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Introdução
O período mais crítico e sensível para a organogênese é entre a quarta e a oitava semana
após a fecundação, embora a exposição até 12 semanas ou mais possa afetar o desenvolvimento
do sistema nervoso central, olhos, dentes e genitália externa. A exposição dentro de duas
semanas após a concepção tem como resultado a morte do embrião e aborto precoce ou a
sobrevida de um embrião normal devido à natureza totipotente das células (aquelas células que
são capazes de diferenciarem-se em todos os 216 tecidos que formam o corpo humano,
incluindo a placenta e anexos embrionários) neste estágio.
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O embrião é propício a sofrer algum dano pelos agentes teratogênicos, dependendo do
estágio de desenvolvimento, os teratógenos podem causar limitações no desenvolvimento
mental tanto em período embrionário quanto fetal. O período mais crítico é quando a
diferenciação celular e a morfogênese estão em máxima atividade.
Para o desenvolvimento do encéfalo, o período crítico é de 3 a 16 semanas. No caso do
dente continua por longo tempo após o nascimento, portanto o desenvolvimento dos dentes
permanentes pode ser perturbados desde 18 semanas (pré-natal) até os 16 anos. O sistema
esquelético apresenta um período crítico de desenvolvimento prolongado.
Morte precoce e o aborto espontâneo do embrião podem ser causados, quando há
perturbações ambientais durante as duas primeiras semanas podendo interferir na clivagem do
zigoto e na implantação do blastocisto.
O desenvolvimento do embrião é mais facilmente perturbado pelos teratógenos quando os
tecidos e os órgãos estão se formando. Cada parte, tecido e órgão de um embrião apresentam
um período crítico durante o qual seu desenvolvimento pode ser perturbado. O tipo de defeito
congênito produzido depende de qual parte é afetado, tecidos e órgãos são mais suscetíveis no
momento da ação do teratógeno.
2. Agentes Infecciosos
2.2 –Citomegalovírus
Essa infecção parece ser fatal quando afeta o embrião, fazendo com que a maioria das
gestações termine em aborto espontâneo quando ocorre a infecção no primeiro trimestre da
gestação, em uma fase mais avançada da gestação a infecção pode resultar em anomalias fetais
graves. É a infecção viral mais comum do feto humano.
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defeitos congênitos (microcefalia e retardo mental). Usualmente a infecção pelo vírus do
Herpes simples ocorre em um período muito tardio na gestação, com mais frequência durante
o parto.
2.6 –Toxoplasmose
Ingestão de oocistos provenientes do solo, areia, latas de lixo contaminadas com fezes
de gatos infectados;
Ingestão de carne crua e mal cozida infectada com cistos, especialmente carne de
porco e carneiro;
Por intermédio de infecção transplacentária, ocorrendo em 40% dos fetos de mães que
adquiriram a infecção durante a gravidez.
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2.7- SifilisCongenita
Dado ao surto de infecções do vírus em 2015 no Brasil, surgiram diversos estudos a respeito
dos impactos desta infecção em gestantes, uma vez que casos de microcefalia começaram a ser
relacionados com o vírus. A transmissão do vírus da mãe para o feto se faz através da placenta.
A constatação referente à relação do vírus Zika com a microcefalia veio com a identificação do
vírus no líquido amniótico. A gravidade das alterações no feto são mais severas caso o mesmo
seja infectado pelo vírus no primeiro trimestre de gestação.
Quando uma gestante ingere altas quantidades de peixe contendo níveis anormais de
mercúrio orgânico, seu feto apresenta a forma fetal da doença de Minamata, apresentando
distúrbios neurológicos semelhantes aos da paralisia cerebral. Esse mercúrio é denominado
metilmercúrio, que é um teratógeno que causa atrofia do cérebro, espasticidade, convulsões e
retardo mental.
3.2 - Chumbo
A exposição ao chumbo durante a gravidez está relacionada a uma alta taxa de abortos,
anomalias no feto, RCIU e deficiências funcionais. Isso ocorre porque o chumbo tem a
capacidade de atravessar a membrana placentária e se aglomerar nos tecidos fetais.
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Também chamadas de BPC, as bifenilaspoliclorinadas são compostos químicos
teratogênicos que causam restrição de crescimento intrauterino (RCIU) e despigmentação de
pele nas crianças que foram expostas às BPC ainda no útero. Esses compostos podem estar
presentes em peixes de águas contaminadas, sendo adquiridos pelas gestantes através da
alimentação.
5.1 – Microcefalia
Nos primeiros anos de vida ocorre o processo de maturação do SNC, considerado crítico
para o desenvolvimento de habilidades motoras, cognitivas e sensoriais.
Após a criança ter o diagnóstico clínico estável inicia-se a intervenção para tratar as
deficiências primárias, tratar as secundárias e prevenir deformidades. A estimulação precoce
pode ser definida como um programa de acompanhamento de intervenção clínico-terapêutica
multiprofissional com bebês de alto risco e com crianças pequenas acometidas por patologias
orgânicas.
Atividades de estimulação sensorial tátil com objetos de diferentes cores, texturas e ruídos
são de fácil execução e aquisição pela família e são de suma importância para auxiliar no
desenvolvimento. A experiência de texturas diferenciadas nos pés, mãos, rosto com massinhas,
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geleias, farinhas, espumas de barbear, tinta, grama, terra e areia são importantes e diretamente
ligadas ao bom desenvolvimento neuropsicomotor precoce.
É necessário buscar o que mais se adapta as condições motoras do bebê, a estimulação das
funções motoras irá ocorrer através da abordagem proprioceptiva, visando proporcionar a
sensação de onde se localizam as partes do seu próprio corpo no espaço e também deve ser
trabalhado movimentos que favoreçam força muscular e adequação do tônus. Técnicas que
podem ser utilizadas: BOBATH, integração sensorial, estimulação sensorial de Rood.
5.2 – Toxoplasmose
5.3 – Hemangioma*
• Fase proliferativa (do nascimento até 1 ano de idade): é notada como massas
celulares de endotélio sem arquitetura vascular definida.
• A fase involutiva (1–5 anos): é caracterizada vasos sanguíneos que se tornam mais
óbvios e ampliados.
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• A terceira fase (5 a 8 anos) é o ponto em que os vasos sanguíneos são substituídos por
resíduos fibrosados e canais de tamanho capilar.
*Estudos recentes colocaram indicaram que o chumbo pode agir como um potencializador
no desenvolvimento de hemangiomas.