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ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO


SUBSECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENV. DE RECURSOS HUMANOS PARA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO

A INFORMÁTICA
NA ESCOLA

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1. Justificativa

A medida que a sociedade mergulha na “era da informação”, aumenta a necessidade de se


incrementar a velocidade do aprendizado, bem como de disponibilizar informações a todos,
mesmo nos locais mais remotos. As primeiras experiências com Ensino a Distância (EAD)
foram feitas com a utilização da correspondência, com o passar do tempo foram incorporados o
rádio e a televisão, contudo todos esses recursos apresentavam a grande dificuldade de não
permitir uma interatividade com o sujeito do aprendizado.

Com o advento e a divulgação da Internet, que passou a oferecer novos recursos e o avanço
das tecnologias de comunicações, o Ensino a Distância pode ser reavaliado como um processo
de aprendizado cooperativo intensificando a troca de informações entre os participantes.

Tendo uma característica hipertextual, na qual se combinam o texto, a imagem, o som e


animação, com rapidez e flexibilidade, a Internet, tem uma capacidade muito grande de
interação com o usuário. Permite também formas de comunicação, como o correio eletrônico,
listas de discussão, chats, viabilizando a aprendizagem através da interação de muitas
pessoas, independente da localização geográfica que cada uma esteja.

A democratização e a facilidade do acesso a escolarização são idéias básicas na educação a


distância, não como um complemento as atividades do sistema regular atual, mas de forma
permanente, continuada. Esse é um dos desafios que a sociedade atual, mergulhada no
desenvolvimento tecnológico e premida pelo desenvolvimento econômico, nos apresenta.

Com base nisso, a Secretaria de Estado de Educação de Minas vem desenvolvendo esforços
no sentido de viabilizar a utilização constante da informática pelas escolas, e assim está
implementando um Ambiente Virtual de Aprendizagem, para desenvolver seus Projetos
Estruturados: PDP, PDPI, Escola Referência, Escola Viva-Comunidade Ativa e Progestão.
Desta maneira, todos os servidores de diversas localidades do Estado estão tendo acesso às
mais variadas informações, através de recursos de interatividade.

Assim sendo, a idéia do Ambiente Virtual de Aprendizagem é criar uma ferramenta de auxilio à
aprendizagem, que propicie a interação, a colaboração e a avaliação e, principalmente, que
possibilite a inclusão de conteúdo produzido pelos próprios usuários (alunos e professores), de
forma organizada e de fácil acesso.

Além desta inovação, a SEE-MG em parceria com o MEC, continua implementando o


Programa Estadual de Informática na Educação, que tem como objetivo a incorporação da
informática nas escolas, trabalhando em três eixos básicos:

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 Integrar as iniciativas já existentes, buscando a sinergia que otimiza os recursos já disponíveis
e multiplica o alcance dos esforços individuais.
 Incorporar a Informática na cultura da escola pública, impulsionando a instituição de ensino
no sentido da evolução da sociedade atual.
 Mudar os paradigmas da educação escolar, introduzindo novos conceitos, incluindo novas
mídias educativas, que subvertem velhas fórmulas de relações interpessoais e intrapessoais no
ambiente de aprendizagem na comunidade escolar.

O caminho é horizontalizar a comunicação, intercambiando experiências e valorizando a


pluralidade das idéias.

2. Pressupostos Pedagógicos da Informática na Educação

O Programa Estadual propõe ações para a implantação/implementação da Informática


Educativa nas escolas públicas do Estado de Minas Gerais. Procurou-se traçar os meios
necessários para o alcance dos objetivos quantitativos e qualitativos, visando construir uma
relação cada vez mais efetiva entre educação e as tecnologias da informação.

A melhoria do sistema educacional exige uma atuação em múltiplas dimensões no que se


refere às instalações físicas e recursos materiais e humanos. Apenas o domínio da tecnologia
não é a solução para os problemas ligados ao cotidiano do homem, à sua percepção do
mundo, à busca de soluções e de alternativas para o alcance dos objetivos educacionais
necessários para a formação do cidadão do século XXI.

Muitos dos requisitos ou habilidades necessárias para o desenvolvimento de atividades no


próximo milênio são desconhecidos, uma vez que, segundo algumas pesquisas, a maioria das
funções atuais terão desaparecido. Entretanto, podem-se citar algumas competências
necessárias:

 Capacidade para localizar, acionar e usar as informações acumuladas;

 Habilidade em leitura, escrita e cálculos matemáticos;


 Capacidade de análise crítica dos meios de comunicação de massa;
 Capacidade de desenvolver trabalhos cooperativos;
Bons hábitos profissionais como responsabilidade, pontualidade, flexibilidade, civilidade.

O que se evidencia no sistema escolar é a existência de uma distância (pode-se dizer mesmo
um abismo) entre a linguagem básica (alfabética, gráfica) que a escola ensina e as novas
linguagens teleinformáticas (magnéticas, musicais, simbólicas...) que os estudantes aprendem
e das quais se apropriam com uma facilidade inusitada.

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A rapidez das mudanças em todos os setores da sociedade (científico, cultural, tecnológico..)
exige uma reflexão sobre as concepções de educação e uma revisão metodológica, buscando
apreender o universo cultural e ideológico.

A articulação de velhos e novos modelos e concepções de educação tornam-se essenciais,


buscando formas de articular a tecnologia com a educação, avançando em direção a
constituição de um sistema educativo que privilegie o respeito às diferenças, aos direitos sociais
e ambientais.

Assim, como é de suma importância o domínio das ferramentas tecnológicas, pelos


professores, para sua utilização pedagógica, estes devem criar situações para que os
estudantes possam “aprender como aprender” usando os recursos tecnológicos e assumindo a
responsabilidade de direcionar seu próprio aprendizado.

Chung (p.91) considera que os novos papéis que alunos e professores devem assumir diante
das novas tecnologias, possibilitam várias estratégias de ensino-aprendizagem, entre elas:

 aprendizagem por descoberta em vez de aulas expositivas


 aprendizagem colaborativa em vez de competitiva, individual ou em grupo
 aprendizagem centrada no aluno em vez de centrada no professor.

Pablos Pon (1994), citado por Tajra (op.cit), define a tecnologia educacional como:

“...uma maneira sistemática de elaborar, levar a cabo e avaliar todo o processo de


aprendizagem em termos de objetivos específicos, baseados na investigação da aprendizagem
e da comunicação humana, empregando uma combinação de recursos humanos e materiais
para conseguir uma aprendizagem mais efetiva.” (p.22)

A adequada articulação entre os recursos tecnológicos e a capacitação de recursos humanos


constitui um desafio para o desenvolvimento das ações do PROINFO no Estado.

As propostas pedagógicas do Programa Estadual de MG apontam para:

 Estimular o desenvolvimento intelectual na análise, raciocínio e solução de problemas, dentro


de uma abordagem pedagógica interdisciplinar.
 Constituir um sistema educacional que estimule o desenvolvimento de cidadãos com novas
habilidades de fazer, de compreender, de refletir e de inventar recursos de forma que os
conhecimentos adquiridos possam ser utilizados no seu cotidiano.

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 Promover uma ação conjunta, integrando o ambiente informatizado ao processo de
aprendizagem do professor e do aluno.
 Abordar a informática educativa não como uma disciplina, nem como processo de
informatização de escolas.
 Possibilitar a comunidade escolar o desenvolvimento de sua capacidade de aprender a
aprender, estimulando a sua autonomia através de projetos temáticos e multidisciplinares que
tenham como fundamento o aprender fazendo, experimentando, criando e, além disso,
construindo estratégias.

Como se pode observar pelo exposto acima, o Programa Estadual enfatiza a formação dos
professores, para que possam utilizar o computador conciliado com o enfoque pedagógico (uso
das tecnologias nas disciplinas do currículo com a finalidade de promover a elaboração,
construção e depuração do conhecimento pelo aluno) com o enfoque social, em que o objetivo
principal é fornecer habilidade de domínio da tecnologia, com a finalidade de aplicar esses
conhecimentos em suas atividades.

Prevê uma utilização abrangente das tecnologias educativas, implicando em uma mudança na
postura da escola, no que se refere à maior integração entre as disciplinas do currículo e uma
mudança do paradigma cartesiano e tradicional, para uma escola ativa, crítica, participativa e
integrada ao ambiente comunitário e global.

3. Estrutura da Informática na Educação na SEE

A diretriz geral é realizada Superintendente de Desenvolvimento de Recursos Humanos para


Educação (SRH): Syene Maria Coelho de Toledo, sendo que a Coordenação Estadual do
Programa de Informática é feita por Beatriz Costa – Diretora da Diretoria de Tecnologias
Aplicadas à Educação (DTAE).

Contatos:
Mônica da Costa Val – responsável pelas orientações básicas sobre o programa estadual de
informática – Telefone: (31)3379-8227 – dtae.proinfo@educacao.mg.gov.br .

Os Núcleos de Tecnologia Educacional- NTE estão instalados nas Superintendências


Regionais de Ensino, que os apoiam pedagógicamente e financeiramente. Cada NTE é
composto de uma equipe formada por multiplicadores (professores com especialização em
informática na educação) e técnicos de suporte, e oferecem suporte pedagógico e técnico para
as escolas de sua abrangência.

Para viabilizar a implementação da informática educativa foram criados:

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 20 NTE no período de 1998/1999;
 4 NTE* em 2002 (só com infra-estrutura e que estarão efetivamente em ação em 2004);
 2 NTE** em 2004 (estarão efetivamente em ação em 2004). Assim distribuídos:

NTE MG 01 – Metropolitana B - Belo Horizonte NTE MG 14 - Ponte Nova


NTE MG 02 – Metropolitana A - Belo Horizonte NTE MG 15 - Pouso Alegre
NTE MG 03 - Diamantina NTE MG 16 - Uberaba
NTE MG 04 - Divinópolis NTE MG 17 - São João del Rey
NTE MG 05 - Governador Valadares NTE MG 18 - Caratinga
NTE MG 06 - Juiz de Fora NTE MG 19 - Poços de Caldas
NTE MG 07 - Montes Claros NTE MG 20 - Coronel Fabriciano
NTE MG 08 - Teófilo Otoni NTE MG 21* - Campo Belo
NTE MG 09 - Uberlândia NTE MG 22* - Caxambu
NTE MG 10 - Varginha NTE MG 23* - Conselheiro Lafaiete
NTE MG 11 - Paracatu NTE MG 24* - Itajubá
NTE MG 12 - Almenara NTE MG 25** - Betim
NTE MG 13 - Passos NTE MG 26** - Metropolitana C - Belo Horizonte
Os NTE estão equipados com computadores, servidores, TV, vídeo, antena parabólica, PC/TV.

4. Atribuições dos NTE

Projetos Ações que envolvem o quadro funcional dos Nte


Envolvidos
 capacitar as equipes das SRE
Intranet  prestar suporte técnico aos usuários
 orientar aos usuários quanto à colocação de conteúdo mínimo
 prestar suporte técnico aos cursistas e tutores
Progestão  orientar os usuários na utilização do ambiente virtual de aprendizagem
 colaborar no desenvolvimento de projetos de ensino que utilizam as
tecnologias da informação e comunicação
Escola Viva  orientar os professores envolvidos no projeto quanto ao uso pedagógico da
informática educativa
 acompanhar os projetos e ações de sensibilização da comunidade escolar:
palestras, visitas, seminários, instrumentos de consulta que utilizam a
informática
 orientar os grupos no ambiente web para o desenvolvimento de uma cultura
PDP de informática entre os educadores prestar suporte na utilização do
ambiente virtual de aprendizagem

Formação de  capacitar alunos monitores das escolas públicas com salas de informática
alunos monitores
 prestar suporte na utilização do ambiente virtual de aprendizagem
Mini-cursos  divulgar e orientar os professores e gestores em suas capacitações por
meio dos mini-cursos
 desenvolver ações de sensibilização da comunidade escolar para a sua
3ª fase Proinfo inclusão no programa de informática educativa;
 orientar e dar suporte técnico para a instalação de novas salas de
informática.

Outras ações:

 Planejar, coordenar e avaliar a utilização da informática educativa no processo ensino


aprendizagem na rede pública de ensino, notadamente nas escolas de sua área de

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abrangência;
 Integrar escolas, utilizando instrumentos tecnológicos visando um trabalho colaborativo e
participativo nos processos de desenvolvimento do conhecimento;
 Assessorar o planejamento técnico-pedagógico das escolas, visando a alcançar os objetivos
educacionais;
 Atuar como centros de demonstração e experimentação em informática educativa, e também
como pólos de irradiação da cultura tecnológica, através de publicações, softwares,
comunicação inter-escolares, encontros anuais e outros;
 Incentivar e orientar o desenvolvimento de trabalhos e pesquisas que busquem a criação de
novas formas de uso do computador como recursos pedagógicos;
 Implantar um sistema de atendimento contínuo e permanente, voltado para orientação
pedagógica e a resolução de problemas técnicos, decorrentes do uso do computador nas
escolas.

5. As salas de Informática
O Estado de Minas Gerais conta atualmente com 1222 salas de informática:
SRE que pertence o NTE SRE que abrangem NTE Nº salas p/ S.R.E.
Metropolitana A NTE MG 02 88
Metropolitana A Sete Lagoas 22
Metropolitana B Metropolitana B NTE MG 01 81
Metropolitana C Metropolitana B NTE MG 26 67
Diamantina NTE MG 03 45
Diamantina Curvelo 20
Divinopólis NTE MG 04 44
Divinopólis Pará de Minas 12
Governador Valadares NTE MG 05 40
Governador Valadares Ganhães 15
Juiz de Fora 45
Juiz de Fora Leopoldina NTE MG 06 12
Ubá 25
Montes Claros 31
Montes Claros Araçuaí 8
NTE MG 07
Januária 21
Janaúba 18

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Araçuaí 14
Teófilo Otoni Teófilo Otoni NTE MG 08 54
Uberlândia 20
Uberlândia Ituiutaba NTE MG 09 10
Monte Carmelo 10
Varginha 26
Varginha Caxambu NTE MG 10 12
Paracatu 30
Paracatu Pirapora NTE MG 11 11
Almenara 37
Almenara Araçuaí NTE MG 12 02
Passos 19
Passos Campo Belo NTE MG 13 14
Ponte Nova 40
Ponte Nova Ouro Preto NTE MG 14 10
Muriaé 24
Pouso Alegre 16
Pouso Alegre Itajubá NTE MG 15 17
Uberaba 29
Uberaba Patrocínio NTE MG 16 12
Patos de Minas 20
São João del Rey 25
São João del Rey Conselheiro Lafaiete NTE MG 17 29
Barbacena 25
Caratinga 23
Caratinga Manhuaçu NTE MG 18 21
Carangola 11
Poços de Caldas 18
Poços de Caldas São Sebastião do Paraíso NTE MG 19 26
Coronel Fabriciano 14
Coronel Fabriciano Nova Era NTE MG 20 09

6. Funcionamento das salas de Informática

O funcionamento das salas nas escolas está diretamente ligado à sensibilidade da direção, no
sentido de incentivar e propiciar condições para que a prática da informática seja incorporada
ao cotidiano escolar.

As escolas com salas de informática podem procurar os NTE a que estão vinculadas para se
inscreverem nos programas de qualificação oferecidos.

Podem ser programados também cursos ou oficinas, nas escolas, com os multiplicadores dos
NTE, atendendo grupos maiores de professores.

As parcerias com as prefeituras, que se interessarem em qualificar seus professores podem


ocorrer, desde que as prefeituras se responsabilizem pelo ônus, incluindo os gastos
necessários ao deslocamento dos multiplicadores ao município.

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Respeitando os horários de uso pedagógico das salas, cada escola pode produzir e formular
seu projeto de utilização da sala de informática, oferecendo cursos à comunidade. Para isso,
pode estabelecer parcerias, envolvendo a Caixa Escolar ou a Associação de Pais e Mestres,
desde que devidamente institucionalizadas, entidades públicas ou privadas, sem que haja
qualquer cobrança de taxas.

A preocupação com a manutenção e segurança dos equipamentos não deve interferir nas
práticas pedagógicas, em ambientes informatizados. A conscientização do seu bom uso deve
ser constante sem, contudo, obstruir a freqüência de professores e alunos às salas.

7. Manutenção das Salas de Informática

Contamos com 49 técnicos de suporte avançado para atenderem aos NTE, SRE e às escolas.

Sempre que as visitas de manutenção preventiva e corretiva forem necessárias os técnicos


devem ser contatados nos NTE.

O ônus com a manutenção dos equipamentos fica a cargo das escolas: o técnico responsável
faz o levantamento das peças que precisam ser trocadas e com o recurso da Caixa Escolar a
escola poderá comprar peças de reposição.

8. Cuidados com o Computador

 Evite deixar o computador (incluindo monitor, impressora e outros periféricos) exposto ao sol
ou umidade excessiva;
 Mantenha o equipamento em lugar limpo e arejado, pois a poeira ou acúmulo de sujeira
podem danificar teclado ou os drives de Disco Flexível e CD-Rom;
 Utilize disquetes de boa qualidade e mais modernos, pois, caso contrário, pode-se inutilizar a
cabeça de leitura do drive;
 Evite fechar o CD-Rom empurrando a bandeja; use sempre o botão de acionamento;
 Cubra o computador sempre que não estiver usando o equipamento com as capas
apropriadas para protegê-lo da poeira;
 Tenha cuidado com tempestades elétricas, pois a sua rede elétrica pode não ter
sido projetada para equipamentos sensíveis como o computador;
 Evite deixar conectado o fax-modem à rede durante tempestades e use sempre filtro de
proteção para linha telefônica. Descargas elétricas nas linhas telefônicas geralmente
danificam componentes do fax-modem, provocando danos físicos que não são cobertos pela
garantia;
 Desligue o computador da rede elétrica, quando não for usá-lo por um longo período;
 Lembre-se de que o teclado do equipamento não é como o uma máquina de escrever;

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portanto, não use força excessiva sobre as teclas;
 Procure não se alimentar em cima do teclado e também não deixe líquidos muito próximo ao
micro para evitar que sejam derramados, penetrando no equipamento.

TEXTOS
IMPORTANTES

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GESTÃO ESCOLAR E AS TECNOLOGIAS

A integração das Tecnologias como TV, vídeos, computadores e internet ao processo


educacional pode promover mudanças bastante significativas na organização e no cotidiano da
escola e na maneira como o ensino e a aprendizagem se processam, se considerarmos os
diversas recursos que estas tecnologias nos oferecem .

Temos ainda que considerar que, hoje, ter acesso ou não à informação pode gerar um
elemento de discriminação nessa sociedade tecnológica que se organiza e que interfere em
nosso cotidiano – o analfabetismo digital. Entretanto, essa questão pode ser superada através
do desenvolvimento de habilidades, de competências, de obtenção e utilização de informações
por meio da tecnologia, da sensibilização de professores e alunos para a presença das novas
tecnologias em seu dia-a-dia.

Para isso, tem-se que possibilitar à comunidade escolar vivenciar esse processo de inclusão
digital através de situações potencialmente pedagógicas e catalisadoras que garantam a
apropriação e a sustentabilidade dessas tecnologias e, principalmente, que permitam a
autonomia da escola na gestão dos mesmos. O primeiro passo é a capacitação dos
profissionais da educação, inclusive através de estratégias metodológicas alternativas, como a
Educação a Distância - EAD, possíveis através da internet ou TV.

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A formação continuada dos profissionais da educação (direção, pedagogos, professores e
outros) é uma condição estratégica de atualização e promoção que, conseqüentemente,
contribui para a melhoria da qualidade de ensino/aprendizagem e criação de novos modelos de
gestão.

A comunidade escolar tem tido acesso a programas que têm oportunizado esta inserção ao
mundo tecnológico, como os desenvolvidos pela Secretaria de Educação a Distância –
SEED/MEC em parceria com os estados e municípios e que, gradativamente, têm chegado às
escolas: a TV Escola/Salto para o Futuro, o Programa de Informática na Educação -
PROINFO, e o Curso de Extensão “TV na escola e os desafios de hoje” para professores do
ensino fundamental e médio de todo o país. Em Minas Gerais somam-se a estes os projetos
estruturados da SEE/MG: Veredas, Progestão, PDP, PDPI e Escola Viva-Comunidade Ativa.

Participar destes programas e aprender a utilizar estas tecnologias, por sua vez é parte
necessária da formação, que contribui para que os educadores ingressem na sociedade
tecnológica. A escola deve começar com o que tem de imediato, seja em relação a
equipamentos, seja através de programas existentes e acessíveis a todos. As experiências
vivenciadas servirão de referência pessoal e política para reivindicar mais e melhor tecnologia
nas escolas e, conseqüentemente, despertar para as suas possibilidades pedagógicas.

É preciso reconhecer que toda a comunidade escolar tem um papel fundamental neste
processo. Os professores na exploração das tecnologias disponíveis na escola, integrando-as
às suas atividades em sala de aula, os pedagogos desempenhando seu papel para integrar e
enriquecer as práticas pedagógicas e a direção na busca de formas de gerenciamento que
facilitem a inserção da tecnologia no cotidiano de sua escola. É fundamental participarem,
aderirem às ações de inclusão das TICs à educação, como articularem e promoverem esta
idéia em toda a escola e comunidade, efetivando uma intervenção técnico/pedagógica mais
adequada as reais necessidades da escola (professores, alunos, comunidade). Esta
intervenção deverá estar sustentada pela proposta pedagógica da escola, estabelecida através
do Projeto Político Pedagógico. É importante salientar a importância da participação de toda a
equipe de educadores no planejamento, na execução e na avaliação das diretrizes pedagógicas
do PPP e não deverá ser encarada como ação sustentada pelo gestor escolar ou por alguns
professores apenas.

“Vale ressaltar que não podemos mais compreender o trabalho de gestão escolar apenas como
aquele que controla o orçamento, mantém a disciplina, coordena professores e pessoal
administrativo e garante o cumprimento dos dias letivos. Temos que pensar num modelo de
administração integrado às questões pedagógicas onde todas as ações devam focar a
educação que se quer produzir na escola.”

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Se queremos ter ações educacionais produtivas, com crianças motivadas e participativas, com
professores competentes e dedicados, gerando aulas criativas e interessantes, com recursos
financeiros, tecnológicos e outros disponíveis para a comunidade escolar, devemos analisar a
forma como ela é dirigida, em como os problemas são vistos e administrados por todo o grupo
de profissionais da escola. Quando pensamos nas ações da escola como um todo e na
possibilidade de enriquecer o processo de gestão, algumas iniciativas devem ser tomadas pela
direção da escola, tais como:

Propiciar aos professores e pedagogos o desenvolvimento da autonomia para buscarem e


proporem soluções para os problemas que afetam a qualidade de ensino desenvolvida pela
escola. Deve-se considerar aqui o local onde a escola está inserida, as suas necessidades, a
cultura local, os recursos disponíveis e a forma como são utilizados.

Estimular a participação geral principalmente nas questões político-pedagógicas e na criação


de grupos de trabalho, capazes também de tomar decisões visando otimização e produtividade
dos espaços escolares, principalmente quanto à utilização dos recursos físicos e tecnológicos
por toda a comunidade escolar.

Compartilhando as idéias, as ações e decisões com todos os profissionais da escola e


comunidade, gerando nas equipes de trabalho maior capacidade empreendedora, inovadora e
autônoma, além de possibilitar uma visão integral e articulada das ações planejadas e
desenvolvidas.

Cobrar responsabilidade do grupo na execução e resultados das ações planejadas, além da


comprovação, pela comunidade escolar, de seu trabalho como gestor e dos esforços para
melhorá-lo. Temos que pensar também que, como todo setor público, a escola deve estar
aberta à comunidade quanto ao aspecto pedagógico, administrativo, orçamentário e outros.
Quanto mais claras forem as ações mais possibilidades a escola terá de articular parceiros na
busca de soluções ou na implantação/implementação de novos projetos.

Ter, junto com o grupo de trabalho, criatividade para superar as dificuldades surgidas no
processo de implantação ou implementação de projetos e ainda buscar as melhores estratégias
para se mobilizar, se comunicar, para negociar e fechar parcerias.

Gerar condições para a sustentabilidade através de parcerias, convênios e financiamentos,


importante para implantação ou garantia da continuidade de projetos nas escolas.

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O diretor, que continua tendo um papel essencial, fica com a missão de identificar e mobilizar
os diferentes talentos na escola e comunidade para que as metas sejam cumpridas e,
principalmente, conscientizar todos da importância da contribuição individual e coletiva para a
qualidade do todo. De olho nessa nova realidade, cabe a ele desenvolver algumas
competências, como aprender a buscar parcerias, pensar a longo prazo, estar em sintonia com
as mudanças, alargar seus conhecimentos, trabalhar com as diferenças, estimular os talentos
no grupo de trabalho, monitorar as ações educacionais, não perder de vista as metas
educacionais, mediar conflitos, enfim, ter uma gestão eficiente, além de perceber a importância
da escola se abrir para a comunidade e torná-la a sua maior parceira.

Após todas estas colocações, cabe neste momento a seguinte reflexão:

 Como é a sua escola, como você a qualifica?

 Como gostaria que fosse? Pense em grandes metas, sonhe alto.

 O que pode ser feito para que ela se transforme no que gostaria que fosse?

Observando todo o contingente de escolas contempladas, podemos afirmar que algumas


escolas ainda não apresentam os resultados esperados, seja pela falta de interesse dos
professores, seja pela falta de apoio da direção, falta de recursos para a sua implementação ou
falta de compreensão de suas possibilidades de uso, faz-se necessário avaliar a forma como os
programas se estruturam e se desenvolvem dentro da escola.

A escola poderia começar por:


1) Fazer um diagnóstico da utilização das tecnologias existentes na escola:
 Tipo: quais tecnologias existem em sua escola, em que condições de uso se encontram, de
que programas fazem parte?
 Nível de acesso: estes equipamentos estão disponíveis para os professores e alunos em
todos os turnos da escola? Todos os alunos já tiveram oportunidade de utilizar os
equipamentos existentes? Há aceitação por parte dos professores? Em média, quantas vezes
um mesmo aluno vai ao laboratório de informática durante a semana?
 Manutenção: o ambiente onde os equipamentos estão instalados está dentro dos padrões de
infraestrutura adequados? Que estratégias a escola adotou para resolver os problemas de
manutenção (conserto) dos equipamentos? Possui alunos-técnicos? Eles apresentam
competência para auxiliar os professores? Que tipo de ações estes alunos realizam?
 Investimento: Como são resolvidos problemas como falta de toner para impressoras, papel,
fitas de vídeos e outros? Sua escola adquiriu softwares educativos para uso no laboratório
pelos alunos e professores? De que forma a escola consegue recursos para manter os
equipamentos em funcionamento? Seus computadores estão conectados a internet?
 Gerenciamento: como é feito o gerenciamento dos equipamentos em sua escola? Como é

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organizado o acesso aos equipamentos? Tem alguém responsável por esta ação? Caso o
responsável se ausente, os professores capacitados têm acesso aos equipamentos? Como a
direção e pedagogos participam e interagem com os professores na formulação de um
cronograma de acesso ao laboratório e TV? A escola desenvolve ações envolvendo a
comunidade quanto ao uso dos equipamentos?
 Utilização: que tipo de utilização os professores e alunos fazem dos equipamentos? Cite
alguns trabalhos desenvolvidos considerados significativos por apresentarem consistência
pedagógica em sua escola.
 Resultados: que resultados foram identificados como decorrentes do uso da tecnologia na
educação em sua escola, seja em relação aos professores, alunos ou comunidade e em
relação a conteúdos, integração, identificação de lideranças, desenvolvimentos de
competências e habilidades.

E num nível mais detalhado,

 Cite as séries de cada turno que mais utilizam os equipamentos e os motivos que os levam a
isso.
 Quais disciplinas de cada série desenvolvem trabalhos significativos usando a tecnologia?
 Quais professores mais utilizam os equipamentos e com quais objetivos? Pense nos que
nunca utilizaram e causas.
 Como a sua escola divulga os trabalhos dos professores e alunos? Essa divulgação acontece
dentro e fora da escola? Os pais têm acesso ao que é produzido na escola?
 De que forma as tecnologias existentes em sua escola se integram às atividades pedagógicas
de cada disciplina? Esta integração está prevista no PPP da escola?

2) Após o levantamento de todas estas questões, identificando progressos ou não, podemos


começar a organizar a proposta da escola através de um plano de trabalho, apresentando
idéias, sugestões, estratégias que julguem ideais para atingirem os objetivos educacionais da
escola;

3) Reflitam sobre as possibilidades dos programas já implantados para atender às


necessidades educativas da escola, priorizadas em seu projeto pedagógico;

4) Estabeleçam objetivos para a integração tecnológica ao processo educacional,


compreendendo e analisando previamente as possibilidades pedagógicas destes recursos;

5) Decidam e socializem com toda a comunidade escolar as ações a serem desenvolvidas para
a utilização adequada dos programas em sua escola (gerenciamento dos recursos
tecnológicos,metodologias de uso, elaboração de um cronograma de trabalho envolvendo

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todas as disciplinas, atendimento à comunidade, capacitação dos professores, divulgação dos
trabalhos, investimento orçamentário, avaliação contínua e processual e outros);

6) Identifiquem os possíveis parceiros para a apropriação, a implementação e a


institucionalização dos programas na escola, fazendo as articulações internas e externas que
favoreçam o desenvolvimento das ações planejadas;

7) Acompanhem e avaliem, no âmbito do projeto pedagógico, os resultados dessa apropriação


e institucionalização.

Procurem acompanhar o desenvolvimento destes programas em seu estado, se beneficiando


ao participar de suas ações como seminários, workshop, palestras, reuniões, capacitações e
outros. A sua participação demonstra interesse em fazer com que os programas também
cresçam em sua escola, o que pode facilitar maior investimento das Secretarias em seus
projetos.

Todas as informações recebidas deverão ser apresentadas e utilizadas em diversas situações e


com diferentes objetivos em sua escola:

 Em reuniões, dias de estudo ou com possíveis parceiros da escola, para aperfeiçoamento


estabelecimento das propostas de trabalho;
 Como material de capacitação dos profissionais da educação;
 Em encontros, eventos ou seminários promovidos pela escola para a comunidade escolar,
para apresentação de projetos realizados por alunos e professores;
 No estabelecimento de parcerias para uso dos equipamentos pela comunidade, com outras
escolas próximas ou para organização e dinamização do laboratório de informática e da
videoteca.

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Projeto? o que é?
Como se faz?

A CULTURA DO PROJETO
Como a atividade construtiva de elaborar e desenvolver projetos pode se tornar uma
metodologia?

A atividade de fazer projetos é simbólica, intencional e natural do ser humano. Por meio dela, o
homem busca a solução de problemas e desenvolve um processo de construção de
conhecimento, que tem gerado tanto as artes quanto as ciências naturais e sociais.

O termo projeto surge numa forma regular no decorrer do século XV. Tanto nas ciências
exatas como nas ciências humanas, múltiplas atividades de pesquisa, orientadas para a
produção de conhecimento, são balizadas graças à criação de projetos prévios.

A elaboração do projeto constitui a etapa fundamental de toda pesquisa que pode, então, ser
conduzida graças a um conjunto de interrogações, quer sobre si mesma, quer sobre o mundo à
sua volta.
Como diz uma aluna,
“Para mim projeto é igual projeto de arquitetura que o cara faz uma planta pra
saber como vai ficar no final só que a diferença é que a gente vai mudando”
MIR – aluna

PROJETO

O termo projeto é bastante recente em nossa cultura. São associadas a esse termo diferentes
acepções: intenção (propósito, objetivo, o problema a resolver); esquema (design); metodologia
(planos, procedimentos, estratégias, desenvolvimento). Assim, podem ser concebidas a

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atividade intelectual de elaboração do projeto e as atividades múltiplas de sua realização.
(Boutinet 1990)

APRENDIZAGEM POR PROJETO É O MESMO QUE ENSINO POR


PROJETO?

Quando se fala, na educação presencial, em "ensino por projetos", pode-se estar falando do
plano da escola, do projeto da escola, de projetos dos professores. Nesse tipo de ensino,
quais são os critérios que os professores seguem para escolher os temas, as questões que
vão gerar projetos? Que vantagens apresenta a escolha dessas questões? Por que elas
são necessárias? Em que contextos? Que indicadores temos para medir seus níveis de
necessidade? A quem elas satisfazem? Ao currículo? Aos objetivos do planejamento
escolar? A uma tradição de ensino?

Na verdade, no ensino, tudo parte das decisões do professor, e a ele, ao seu controle,
deverá retornar. Como se o professor pudesse dispor de um conhecimento único e
verdadeiro para ser transmitido ao estudante e só a ele coubesse decidir o que, como, e
com que qualidade deverá ser aprendido. Não se dá oportunidade ao aluno para qualquer
escolha. Não lhe cabe tomar decisões. Espera-se sua total submissão a regras impostas
pelo sistema.

Porém, começamos a tomar consciência de nossos equívocos. Pesquisas, em psicologia


genética, sobre o desenvolvimento da inteligência e sobre o processo de aprendizagem,
evidenciam que pode haver ensino sem haver aprendizagem; que aprendizagem latu sensu
se confunde com desenvolvimento; e desenvolvimento resulta em atividade operatória do
sujeito, que constrói conhecimento quando está em interação com o meio, com os outros
sujeitos e com os objetos de conhecimento de que ele deseje apropriar-se.

Quando falamos em “aprendizagem por projetos” estamos necessariamente nos referindo à


formulação de questões pelo autor do projeto, pelo sujeito que vai construir conhecimento.
Partimos do princípio de que o aluno nunca é uma tábula rasa, isto é, partimos do princípio
de que ele já pensava antes.

E é a partir de seu conhecimento prévio, que o aprendiz vai se movimentar, interagir com o
desconhecido, ou com novas situações, para se apropriar do conhecimento específico - seja
nas ciências, nas artes, na cultura tradicional ou na cultura em transformação.

Um projeto para aprender vai ser gerado pelos conflitos, pelas perturbações no sistema de
significações, que constituem o conhecimento particular do aprendiz. Como poderemos ter
acesso a esses sistemas? O próprio aluno não tem consciência dele! Por isso, a escolha

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das variáveis que vão ser testadas na busca de solução de qualquer problema, precisa ser
sustentada por um levantamento de questões feitas pelo próprio estudante.

Um projeto de aprendizagem, de quem são as dúvidas que vão gerar o projeto? Quem está
interessado em buscar respostas?

Deve ser o próprio estudante, enquanto está em atividade num determinado contexto, em
seu ambiente de vida, ou numa situação enriquecida por desafios.

Mas a escola, ou o curso pode permitir ao aluno escolher o tema, a questão que vai gerar o
desenvolvimento de um projeto?

É fundamental que a questão a ser pesquisada parta da curiosidade, das dúvidas, das
indagações do aluno, ou dos alunos, e não imposta pelo professor. Isto porque a motivação
é intrínseca, é própria do indivíduo.

Temos encontrado que esta inversão de papéis pode ser muito significativa. Quando o
aprendiz é desafiado a questionar, quando ele se perturba e necessita pensar para expressar
suas dúvidas, quando lhe é permitido formular questões que tenham significação para ele,
emergindo de sua história de vida, de seus interesses, seus valores e condições pessoais,
passa a desenvolver a competência para formular e equacionar problemas. Quem consegue
formular com clareza um problema, a ser resolvido, começa a aprender a definir as direções
de sua atividade.

ENSINO X APRENDIZAGEM

Ensino por projetos Aprendizagem por projetos


Autoria.
Quem escolhe o tema? Professores, coordenação pedagógica Alunos e professores
individualmente
e, ao mesmo tempo, em
cooperação
Contextos Realidade da vida do aluno
Arbitrado por critérios externos e
formais
A quem satisfaz? Arbítrio da seqüência de conteúdos do Curiosidade, desejo, vontade
currículo do aprendiz
Decisões Hierárquicas Heterárquicas
Definições de regras, Impostas pelo sistema, cumpre Elaboradas pelo grupo,
direções e atividades determinações sem optar consenso de alunos e
professores
Paradigma Transmissão do conhecimento Construção do conhecimento
Papel do professor Agente Estimulador/orientador
Papel do aluno Receptivo Agente

COMO SE INICIA UM PROJETO PARA APRENDER?

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Usamos como estratégia levantar, preliminarmente com os alunos, suas certezas provisórias e
suas dúvidas temporárias. E por que temporárias? Pesquisando, indagando, investigando,
muitas dúvidas tornam-se certezas e certezas transformam-se em dúvidas; ou, ainda, geram
outras dúvidas e certezas que, por sua vez, também são temporárias, provisórias. Iniciam-se
então as negociações, as trocas que neste processo são constantes, pois a cada idéia, a cada
descoberta os caminhos de busca e as ações são reorganizadas, replanejadas.

Há diferentes caminhos que podem levar à construção do projeto, a partir das necessidades do
aluno. Inventando e decidindo é que os estudantes/autores vão ativar e sustentar sua
motivação. Para tanto, precisamos respeitar e orientar a sua autonomia para:
 Decidir critérios de julgamento sobre relevância em relação a determinado contexto.
 Buscar/localizar/selecionar/recolher informações.
 Definir/escolher/inventar procedimentos para testar a relevância das informações
escolhidas em relação aos problemas e às questões formuladas.
 Organizar e comunicar o conhecimento construído.

COM QUE IDADE O ALUNO PODE COMEÇAR?

Desde quando é possível, na escola, trabalhar com projetos? É possível desenvolver


aprendizagem por projeto com crianças da 1ª à 4ª série, por exemplo?

Vamos pensar um pouco sobre como acontecem as melhores práticas na pré-escola...

O que ocorre quando se oferecem diferentes situações para os alunos escolherem os materiais
e as atividades que mais lhes interessem? E, quando estão interessados, eles aprendem a se
organizar e a produzir? É possível afirmar que eles desenvolvem seus projetos quando fazem
seus desenhos? Armam suas brincadeiras? Praticam seus jogos? Inventam suas histórias?

É procedente a dúvida “em que momento as crianças têm condições de formular questões?”

Quem nunca observou a característica de perguntadora de qualquer criança, logo que aprende
a falar? Elas chegam a perturbar os adultos: “O que é isto ? Como funciona?" (estão sempre
tentando experimentar, mesmo que corram riscos), "Por quê?" O senso comum refere-se à
fase dos “por quês?” das crianças, como tão divertida para os adultos quanto embaraçosa!

Quando iremos nos dar conta de que o processo natural de desenvolvimento do ser humano é
“atropelado” pela escola e pelas equivocadas práticas de ensino?

Se o ser humano deixa de ser uma criança perguntadora, curiosa, inventiva, confiante em sua
capacidade de pensar, entusiasmado por explorações e por descobertas, persistente nas suas

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buscas de soluções, é porque nós, que o educamos, decidimos “domesticar” essa criança, em
vez de ajudá-la a aprender, a continuar aprendendo e descobrindo.

Muitos professores dizem “eu não sei fazer um projeto de pesquisa”. E inúmeros docentes dos
cursos de pós-graduação sentem a necessidade de ministrar uma disciplina a que chamam de
Introdução à Metodologia da Pesquisa! Daí a inferência de que um projeto de pesquisa deve
ser algo muito complexo, muito sofisticado.

Concordo que há muitos níveis nesse processo de construção. Mas, como ele tem início?
Temos necessidade de pré-requisitos formais? Ou existe um modo natural de construir
conhecimento, acessível a uma criança pequena?

Quando destacamos anteriormente que a competência do aluno para formular e equacionar


problemas se desenvolve quando ele se perturba e necessita pensar para expressar suas
dúvidas, quando lhe é permitido formular questões que sejam significativas para ele, pois
emergem de sua história de vida, de seus interesses, seus valores e condições pessoais, não
estamos definindo graus de competência, mas um processo que precisa ser orientado.

E OS CURRÍCULOS? COMO FICAM?


Será que a introdução da Informática nas escolas, com a metodologia de projetos, vai exigir
mudança nos currículos? Como a escola pode implementar essa mudança?

Os currículos de nossas escolas têm sido propostos para atender a massificação do ensino.
Não se planeja para cada aluno, mas para muitas turmas de alunos numa hierarquia de séries,
por idades. Toda a organização do ensino é feita para os 30 ou 40 alunos de uma classe, e
esperamos deles uma única resposta certa.

Se a escola oferecer trabalho em projetos de aprendizagem, qual será a diferença? Não será
mais um ensino de massa. O projeto é do aluno, ou de um grupo de aprendizes. Se os
projetos são dos alunos, então são projetos diversificados porque 40 alunos não pensam da
mesma maneira, não têm os mesmos interesses, e não têm as mesmas condições, nem as
mesmas necessidades. A grande diferença, na escola, é um currículo por projetos dos alunos!

Em nossas experiências-piloto no Projeto EducaDi/CNPq, os alunos não precisavam estudar os


mesmos conteúdos ao mesmo tempo. Os projetos eram diversificados, mas interdisciplinares.
Havia temas que atravessavam transversalmente as atividades de todos. Cada aluno
explorava melhor os conteúdos no seu tempo, segundo seu ritmo; e podia ser atendido em
suas necessidades, que apareceram com maior clareza. Mas, ao mesmo tempo, se conectava
com outros alunos e professores, com quem tinha interesses e necessidades afins, em outros

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espaços/tempos diferentes - de modo síncrono, ou assíncrono. Essas trocas entre parceiros
proporcionam uma constante atividade operatória de construção e reflexão.

Mas como o professor pode gerenciar essa “interconectividade” entre espaços e tempos
diferentes, mantendo a identidade dos sujeitos na interação coletiva presencial ou à distância?

Sem a tecnologia é quase impossível. A interatividade proporcionada pelos meios telemáticos


acrescenta uma nova dimensão ao currículo: a criança vai estar no mundo.

Quando se pretende trazer a vida para dentro da sala de aula, há restrições de tempo e de
espaço, de concepções e de práticas tradicionais. Na situação atual, a sala é vazia de objetos
da natureza e da cultura, e o ambiente é pobre de informações e de oportunidades para
exploração e práticas. Para que pode servir o computador? Para aportar ambientes virtuais,
para situações de simulação, pois se não é possível trazer toda a vida para a escola, é possível
enriquecer o seu espaço com objetos digitais. O computador pode servir para dar acesso ao
que está distante e invisível. Quando se formam redes de conexões novos espaços são
criados.

COMO FICA, ENTÃO, O PAPEL DO PROFESSOR?

Nossa experiência mostra que os professores têm se surpreendido muito com a quantidade de
informação que os alunos trazem, mesmo sobre conteúdos e tecnologias que não haviam sido
tratados no currículo da escola! Observamos, então, como as crianças optam por questões
diferentes, originais e relevantes! Estas questões geram projetos com oportunidades de muitas
buscas e experimentações.

Quais são as novas funções que o professor precisa exercer neste novo contexto?

Função de ativação da aprendizagem

Um professor, tão aprendiz quanto seus alunos, não funciona apenas cognitivamente, por
isso, em um ambiente de aprendizagem construtivista, é preciso ativar mais do que o
intelecto. A abordagem construtivista, sob uma perspectiva genética, propõe aprender tanto
sobre o universo físico, quanto sobre o universo social. Mas é fundamental ativar a mente e a
consciência espiritual para aprender muito mais sobre seu mundo interior e subjetivo.

A função de ativação implica:


 Trabalhar consigo mesmo a percepção de seu próprio valor e promover a auto-estima e
a alegria de conviver e cooperar.
 Desenvolver um clima de respeito e de auto-respeito, o que significa:
- estimular a livre expressão de cada um sobre sua forma diferente de apreender o

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mundo;
- promover a definição compartilhada de parâmetros nas relações, e de regras para
atendimento desses parâmetros, que considerem a beleza da convivência com as
diferenças;
- despertar a tomada de consciência pela iniciativa de avaliar individualmente, e em
grupos, seus próprios atos e os resultados desses atos;
- buscar a pesquisa e a vivência de valores de ordem superior, como qualidades
inerentes a cada indivíduo.

Função de articulação da prática

A função de articular exige grande disponibilidade, com facilidade de relacionamento e


flexibilidade na tomada de decisões. Por que são necessárias essas características? Porque
essa função exige que o professor faça a costura entre os diversos segmentos (professores,
alunos, pais, funcionários). Para isso é importante que o professor articulador tenha o apoio
dos pares para conseguir exercer essa função!

No que isso se diferencia do papel do supervisar pedagógico, por exemplo? O professor


articulador irá trabalhar junto a um grupo específico do qual ele mesmo faz parte como um dos
professores que atua junto aos alunos, vivendo o dia-a-dia da sala de aula do grupo, com suas
dificuldades, sucessos e insucessos... e que também é o seu!
Mas o que mesmo significa desempenhar essa função?

 Articular as formas de trabalho eleitas pelos alunos, com seus objetivos, interesses e estilos
de aprender.
 Gerenciar a organização do ambiente de aprendizagem, programando o uso dos recursos
tecnológicos:
- selecionando softwares, materiais de laboratórios, de biblioteca, de artes, materiais
disponíveis em servidores locais e na Web;
- organizando planilhas de acordo com a solicitação de alunos e professores, para uso
compartilhado de tempos e espaços;
- agenciando e divulgando amplamente períodos e temas para comunicação em tempo
real (síncrona), entrevistas, visitas, excursões presenciais e encontros virtuais
planejados pelos diferentes grupos.

 Destacar as possíveis áreas de interesse e/ou necessidades dos aprendizes explorando-as


sob a forma de desafios e problemas estimulantes, presencialmente ou via rede.
 Subsidiar os outros professores do grupo quanto ao andamento das diferentes frentes
investigativas no contexto cotidiano dos alunos.

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 Coordenar a reflexão sobre a ação, a avaliação da tecnologia em uso, o planejamento de
novas ações.
 Proporcionar feedback, buscando a integração entre áreas e conteúdos de forma
interdisciplinar.
 Promover a organização dos materiais didáticos nos repositórios do servidor da rede
Telemática ou da rede local.
 Auxiliar a contatar os especialistas em diferentes campos do conhecimento.

Função de orientação dos projetos

O orientador de projetos deve escolher os pequenos grupos que queira orientar; e sua escolha
precisa ser recíproca, isto é, ele também deve ser escolhido pelos grupos para:
 Orientar projetos de investigação estimulando e auxiliando na viabilização de busca e
organização de informações, face às indagações do grupo de alunos.
 Acompanhar as atividades dos alunos, orientando sua busca com perguntas que estimulem
seu pensamento e reflexão, e que também provoquem:
- perturbações na suas certezas e nova indagações;
- necessidades de descrever o que estão fazendo;
- para testar e avaliar suas hipóteses;
- esforço para formular argumentos explicativos;
- prazer em documentar em relatórios analíticos e críticos seus procedimentos e produtos,
seja em arquivos locais, seja em publicações na Internet.
 Documentar com registros qualitativos e quantitativos as constatações dos alunos sobre seu
próprio aprendizado, promovendo feedback individual e coletivo.

Função de especialista

Exerça ou não a função de ativar, articular ou orientar, o professor sempre terá de exerce sua

função de especialista. Por especialista, num currículo por projetos de aprendizagem,

entende-se a função de coordenar os conhecimentos específicos de sua área de formação,

com as necessidades dos alunos de construir conhecimentos específicos. Assim, diferentes

especialistas podem associar-se para identificar e relacionar aspectos, do problema

investigado, que não estejam sendo contemplados ou que possam ser ampliados e

aprofundados.

No caso das séries iniciais, o professor pode ser um especialista pedagogo, mas o articulador

poderá solicitar a colaboração de especialistas de outras áreas como ciências, matemática,

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Informática, Robótica, teatro, jornalismo etc., que estejarn assessorando um grupo de

estudantes mais avançados. Nestes grupos, pode haver necessidade de articular com um

especialista pedagogo, para tratar de problemas de letramento, por exemplo.

A visão de cada especialista num grupo de professores pode enriquecer o ambiente de

aprendizagem onde se desenvolvem os diferentes projetos dos diferentes grupos. Cada

especialista aporta sua valiosa contribuição para que a tecnologia seja usada dentro dos

códigos e da metodologia específica de sua área de conhecimento. Entretanto, este uso

pode ser harmoniosamente coordenado no que corresponde aos conteúdos selecionados e

aos valores vivenciados para a solução dos problemas propostos no projeto do grupo.

E O ALUNO? COMO APRENDE?

Mas como o aluno aprende? Como se pode garantir a aprendizagem de conteúdos?

A busca de soluções para as questões que estão sempre surgindo num ambiente enriquecido
configura a atitude e a conduta de verdadeiros pesquisadores.

São levantadas as dúvidas daquele momento, mas quais são as certezas que ficam?
Em primeiro lugar, tratam-se de certezas provisórias porque o processo de construção é um
processo continuado e ocorre numa situação de continuidade alternada com a descontinuidade.
Uma certeza permanece até que um elemento novo apareça para ser assimilado.

Para que um novo conhecimento possa ser construído, ou para que o conhecimento anterior
seja melhorado, expandido, aprofundado, é preciso que um processo de regulação comece a
compensar as diferenças, ou as insuficiências do sistema assimilador. Ora, se o sistema
assimilador está perturbado é porque a certeza "balançou". Houve desequilíbrio. O processo
de regulação se destina a restaurar o equilíbrio, mas não o anterior

Na verdade, trata-se sempre de novo equilíbrio, pois o conhecimento melhora e aumenta! E,


justamente é novo, porque é um equilíbrio que resultou da assimilação de uma novidade e,
portanto, da ampliação do processo de assimilação do sujeito, que se torna mais competente
para assimilar outros novos objetos e resolver outros novos problemas.

Buscar a informação em si, não basta. É apenas parte do processo para desenvolver um
aspecto dos talentos necessários ao cidadão. Os alunos precisam estabelecer relações entre
as informações e gerar conhecimento. Não há interesse em registrar se o aluno retém ou não

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uma informação, aplicando um teste ou uma “prova” objetiva, por exemplo; porque isso não
mostra se ele desenvolveu um talento ou se construiu um conhecimento que não possuía.

EQUILIBRAÇÃO MAJORANTE - “(...) um sistema não constitui jamais um acabamento


absoluto dos processos de equilibração e novos objetivos derivam sempre de um equilíbrio
atingido, instável ou mesmo estável, permanecendo cada resultado, mesmo se for mais ou
menos durável pleno de novas aberturas (...)” (Piaget, 1976)

O que interessa são as operações que o aprendiz possa realizar com estas informações, as
coordenações, as inferências possíveis, os argumentos, as demonstrações. Pois, para
construir conhecimento, é preciso reestruturar as significações anteriores, produzindo boas
diferenciações e integrando ao sistema as novas significações. Esta integração é resultado da
atividade de diferentes sistemas lógicos do sujeito, que interagem entre si e com os objetos a
assimilar ou com os problemas a resolver. Finalmente, o conhecimento novo é produto de
atividade intencional, interatividade cognitiva, interação entre os parceiros pensantes, trocas
afetivas, investimento de interesses e valores.

A situação de projeto de aprendizagem pode favorecer especialmente a aprendizagem de


cooperação, com trocas recíprocas e respeito mútuo. Isto quer dizer que a prioridade não é o
conteúdo em si, formal e descontextualizado. A proposta é aprender conteúdos, por meio de
procedimentos que desenvolvam a própria capacidade de continuar aprendendo, num processo
construtivo e simultâneo de questionar-se, encontrar certezas e reconstruí-las em novas
certezas. Isto quer dizer: formular problemas, encontrar soluções que suportem a formulação
de novos e mais complexos problemas. Ao mesmo tempo, este processo compreende o
desenvolvimento continuado de novas competências em níveis mais avançados, seja do
quadro conceitual do sujeito, de seus sistemas lógicos, seja de seus sistemas de valores e de
suas condições de tomada de consciência.

Como será feita a avaliação do rendimento do aluno, se cada um faz um projeto diferente? O
importante é observar não o resultado, um desempenho isolado, mas como o aluno está
pensando, que recursos já pode usar, que relações consegue estabelecer, que operações
realiza ou inventa.

O uso da Informática na avaliação do indivíduo ou do grupo por meio de projetos partilhados


permite a visualização e a análise do processo e não só do resultado, ou seja, durante o
desenvolvimento dos projetos, trocas ficam registradas por meio de mensagens, de imagens,
de textos. É possível, tanto para o professor como para o próprio aluno, ver cada etapa da
produção, passo a passo, registrando assim o processo de construção.

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PORTFÓLIO - Uma forma de organizar o material para ser avaliado é valer-se de portfólios.
No portfólio, podem ficar registrados todos os trabalhos, contribuições, descobertas,
reflexões realizadas pelo aluno e pelo grupo. O registro em portfólio auxilia na própria auto-
avaliação, com a vantagem de ajudar o aluno a desenvolver sua autocrítica, a ampliação da
consciência do seu trabalho, de suas dificuldades e das possibilidades de seu
desenvolvimento.

COMO ADMINISTRAR A MUDANÇA NA ESCOLA?


Como fica a equipe administrativa? A direção? A orientação educacional? E a supervisão
pedagógica?

Na instituição escola, cada segmento da comunidade tem seu papel dentro da dinâmica geral
de funcionamento, a ação de um interfere nas ações de outros. Se a direção acredita na
mudança para nova metodologia, vai apoiar os professores interessados, facilitando a
organização da grade horária, a flexibilização do currículo, participação em propostas de
formação continuada etc; se os alunos mostram como se interessam por utilizar mais os
computadores, o professor pode repensar sua forma de dar aulas, percebendo que, assim os
alunos podem aprender mais e melhor. E se um grupo de professores consegue se organizar e
solicitar horários para reuniões de planejamento de um projeto partilhado e interdisciplinar, a
supervisão pedagógica não terá de repensar a organização dos decentes, para permitir este
tipo de trabalho... e assim por diante?

Que mudanças podem ocorrer, no novo contexto de um currículo por projetos de


aprendizagem, nas funções de direção, de orientação educacional, de supervisão pedagógica?
Que valores mudam?

Não é mais possível uma relação de submissão, de autoritarismo hierárquico, ou de


dependência! Em todas as instâncias os valores superiores devem ser ativados, A
comunicação e a interatividade podem ser facilitadas com as novas tecnologias e, com elas, o
debate de princípios e o planejamento de consenso.

Especialmente a gestão, essa tarefa complexa e muitas vezes exaustiva, pode ser apoiada pela
tecnologia. Já existem bons softwares para apoio à gestão escolar. Tanto os novos modos de
organização de registros, como os de acesso automático podem facilitar o atendimento dos
sujeitos dessa comunidade. O correio eletrônico e fóruns de debate podem ser muito úteis
tanto ao serviço de orientação, quanto ao de supervisão pedagógica. As informações
contextuais podem ser registradas, acessadas e analisadas em grupos para fundamentar
decisões de planejamento e desenvolvimento de ações especificas.

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Entretanto, em uma escola, nem todos querem ou concordam em trabalhar por projetos de
aprendizagem. Como fazer?

Os docentes, que estão trabalhando por projetos de aprendizagem, atentos ao seus colegas
resistentes na tradição, podem, aos poucos, sensibilizá-los, assim como à equipe
administrativa. Comunicar apenas as experiências inovadoras não é suficiente. Será preciso
convidá-los para acompanhar e participar das avaliações, reafirmando a importância da
parceria.

O processo é lento, mas é como uma teia que vai se formando conforme os fios vão sendo
tecidos e tramados.

A mudança é irreversível e implica assumir responsabilidades. Para isso, é fundamental que a


equipe gestora da instituição seja parceira, se proponha a acompanhar o processo e avaliar os
resultados. A realização de ações conjuntas e coordenadas entre direção, orientação,
supervisão e docentes fortalece e enriquece a mudança, auxilia na sensibilização da
comunidade e da família.

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A estrutura e o funcionamento que tem suportado um ensino de massa não servem certamente
para suportar o ensino à distância. A Educação à distância precisa ser implementada com
novos currículos baseados em projetos de aprendizagem, que estão sendo regulados por
princípios construtivistas, que propõem a auto-estima e o auto-respeito para alcançar a
liberdade de tomar decisões, a ter resistência nas situações de instabilidade.
As experiências que vamos apresentar aqui, foram desenvolvidas, como já foi dito, no Projeto
EducaDi /CNPq, em1997/1998.

Neste projeto, a proposta é estudar experimentalmente as possibilidades de mudanças na


escola pública de ensino básico. Com bolsas do CNPq, organizamos equipes de estudantes de
escolas técnicas e de terceiro grau, cuja atividade principal é dar suporte ao trabalho dos
professores com seus alunos no computador. Uma formação presencial e à distância também
foi oferecida aos alunos e professores, dentro da concepção de formação continuada, em
serviço. As páginas Web das escolas participantes, foram elaboradas pelos próprios
aprendizes, assim como os serviços nos servidores. Qualquer educador ou estudante pode
conectar-se e interagir livremente com quaisquer pessoas dessa nossa comunidade de
aprendizagem cooperativa à distância!

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Fagundes, Léa da Cruz - Co-Autoras Luciane Sayuri Sato/ Débora Laurino Maçada
“Aprendizes do futuro: as inovações começaram!”

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LINKS
INTERESSANTES

LISTA DE SITES

http://www.proinfo.es.gov.br/ntecolatina/banco.htm

http://www.proinfo.es.gov.br/ntevitoria/banco.htm

http://www.colegiocruzeiro.com.br/projetos/projetos2003.htm

http://nteaju.vilabol.uol.com.br/DITETOTAL.htm

http://www.ltnet.org/members/AntonioCanela/

http://netescola.pr.gov.br/netescola/index_nucleos.asp

http://geocities.yahoo.com.br/projpraia/

www.ondasnet.com.br/ntebarreiras

http://geocities.yahoo.com.br/ntemontesclaros/

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http://www.sec.ba.gov.br/nte03/

http://www.nte4.hpg.ig.com.br/projetos.htm

http://www.proinfo.es.gov.br/nte_cachoeiro/

http://www.proinfo.es.gov.br/ntecolatina/index.htm

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