os professores são analisados pelos pais, algumas vezes de
forma positiva, outras de forma negativa, os pais que têm seus filhos com sucesso
escolar remetem este sucesso a seus filhos, vendo os professores com bons olhos,
pois não veem motivo para criticarem esses professores. Já os pais que têm seus
filhos sofrendo com o insucesso escolar, veem os professores com indiferença e
remetem a eles a culpa do insucesso de seus filhos.
A família alega que trabalha cada dia mais e espera que os professores
instruam e eduquem seus filhos e transmitam valores tanto morais quanto princípios
éticos e padrões de comportamento.
A participação da família poderia incentivar um melhor desempenho no
processo de aprendizagem, refletindo, assim, no contexto social. A escola está
sobrecarregada com uma formação ampla, o que acaba interferindo na sua função de
ensinar os conteúdos curriculares. Os professores acreditam que a família deveria
estabelecer limites e ensinar a seus filhos os princípios básicos nas relações de boa
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convivência com as pessoas e, ainda, hábitos de boa alimentação e higiene pessoal.


A participação da família na escola pode ser comprometida em função das cobranças
que a escola faz.
A escola tem a responsabilidade de entender que o modelo familiar mudou,
assim, a escola precisa ser o espaço de formação e preparação das novas gerações
e os professores precisam se aproximar de seus alunos tendo o apoio constante da
família.

À IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA EDUCAÇÃO


Este tema ocupou espaço nas revistas de divulgação; isto pode ser observado
nas reportagens das capas de três das principais revistas da cidade de São Paulo:
Revista Veja (1997): “ Sem tempo para os filhos – como mães e pais que trabalham
demais podem valorizar as poucas horas que passam com as crianças” ; Isto é (1997):
“Prepare seu filho – a escola vai mudar” ; e Revista da Folha (1997): “ Geração
Pestinha – cheias de vontades, crianças impõem suas próprias regras e rejeitam cada
vez mais as ordens de pais e professores”, além de muitas outras não citadas aqui.
Na literatura cientifica, um vasto material de pesquisa bibliográfica sobre este
assunto foi revisto por Ehrlich (1981). Um primeiro ponto levantado pelo autor em seu
trabalho foi o de que o envolvimento dos pais na educação pode ser considerado um
elemento primordial na ligação entre a casa e a escola, segundo os pesquisadores
Schaefer e Edgerton e Mize (Ehrlich 1981). Tal colocação também é aceita por Gray;
Grotberg; Hess; Rollim e Thomas (Ehrlich 1981) que afirmam serem os pais os
agentes de maior importância no desenvolvimento social, afetivo, intelectual e
acadêmico dos filhos.
Um importante estudo nesta área foi realizado por de Coleman. Este percebeu
que:
A escola exerce pouca influência no desenvolvimento da criança que
possa ser considerada independente de seu contexto social maior.
Neste, estão incluídos tanto os pais, como a sociedade na qual a
criança cresce. (COLEMAN, p. 325).

Comer e Haynes (1991) também apontaram que a participação dos pais na


educação é essencial para o desenvolvimento escolar de seus filhos. Para estes
autores, é a família que promove o suporte social, cultural e emocional das crianças.
Assim sendo, as escolas deveriam criar condições e oportunidades para que
os alunos tenham interações positivas com os adultos que os criam de forma a
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melhorar suas experiências em casa, o que beneficiaria as atividades realizadas na


escola.
Diversos pesquisadores buscaram identificar os fatores que contribuem e estão
mais especificamente ligados ao desempenho escolar dos alunos em idade escolar.
Pesquisas importantes foram realizadas por Gordon, Greenwood, Vare e Olmstead
(Ehrich 1981), nas quais constatou – se três fatores que exercem grande influência
nos comportamentos das crianças em relação à escola: fatores democráticos,
cognitivos e afetivos.
Com estes dados, Friedman (Ehrlich 1981) afirma que estas variáveis, assim
como o processo pelo qual a família negocia autoridade, a variedade de recompensas
e punições oferecidas e o clima psicológico e interpessoal da casa influenciam as
atitudes das crianças em sala de aula.
Uma importante descrição deste aspecto foi feita por Bronw (Ehrlich 1981):
Quando há mutualidade e calor na casa, as crianças sentem-se
seguras. Elas ficam confortáveis para explorar seu meio ambiente,
fazer pergunta sobre si mesma, dividir sentimentos e pensamentos e
mostrar entusiasmo para realizarem atividades com outras crianças.
Uma atitude positiva em relação à educação e experiência é o que
advém destas crianças.

Adversamente, um comportamento erradico em sala de aula pode resultar de


a maneira dos pais conduzirem a disciplina em casa, como aponta o mesmo autor:
Padrões familiares que são contraditórios ou inconsistentes podem
resultar em crianças que distorcem também as normas em sala de aula.
Um pai dominador que determine regras estritas para a criança, (...),
mas que a mãe reage de forma oposta, acaba por produzir crianças que
não aderem às regras escolares ou o fazem de forma inconsistente
(p.51).

Um dado muito interessante apontado por Sutherland (1991) são as


descobertas realizadas por Coleman, comparando a educação asiática e americana.
Verificou-se que os asiáticos tinham melhor rendimento que os americanos, dado que
apresentavam grande necessidade de ascendência social (objetivo definido) e seus
pais lhes incutiam uma forte motivação para que estudassem com afinco. Estes se
interessam muito tempo estudando junto a estes.
Vale ressaltar neste contexto, a afirmação de Salgado (1989):
Cumpre lembrar a importância essencial do estabelecimento de
relações saudáveis entre as experiências cotidianas dos usuários –
alunos e pais dos serviços educacionais e os conhecimentos
especializados dos educadores e outros profissionais envolvidos na
solução de problemas ligados à área educacional (p19).
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Tal posição é reforçada por Gomes (1980) ao apontar que “a partir de uma
relação viva e consciente com a comunidade poderá ser assegurada uma condição
para que a escola atue como fator de mudança social. ” (p.30). Estas duas colocações
acima dizem respeito mais ao âmbito político, à esfera de relação escola-comunidade,
em termos de promover-se a construção de uma sociedade mais conscientizada.
Amatae e Fabrick (1984); Downing (1983) e Nicoll (1984) chegaram a sugerir
que a escola ofereça serviços de orientação familiar por seus próprios profissionais.
Bem, se por um lado isto pode ser considerado como mais uma sobrecarga, mais uma
atribuição da escola, pode ser visto também como uma forma desta conseguir alguns
importantes resultados em termos de uma elevação nos níveis de comunicação e
saúde mental á suas comunidades, o que interessa certamente à escola. Os autores
defendem que este tipo de serviço permite que seja oferecida uma maior assistência
à família para que esta reconheça seus padrões de comunicação, entenda os
comportamentos da criança e melhore seu relacionamento interno.
Simon (1984) também assinala a importância do trabalho de orientação familiar
afirmando que:
A experiência de trabalho com profissionais da área de saúde mental
e do pessoal ligado à área escolar confirmam a importância do
trabalho de encontros com os pais. Em muitas situações em que sérios
problemas de comportamentos são exibidos, a participação dos pais
nas intervenções realizada é fundamental para que se consiga o
resultado desejado, uma significativa mudança no comportamento da
criança ou adolescente. Entre a literatura psicológica e de
aconselhamento, pode ser observada uma explosão de trabalhos
teóricos e práticos sobre terapia familiar (p. 612).

Erbe e Hudley – Hayes (Johnson 1994) indicam para o fato de que as escolas
estão aumentando seu interesse em convocar mais os pais a participar de suas
atividades, criando verdadeiras estratégias de interação, com todo um trabalho
sistematizado.
Reforçando também a importância da participação direta dos pais educação
dos filhos, vale destacar as pesquisas de Epstein; Henderson (1987; 1988); Ciriello;
Dornbusch e Ritter; Cotton e Savard e Hart (Johnson 1994). Todos estes autores
concordam em que, quando esta é mais efetiva e comprometida, passa a ser um dos
fatores centrais da melhoria do rendimento (nota e participação) e andamento escolar
(comportamento e atitudes gerais).
Minner, Prater e Beane (1989) afirmam exatamente este mesmo ponto de vista:
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Muitos educadores concordam que trabalhar cooperativamente e


ativamente com os pais aumenta a possibilidade de que a criança
tenha uma experiência de vida escolar bem-sucedida (p. 619).

O recebimento de informações ocorre dentro da sala de aula, mas a construção


de hábitos, principalmente os de esforços disciplina e respeito, começam dentro das
casas, no seio da família, que deve fazer também sua parte.

INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NA INSTITUIÇÃO


O psicopedagogo se utiliza de determinados recursos para compreender
algumas dificuldades de aprendizagem. Na visão psicopedagógica os transtornos de
aprendizagem são vistos como um sintoma, que podem ser revertidos, onde o papel
do psicopedagogo é ajudar esse sujeito a se encontrar e se equilibra para um efetivo
desempenho da aprendizagem.
A intervenção psicopedagógica é uma forma de ajudar aqueles que por
diferentes razões não conseguem aprender, utilizando-se de um método individual
para cada sujeito é através das hipóteses diagnosticadas que o psicopedagogo irá
criar propostas de intervenção para que as dificuldades de aprendizagem diminuam
ou desapareçam.
Rubinstein, apud Fermino, 1996, p.128 fala que:
“O psicopedagogo é como um detetive que busca pistas, procurando
selecioná-las, pois algumas podem ser falsas, outras irrelevantes, mas
a sua meta fundamentalmente é investigar todo o processo de
aprendizagem levando em consideração a totalidade dos fatores nele
envolvidos, para, valendo-se desta investigação, entender a
construção da dificuldade de aprendizagem. ”

O psicopedagogo precisa permanecer livre de qualquer influência ou conceitos


que possam existir, ficar livre de qualquer emoção, visão, e, sobretudo conhecer e
selecionar tudo o que ocorreu, e discernir para poder interferir, contribuir, organizar
planos de trabalho com os alunos no método educacional.
As escolas existem para atuar no mundo na sociedade, e na biografia em que
o seu desempenho se torna definitivo na existência das pessoas. Grande parte de
nossas vidas ocorrem dentro das escolas, e elas tem ações, intervém, e interatua
incluso nesse ensino que chamamos de instrução.
Para diversas pessoas, este convívio escolar é agradável, porém para outras é
doloroso, porque se deparam com dificuldades para estudarem. Às vezes não são
entendidos, são rotulados e abandonados para trás no método da aprendizagem, em
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que, diversas ocasiões eles precisam é de uma visão diferente, alguma pessoa que
compreenda suas dificuldades, e que deixe de lado os (pré) julgamentos e os rótulos
que lhes ofereceram no proceder da sua história escolar.
Partindo desta expectativa de colaboração é que, o psicopedagogo institucional
opera, com os problemas nos graus de aprender muitas vezes do professor como do
aluno. Agindo nas circunstâncias de aprendizagem que acontecem nas condições
externas e internas.
A escola, apresentando como base a mediação psicopedagógica, pode
proporcionar novos aspectos, e aproximações de trabalhos, desenvolvendo as
competências dos educandos, preparando táticas de educações junto aos
educadores, proporcionando, portanto, uma sugestão interdisciplinar.
O psicopedagogo ajuda no reconhecimento das dificuldades no método de
estudar, passando as dificuldades em aprender através de ferramentas, e métodos
específicos, associando a vários campos, procurando bases para responderem as
síndromes, e as lamentações dos educandos e educadores.
Deste modo, o trabalho do psicopedagogo torna-se mais verdadeiro a
probabilidade do acolhimento, do descobrimento, dos exercícios, das metodologias,
do entender-se como pessoa que pode, e que tem direito de estudar, de se encaixar
e ser colocado na escola de maneira influente, ativa em que a sua condição de
cidadão é respeitada.

CRIANÇAS COM TDAH E SUAS DIFICULDADES.


Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, é um transtorno de
desenvolvimento, com características básicas de falta de atenção, hiperatividade,
podendo apresentar-se em grau levado ou leve, mas não existe apenas uma única
forma de TDAH, ela também sofre alterações com o tampo afetando a criança na
instituição escolar, no ambiente familiar e num modo geral reflete na sociedade em
que está inserido, prejudicando seu relacionamento com todos a sua volta.
A criança diagnosticada com Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade, não tem facilidade de seguir instruções, falta muita concentração nas
atividades em geral e acabam dispersando de coisas importantes, tais como na sala
de aula com seus deveres escolares, prejudicando assim seu rendimento na escola,
não é organizado, fala excessivamente, tem muita dificuldade em esperar a sua vez
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em brincadeiras, filas etc.., sendo muito ativo, não consegue ficar parado, pois é muito
inquieto.
As crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, é
considerado com necessidades educacionais especiais. Para essas crianças terem
oportunidades de aprenderem igualmente os demais colegas é necessário
adaptações e estratégias utilizadas pelo professor dentro da sala de aula que busque
diminuir comportamentos indesejáveis que prejudiquem mais ainda seu desempenho
nas atividades, deve se ter mais aulas atrativas para que consiga prender a atenção
do mesmo e se possível fazer com sua o aluno sente-se na primeira carreira da fila,
ter o menor número de alunos na sala de aula, ter o máximo de silêncio possível no
ambiente, evitar distrações com essa criança entre outras estratégias que o docente
poderá lançar mão para que ameniza a defasagem ensino dessa criança, Mas o
principal é que a família deve ser orientada a procurar ajuda, um atendimento
especializado para ter continuidade e complementar o trabalho pedagógico da sala de
aula.

A INTERVENÇAO PSICOPEDAGÓGICA EM CRIANÇAS COM TDAH


A intervenção psicopedagógico em crianças com Transtorno do Déficit de
Atenção com Hiperatividade, deve ser cautelosa e persistente pois, o que se espera
do profissional é que as dificuldades de aprendizagem sejam superadas para que a
criança conquiste seu desenvolvimento cognitivo, afetivo, moral e físico.
A psicopedagogia surgiu com o objetivo de cobrir as lacunas deixadas pela
educação escolar e de criar estratégias que viabilizem sanar ou diminuir as
dificuldades de aprendizagem, seja, ela na vida escolar ou social do indivíduo,
propondo estratégias de intervenção educativas, para uma aprendizagem
significativa.
O psicopedagogo deve trabalhar em conjunto com a escola e a família,
orientando e oferecendo possiblidades pedagógicas que favoreçam a integração do
aluno com o aprender, em seus aspectos emocionais, cognitivos e psicossociais.
As dificuldades encontradas durante o diagnóstico psicopedagógico devem ser
pesquisadas como surgiram, quais as limitações que o indivíduo possui, suas
habilidades e distúrbios, para que assim seja definido à abordagem que será utilizada
e se é de caráter terapêutico ou preventiva. (BOSSA, 2000).
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É importante que o psicopedagogo avalie a criança com Transtorno do Déficit


de Atenção com Hiperatividade, considerando a realidade objetiva e subjetiva que
está entorno da criança no seu processo de ensino/aprendizagem, orientando o
professor a maneira apropriada e facilitada da criança aprender, também é importante
que o professor reorganiza o tempo das atividades dessa criança, lhe proporcione
atividades prazerosas, que explique detalhadamente as tarefas escolares,
estimulando de maneira correta e em tempo integral, a família, o professor e o
psicopedagogo deve ajudar a criança na construção do saber.
O profissional pode focalizar dificuldades específicas da criança, em
termos de habilidades sociais, criando um espaço e situações para
desenvolve-las, por meio da interação com a criança por intermediário
de qualquer atividade lúdica. (BENCZIK, 2000, pág. 92).

Abaixo citaremos algumas atividades que podem ajudar na intervenção com


crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, São eles:
 Jogos de regras: com isso a criança aprende a submeter-se as regras e norma
desenvolvendo habilidades como raciocínio, esperar sua vez, aprender a ouvir,
ganhar e perder, etc.;
 Jogos de quebra-cabeça: atenção aos detalhes, planejamentos entre outros;
 Jogos de memória: estimula o pensamento e a memorização.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Baseadas, Eulália Huquet, Tereza, Marrodán, Maite, Olivan, Marta: Rossell, Mireia
Planas Montserrat; Seguer, Manuel; Uilella, Maria, Tradução: Neve, Beatriz Afonso:
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BENCZIK, E. P. B. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade. Atualização


Diagnóstica e Terapêutica. Um guia de orientação para profissionais. São Paulo:
Casa do Psicólogo. 2006.

BOSSA, Nadia A. Dificuldade de Aprendizagem: O que são? Como tratá-las?


Porto Alegre: Artmed, 2000.

CIASCA, S. M., RODRIGUES, S., SALGADO, C. A. TDAH: Transtorno do Déficit de


Atenção e Hiperatividade. Rio de Janeiro: Editora: Reviter, 2010

Fermino Fernandes Sisto... (ET AL). Atuação psicopedagógica e aprendizagem


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GORDANI, Ana Maria. As Famílias Brasileira: Mudanças e Perspectivas: Caderno


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Simbolismo e jogo. Porto Alegre: Prodil, 1994.

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ROCHA, Claudia de Souza; MACEDO, Claudia Regina. Relações família & escola,
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no desenvolvimento educacional. Universidade Estadual Paulista. Brasil, 2008.

SZYMANSKI, H. A relação família/ escola – Desafios e perspectivas. 2ª Ed.


Brasília: Líber, 2007.

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TIBA, Içami. Ensinar aprendendo: como superar os desafios do relacionamento


professor/ aluno em tempos de globalização. São Paulo: Gente, 1998.

Weiss, Maria Lucia Lemme. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnostica dos
problemas de aprendizagem escolar\5 ed. Rio de Janeiro DP E A, 1999.
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