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CONTESTAÇÃO
à ação de indenização por danos morais proposta por Joana da Silva, pelos motivos de fato e de
direito a seguir aduzidos.
A versão dos fatos, tal como apresentada na inicial, encaminha o raciocínio para conclusões
equivocadas. As alegações efetuadas para a demonstração dos acontecimentos conduzem a um nexo
de causalidade e a imputação de culpa que, observados mais de perto, não estão bem caracterizados.
Daí porque a alegada responsabilização não merece prosperar.
Segundo a Autora, a médica que à atendeu, não solicitou nenhum exame. Uma vez que este
Hospital tem seus instrumentos de exame pronto para atender a qualquer tempo, não há necessidade
de solicitar exames, estes já são feitos no momento do atendimento, o que de fato ocorreu. Antes
mesmo de ser receitado o medicamento, consta no prontuário de atendimento, que houve o exame de
endoscopia e ainda um ultrassom, o qual deu a certeza que realmente a referida dor se tratava de
cólica menstrual. Assim, constata-se que houve inobservância da mãe no procedimento que durou
cerca de 1 hora.
Quanto ao quadro de Joana que piorou no mesmo dia mais tarde, devemos levar em conta
que os instrumentos utilizados neste e em qualquer outro hospital pode levar ao erro, pois nenhum
instrumento nos garante 100% de certeza, e ainda, o que se indica é que seja realizado vários exames,
como foi requerido pela médica e constatado na própria receita médica, uma vez que podemos ter
essa variação, entretanto, tendo em vista que o quadro de Joana, após o medicamento melhorou, e as
dores diminuirão, não há o que se falar em responsabilidade do Hospital quanto a dores posteriores.
A responsabilidade civil dos médicos decorre de culpa provada e não presumida. Não
resultando provado nos autos que o apelante agiu com imprudência, imperícia ou negligência, nem
verificada a hipótese de erro grosseiro, mas, ao contrário, segundo documentos em anexo, a paciente
foi devidamente atendida, e realizados todos os exames necessários.
A obrigação do Estado de reparar o dano depende da prova, pelo lesado, não apenas de que
sofreu o dano, mas que o sofreu em razão de um ato praticado (ou de uma omissão) pelo servidor
público. E tendo em vista o atestado medico apresentado pela autora nos autos, o mesmo se encontra
sem a data da ocorrência do fato e até mesmo sem a assinatura do médico/servidor responsável, que
nos leva ao pressuposto de falsificação de documento e invalidez do mesmo.
Reitera-se, portanto que, se danos houve para a autora, esses não decorreram da atuação do
Hospital, porquanto os documentos ora juntados revelam o que é de conhecimento médico: a
bibliografia médica aponta para a possibilidade de surgirem algumas complicações decorrentes de
fatores externos, em função da reação do próprio organismo do paciente.
DA IDENIZAÇÃO
O ressarcimento por dano moral não se impõe no caso dos autos, vez que o dano moral advém
tão somente do ato ilícito praticado pelo agente causador.
No caso sob exame, nenhum ato comissivo ou omissivo eivado de ilicitude foi realizado pelos
médicos da ora ré. Ao contrário, no tratamento da autora sempre foram feitos todos os esforços pela
equipe médica do Hospital, para que o mesmo recebesse os cuidados que o seu quadro clínico requer.
DOS PEDIDOS
2. Sejam todos os pedidos veiculados pelo autor julgados improcedentes, ante a ausência de
fundamentação fática e jurídica, com a condenação nas verbas de sucumbência.
3. Protesta-se pela juntada dos documentos que acompanham a presente (cópias do prontuário
médico completo da paciente autora).
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
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