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Constantemente os trabalhadores se encontram em uma situação complexa, na qual não querem pedir
demissão, pois perderão seus direitos, mas se encontram em situações que não lhe são satisfatórias de
trabalho. Exemplos não faltam, como casos de serem obrigados a realizarem trabalhos que não condizem
com sua contratação. Nesses e em outros casos uma alternativa para o trabalhador é a rescisão indireta.
A rescisão indireta é a falta de cumprimento das obrigações do empregador ou da empresa. É comum ouvir
empregados que eventualmente pedem demissão, por conta de constantes descumprimentos de obrigações
ou abusos do seu empregador, contudo esses é um erro.
A “rescisão indireta” está prevista no artigo 483 da Consolidação das Leis do Trabalho, que pode ser utilizado
pelo empregado, quando o empregador não cumpre sua parte no trato da relação trabalhista. Nesse caso
deve ser solicitada em reclamação trabalhista, e ao demonstrar que a empresa não cumpre suas obrigações a
justiça decreta o término da relação trabalhista como dispensa sem justa causa por culpa da empresa.
Quando o empregado comprova que está sendo vitimado pela empresa que não está cumprindo suas
obrigações, não perderá seus direitos trabalhistas, tendo direito ao recebimento do saldo existente no FGTS,
ao eventual seguro desemprego e as demais verbas relacionadas a demissão sem justa causa.
Essas situações podem causar a rescisão indireta e ainda podem servir para pedir outras reparações ou
indenizações no judiciário trabalhista, ou até na esfera do direito civil e penal.
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Lembrando, entretanto, que nesses casos não bastará a palavra do empregado contra a do empregador,
tendo que serem comprovados os fatos, por meio de documentos, fotos, filmagens, e-mails, testemunhas e
outras formas que demonstrem os fatos com certeza para quem vai analisar a situação.