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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO


MESTRADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

ALEXANDRA CONSULIN SEABRA DE MELO

YES, NÓS TEMOS ARQUITETURA MODERNA:


RECONSTITUIÇÃO E ANÁLISE DA ARQUITETURA RESIDENCIAL MODERNA
EM NATAL DAS DÉCADAS DE 50 E 60

NATAL/RN
2004
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ALEXANDRA CONSULIN SEABRA DE MELO

YES, NÓS TEMOS ARQUITETURA MODERNA!


RECONSTITUIÇÃO E ANÁLISE DA ARQUITETURA RESIDENCIAL MODERNA
EM NATAL DAS DÉCADAS DE 50 E 60

Dissertação apresentada ao Programa de Pós


Graduação em Arquitetura da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte para
obtenção do título de Mestre em Arquitetura e
Urbanismo.
Orientadora: Profª. Drª. Sônia Marques.

NATAL/RN
2004
Ficha catalográfica

M528y Melo, Alexandra Consulin Seabra de.


Yes, nós temos arquitetura moderna! Reconstituição e análise
da arquitetura residencial moderna em Natal das décadas de 50 e 60. /
Alexandra Consulin Seabra de Melo. – Natal, 2004.
149f.

Orientadora: Profª. Drª. Sônia Marques

Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). –


Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo – Universidade
Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2004.

1. Arquitetura de residências - moderna. 2. Cultura norte-


riograndense. 3. História do Brasil. I. Título.

CDU 728(81)
ALEXANDRA CONSULIN SEABRA DE MELO

YES, NÓS TEMOS ARQUITETURA MODERNA!


RECONSTITUIÇÃO E ANÁLISE DA ARQUITETURA RESIDENCIAL MODERNA
EM NATAL DAS DÉCADAS DE 50 E 60

Aprovada em: ____/____/____.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós


Graduação em Arquitetura da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte para obtenção
do título de Mestre em Arquitetura e
Urbanismo.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________________________
Profª. Drª. Sônia Marques – Orientadora
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

__________________________________________________________________
Prof. Dr.ª Edja Trigueiro – Convidada
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

__________________________________________________________________
Prof. Dr.ª Nelci Tinem – Convidada
Universidade Federal da Paraíba

NATAL/RN
2004
À minha família, de perto e de longe, pelo
amor, incentivo, apoio e, principalmente, pelos
princípios que me mantêm na luta pelo meu
crescimento.
AGRADECIMENTOS

Aos meus pais (anjos enviados por Deus), pelo amor, cuidado, dedicação e confiança
durante toda a minha vida;
A minha irmã Mariana Consulin que, assim como na graduação, me fez companhia
quando eu me sentia sozinha no computador;
A minha irmã Tassia Consulin, uma aliada especial num momento muito difícil da
minha vida;
A minha família de longe (“Tirda”, Tia Déa, Alexandre,...), pelas orações, torcida e
incentivo para que eu chegasse até o fim;
A Kert Cavalcanti, por me inspirar com a sua determinação e paixão pela profissão
escolhida;
À orientadora Sônia Marques, minha mãe intelectual (mainha), pelo acompanhamento
e confiança na minha capacidade de concluir este trabalho, mesmo quando todas as
esperanças estavam perdidas;
À Sabrina Dias, pela ajuda no levantamento fotográfico nas ruas de Tirol e Petrópolis;
À Rachel Lucena pelo suporte técnico ao scannear as fotos das casas levantadas;
A Paulo Laguardia, pela revisão ortográfica e gramatical do texto;
A Eugênio Medeiros e Nilberto Gomes de Souza, colegas de mestrado e grandes
amigos, por me mostrarem a luz no fim do túnel quando tudo estava muito escuro;
A Batista e Nilda, fiéis escudeiros na alegria e na tristeza, na saúde e na doença;
A Roberto Bousquet, pelo “apoio logístico” nas questões relativas à informática;
A todos do Arquivo Municipal de Natal, em especial a Carol, pela confiança em me
deixar manusear os processos guardados por ela com muito zelo;
A Marco Bacco, pela paciência, cuidado e bom humor ao tirar xerox dos 246 projetos
levantados no Arquivo Municipal de Natal;
Aos proprietários das residências - Denise Gaspar, Neide Sá, Cromwell Tinoco,
Heriberto Bezerra, Janete Mesquita, entre outros - pelos depoimentos e informações que me
fizeram entender uma época que não pude viver;
Aos arquitetos entrevistados, em especial a Moacyr Gomes da Costa que, com sua
memória apurada, foi um dos grandes responsáveis pela reconstituição da história
arquitetônica contida neste trabalho;
À Edja Trigueiro, pelas informações de ordem prática - neném e au au! - que me
fizeram fincar os pés no chão quando as teorias me faziam voar;
À Marinha do Brasil, representada pelo Comandante do 3o Distrito Naval, por
contribuir para a constituição do acervo estudado;
A Elias Salem (in memoriam), por continuar a me ensinar à verdadeira essência da
arquitetura;
A todos não mencionados, não por desconsideração, mas pela memória falha do atual
momento;
Muito obrigada!
RESUMO

O reconhecimento da arquitetura moderna brasileira ocorreu através da consagração de


ícones das Escolas Carioca e Paulista, representados nacional e internacionalmente por
nomes como Niemeyer, Lúcio Costa, Vilanova Artigas, entre outros. Dessa forma, os
estudos mais clássicos dedicados ao caso brasileiro recorrem em atribuir à região Sudeste o
título de celeiro da modernidade no Brasil, ao custo da subjugação de diversas outras
modernidades, ditas periféricas, cujos valores são desconhecidos ou esquecidos. Na
contramão dessa tendência, tem havido um esforço no sentido de registrar e analisar essas
produções regionais da arquitetura moderna brasileira, tarefa em que o DOCOMOMO Brasil
participa firmemente através de iniciativas como a criação de sua Biblioteca, que auxilia na
documentação e registro da modernidade no Brasil. Dentro desse contexto de inserção de
todas as modernidades no cenário modernista nacional, este trabalho tem por objetivo
apresentar a arquitetura moderna potiguar através dos seus exemplares residenciais,
investigando especificidades dos seus aspectos formais, construtivos e espaciais que, em
conjunto, demonstram mais um sotaque da arquitetura moderna brasileira: o potiguar. Dessa
maneira, contribuindo para o trabalho de registro e documentação do Movimento Moderno e
atribuindo à arquitetura moderna de Natal o seu real valor, poderemos dizer: Yes, nós temos
arquitetura moderna!

Palavras-chave: Arquitetura moderna. Produção regional. Aspectos formais. Movimento


moderno. História do Brasil.
ABSTRACT

Brazilian architecture was recognized because of the consecration of the icons of the Carioca
and Paulista schools which are represented nationally and internationally by names like
Niemeyer, Lucio Costa and Vilanova Artigas, among others. Because of this, classic studies
dedicated to the Brazilian case look to present the Southeastern region with the title of father
of modern Brazil, at the cost of subjugating various other modern movements and peripheral
sayings, whether their values are known or forgotten. On the other hand, there has been an
effort, in the sense of registering and analyzing these regional productions of modern
Brazilian architecture, an assignment that DOCOMOMO Brasil participates firmly through
initiatives like the creation of a Library to aid in the documentation and registration of
modernity in Brazil. Inside this context of insertions of the National-Modern scheme, this
work has as its objective to present modern potiguar (northern Brazil) architecture through
its contemporary residential examples, investigating specifically its constructive, formal
aspects, that together that together demonstrate one more architectural emphasis of modern
Brazilian architecture: the potiguar. This way, by contributing to the work of the register and
the documentation of the Modern Movement and attributing to the modern architecture of
Natal it’s real worth, we can say: Yes, we have modern architecture!

Keywords: Modern architecture. Regional Production. Formal aspects. Modern Movement.


Brazil’s History.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Mapa Parcial de Natal/RN, Localização dos Bairros de Tirol e Petrópolis...................21


Figura 2 - Casa Modernista da Rua Santa Cruz, Gregori Warchavchick (1928) ...........................27
Figura 3 - Ville Savoye, Le Corbusier (1929-1931).......................................................................28
Figura 4 - Casa da Cascata, Frank Lloyd Wright (1936)................................................................29
Figura 5 - Plano de Cidade Nova ou Plano Polidrelli (1901-1904) ...............................................36
Figura 6 - Plano de Sistematização ou Plano Palumbo (1929) ......................................................38
Figura 7 - Plano Geral de Obras do Escritório Saturnino de Brito, década 30...............................40
Figura 8 - Plano Geral de Obras Estação, projeto da Estação Ferroviária, anos 30 .......................41
Figura 9 - Plano Geral de Obras, projeto do Aeroporto, década de 30 ..........................................41
Figura 10 - Presidente Roosevelt na Rampa...................................................................................42
Figura 11 - Base americana em Parnamirim ..................................................................................46
Figura 12 - Edifício Sede da Comissão de Saneamento, projeto do Escritório Saturnino de
Brito, 1937 ......................................................................................................................................48
Figura 13 - Edifício Presidente Café Filho ou do IPASE, de Raphael Galvão Júnior (1955)........48
Figura 14 - Casas da Vila Ferroviária do IPASE (1953)................................................................48
Figura 15 - Rádio/ Cine Nordeste, de Agnaldo Muniz (1958) .......................................................48
Figura 16 - Sede do ABC Futebol Clube, de Agnaldo Muniz (1959) ............................................48
Figura 17 - Terminal Rodoviário, de Raymundo Costa Gomes (1956) .........................................48
Figura 18 - Sede da ASSEN, de Raymundo Costa Gomes (1963).................................................48
Figura 19 - Sede da AABB, de Moacyr Gomes da Costa (1964)...................................................49
Figura 20 - Sede do América Futebol Clube (1959) ......................................................................50
Figura 21 - Hotel Reis Magos (1962).............................................................................................50
Figura 22 - Chalé à Rua Mossoró...................................................................................................52
Figura 23 - Chalé à Rua Potengi.....................................................................................................52
Figura 24 - Primeira casa modernista de Natal, Rua Seridó, 454 (1938) .......................................53
Figura 25 - Painel com mosaico de azulejos (pesca), Rua Joaquim Manoel com Dionízio
Filgueira..........................................................................................................................................55
Figura 26 - Painel com mosaico de azulejos (salinas), Rua Afonso Pena com Açu ......................55
Figura 27 - “Arquitetura de papel”, de Moacyr Gomes da Costa, década 50 ................................56
Figura 28 - “Arquitetura de papel”, de Moacyr Gomes da Costa, década 50 ................................56
Figura 29 - “Arquitetura de papel”, de Moacyr Gomes da Costa, década 50 ................................56
Figura 30 - “Arquitetura de papel”, de Moacyr Gomes da Costa, década 50 ................................56
Figura 31 - “Arquitetura de papel”, de Moacyr Gomes da Costa, década 50 ................................56
Figura 32 - “Arquitetura de papel”, de Moacyr Gomes da Costa, década 50 ................................56
Figura 33 - Vista aérea de Petrópolis e Tirol, década 60................................................................70
Figura 34 - Mapa Petrópolis/ Tirol, Limites dos Bairros ...............................................................71
Figura 35 - Mapa Petrópolis/ Tirol, Área Pesquisada no Arquivo Municipal de Natal .................73
Figura 36 - Projeto do Arquivo Municipal de Natal, década 50.....................................................76
Figura 37 - Projeto do Arquivo Municipal de Natal, década 50.....................................................76
Figura 38 – Mapa Petrópolis/ Tirol, Mapeamento das Residências Modernistas – Décadas de
50 e 60 .........................................................................................................................................77
Figura 39 - Recuos-jardins de Rino Levi .......................................................................................84
Figura 40 - Casa de Argemiro Hungria Machardo, de Lúcio Costa (1942) ...................................85
Figura 41 - Casa Norchild, de Gregori Warchavchick (1931) .......................................................86
Figura 42 - Casa de Lina Bo Bardi (1951) .....................................................................................86
Figura 43 - Casa de Canoas, de Oscar Niemeyer (1953) ...............................................................87
Figura 44 - Avenida Getúlio Vargas, 554 (1962)...........................................................................87
Figura 45 - Rua Dionízio Filgueira, 763 (1963).............................................................................87
Figura 46 - Rua Cordeiro de Farias, s/n (1963)..............................................................................88
Figura 47 - Avenida Hermes da Fonseca, 1214 (1968)..................................................................88
Figura 48 - Implantação em lote irregular (exemplar 08, Quadro 2) .............................................89
Figura 49 - Implantação longitudinal e lateral do lote (exemplar 06, Quadro 2) ...........................89
Figura 50 - Implantação assimétrica/ irregular, colada nos limites do lote (exemplar 14,
Quadro 3)........................................................................................................................................89
Figura 51 - Implantação em lote de esquina (exemplar 01, Quadro 2) ..........................................89
Figura 52 - Implantação longitudinal no centro e fundos do lote (exemplar 63, Quadro 3) ..........90
Figura 53 - Implantação longitudinal no centro do lote (exemplar 105, Quadro 3).......................90
Figura 54 - Casa de Juscelino Kubitschek, de Oscar Niemeyer (1943) .........................................91
Figura 55 - Casa de Jadir de Souza, de Sérgio Bernardes (1951) ..................................................91
Figura 56 - Avenida Hermes da Fonseca com Teotônio de Carvalho (1961) ................................92
Figura 57 - Casa de João Vilanova Artigas (1949) ........................................................................95
Figura 58 - Casa de Carmen Portinho, de Affonso Reidy (1950-1952) .........................................95
Figura 59 - Casa do Conde Raul de Crespi, de Gregori Warchavchick (1943) .............................95
Figura 60 - Casa de campo de Geraldo Baptista, de Olavo Redig de Campos (1954)...................95
Figura 61 - Prisma sobre prisma retangular, com platibanda sem beiral .......................................96
Figura 62 - Prisma sobre prisma trapezoidal com uso do telhado-borboleta .................................96
Figura 63 - Prisma sobre prisma retangular, Avenida Deodoro da Fonseca, 744 (exemplar 03,
Quadro 2)........................................................................................................................................96
Figura 64 - Prisma sobre prisma retangular, Rua Ângelo Varela com Costa Pinheiro
(exemplar 47, Quadro 3).................................................................................................................96
Figura 65 - Prisma sobre prisma com empena ...............................................................................97
Figura 66 - Empena, Rua Açu, 560 (exemplar 02, Quadro 2)........................................................97
Figura 67 - Platibanda sem beiral, Rua Afonso Pena, s/n (exemplar 41, Quadro 3)......................97
Figura 68 - Rua Afonso Pena com Jundiaí (1963) .........................................................................97
Figura 69 - Volume retangular horizontal. Presença da platibanda com ou sem beiral .................98
Figura 70 - Volume retangular horizontal com cobertura plana aparente e bloco da caixa
d’água em destaque ........................................................................................................................98
Figura 71 - Volume suspenso com base recuada............................................................................98
Figura 72 - Fachada plana, Avenida Hermes da Fonseca, 744 (exemplar 22, Quadro 3) ..............98
Figura 73 - Fachada inclinada, Avenida Hermes da Fonseca, 1174 (exemplar 01, Quadro 2) ......99
Figura 74 - Frisos rebaixados e desenho em relevo, Rua Joaquim Manoel, 801 (exemplar 11,
Quadro 3)........................................................................................................................................99
Figura 75 - Pastilhas destacando vigas e pilares, Avenida Hermes da Fonseca, 448 (1962) .........99
Figura 76 - Laje em balanço e estrutura livre em moldura, Rua Açu, 507 (1956).........................99
Figura 77 - Casa de Walther Moreira Salles, de Olavo Redig de Campos (1951).........................102
Figura 78 - Casa de Canoas, de Oscar Niemeyer (1953) ...............................................................102
Figura 79 - Casa de Oswaldo Arthur Bratke (1953).......................................................................103
Figura 80 - Casa de Paulo Mendes da Rocha (1964) .....................................................................103
Figura 81 - Casa de Cunha Lima, de Joaquim Guedes (1958-1963)..............................................103
Figura 82 - A estrutura e os jogos de espaços internos, Casa de Cunha Lima de Joaquim
Guedes ............................................................................................................................................103
Figura 83 - Marquise de entrada em concreto armado, Avenida Hermes da Fonseca com
Teotônio de Carvalho (1961)..........................................................................................................104
Figura 84 - Uso de esquadrias metálicas, Rua Campos Sales, 638 (1963) ....................................106
Figura 85 - Janelas pivotantes em madeira e vidro, Avenida prudente de Morais, 637.................106
Figura 86 - Casa de Roberto Marinho, de Lúcio Costa (1937) ......................................................106
Figura 87 - Casa de Paulo Candiota, de Lúcio Costa (1950) .........................................................106
Figura 88 - Croqui da janela tipo painel contínuo unindo dois ou mais ambientes .......................107
Figura 89 - Cobertura inclinada com colchão de ar ventilado através de brises na empena,
Rua Miguel Barra, 764 (1959)........................................................................................................109
Figura 90 - Laje inclinada sob cobertura em telha cerâmica, Rua Maxaranguape, 690 (1964) .....109
Figura 91 - Cobertura inclinada, empena e aberturas esféricas nas empenas para ventilação
do colchão de ar, Avenida Deodoro, 611 (1958)............................................................................109
Figura 92 - Cobertura plana com platibanda, Rua Jundiaí, 481 (1962)..........................................110
Figura 93 - Cobertura plana com platibanda sem beiral, Rua Almeida Castro com Oliveira
Galvão (1965) .................................................................................................................................110
Figura 94 - Casa de Lotta de Macedo Sares, de Sérgio Bernardes (1953) .....................................110
Figura 95 - Casa de Sérgio Bernardes (1961) ................................................................................110
Figura 96 - Cobertura plana sem platibanda, com sistema de cobertura aparente apoiado
sobre pilares metálicos, Avenida Hermes da Fonseca, 1010 (exemplar 54, Quadro 3) .................111
Figura 97 - Cobertura plana sem platibanda, com sistema de cobertura aparente apoiado
sobre pilares de alvenaria, Rua Açu, s/n (exemplar 63, Quadro 3) ................................................111
Figura 98 - Coberturas planas, ventilação do colchão de ar através de rasgo na alvenaria,
Avenida Hermes da Fonseca, 448 (1962).......................................................................................111
Figura 99 - Brises protegendo o terraço de entrada da casa de Osmar Gonçalves, de Oswaldo
Corrêa Gonçalves (1951) (exemplar 31, Quadro 1) .......................................................................112
Figura 100 - Brises móveis para proteção da galeria voltada para o poente, Avenida Hermes
da Fonseca, 533 (1955)...................................................................................................................113
Figura 101 - Brises tipo ripado em madeira, Avenida Hermes da Fonseca, 448 (1962)................113
Figura 102 - Painéis de cobogós da casa de Oswaldo Arthur Bratke (1953) (exemplar 39,
Quadro 1)........................................................................................................................................113
Figura 103 - Cobogós no terraço da casa de Walter Moreira Salles, de Olavo Redig de
Campos (1951) (exemplar 32, Quadro 1).......................................................................................113
Figura 104 - Painel de treliças em madeira, casa de Oscar Niemeyer em Mendes – RJ (1949)
(exemplar 26, Quadro 1).................................................................................................................113
Figura 105 - Cobogós em cerâmica vitrificada, Avenida Deodoro, 611 (1958) ............................114
Figura 106 - Cobogó e treliça em madeira, Avenida Deodoro, 611 (1958) ...................................114
Figura 107 - Pérgolas na galeria interna da casa de Milton Guper, de Rino Levi e Roberto
Cerqueira César (1953)...................................................................................................................114
Figura 108 - Pérgolas em concreto armado na garagem da casa da Avenida Hermes da
Fonseca, 448 (1962) .......................................................................................................................114
Figura 109 - Casa de Roberto Lacase, de Vilanova Artigas (1939) ...............................................115
Figura 110 - Fachada revestida em pedra rosada, Município de Parelhas .....................................115
Figura 111 - Revestimento tipo “Pedra de Parelhas” em residência modernista de Natal.............115
Figura 112 - Revestimento em tijolo aparente, Rua Ana Néri, s/n (exemplar 56, Quadro 3) ........116
Figura 113 - Revestimento externo em azulejo, projeto de Delfim Amorim .................................117
Figura 114 - Revestimento em azulejo e pedra, Rua Miguel Barra, 766 (exemplar 51, Quadro
3).....................................................................................................................................................117
Figura 115 - Mármore rosado nas salas de estar e jantar, Avenida Hermes da Fonseca, 1076
(exemplar 04, Quadro 2).................................................................................................................118
Figura 116 - Revestimento de áreas molhadas em azulejos, Avenida Deodoro, 744 (exemplar
03, Quadro 2)..................................................................................................................................118
Figura 117 - Aplicação do parquet no piso, forro e paredes, Avenida Hermes da Fonseca, 448
(exemplar 20, Quadro 3).................................................................................................................118
Figura 118 - Desenhos para o primeiro projeto de decoração realizado por Joaquim Tenreiro.....120
Figura 119 - Residência de Nanzita Ladeira Salgado, Cataguases-MG. Joaquim Tenreiro ..........120
Figura 120 - Avenida Hermes da Fonseca, 1076, projeto arquitetônico e do mobiliário
moderno do arquiteto Augusto Reinaldo Maia Neto (1955) (exemplar 04, Quadro 2)..................120
Figura 121 - Mobiliário moderno, projeto da Casa Hollanda, Recife – PE, Avenida Deodoro,
611 (1958) ......................................................................................................................................121
Figura 122 - Mobiliário moderno, projeto da Casa Hollanda, Recife – PE, Avenida Deodoro,
611 (1958) ......................................................................................................................................121
Figura 123 - Mobiliário moderno, projeto da Casa Hollanda, Recife – PE, Avenida Deodoro,
611 (1958) ......................................................................................................................................121
Figura 124 - Mobiliário moderno, projeto da Casa Hollanda, Recife – PE, Avenida Deodoro,
611 (1958) ......................................................................................................................................121
Figura 125 - Mobília divisória, casa de Oswaldo Arthur Bratke (1953) (exemplar 39, Quadro
1).....................................................................................................................................................122
Figura 126 - Estante divisória entre estar e bar, Avenida Hermes da Fonseca, 448 (exemplar
20, Quadro 3)..................................................................................................................................122
Figura 127 - Painel de azulejos pintados por Marlene Galvão, Avenida Hermes da Fonseca,
448 (exemplar 20, Quadro 3)..........................................................................................................122
Figura 128 - Painel abstrato em pedra, autor desconhecido, Avenida Deodoro, 611 (exemplar
08, Quadro 2)..................................................................................................................................123
Figura 129 - Painel em ferro, autor desconhecido, Rua Joaquim Manoel, 801 (exemplar 11,
Quadro 3)........................................................................................................................................123
Figura 130 - Distinção dos setores social, íntimo e de serviço, Rua Jundiaí com Afonso Pena
(1963) (exemplar 29, Quadro 3) .....................................................................................................126
Figura 131 - “Antes” – Características originais da residência modernista à Rua Afonso Pena....136
Figura 132 - “Depois” – Mudança de uso e descaracterização da residência modernista à Rua
Afonso Pena....................................................................................................................................136
Figura 133 - Abandono do Hotel Reis Magos, projeto de 1962.....................................................137
Figura 134 - Abandono do Hotel Reis Magos, projeto de 1962.....................................................137
Figura 135 - “Antes” - Residência à Rua Afonso Pena com Jundiaí.............................................137
Figura 136 - “Depois” – Demolição em novembro de 2003 da Residência à Rua Afonso
Pena com Jundiaí ............................................................................................................................137
Figura 137 - Abandono da residência modernista à Rua Nilo Peçanha .........................................137
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 14
2 BRAZIL BUILD(ING)S: O PARADIGMA RESIDENCIAL MODERNISTA
BRASILEIRO ............................................................................................................................. 24
2.1 PARTICULARIDADES BRASILEIRAS.............................................................................. 24
2.1.1 Sobre a casa modernista brasileira .................................................................................. 28
3 NATAL BUILD(ING)S: O SOTAQUE MODERNISTA POTIGUAR .............................. 35
3.1 PARTICULARIDADES POTIGUARES .............................................................................. 35
3.1.1 Da cidade “dorminhoquenta” à Natal moderna............................................................. 35
3.1.2 O Processo de urbanização tardio.................................................................................... 35
3.1.3 Segunda Guerra Mundial: Trampolim da Vitória e da Modernidade......................... 42
3.1.4 Concretizando um ideário................................................................................................. 45
3.1.5 Sobre a casa modernista potiguar.................................................................................... 51
4 ANÁLISE DO ACERVO RESIDENCIAL MODERNISTA POTIGUAR A PARTIR
DO PARADIGMA RESIDENCIAL MODERNISTA BRASILEIRO .................................. 62
4.1 ANÁLISE DO PARADIGMA RESIDENCIAL MODERNISTA BRASILEIRO ................ 62
4.2 SOBRE O ACERVO INVESTIGADO.................................................................................. 70
4.2.1 Casas da década de 50 ....................................................................................................... 76
4.2.2 Casas da década de 60 ....................................................................................................... 78
4.3 ANÁLISE DO ACERVO RESIDENCIAL MODERNISTA POTIGUAR ........................... 82
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................. 129
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 138
ANEXOS
14

1 INTRODUÇÃO

A arquitetura moderna brasileira é reconhecida internacionalmente através,


principalmente, de seus ícones cariocas e paulistas, ainda mais especificamente, das obras de
Niemeyer do Ministério da Educação e Saúde até Brasília, os símbolos da modernidade
brasileira, vêm sendo consagrados tanto pelos clássicos da historiografia geral - Goodwin
(1943), Frampton (1997), Benévolo (1976), Curtis (1996) - quanto por estudos de
pesquisadores internacionais mais recentes. Na bibliografia dedicada especificamente à
arquitetura brasileira - Mindlin (2000), Lemos (1979), Segawa (2002) e Cavalcanti (2001) - os
Brazil Build(ing)s são, sobretudo obras de arquitetos do eixo Rio - São Paulo que representam
o paradigma modernista nacional havendo, por vezes referências regionais, como é o caso da
escola de Recife (BRUAND, 2002) 1.
Mais recentemente, no entanto, tem havido no Brasil um esforço no sentido de
documentar e analisar as diversas produções regionais da arquitetura moderna do país, o que é
devido em grande parte às atividades do DOCOMOMO – Documentação e Conservação do
Movimento Moderno, como evidenciam as pesquisas reunidas em sua Biblioteca - Arruda
(1999), Canez (1998), Silva (1991), Weimer (1998),... – e nos Arquitextos de Vitruvius -
Luccas (2000), Amorim (2001), Derenji (2001). Geralmente, estes trazem à tona os “[...]
‘acréscimos locais’: o surgimento de novos atores, estrangeiros e nativos e a homogeneidade
ou heterogeneidade da produção nacional; as similitudes e afastamentos dos padrões
hegemônicos nacionais”.(MARQUES; NASLAVSKY, 2001)2
No caso da produção potiguar, essa tarefa ainda está por ser feita, já que até o
momento foram realizados apenas estudos pontuais - como, por exemplo, em trabalhos
acadêmicos para disciplinas de Teoria e História da Arquitetura ou monografias da graduação.
A maioria destas monografias objetiva uma documentação das obras tentando contribuir para
um futuro inventário – como é o caso dos trabalhos realizados sob a orientação da Profª. Drª.
Edja Trigueiro3.

1
Em sua revisão historiográfica da arquitetura moderna brasileira, Tinem (2002) reafirma o reconhecimento da
produção do Sudeste como paradigma nacional, salvo a versão canônica de Bruand (2002) que propõe uma
síntese ampliada dos trabalhos anteriores, estendendo sua análise para algumas regiões periféricas, como
Salvador e Recife.
2
MARQUES, Sônia; NASLAVSKY, Guilah. Estilo ou causa? Como, quando e onde? (Os conceitos e limites
da historiografia nacional sobre o movimento moderno). Disponível em:
<http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp065.asp>. Acesso em 16 de abril de 2001.
3
O trabalho de registro e documentação do acervo modernista natalense coordenado pela Profa. Dra. Edja
Trigueiro já atingiu, dentre outras pontos, os bairros de Cidade Alta, Petrópolis e Tirol, bem como cidades do
interior do Rio Grande do Norte, como Caicó, na região do Seridó.
15

Por outro lado, outros estudos de caráter mais avaliativo não escapam da tendência de
minimizar a produção local face àquelas emblemáticas do Sudeste brasileiro. Este é, por
exemplo, o tom de uma publicação recente, na qual já no Prefácio, escrito pelo Prof. Dr.
Carlos Newton Júnior, pode-se ler:

[...] a Arquitetura produzida em Natal, ainda hoje [...], deixa a desejar em


relação, à de capitais vizinhas, como Fortaleza ou Paraíba (sic). Isso para não
falar numa cidade como Recife, de maior tradição arquitetônica e cultural
(NEWTON JÚNIOR , 1998 apud SANTOS, 2002a, p. 10).

Seguindo o mesmo julgamento de valor, o autor do livro, Prof. Dr. Pedro Antônio de
Lima Santos, faz o seguinte comentário sobre a arquitetura norte-riograndense na nota:

[...] o que se tem são versões reduzidas nas suas dimensões ou nas soluções
estéticas em relação aos modelos existentes em outras localidades do país e
que, eventualmente, lhes serviram de referência (SANTOS, 2002a, p. 14).
Em algumas situações, também se poderia creditar à defasagem e à situação
periférica a ausência de uma concepção erudita do projeto, além da
utilização de elementos arquitetônicos de outros estilos (SANTOS, 2002b,
p. 99).

Diante desses apontamentos surgem as seguintes questões: teriam os autores


submetidos os exemplares da arquitetura moderna potiguar a uma análise acurada que
permitisse assumir um tal tom de humildade? Ou esse julgamento não tem sido assumido a
priori na esteira de uma tendência dominante dos estudos?
De nossa parte, não pretendemos responder a essas questões no presente estudo. Dado
o seu pioneirismo, esta pesquisa tem, acima de tudo, o objetivo (1) de apresentar e divulgar
a Arquitetura Moderna Potiguar. Interessa-nos, sobretudo dizer: Yes, nós temos
arquitetura moderna!...4 para que o material reunido e analisado possa contribuir para a
inserção da Arquitetura Moderna Potiguar no cenário arquitetônico nacional, ocupando um
lugar até agora “negado” tanto pelo desconhecimento da sua existência, como pelo não
reconhecimento do seu valor.
Sendo dada a natureza de um trabalho de dissertação, bem como a especificidade do
processo de modernização potiguar, optamos por reconstituir a evolução da modernidade em

4
Durante os anos 30 e 40, o bordão “Yes, nós temos bananas!” tornou-se símbolo da divulgação e do
reconhecimento internacional da música popular brasileira e dos ícones tropicais através da figura de Carmen
Miranda. O título “Yes, nós temos arquitetura moderna!” soa como uma alusão proposital e possui o mesmo
valor simbólico de valorização e divulgação do produto local, além de fazer referência à presença americana em
Natal durante a II Guerra Mundial.
16

Natal através dos seus exemplares residenciais. Resultados preliminares desta pesquisa foram
apresentados no IV Seminário DOCOMOMO Brasil5 e no III Seminário Internacional
Patrimônio e Cidade Contemporânea6.
Este estudo se faz necessário não somente como divulgador da arquitetura moderna
em Natal e de sua contribuição para o quadro da arquitetura nacional, mas como oportunidade
de analisar e registrar um acervo que, diante das transformações urbanas, pode desaparecer
em muito pouco tempo, deixando para trás a memória, em nossa opinião, de um dos períodos
mais férteis da produção arquitetônica local.
De fato, no decorrer do levantamento do acervo pudemos constatar com mais rigor a
crescente ameaça que pesa não somente sobre as residências modernistas de grande valor,
mas sobre o patrimônio modernista em geral desta cidade.
Ao contrário do que pensávamos quando do início da pesquisa, boa parte do acervo
modernista produzido na década de 50 desapareceu antes mesmo das transformações urbanas
que se intensificaram nas décadas de 80 e 90. Em alguns casos, observamos a substituição das
casas modernas por exemplares também modernistas, fato que contraria o comum processo de
renovação arquitetônica baseado na sucessão periódica de estilos e modelos que seguem a
“moda arquitetônica” do momento. As reformas que tenderiam a sugerir estilos diferentes do
moderno repetiam as linhas modernizantes das residências demolidas. Em um segundo
momento do processo de desmonte, verifica-se a força das novas demandas urbanas como
peça-chave para o desmantelamento do acervo moderno.
Atualmente, ícones da modernidade potiguar - como o Hotel Reis Magos, de autoria
de Waldecy Fernandes Pinto, Antônio Pedro Pina Didier e Renato Gonçalves Torres,
arquitetos do Recife, assim como uma edificação de Álvaro Vital Brasil - encontra-se em
estado de franca deterioração, ao mesmo tempo em que outras edificações vêm sendo
demolidas ou desfiguradas por reformas fatais, incluindo residências pertencentes ao universo
de estudo da nossa pesquisa.
Diante do exposto, a documentação do acervo moderno de Natal ajudará tanto na
divulgação do modernismo e desenvolvimento de outros estudos como também poderá
fundamentar ações preservacionistas, já que, o problema da preservação do legado modernista

5
MELO, Alexandra Consulin Seabra de. Arquitetura Residencial Moderna Potiguar: Reflexo de uma Realidade,
Formação de uma Identidade. In: SEMINÁRIO DA DOCUMENTAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO
MOVIMENTO MODERNO, 4., 2001, Viçosa. Caderno de Resumos... Viçosa e Cataguases, 2001.
6
MELO, Alexandra Consulin Seabra de; MARQUES, Sônia. Aqui Jaz uma Modernidade... O Processo de
Desmonte da Modernidade (Residencial) em Natal. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL PATRIMÔNIO E
CIDADE CONTEMPORÂNEA, 2., 2002, Salvador. Caderno de Resumos... Salvador, 2002.
17

atinge todo o território nacional, e demonstra que a questão da preservação do moderno é uma
causa urgente.

Referencial teórico-metodológico

A tarefa de registro e divulgação da arquitetura residencial moderna potiguar tem por


objetivo (2) investigar como foi a resposta natalense às influências do modelo moderno
difundido pelas Escolas do Sudeste, destaque para a Escola Carioca - fontes invariáveis de
referência para as “outras modernidades”7 - através da avaliação de características que, não
raramente, tornaram-se fundamentais para a concepção dos exemplares mais representativos
das casas modernas brasileiras.
A pesquisa parte da hipótese de que as características formais, construtivas e
espaciais das casas modernas de Natal correspondem a (mais) uma tradução do
repertório modernista brasileiro, tendo como resultado uma modernidade ímpar, com
sotaque potiguar.
A construção desta hipótese foi fundamentada a partir das definições, observações e
críticas8 apresentadas pela bibliografia especializada, seja ela sobre a historiografia geral ou
dedicada ao modernismo brasileiro, onde o movimento obteve uma de suas traduções mais
representativas e diferenciadas, reafirmando o seu caráter heterogêneo diante dos
condicionantes locais, inicialmente desconsiderados pelos racionalistas mais doutrinários e
somente revistos a partir do revisionismo dos anos 60.
A hipótese aponta três pontos de partida para a análise em questão: forma, técnica e
função. Tais elementos de decomposição da arquitetura relembram a doutrina vitruviana –
venustas, firmitas e utilitas – que, nesse estudo será acrescida da relação com o entorno, visto
que a arquitetura está inserida em um cenário que muito condiciona a implantação da tríade
mencionada. Tinem (2002) enfatiza a preocupação dos modernistas brasileiros em retratar o
lugar, movendo-se entre a tradição e a modernidade, assim como preconizou Le Corbusier.
Sendo assim, a investigação do paralelo entre as casas brasileiras e os exemplares
potiguares será feita com base nos seguintes critérios de análise:
A relação entre implantação e lote, que inclui a posição da edificação no lote,
recuos, orientação, topografia;

7
O termo “outras modernidades” foi tomado de empréstimo de Hugo Segawa.
8
No caso deste estudo, a conceituação do moderno estará atrelada à abordagem da definição da ‘casa moderna’
que se construiu através do forte vínculo com as idéias revolucionárias que entraram em ebulição no início do
século XX, na Europa, e se expandiram pelo mundo dando origem ao Movimento Moderno.
18

Aspectos estéticos e formais, que englobam a composição dos volumes e das


fachadas;
Aspectos construtivos, relacionados às soluções e materiais utilizados, à estrutura,
dando ênfase à adaptação ao clima tropical e à síntese entre o tradicional e o moderno;
Aspectos espaciais, que envolvem, além dos aspectos programáticos, a posição e
organização dos espaços considerando questões de conforto ambiental (controle da insolação,
ventilação e chuvas) e a tendência ao zoneamento, uma característica da casa brasileira.
Além de serem aplicados na avaliação do repertório modernista brasileiro, esses
mesmos itens serão utilizados para a avaliação das casas da amostra local com o intuito de
formar matrizes de análise capazes de sistematizar as informações obtidas auxiliando as
conclusões finais.
Em uma avaliação breve a partir desses aspectos, a conceitualização do repertório
modernista brasileiro - que irá direcionar o paralelo entre as casas brasileiras e os
exemplares locais - resume-se em quatro características recorrentes:

Caráter nacionalista: arquitetura como símbolo e identidade nacional;


Linguagem diferenciada: plasticidade da forma;
Vínculo com o passado: tradição;
Vínculo com o lugar: adaptação ao clima.

Nessa caracterização prévia, ressalta-se que as diferenças de contexto, clientes e


ideologias resultaram numa modernidade caracterizada por uma linguagem mais livre,
marcada pela síntese entre os preceitos racionalistas e os elementos da tradição colonial, entre
as características formais nativas (incluindo os estilos historicizantes), as novas técnicas
construtivas e a necessidade de adequação da arquitetura européia ao clima tropical. Uma
arquitetura de caráter nacional que se tornou o diferencial brasileiro no cenário modernista
internacional, como resume Tinem (2002):

A arquitetura brasileira obtém visibilidade pela liberdade com que adota


esses pressupostos [do movimento moderno], ao mesmo tempo em que se
mantém absolutamente fiel a eles. Frente às críticas dirigidas ao caráter
internacional do movimento, fala desde um lugar específico sem perder a sua
contemporaneidade. Olha o passado, mas se revela eminentemente moderna.
É formalista e ao mesmo tempo eminentemente racional. Advoga uma
função social, mas é, em sua essência, elitista (TINEM, 2002, p. 22).
19

Considerar a modernidade natalense como algo ímpar constitui-se uma conseqüência


do caráter heterogêneo da arquitetura moderna brasileira. O enriquecimento através dos
“acréscimos regionais” trouxe à tona especificidades e nuances diferenciadas, consideradas
por Cavalcanti (2001) como formadoras de um sotaque, tanto pelo afastamento da linguagem
nacional dos cânones europeus, em que "[...] os arquitetos brasileiros tiveram participação
fundamental no surgimento de um sotaque das Américas na linguagem do modernismo
internacional” (CAVALCANTI, 2001, p. 21), quanto pela regionalização do modelo nacional
através da formação de “[...] uma linguagem própria, com sotaques diferenciados e
individualizados nas mais diversas regiões” (CAVALCANTI, 2001, p. 90).

Definimos o termo sotaque, de acordo com Mattoso Câmara, como um


conjunto de traços fonológicos específicos que caracterizam a pronúncia
numa modalidade regional de língua. [...] O significado social atribuído às
variedades de sotaque e dialeto é determinado, na maioria das vezes, pelo
que chamamos de estereótipos (MELO, 2000)9.

Mesmo sendo constituída de uma linguagem que não pode ser ouvida, a arquitetura
desenvolve sotaques no momento em que se observam “desvios” da linguagem erudita.
Detalhes, muitas vezes imperceptíveis, que diferenciam “pronúncias” características de uma
determinada região.
Diante do exposto, e considerando que seja comprovada a singularidade da
modernidade local em relação ao repertório paradigmático brasileiro, definiremos a
linguagem resultante da articulação dos “sons” arquitetônicos (forma, técnica e função) como
sotaque potiguar, tomando de empréstimo o termo utilizado por Cavalcanti (2001).
Após o embasamento teórico e a formulação do quadro conceitual - leia-se o que é o
repertorio modernista paradigmático no Brasil: o cânone “sudeste maravilha”? Quais os
critérios para avaliar? Quem segue, quem se afasta e como? - a pesquisa se encaminhou para a
seleção do universo de estudo que, posteriormente, viria a ser a fonte para a definição da
amostra de análise. A constituição desse acervo maior se deu, inicialmente, através de um
recorte cronológico e espacial que definiu a área e o período escolhidos para a abordagem.
A seleção considerou os bairros de Tirol e Petrópolis – então bairro Cidade Nova –
porque dados fotográficos e documentais registram essa área como sendo o celeiro dos

9
MELO, Djalma Cavalcante. Brasília já tem seu dialeto: o dialeto de Brasília caracteriza-se por não possuir
traços marcantes esteriotipados. Disponível em:
<http://www2.correioweb.com.br/hotsites/bsb40anos/21042000/pagina12.htm>. Acesso em 20 de maio de 2003.
20

projetos de linhas modernas nas décadas de 50 e 60, período de disseminação do novo estilo
na cidade10 (ver figura 1).
Ao falar em projetos de linhas modernas subentende-se que para o levantamento
inicial foram utilizados critérios - fundamentados nos conceitos arquetípicos de moderno -
para a definição do partido arquitetônico moderno. Obviamente, trata-se de uma
caracterização superficial, baseada em elementos recorrentes, e que, num primeiro instante,
possibilitaria a escolha dos exemplares mais próximos das matrizes brasileiras. Sendo assim, a
seleção obedeceu a priori os seguintes itens: forma, volumetria11 e o acesso ao material
gráfico (fotos, desenhos,...).
Determinados os recortes e as caracterizações, do partido arquitetônico moderno,
partiu-se para a coleta de dados (levantamentos fotográfico e documental, depoimentos,...) e
definição do universo de estudo, ou seja, do acervo residencial modernista de Natal.
Como resultado do levantamento dos exemplares nos dois bairros, foi identificado um
universo de estudo constituído por 473 exemplares, dentre eles 270 exemplares
remanescentes e fotografados e 246 projetos do Arquivo Municipal de Natal.
Para a seleção da amostra diante de um acervo tão numeroso, foram utilizados os
mesmos critérios iniciais de partido, no entanto, a avaliação foi mais rígida com relação ao
conceito das “linhas modernizantes” determinadas anteriormente. A triagem será direcionada
a partir de três importantes pontos que definiram o quadro da arquitetura residencial moderna
brasileira: a forma e volumetria; a síntese entre o tradicional e o moderno; e a dimensão
dos exemplares12.

10
A tarefa de coleta de dados foi realizada com base em dois inventários, Ramos (2000) e Correia; Cerqueira et
al (1999), relativos aos bairros de Petrópolis e Tirol, respectivamente.
11
Nesse trabalho, forma e volumetria possuem definições distintas, embora complementares. O conceito de
forma engloba os planos, fachadas e superfícies, enquanto a volumetria refere-se ao aspecto do volume sólido, da
caixa em si.
12
Esses três pontos serão apresentados mais detalhadamente no Capítulo 4, quando haverá uma abordagem mais
ampla sobre o acervo utilizado na análise.
21

FIGURA 1
22

Avaliando os exemplares através desses três pontos, obteve-se como resultado uma
amostra para análise constituída dos 68 exemplares que melhor representam aspectos
tipicamente modernizantes como: a valorização dos volumes geométricos e das linhas puras e
simples; a predominância dos vazios sobre os cheios; a ausência de elementos decorativos; o
uso de elementos vazados, cobogós e releituras dos brises-soleils; a utilização de novos
materiais e soluções construtivas - o concreto armado e as lajes e pilares, combinados com os
tradicionais - os beirais, a estrutura de madeira, etc.; a adequação da planta e da ocupação do
lote diante da nova rotina doméstica e da presença do automóvel.
Essa amostragem representará o que era tido como “arquitetura residencial moderna
potiguar das décadas de 50 e 60” pelos profissionais atuantes na cidade. O seu estudo engloba
divergências entre conceitos e interpretações que advém tanto de diferentes pontos de vista e
variáveis relativas ao ato de projetar - pensamento arquitetônico corrente, ideologias e
individualidade ao projetar -, como também dos condicionantes climáticos, sociais,
tecnológicos e econômicos específicos a uma determinada localidade.
Como mencionado anteriormente, a caracterização feita a respeito das residências
escolhidas em Natal seguirá os mesmos critérios de análise utilizados para avaliação do
modelo brasileiro. A sistematização de tais informações também resultará em uma matriz de
análise que representará o modelo residencial modernista potiguar.
As matrizes nacional e local terão uma função redutora que possibilitará a
sistematização das informações, tanto dos exemplares de referência quanto dos locais,
fundamentando o confronto entre as duas produções arquitetônicas. Para melhor compreensão
do tema abordado neste estudo, o texto foi dividido em três capítulos que serão apresentados a
seguir.
No segundo capítulo, Brazil Build(ing)s: O Paradigma Residencial Modernista
Brasileiro13, com base nos conceitos do modernismo brasileiro contidos nos textos de autores
consagrados - Mindlin (2000), Bruand (2002), Cavalcanti (2001) - serão expostas as
características do paradigma modernista brasileiro e suas referências internacionais, sempre
fazendo a ponte com a definição da casa modernista brasileira.
O terceiro capítulo, Natal Build(ing)s: O Sotaque Modernista Potiguar, traz
inicialmente a reconstituição do processo de modernização da cidade do Natal a partir da

13
Os Capítulos 02 e 03, que apresentam a produção modernista nacional e local, respectivamente, possuem
títulos alusivos ao Brazil Builds, livro de Phillip Goodwin lançado em 1943 durante a mostra no Museu de Arte
Moderna de Nova Iork, e o primeiro a apresentar os primórdios da arquitetura moderna do Brasil, destacando a
sua originalidade diante das adaptações do modernismo europeu à realidade local e, principalmente, levando essa
produção ao reconhecimento mundial. A denominação Natal Build(ing)s possui a intenção de divulgar os ícones
modernistas potiguares, tornando-os conhecidos e reconhecidos pelo seu valor arquitetônico no cenário nacional.
23

urbanização tardia ocorrida no início do século XX com a implantação dos Planos de


Urbanização e as transformações promovidas pela presença americana em função da II Guerra
Mundial. Nesse discurso estarão incluídas abordagens sobre a inserção e concretização do
ideário modernista na cidade considerando a defasagem tecnológica, representada por uma
incipiente e despreparada indústria da construção, que contribuiu para a criação de mais um
viés da estética moderna desde a sua primeira modernidade. Isso ocorreu no bairro da Ribeira,
com a construção de prédios públicos, até a segunda modernidade, a das residências que
ocuparam os bairros de Petrópolis e Tirol. Em seguida, serão estudados os reflexos do
manuseio do léxico modernista, com as suas devidas adaptações e particularidades locais,
sobre a definição de uma casa moderna com sotaque potiguar.
Por fim, o quarto capítulo, Análise do Acervo Modernista Residencial Potiguar a
partir do Paradigma Residencial Modernista Brasileiro, apresenta a análise das
características e peculiaridades da arquitetura residencial moderna no Brasil e em Natal, além
de um paralelo entre as amostras nacional e local consideradas na pesquisa. Nessa tarefa,
tornou-se fundamental a definição do partido arquitetônico moderno segundo elementos
formais, espaciais e construtivos recorrentes tanto no paradigma nacional quanto na tradução
local, resultante das adequações e ajustes em decorrência das imposições dos condicionantes
locais (cultura, clima e tectônica). A sistematização, resultado do trabalho a partir das
matrizes de análise, trabalha com a hipótese da classificação das obras em categorias ou
modelos arquetípicos, permitindo a avaliação final e os comentários conclusivos.
24

2 BRAZIL BUIL(ING)S: O PARADIGMA RESIDENCIAL MODERNISTA


BRASILEIRO

2.1 PARTICULARIDADES BRASILEIRAS

Os textos sobre modernidade brasileira, desde os clássicos até os mais recentes,


mesmo os que tentam ser mais abrangentes e fugir dos ícones cariocas e paulistas, como
Segawa (2002) e “outras modernidades” , tendem a consagrar ou re-consagrar esses ícones,
ignorar as produções locais e regionais ou considerar essas expressões como modernidades
“provincianas” ou mesmo inferiores. Isso tem influenciado inclusive os julgamentos de valor
das próprias pesquisas locais sobre o modernismo que vem se desenvolvendo no país14,
acompanhado pelo DOCOMOMO, do “Oiapoque ao Chuí”, de Teresina até Cuiabá, Porto
Alegre, Pelotas, etc.
Por outro lado, nos últimos anos, quase todos os textos sobre modernidade esbarram
em um mesmo dilema: definir o conceito de moderno. Avaliações e pesquisas ainda não
conseguiram denominar precisamente no que consiste a modernidade arquitetônica; no
entanto, se apóiam em interpretações consensuais e em características marcantes e
reincidentes que permitem construir tendências para a caracterização do estilo capazes de
fundamentar alguns estudos.
Neste trabalho, seguiremos a atual tendência da bibliografia especializada15 em julgar
o modernismo em termos de um processo heterogêneo, com particularidades nacionais, mas
também disseminadas no interior de cada país.
Exemplificando essas especificidades, no formato de releituras dos paradigmas
modernistas internacionais, está a Modernidade Brasileira, que ganhou representatividade
através do seu modo particular de traduzir o ideal moderno diante dos condicionantes locais.
Como resposta a esse processo de adequação desenvolveu-se um sub-código representado por
uma linguagem mais livre e poética.

Sou a favor de uma liberdade plástica quase ilimitada, liberdade que não se
subordine servilmente às razões de determinadas técnicas ou do
funcionalismo, mas que continua, em primeiro lugar, um convite à
imaginação, às coisas belas, capazes de surpreender e emocionar pelo que
representam de novo, criador; liberdade que possibilite quando desejável –
as atmosferas de êxtase, de sonho, poesia. (NIEMEYER, Oscar. Forma e

14
Estudos reunidos na Biblioteca DOCOMOMO.
15
Bruand (2002), Cavalcanti (2001); Segawa (1999); Mindlin (2000), Benévolo (1976); Frampton (1997), etc.,
25

Função na Arquitetura. Arte em Revista, São Paulo, ano II, n. 4, p. 57, ago,
1980).

De acordo com a historiografia geral16, na Europa, a Revolução Industrial e o pós-


guerra determinaram todas as diretrizes para a consolidação do Movimento Moderno,
incluindo a idealização da casa paradigmática que deveria atender às principais demandas da
sociedade européia do início do século: “[...] o aperfeiçoamento do aparelho produtivo, das
residências e dos serviços [...]” (BENÉVOLO, 1976, p. 426). Essa realidade fez com que a
arquitetura moderna tivesse como tema central à habitação popular, uma preocupação que
abrangia não somente a provisão de moradias, mas também a qualidade de vida englobando o
crescimento da cidade industrial17.
No Brasil da virada do século, a discussão sobre a moradia popular desenvolveu-se a
partir da vertente higienista que buscava contornar o caos conseqüente do acelerado e
desordenado processo de urbanização que caracterizou os primeiros anos do século XX.
Somente na década de 20 é que o Estado, representado por Getúlio Vargas, apresenta a
arquitetura moderna ao Brasil. Da Era Vargas até Brasília, a modernidade arquitetônica
brasileira dissemina-se inicialmente como a linguagem ideal capaz de traduzir o nacional-
desenvolvimentismo do governo de Getúlio Vargas - que culminou com a construção de
Brasília – e somente após a Segunda Guerra, segundo Bonduki (1998), constitui-se como uma
cartilha eficaz para a implantação de uma política habitacional estatal de construção em massa
de casas para a classe trabalhadora18.
A renovação da arquitetura brasileira, ante o neocolonialismo vigente, se deu com uma
modernidade muito particular, não somente no que diz respeito a sua causa, mas também
como resposta à integração de valores tradicionais que se refletiu tanto na representação
estética quanto na organização espacial. Neste caso, essa união entre a tradição e os preceitos
modernistas resultaram em uma linguagem arquitetônica diferenciada, em que elementos e
soluções passadistas compõem concepções inovadoras sem comprometer a essência
revolucionária da nova arquitetura. A modernidade brasileira, caracterizada pela sua
linguagem mais livre, surgiu a partir da mescla entre os preceitos racionalistas e os elementos
da tradição colonial, entre as características formais nativas – incluindo os estilos

16
Benévolo (1976), De Fusco (1981), Framptom (1997), etc.
17
Conceitos como universalidade, racionalidade, funcionalismo, padronização e existenzminimum, bem como a
participação dos CIAM´s, as diretrizes da Carta de Atenas e a fundação da Bauhaus, influenciaram e
determinaram a reconstrução da Europa, propondo um novo modelo de casa, de cidade, um novo modo de vida.
Do ponto de vista estético, a cultura mimética e historicista seria substituída pela vanguarda figurativa.
18
Os exemplares que marcaram essa época foram o Complexo Habitacional do Pedregulho e o da Gávea, ambos
de Affonso Eduardo Reidy, que seguiu a linha de Le Corbusier para a Unidade de Habitação.
26

historicizantes, as novas técnicas construtivas e as necessidades de adequação da nova


arquitetura ao clima local.
Essa integração resultou em uma linguagem poética que impressionou até os
modernistas mais conservadores. A arquitetura foi além da rigidez erudita para dar espaço à
intuição e ao talento de nossos arquitetos. “Formou-se uma linguagem própria, com sotaques
diferenciados e individualizados nas mais diversas regiões” (CAVALCANTI, 2001, p. 90),
reinterpretações do legado paradigmático modernista que traduziram os contextos nos quais
foram inseridos. Aqui, além das peculiaridades programáticas, observamos as singularidades
formais, resultantes das condições climáticas e da disponibilidade de materiais. Como
menciona Cavalcanti (2001), esse foi um momento singular de assimilações transformadoras
– apesar da forte inspiração racionalista corbusieriana.
Paralelamente, a singularidade da linguagem moderna brasileira feita através de
diferentes interpretações da cartilha modernista também se fez com o surgimento de duas
importantes Escolas de referência nacional e a presença dessas duas vertentes se refletiu tanto
na arquitetura pública quanto na privada, como mencionam os estudos de Lemos (1979),
Segawa (2002), Bruand (2002), Cavalcanti (2001) e Mindlin (2000)19.
O surgimento das Escolas Carioca e Paulista foi um dos resultados das diferentes
interpretações da cartilha modernista no contexto nacional e a produção dessas duas correntes
se refletiu tanto na arquitetura pública quanto na privada, inclusive nas residências, como
mencionam os estudos clássicos sobre a história do modernismo brasileiro.
A Escola Carioca, ou seja, a dos arquitetos formados pela ENBA - Escola Nacional de
Belas Artes do Rio de Janeiro (mais tarde, Faculdade Nacional de Arquitetura da
Universidade do Brasil - RJ), teve Lúcio Costa como um dos protagonistas mais importantes
no momento de transição entre o neocolonialismo e a linguagem que refletia o modelo
moderno corbusieriano. A partir de 1936, com o projeto do Ministério da Educação e Saúde,
a Escola Carioca garante a inserção de um novo estilo e o destaque de protagonistas como
Affonso Eduardo Reidy, os irmãos Roberto e Oscar Niemeyer, o disseminador das formas
poéticas. Iniciava-se um novo momento arquitetônico, cujo ápice ocorreu com a inauguração,
em 1960, de Brasília, representante maior da linguagem modernista ‘clássica’ brasileira.
A Escola Paulista, representada pela Escola Politécnica de São Paulo, surgiu para
complementar o racionalismo difundido no Rio de Janeiro diante da influência organicista de

19
Os três últimos autores estão entre os que mais detalham as características da casa brasileira, portanto, a
conceitualização utilizada como referência no presente trabalho foi construída a partir das residências citadas e
comentadas nesses estudos.
27

Frank Lloyd Wright. Indo mais além, João Villanova Artigas, um de seus maiores difusores,
atribuiu à arquitetura moderna um caráter técnico, político e social, subliminando a linguagem
formal. Um momento muito representativo desse período de desenvolvimento de padrões
próprios ocorreu em 1928, com a casa modernista do arquiteto Gregori Warchavchick (figura
2).
Aqui, a referência ao desenvolvimento de características especificamente brasileiras
está vinculada aos resultados das restrições impostas pelas limitações da indústria da
construção que se refletiram em um afastamento da cartilha modernista européia diante de
reinterpretações e adaptações.
A casa da Rua Santa Cruz,
mesmo que não tão fiel aos preceitos
da técnica e estética moderna, marca
o início do manuseio do léxico
modernista para paulistas (e
brasileiros) e, principalmente, abre o
FIGURA 2 – Casa Modernista da Rua Santa Cruz, Gregori
capítulo sobre a história da casa Warchavchick (1928)
Fonte: BRUAND, 2002.
modernista no Brasil. Mais tarde, o
geometrismo desnudo adotado por Warchavchick impressionaria o próprio Wright. De acordo
com Santos (1981), Bruand (2002), etc., o balcão prismático branco, observado na casa
carioca da Rua dos Toneleros (1931), influencia o arquiteto americano na concepção da Casa
da Cascata, residência que se tornou o referencial paradigmático de organicistas como
Vilanova Artigas, Rino Levi e Oswaldo Bratke.
Com relação a essa tênue diferença de conceitos entre Rio de Janeiro e São Paulo,
percebe-se que no pós-guerra a então capital do Brasil exerceu grande influência cultural em
várias partes do país. Sobre a difusão dessa linguagem, Segawa (2002) comenta que arquitetos
de várias regiões que se formaram na ENBA (Escola Nacional de Belas Artes), arquitetos de
outras cidades e até mesmo os paulistas desenvolveram uma arquitetura com referências à
vertente carioca.

Um arquiteto que fez franca oposição ideológica ao trabalho de Le


Corbusier, João Batista Vilanova Artigas, abraçou a linguagem carioca em
obras como o Edifício Louveira, em São Paulo, ou seus projetos para a
cidade de Londrina, interior do Estado do Paraná, como o Edifício Autolon e
a estação rodoviária, do final da década de 40 (SEGAWA, 2002, p. 143).
28

2.1.1 Sobre a casa modernista brasileira

No âmbito da arquitetura residencial, a vertente corbusieriana adotada pelos cariocas


reflete uma de suas mais referidas “máquinas de morar”: a Ville Savoye (figura 3). Se
Corbusier era a tradução do racionalismo, a Ville Savoye (1929-1931) tornou-se um dos
ícones paradigmático dessa cartilha modernista.

FIGURA 3 – Ville Savoye, Le Corbusier (1929-


1931)
Fonte: www.greatbuildings.com

Nela estão registrados os princípios teórico-normativos defendidos pelo seu autor20: a


casa é a concretização na íntegra dos cinco pontos; a decomposição cubista resulta na
dinâmica e variedade perspectiva; ao mesmo tempo em que há uma relação com o entorno, a
obra é tida como um objeto a ser destacado pela paisagem; a planta resulta da função,
determinada a princípio pela presença do automóvel e, depois, pelo zoneamento; por fim, a
liberdade geométrica representada pela combinação da linha reta (presente no volume cúbico
principal) e a da linha curva (indicada pela rampa e algumas paredes) que se tornou uma
linguagem típica de Le Corbusier.
Muito embora por aqui tenha ocorrido uma assimilação e manuseio diferenciados
desse paradigma, ou até mesmo, adequações à realidade local, as características do
racionalismo explícito da Savoye aparecem em muitas das residências brasileiras.
Por outro lado, a Casa Kaufmann ou Casa da Cascata, concluída em 1936 (figura 4),
resume a teoria orgânica por representar a relação entre o artificial e a natureza através de um
novo modo de trabalhar a vanguarda figurativa utilizando a estereometria assimétrica
(desordem natural); da mescla entre o interior e a paisagem fazendo uso de ambientes
contínuos e da estética dos materiais. Para a concretização da poética orgânica, observa-se a
20
Antes mesmo da Ville Savoye, as casas Dominó (1914), Citrohan (1919) e Cook (1926) já demonstravam o
pensamento racionalista de Le Corbusier. No entanto, a residência em Poissy tornou-se uma das obras
racionalistas mais referidas do século XX e alçou o seu autor ao plano dos grandes mestres da arquitetura
moderna.
29

contribuição das técnicas construtivas modernas representadas não somente pelos novos
materiais, como o vidro e o concreto armado, mas por uma nova maneira de empregá-los,
juntamente aos materiais naturais em sua forma
bruta. No mais, fazer uma arquitetura com
referência nos princípios da natureza seria a
forma mais econômica de concretizar a forma e
o espaço construído; além disso, a obra reflete a
maior intenção da obra orgânica de Wright: unir
o ambiente construído à natureza, formando um
só organismo.
Independentemente de Escolas, vertentes
ou tendências, para precursores como Lúcio
Costa, Warchavchick e outros que os seguiram,
FIGURA 4 – Casa da Cascata, Frank Lloyd
a inserção dos preceitos modernistas europeus Wright (1936)
no contexto local – construído a partir da Fonte: www.greatbuildings.com

cultura, hábitos e clima – foi um fator determinante para a diferenciação da modernidade


brasileira, principalmente, aquela representada pela morada, pois a casa modernista brasileira
herdou diversas características formais e espaciais da casa tradicional, como refere Lemos
(1989). Atrela-se a tudo isso a resistência da clientela local em aceitar as inovações estéticas e
as transformações dos hábitos de morar, como também as dificuldades da indústria da
construção em atender às exigências das novas soluções (e materiais) adotadas. Diante disso,
percebe-se ao longo dos anos um crescente domínio sobre a cartilha moderna, o
aprimoramento da técnica moderna, bem como o surgimento de interpretações que denunciam
a adequação à realidade brasileira.
Na década de 30, os primeiros ensaios residenciais dos modernistas brasileiros
denunciam as falhas da disseminação do modelo racionalista europeu. Baseadas na teoria
corbusieriana da “casa, máquina de morar”, as primeiras casas modernas brasileiras
representavam o paradoxo do antifuncionalismo e o anti-racionalismo:

Basculantes de ferro com vidros estreitos e translúcidos mas não


transparentes, barravam a visibilidade dos jardins e transformavam as casas
em prisões; janelas de canto convencionais; óculos inspirados nas vigias dos
navios e pilotis encaixados no martelo, não tinham outro propósito a não ser
o de parecer modernos; com a ausência de beiral, os revestimentos (à base de
cal) enegreciam depressa; terraços mal isolados e mal impermeabilizados
30

deixavam-se atravessar pelo calor e pela água e tornavam escaldantes os


compartimentos (SANTOS, 1981, p. 106).

Mais tarde, após sucessivas revisões, o racionalismo europeu foi sendo aprimorado
para se adequar à realidade local. Durante esse processo, a incipiente indústria da construção
nacional possuiu um papel determinante na adaptação da técnica moderna:

A mão-de-obra [...] sofreu bastante com a transição, após a primeira Guerra


Mundial, de uma economia predominantemente agrária para uma crescente
industrialização provocada pelas dificuldades de importação impostas pela
guerra. Essa transição exigiu igualmente a adaptação a novos métodos
construtivos e a técnicas industriais, que no princípio era penosamente
reiniciada cada vez que se abria um novo canteiro de obras (MINDLIN,
2000, p. 31).

Depois, houve uma tendência ao aperfeiçoamento da indústria da construção,


incrementada, principalmente, pela padronização dos produtos. Mesmo assim, de início, os
canônicos “cinco pontos de Le Corbusier” foram implantados com restrições e inventividade
na arquitetura moderna brasileira. Por outro lado, as características tropicais do meio-
ambiente brasileiro (clima, topografia, flora) tornaram-se um dos principais determinantes do
modelo modernista nacional.
Sendo assim, após as experiências com as residências constituintes da chamada
arquitetura de caixas d’água21, as primeiras mudanças começaram a ser implantadas, umas
casas “[...] receberiam o tradicional telhado com os beirais protetores; outras tiveram os
basculantes substituídos por janelas de venezianas” (SANTOS, 1981, p. 107).
Seguindo o processo de melhorias, diversas outras soluções foram empregadas para
garantir o conforto, diante da incidência excessiva de sol, chuva, e demais intempéries que
ameaçavam o uso e a conservação das edificações. As adaptações realizadas na casa
portuguesa diante do clima tropical se repetiriam na adequação do modelo modernista
europeu às condições locais. Primeiro foi à presença de beirais e alpendres que garantiram a
formação de um micro-clima e a proteção das casas coloniais e que se prolongaram até as
casas modernistas.
Depois vieram muitas outras transformações, adaptações e releituras que traçaram uma
das mais marcantes características do modernismo brasileiro: a síntese entre o tradicional e o
moderno. Além disso, Bruand (2002) afirma que a arquitetura residencial foi o setor que mais
facilmente absorveu a mescla entre o passado e o contemporâneo, e que Lúcio Costa foi quem

21
A definição do modelo de arquitetura tipo “caixa d’água” é apontada por Santos (1981).
31

melhor propôs essa integração, embora muitos outros profissionais tenham aberto mão de
soluções tradicionais para garantir a funcionalidade, o baixo custo e a praticidade das suas
casas modernistas sem considerar essa uma atitude comprometedora à essência racionalista da
arquitetura moderna.
Bruand (2002) cita os elementos essenciais que caracterizam essa tendência: os
telhados coloniais com grandes beirais, substitutos muitas vezes da laje de cobertura (terraço-
jardim); as venezianas e muxarabis, controladores tanto da incidência solar quanto da
privacidade (brises-soleils); varandas e galerias de circulação externas, formadoras do micro-
clima; e os revestimentos de azulejos, eficazes contra a deterioração dos revestimentos de
fachada. Dentre reminiscências do passado e inovações, o que se observa é a constituição de
um vocabulário arquitetônico formalmente novo e, por vezes, contraditório, resultante de
exigências e circunstâncias no ato de projetar.
Dentro da variedade do léxico formal e tectônico brasileiro, contamos com a
disponibilidade de diversos sistemas estruturais, além daqueles em concreto armado, material
que tornou possível a consolidação da nova linguagem formal e técnica. Estruturas em aço, ou
mesmo as tradicionais em madeira, tornaram-se alternativas práticas, funcionais e econômicas
com resultados estéticos significativos. O brise-soleil, “quebra-sol” corbusieriano, cuja função
era garantir o controle da insolação, difundiu o uso de outros sistemas filtrantes, como o
cobogó, divulgado por Luís Nunes no Recife, as treliças, pérgolas e persianas. Na cobertura,
além da telha ondulada de fibrocimento, o telhado colonial, agora sobre a laje e criando um
espaço para a circulação de ar, propunha o resfriamento da mesma. Ainda contamos com o
jogo de materiais artificiais (concreto, vidro, metal) e naturais (pedra, madeira)
complementando essa simbiose.
No mais, temos elementos arquitetônicos característicos como os panos de vidro, as
rampas, marquises, pilares em “V”, além da flexibilidade dos volumes, do uso da curva, das
formas livres e das estruturas com intenção plástica. Aliás, como menciona Cavalcanti (2001),
o domínio da tecnologia do concreto armado foi muito positivo para a consagração da
Arquitetura Moderna do Brasil. “As formas são indissolúveis da técnica: uma vez resolvida a
estrutura, o prédio estava pronto” (CAVALCANTI, 2001, p. 24).
Ainda assim, havia o estilo característico de cada profissional, o compromisso com
vertentes e influências e, principalmente, a maneira peculiar de manusear o legado
modernista, criando diferentes formas, espaços e atmosferas. Uma “brilhante geração”, como
se refere Cavalcanti (2001).
32

O surgimento de um novo vocabulário formal e tectônico marcou a consagração da


Arquitetura Moderna Brasileira; no entanto, outra mudança constituiu-se muito mais radical:
as transformações dos espaços. A experiência positiva com os projetos estatais influenciou a
aceitação da arquitetura moderna nos projetos privados, mesmo assim, a aceitação das formas
inovadoras, assim como a adaptação aos novos espaços foi gradativa22. “A conquista de um
mercado estatal era absolutamente fundamental em um país no qual as elites e empresas
privadas apenas adotavam um estilo depois que tivesse sido experimentado e aprovado em
obras públicas.” (CAVALCANTI, 2001, p. 13). “Muitas vezes, os clientes importantes, os
empreendedores de obras de vulto, eram levados sem muita convicção a tolerar projetos
‘modernistas’ e soluções ainda não testadas, não sabendo, inclusive, julgá-las ou usufruí-las.”
(LEMOS, 1979, p. 139).
Nas residências, por exemplo, as transformações do espaço doméstico significaram
muito mais do que alterações físicas, exigiram mudanças nos hábitos de morar. Diante disso,
o caminho da arquitetura residencial moderna brasileira foi traçado principalmente pelas
encomendas de projetos feitas por uma clientela diferenciada, julgada capaz de melhor
compreender e usufruir a casa moderna. Daí o fato de que as residências modernas brasileiras
mais representativas foram, em regra, destinadas a famílias abastadas, pois, tanto o apuro
intelectual e o acesso a informações quanto à disponibilidade de recursos dessa “elite”,
possibilitaram uma melhor aceitação e realização das inovações estéticas e sociais associadas
à modernidade. Sendo assim, a prática moderna de muitos arquitetos foi determinada por tal
condição, como demonstram os textos a seguir sobre Lúcio Costa no Rio de Janeiro e
Vilanova Artigas em São Paulo, respectivamente:

Lúcio Costa encontrou-se sem clientes dispostos a construir prédios


modernos. [...] o arquiteto era contatado por uma clientela particular que
desejava casas ‘em estilo’, [...] que, segundo suas próprias palavras ‘não
conseguia fazer (CAVALCANTI, 2001, p. 183).
A aceitação de sua obra, que fazia uma renovação formal e propunha novos
hábitos, foi dependente de uma clientela especial. Constituiu-se de famílias
de intelectuais paulistas preparadas para compreender a necessidade de
reorganização social associada a um novo espaço social (SANVITTO, 1994,
p. 5).

No processo de conquista de clientes é provável que a repercussão de textos de


divulgação da arquitetura moderna brasileira - Goodwin (1943), por exemplo - tenha sido de
grande valia para a transformação do pensamento corrente e para a mudança dos valores

22
Muitas vezes, plantas tradicionais ecléticas ou neocoloniais eram mascaradas através de fachadas modernas.
33

sócio-culturais. Com isso, acredita-se que a clientela, antes resistente ao novo estilo, passasse
a encomendar projetos de empreendimentos imobiliários e casas aos arquitetos modernos.
Na esteira das inovações sócio-espaciais, características como a hierarquia sócio-
espacial e o zoneamento interno tornaram diferenciada a organização dos ambientes das
residências brasileiras, principalmente, daqueles inclusos na área de serviço. Por outro lado,
os princípios eruditos europeus que defendiam a “planta livre” refletiram-se na arquitetura
moderna brasileira através da implantação da continuidade espacial, preceito da
funcionalidade racionalista.
Se no âmbito formal a arquitetura moderna pegou de empréstimo diversos elementos
da tradição nacional, do ponto de vista espacial autores como Lemos (1979) afirmam que as
reminiscências passadistas foram determinantes na constituição do espaço residencial
moderno. Segundo o autor, nos anos 30 as alterações de programas sugeriam novos modos de
morar, mas a tradição escravagista ainda tinha seus reflexos e, diferentemente dos
agenciamentos franceses, os nossos propunham a separação entre acessos e entre os setores de
serviço e sociais. Essa hierarquia sócio-espacial de caráter discriminatório é enfatizada através
do zoneamento interno, uma particularidade das plantas brasileiras.
Do outro lado, a presença dos equipamentos modernos contribuiu para as alterações
nos programas de necessidades. Nesse caso, a redução de componentes do programa colonial
ocorreu em paralelo à introdução de ambientes que atendiam às necessidades do morar
moderno. Exemplificando tais alterações, tanto Veríssimo; quanto Segawa (2002) afirmam
que nos anos 50, com a valorização do automóvel como representante do progresso e status, a
garagem conquista um lugar de destaque na residência moderna, deixando de ter uma posição
discreta e submissa nos projetos.
Passando da tradição para a erudição, o conceito de continuidade espacial adotado
pelos arquitetos modernistas brasileiros denuncia o comprometimento com os dogmas
europeus, principalmente àqueles referentes aos cinco pontos de Le Corbusier exibidos na
Ville Savoye, como a planta livre com estrutura independente.
A planta livre, além de versátil, por ser capaz de acomodar diversos arranjos, promove
a indistinção entre interior e exterior, solução que parece ter sido onipresente na arquitetura
moderna brasileira, incluindo a residencial.
Segundo Lemos (1979), a continuidade espacial implantada nas casas modernas gerou
superposições já que as paredes tornaram-se apenas selecionadoras de ambientes. Essa
tendência, que se valeu das vantagens das modernas estruturas, tentava sugerir um novo modo
de vida e novos hábitos através de uma maneira mais flexível de dispor espaços.
34

Diante do exposto, observa-se que o caráter da arquitetura moderna brasileira


representa a quão esta arte esteve condicionada a fatores exógenos, sejam estes relativos à
forte tradição nacional, às especificidades do clima ou às interpretações próprias do
paradigma modernista europeu.
Os traços dessa singularidade são percebidos com certa veemência nos projetos de
edifícios privados, sobretudo nas residências que “[...] expressam as peculiaridades culturais,
sobretudo aquelas que emanam da organização familiar” (MARQUES, 1994, p. 7) e das
relações interpessoais específicas. No entanto, a linguagem utilizada na arquitetura residencial
se confunde com o surgimento do vocabulário modernista no Brasil ocorrido através dos
edifícios públicos “[...] muitos dos quais permanecem até hoje como ícones da modernidade e
demonstram uma enorme contemporaneidade em relação aos edifícios congêneres da Europa,
quando são até em certos casos mais modernos” (MARQUES, 1994). Portanto, ao
mostrarmos esses breves comentários sobre o paradigma residencial modernista brasileiro23,
apresentamos um capítulo de um dos momentos mais sublimes e representativos da expressão
arquitetônica do país. Através dos Brazil Build(ing)s, os modernistas brasileiros deram uma
importante contribuição para o legado arquitetônico mundial desenvolvendo, a partir dos
condicionantes locais, uma linguagem original e representativa que obteve significativa
aprovação no cenário internacional, levando o modernismo brasileiro a “fazer o caminho de
volta” às origens européias, ou seja, a complementar os preceitos eruditos.

23
Uma análise mais detalhada sobre a casa modernista brasileira será apresentada no Capítulo 03: “Análise do
Acervo Residencial Modernista Potiguar a partir do Paradigma Residencial Modernista Brasileiro”, como
fundamento para o paralelo entre os modelos brasileiro e potiguar.
35

3 NATAL BUILD(ING)S: O SOTAQUE MODERNISTA POTIGUAR

3.1 PARTICULARIDADES POTIGUARES

3.1.1 Da cidade “dorminhoquenta”24 à Natal moderna

Para falar da arquitetura moderna em Natal é preciso retroceder algumas décadas da


história e iniciar a análise pelos primeiros anos do século XX, quando, junto aos novos ares da
República, surgiram as primeiras idéias modernizadoras que começariam a transformar a
paisagem urbana da cidade25 e prepará-la para a renovação arquitetônica que tomaria força na
década de 50, com a inserção definitiva da arquitetura moderna no cenário local.
No processo de formação da modernidade potiguar contamos inicialmente com um
processo de urbanização tardio e lento que foi impulsionado, principalmente, pela presença
americana no período da II Guerra Mundial que, por outro lado, viria a ser um transformador
das relações sociais, modernizando costumes e alterando a atmosfera provinciana da cidade
do início do século.

3.1.2 O Processo de urbanização tardio

“A Cidade Nova, com suas avenidas e seus parques sombreados, é o bairro da


aristocracia, a cidade artística, onde a riqueza impressiona pelo luxo e o bom gosto das
construções” (DANTAS, 1998, apud SANTOS, 2000b, p. 111).
Até o início do século XX o poder público não chegou a realizar intervenções
expressivas de caráter modernizador na cidade do Natal, no entanto, tanto o governo quanto à
elite natalense já manifestavam o desejo de construir uma imagem moderna da cidade,
baseada em exemplos europeus e americanos, inserindo-a no cenário urbano nacional, assim
como uma capital deveria ser.
Dantas (1998) aponta três momentos chaves nas intervenções urbanísticas para a
formação do espaço de Natal: o Plano de Cidade Nova ou Plano Polidrelli (1901 –1904), o
Plano Geral de Sistematização ou PlanoPalumbo (1929 – 1930) e o Plano Geral de Obras
do Escritório Saturnino de Brito, fomentado nos anos 30 e especializado em obras de

24
O termo “dorminhoquenta” é uma denominação utilizada por Luís da Câmara Cascudo para caracterizar o
ritmo da cidade de Natal no início do século XX.
25
Principalmente dos bairros de Petrópolis e Tirol, onde se encontra o principal acervo arquitetônico modernista
da cidade do Natal.
36

saneamento. Esse conjunto de intervenções foi responsável por tirar Natal de uma estagnação
observada desde a sua fundação em 1599 e, como relata Câmara Cascudo, “transformou
Natal, livrando-a do colonialismo teimoso em que vivia” (CASCUDO, 1980, p. 422). Essas
ações urbanas transformaram a dinâmica urbana e a paisagem, mas também passaram, a partir
da década de 20, a modificar o cotidiano das pessoas, fazendo-se estabelecer uma nova forma
de relação com a cidade pela incorporação de hábitos, usos e valores mais condizentes com a
nova realidade.
O Plano de Cidade Nova ou Plano Polidrelli (figura 5), por ser de autoria do
agrimensor italiano de mesmo nome, constituiu-se o primeiro passo de um movimento
renovador e modernizador que apontava para uma Natal em sintonia com os novos tempos da
República.

FIGURA 5 - Plano de Cidade Nova ou Plano Polidrelli (1901-1904).


Fonte: MIRANDA, 1981

Marcados pelo ideário progressista e futurista que contagiou o governo de Pedro


Velho de Albuquerque Maranhão e a elite intelectual da capital. Tratava-se de um plano
regulador de expansão, de caráter nitidamente contemporâneo as grids ortogonais norte-
americanas e com dimensões generosas, que previa a construção de uma cidade com traçado
37

em xadrez26, diferenciando ruas e avenidas, bem diferente daquela que se encontrava entre os
limites dos bairros de Cidade Alta e da Ribeira27 e que era símbolo da antiga cidade colonial,
com ruas desalinhadas e com ambiente propício às epidemias.
O bairro novo seguia o exemplo de cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, onde
beleza, limpeza, ruas alinhadas e saneadas eram o símbolo de uma cidade moderna28. Cidade
Nova caracterizou-se como “[...] promotor da modernização, na medida em que ampliou os
limites da cidade e estabeleceu as bases para uma ocupação mais ordenada” (SOARES, 1999,
p. 39), por outro lado foi responsável por transformar a sociedade, pois “[...] os modos de
vida, comportamentos e hábitos da elite local foram recobertos por um verniz civilizatório”
(OLIVEIRA, 1997, p. 159), o que contribuía para formar uma imagem moderna e, segundo
Soares (1999) e Santos (1998), para enaltecer o caráter elitista e segregacionista atribuído ao
bairro.
Na segunda gestão do governador Alberto Maranhão (1908 – 1913), e com suas ruas e
quadras demarcadas desde 1904, Cidade Nova manteve um lento processo de ocupação,
mesmo com a criação do bairro de Petrópolis, a abertura de mais ruas e avenidas, incluindo a
avenida Oitava (atual Hermes da Fonseca), e a inauguração de novas linhas de bondes
comunicando Cidade Alta, Ribeira e Cidade Nova, na altura do Aero Clube, no bairro do
Tirol. No entanto, desde esse período, o novo bairro já se caracterizava por abrigar as mais
exuberantes e ricas mansões de propriedade de bacharéis, coronéis e famílias ilustres da
cidade que, mais tarde, haveriam de ceder lugar aos exemplares modernistas que ocupariam a
área a partir dos anos 50. “A Cidade Nova, cujo plano havia sido concebido em 1901 e
ampliado em 1904 pelo agrimensor Antonio Polidrelli, foi escolhida como local das
residências de elite” (SANTOS, 2000, p. 38).
Somente a partir dos anos 40, com a II Guerra Mundial, é que a ocupação de Cidade
Nova, agora dividida entre os bairros de Petrópolis e Tirol, “[...] foi acelerada como
conseqüência de obras de infra-estrutura [...], do crescimento da população de Natal e do
aumento da demanda por moradias” (SANTOS, 1998, p. 47). Mesmo assim, durante a década
de 20, novas intervenções foram realizadas na área pelo então governador Omar O’Grady e

26
Segundo Santos (1998), o desenho em forma de xadrez não incuti nenhuma preocupação além de definir ruas,
avenidas e quadras e adequar-se ao terreno plano destinado à expansão da cidade, ou seja, não houve por parte de
seus criadores, Jeremias Pinheiro da Câmara e Antônio Polidrelli, nenhuma intenção de seguir preceitos ou
critérios urbanísticos, mesmo assim, a sua proposta de estruturação tornou-se marcante para o desenvolvimento
da cidade até os dias de hoje.
27
Respectivamente os bairros de fundação e comercial da cidade neste período.
28
Em Eduardo (1998) encontram-se considerações mais aprofundadas sobre as inovações propostas para a
Cidade Nova sob o ponto de vista da higiene pública.
38

serviram de base para a implantação, em 1929, do Plano Geral de Sistematização (figura 6).
Iniciava-se, assim, o segundo momento das ações públicas urbanísticas na cidade.

FIGURA 6 - Plano de Sistematização ou Plano Palumbo (1929).


Fonte: MIRANDA, 1999

Em 1928, Mário de Andrade, grande literato brasileiro e importante personagem da


manifestação paulista pela arte moderna, veio à Natal para visitar Câmara Cascudo. Em suas
andanças para reconhecer a capital menciona: “Gosto de Natal demais. Com os seus 35 mil
habitantes, é um encanto de cidadinha clara, moderna, cheia de ruas conhecidas encostadas na
sombra de árvores formidáveis” (ONOFRE JÚNIOR, 1984, p. 99).
O Plano Geral de Sistematização traduzia o estilo das melhorias urbanísticas propostas
por O’Grady, ou seja, constituía-se mais um plano de reformas do que uma proposta de
ordenação urbana, embora fizesse parte da proposta do arquiteto Giácomo Palumbo, autor do
projeto, a expansão da malha definida por Polidrelli com o intuito de absorver o crescimento
da população para até 100 mil habitantes. O plano previa, principalmente para a área referente
à Petrópolis e Tirol, a remodelação da feição das ruas, pois, até então, elas haviam sido apenas
abertas e calçadas. Portanto, Palumbo propunha “[...] delimitar-lhe os canteiros, calçadas
ajardinadas para o passeio e amplas avenidas, construindo a imagem de cidade moderna, de
inspiração européia no desenho e americana na gestão” (DANTAS, 1998, p. 117).
Embora não tenha sido totalmente implantado, o plano de Palumbo tinha como
principal objetivo ser definitivo no processo de organizar a cidade de acordo com o
desenvolvimento e crescimento dos seus diversos setores; por isso mesmo, foi delineado a
partir de dois instrumentos racionalizadores: o plano regulador, proposto em 1904 e o
zoneamento que, atribuindo a cada parte da cidade uma função específica, acabou
39

denominando Cidade Nova como bairro jardim29. Além de definir a estruturação da cidade
dentro dos moldes do urbanismo mais avançado da época, o Plano de Sistematização já
incluía diretrizes e intervenções que otimizavam o fluxo do automóvel, um forte signo da
modernidade que firmou presença na capital a partir da exposição do mais moderno modelo
Ford em 1928, na Praça Leão XII, na Ribeira. “De fato, a partir dessa época é que o
automóvel entrava nas cogitações dos administradores e urbanistas, dada a preocupação que
tomou conta de todos para adequar o espaço urbano às exigências do moderno” (SOARES,
1999, p. 95).
É importante mencionar que o desenvolvimento de Natal na década de 20 esteve
relacionado com a movimentação do espaço aéreo natalense, favorecida pela posição
geográfica da cidade. “Natal se habituou desde cedo com os aviões e hidroaviões”
(CASCUDO, 1980, p. 408). Cascudo falava assim porque Natal se transformou em parada
obrigatória para aviões franceses, alemães e americanos. A fundação do Aero Clube do Rio
Grande do Norte (1928 – 1929) firma a importância da cidade no cenário da aviação mundial
e inicia um outro capítulo da história que culmina com a transformação de Parnamirim,
município vizinho a Natal, em importante base aérea americana na II Guerra Mundial, e
deflagra um outro processo de desenvolvimento favorecido pelos investimentos em infra-
estrutura, pela movimentação de capital e pelo crescimento populacional da cidade30. O Plano
Geral de Sistematização significou uma resposta urbanística ao momento de desenvolvimento
pelo qual vinha passando a cidade – a belle époque, principalmente pelo seu papel de centro
aviatório internacional.
Apesar de lançar Natal para o futuro, o urbanismo praticado pelos Planos Polidrelli e
de Sistematização não mantinham compromissos estreitos com os modelos de cidades
modernas européias divulgadas nas primeiras décadas do século, cujo maior objetivo era
estabelecer a ordem e o bem-estar social através das técnicas racionalista e funcionalista,
produtos da Revolução Industrial. É somente na década de 30, com o Plano Geral de Obras do
Escritório Saturnino de Brito que se abrem as portas para a plástica e a estética moderna
inseridas no contexto arquitetônico local, marcado pelos atributos ecléticos e passadistas.

29
O zoning proposto pelo plano previa a divisão da cidade nos seguintes bairros: comercial, residencial, jardim,
operário e zona administrativa.
30
“Entre 1900 e 1920 a população de Natal evoluiu de 16.056 habitantes para 30.696. [...] Em 1934, a população
de Natal alcançou 40.884 habitantes. E em 1940 chegava a 55.119 [...]” (SANTOS, 1998, p. 60). Em 1950, em
virtude da construção de Parnamirim Field, a base americana, a população de Natal já era de 103 mil habitantes,
entre militares yankees e civis. As novas oportunidades surgidas principalmente com o crescimento da circulação
de capital eram um atrativo para se estabelecer na cidade.
40

O Plano Geral de Obras, realizado pelo Escritório Saturnino de Brito,


consistiu em um anteprojeto de melhorias urbanas, prevendo edifícios
governamentais, bairros residenciais, além da implantação de uma rede de
abastecimento d’água e de esgotos sanitários para a cidade [...] (DANTAS,
2000, p. 43) (figura 7).

FIGURA 7 - Plano Geral de Obras do Escritório Saturnino de Brito, década 30


Fonte: MIRANDA, 1981
41

Com relação às propostas arquitetônicas, pode-se dizer que o Escritório Saturnino de


Brito, em funcionamento a partir de 1935, foi quem primeiro manuseou o legado modernista
na cidade do Natal, mesmo que no início do plano suas obras tenham denunciado estilos
remanescentes do período eclético. Na verdade, esse momento de transição verificado na
década de 30 em muito se assemelha com o quadro geral da arquitetura no Brasil: um
conjunto de atributos passadistas que confundiam nossas referências arquetípicas e
constituíram, dessa forma, uma expressão arquitetônica que não era genuinamente brasileira.
Adotar a linguagem moderna seria uma forma de dar um novo rumo à arquitetura brasileira,
tornando-a identidade nacional31.
Além do Edifício Sede da Comissão de Saneamento, localizado na Ribeira, outros
projetos como o da Estação Ferroviária (figura 8), do Aeroporto (figura 9) e do Centro
Administrativo reforçam a idéia de inovação estética proposta pelo Escritório e, embora tais
propostas nunca tenham saído do papel, elas já apresentavam uma plástica caracterizada pelos
volumes geométricos - retos ou curvos - compostos de linhas puras, a assimetria, o uso de
novas técnicas construtivas, como o concreto armado, e de novas implantações dos edifícios
no lote, considerando parâmetros como a orientação e os recuos.

FIGURA 8 - Plano Geral de Obras Estação, FIGURA 9 - Plano Geral de Obras, projeto do
projeto da Estação Ferroviária, década de 30. Aeroporto, década de 30.
Fonte: MIRANDA, 1981 Fonte: MIRANDA, 1981

As propostas inovadoras de Saturnino de Brito se contrapõem, pelo menos no âmbito


arquitetônico, ao caráter técnico atribuído às suas intervenções urbanas, caracterizadas por
manter uma maior preocupação em realizar obras de infra-estrutura básica e de saneamento
para garantir a salubridade da cidade, deixando, com isso, a estética em segundo plano. De

31
Atualmente o cenário arquitetônico do Brasil convive novamente com a falta de uma nova postura para a
arquitetura nacional capaz de atribuir à produção contemporânea um caráter de símbolo do país. Cavalcanti
(2000) aponta a reapropriação do legado modernista como uma solução para se combater a incerteza de modelos
representada por cópias do que há de pior na arquitetura americana e européia.
42

qualquer forma, essa contribuição precursora do modernismo do Escritório Saturnino de Brito


veio a ser referência, na década de 50, para os profissionais que, quebrando definitivamente
com os modelos historicistas, se apropriaram dos cânones modernistas no intuito de colocar a
arquitetura potiguar em sintonia com a produção nacional.
Durante esse período de intervenções, a modernização urbana significou muito mais
uma busca por civilidade, pela inserção da cidade no cenário nacional com ares de capital, do
que um processo fomentado pelo setor industrial – ainda muito incipiente - ou pelas demandas
capitalistas e sociais. A presença americana na década de 40 viria a ser um impulso para a
sociedade natalense abrir mão de costumes arraigados e, mesmo que lentamente, “acordar”
para receber as novidades do 1o mundo.

3.1.3 Segunda Guerra Mundial: Trampolim da Vitória e da Modernidade

Se na década de 20 a situação geográfica de Natal contribuiu para alavancar


transformações urbanas, com a II Guerra Mundial,
tornar-se-ia fundamental para a estratégia de combate
da força Aliada (figura 10).
Em 1942, sob o comando dos americanos,
Parnamirim Fields (figura 11), o Trampolim da
Vitória, inicia um processo de investimentos que
resultam na transformação das feições da cidade e do
cotidiano e costumes da sociedade natalense.
FIGURA 10 - Presidente Roosevelt na
Rampa.
Fonte: CD Natal 400 anos

Seis mil operários trabalhavam nas obras de


infra-estrutura, serviços e edifícios que, segundo
Pinto (2000), davam à região o aspecto de uma
epopéia cinematográfica. Eram mais de 1500
prédios, entre outras obras como pistas de pouso e
bases militares e um pipe line, para o abastecimento
FIGURA 11 - Base americana em
Parnamirim. dos aviões, que representavam um momento de
Fonte: CD Natal 400 anos desenvolvimento e modernização da cidade em que
todos os setores – indústria, comunicação, saúde, serviços, entretenimento, entre outros –
voltavam-se para a adequação da cidade à nova realidade.
43

A II Guerra Mundial movimentou também o setor econômico, até então fomentado


pela força do comércio local. Segundo Soares (1999), até a década de 20 o sistema industrial
de Natal refletia o processo de industrialização do país no mesmo período. Uma indústria
incipiente e dispersa que não possuía representatividade no quadro econômico da capital32. Os
investimentos para transformar a região em Trampolim da Vitória incluíram a instalação de
fábricas que pretendiam, principalmente, abastecer a população americana de suprimentos33.
Natal vivia um período de efervescência, pois ao mesmo tempo em que se via a cidade
crescer, com pessoas e veículos transitando nas ruas, a rotina provinciana foi sendo
contagiada pelos hábitos norte-americanos, principalmente, pelo idioma. Por isso, beber Coke,
fumar cigars e tomar banhos em Miami Beach significava ser up to date nessa época. “Teve
quem tomasse o café da manhã com V.8 Vegetable Juice, substituísse o guaraná das crianças
por 7-UP, e só bebesse cerveja Budwiser em latinha” (PINTO, 2000, p. 49). O contato com a
nova cultura havia de se estreitar ainda mais diante da disseminação das músicas e filmes
americanos que, além de movimentar as noites de uma cidade carente em atividades sociais,
ampliaria os horizontes de uma sociedade muito ligada à vida interiorana34.

Difundiu-se a mania da leitura das revistas americanas, desde os ‘Comics’, a


Look, Newsweek, Coronet, Time, Life. Acompanhava-se as que faziam
publicidade da Guerra, [...] e Em Guarda, luxuoso magazine americano”
(PINTO, 2000, p. 48).

Do ponto de vista das transformações na fisionomia da cidade através de sucessivos


empreendimentos, percebe-se que, especialmente pelo crescimento das demandas por
moradias, houve um fomento do setor da construção, além de uma “[...] rápida valorização de
mercadorias e de imóveis” (SANTOS, 1998, p. 98). Nesse caso, Tirol e Petrópolis
continuaram a ser os bairros preferidos para a instalação de mansões de personalidades
ilustres da época, muitas delas, militares americanos. A ocupação tardia dos lotes de Cidade
Nova estava garantida, principalmente depois da construção da Parnamirim road35.

32
Se por um lado a indústria se instalava discreta e lentamente na região, por outro Natal se destacava pelo
ganho de representatividade do setor agrário. A partir da década de 20, o Rio Grande do Norte ganha força no
cenário econômico nacional como um importante produtor de algodão, chegando a exportar o produto para
mercados internacionais.
33
Segundo Pinto (2000), entre os investimentos feitos pelos americanos em terras potiguares, está a instalação da
primeira fábrica da Coca-Cola do Brasil.
34
A vida com raízes no interior foi característica da maioria das cidades brasileiras, com exceção dos centros
como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Salvador.
35
A Parnamirim road, onde hoje se tem a Av. Hermes da Fonseca (antiga Oitava do Plano de Cidade Nova, nos
bairros de Petrópolis e Tirol), confirmou-se como um dos principais eixos de expansão da cidade e, por causa
disso, uma das primeiras vias a apresentar exemplares modernistas em Natal.
44

Com relação a essas construções, ao que parece, ainda encontrava-se dependentes de


uma indústria local incipiente e ultrapassada. Conforme relata Santos (1998), seguindo
informações de um relatório norte-americano, materiais como cimento, madeira, ferragens e
suprimentos de encanamentos e elétricos satisfaziam as necessidades da cidade. No entanto, a
falta de padronização da madeira, tijolos e telhas comprometeram a execução das edificações,
até serem padronizados pelos vendedores locais. Como se podem ver tanto os materiais e
técnicas construtivas, como até mesmo a mão-de-obra local, eram consideradas eficazes para
atender às necessidades das construções da época, ainda marcadas pela simplicidade
tectônica.
O crescimento do mercado imobiliário também ocorreu como um reflexo da migração
de grupos vindos do interior e de pequenas cidades próximas. Muitos vinham com a intenção
de aproveitar as vantagens do progresso e desenvolvimento econômico. “Gente de toda parte
vinha em busca de oportunidades do bem remunerado mercado de trabalho” (PINTO, 2000, p.
41). Juntando-se aos natalenses, essas pessoas formaram uma geração que participou da
mudança no modo de “ver” e “fazer” o cotidiano da cidade.

“Perderam as gerações mais novas o espetáculo das formações aéreas que,


como nuvens, ganhavam altura no aprumo das vastidões oceânicas. [...]
Perderam de ver o impulso de cosmopolitização, decorrente da efervescência
humana que transformou Natal, de um lado numa fortaleza, de outro numa
espécie de gigantesco bairro dos bazares de Tânger, onde movia-se o
colorido das nacionalidades, da diversidades de línguas, da circulação livre
das mais exóticas moedas, enquanto passavam senhoras remanescentes da
belle époque, com os cabelos enrodilhados em cocos e belos colares de
pérolas” (PINTO, 2000, p. 41).

O fato de Natal ter sediado a Base Aliada foi um diferencial com relação às outras
cidades pela carga de influências e informações recebidas de uma cultura, já naquela época,
mais avançada do que a nossa. Por isso, apesar dos momentos em que prevaleceu um clima
conturbado de guerra, a importância da presença americana está na transformação da
paisagem e da sociedade da capital, principalmente através do contato, que modificou a
percepção dos potiguares quanto ao mundo, tornando a atmosfera sócio-cultural natalense
mais sensível e receptiva. Obviamente, ainda foram mantidos fortes vínculos com o passado,
uma vez que a cultura de uma sociedade não é rompida bruscamente a ponto de seus valores
anteriores serem totalmente anulados.
45

3.1.4 Concretizando um ideário

Vale enfatizar, que as mudanças responsáveis por imprimir uma imagem de progresso
à cidade, demoraram a transgredir os hábitos provincianos da capital do estado. Durante todo
o processo de transformações urbanas, sociais, até as renovações das artes e da arquitetura,
Natal conviveu segundo Araújo (1995), com situações conflitantes, a de província, cidade
colonial, bombardeada por ideais e ações modernizantes e pelo choque entre o passado e o
futuro, entre a tradição e o progresso. Mesmo assim, acredita-se que a chegada dos primeiros
elementos da modernidade criou, acima de tudo, um suporte intelectual e um clima sensível
ou, no mínimo favorável ao modernismo.
Antes mesmo de a modernidade chegar ao cenário arquitetônico local, no âmbito das
artes, por volta de 1925, após a participação da sociedade intelectual e artística de São Paulo
na Semana de Arte Moderna de 22, os valores modernistas que se tornaram estandartes com
aquele movimento cultural já podiam ser apreciados em Natal através do trabalho de alguns
artistas plásticos e escritores potiguares que formavam a minoria intelectual de Natal.

A movimentação que se dá, na aproximação dos anos cinqüenta, ocorre num


momento em que algo de novo se verifica também no âmbito das artes
plásticas na capital potiguar. É que, tal como acontecera há quase trinta anos
na paulicéia, dois eventos com a marca polêmica, são realizados na
perspectiva de uma adiada modernidade. Provocando intensa repercussão,
ocorreu uma mostra de artes plásticas, a ‘Primeira Exposição de Desenho e
Pintura’ de Newton Navarro, um jovem e irrequieto pintor que vinha de uma
temporada de estudos em Recife e que, literalmente, escandalizou a cidade
(desenho de 48/ janeiro de 49), logo seguida do ‘II Salão de Arte Moderna
do estado’, reunindo, em 1950, trabalhos do mesmo Navarro, agora em
companhia de outros dois jovens e talentosos artistas: Ivan Rodrigues e
Dorian Gray Caldas. Embora tais exposições possam hoje ser consideradas
anacrônicas, os quadros nelas expostos, não causaram espanto menor que os
da Malfatti e dos outros intrépidos artistas que em 22 participaram da
Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo (GURGEL,
2001, p. 78).

Enquanto as artes seguiam o caminho de aprimoramento das tendências modernistas


dos anos 20 até meados do século, os veículos de comunicação pouco divulgavam sobre as
novidades arquitetônicas difundidas pelo resto país e até mesmo em Natal. Os jornais
mencionavam notícias sobre teatro e cinema, mas os feitos arquitetônicos quase sempre não
eram divulgados. Constata-se, portanto, como primeiro obstáculo, a dificuldade em manter os
projetistas atualizados e a sociedade familiarizada com as tendências arquitetônicas do
período. Mesmo assim os poucos exemplares de revistas e jornais que chegavam à cidade
46

foram os principais responsáveis pela disseminação da arquitetura do Rio, São Paulo e, mais
tarde, de Brasília, nossa principal referência modernista, junto aos estudantes e profissionais
na década de 6036.
Em Natal, coube ao Escritório Saturnino de Brito a introdução da estética moderna
através da construção, em 1937, - portanto, contemporâneo ao Ministério da Educação e
Saúde no Rio de Janeiro - do Edifício Sede da Comissão de Saneamento (figura 12),
localizado na Ribeira. O edifício apresentava inovações formais e tectônicas que o colocaram
como um marco do movimento vanguardista da cidade. A racionalidade, as linhas puras e
simples, bem como a ausência de elementos decorativos, tornaram o estilo arquitetônico do
prédio muito semelhante àquele adotado por Le Corbusier. Segundo Ferreira (2000), o caráter
inovador também se refletia no uso de novos materiais, como os painéis de vidro, o
revestimento em marmorite e as lajes impermeabilizadas. No mais, a implantação da
edificação permitia a visualização de sua forma geométrica, do jogo de volumes prismáticos e
cheios e vazios. Inaugurava-se assim, a primeira modernidade potiguar, fase de arquitetura
pública, com os novos edifícios localizados no bairro da Ribeira.

FIGURA 12 - Edifício Sede da Comissão de Saneamento, projeto do Escritório


Saturnino de Brito (1937)
Fonte: FERREIRA, 2000

36
Em seu depoimento, o arquiteto Moacyr Gomes da Costa afirma que a Faculdade Nacional de Arquitetura da
Universidade do Brasil – RJ (fundada após o desmembramento do curso de arquitetura da ENBA – Escola
Nacional de Belas Artes), responsável pela formação da maior parte dos projetistas da época, foi uma forte
referência para a formação da modernidade em Natal, pois se tratava de um expoente bastante representativo no
âmbito da arquitetura moderna brasileira.
47

De fato, o bairro da Ribeira surge como o primeiro expoente da arquitetura moderna


em Natal com a consolidação do eixo da Av. Duque de Caxias através da construção de
edifícios públicos de linhas modernizantes. As residências, e outras construções
representantes da arquitetura privada, surgem com a expansão dos novos bairros, Petrópolis e
Tirol, que já nasceram “modernos”.
Após as inserções precursoras da arquitetura moderna, observa-se um hiato na
produção modernista potiguar que se estende dos anos 40 até a chegada da década seguinte,
quando se inicia a disseminação do moderno em residências. No geral, durante esse período, a
cidade viu-se dominada por construções de linguagem eclética.
Antes mesmo das mudanças formais atingirem o âmbito da arquitetura residencial, as
tendências modernistas foram apresentadas através de projetos pontuais, que logo se tornaram
ícones de um momento de inovação e transformação de uma paisagem ainda marcada pelo
primarismo de linhas e modelos passadistas.
De fato, os anos cinqüenta viram, finalmente, a chegada em Natal da arquitetura
moderna, nos projetos de linhas arrojadas, geométricas, com as fachadas desprovidas de
ornamentos que caracterizam a estética e a tectônica racionalista, assinado por profissionais
que se firmaram como formadores e representantes do estilo moderno potiguar: o Edifício
Presidente Café Filho ou do IPASE (1955)37 (figuras 13 e 14), de Raphael Galvão Júnior; o
Cine Nordeste38 (1958) (figura 15) e a Sede do ABC Futebol Clube (1959) (figura 16), de
Agnaldo Muniz; a Sede da ASSEN – Associação dos Subtenentes e Sargentos do Exército de
Natal (1963) (figura 17) e o antigo Terminal Rodoviário da Ribeira (1956) (figura 18), de
Raymundo Costa Gomes; a Sede da AABB (1964) (figura 18), de Moacyr Gomes da Costa.

37
Em 1953, ou seja, dois anos antes da construção do Edifício do IPASE - Instituto de Pensões e Aposentadorias
dos Servidores do Estado, foi construída uma vila ferroviária, conhecida como vila do IPASE, que apresentava
casas igualmente modernistas, com plantas padronizadas. Esse mesmo projeto, de autoria desconhecida, também
foi implantado no bairro do Alecrim. Atualmente as casas do IPASE também sofrem com a mutilação de seu
traçado original. Sobre o assunto ver Medeiros (2001).
38
A fachada do edifício da Rádio/ Cine Nordeste em muito se assemelha àquela do Teatro de Cultura Artística
de São Paulo, projetada por Rino Levi e Roberto Cerqueira em 1949, já que ambas possuem painéis decorativos,
sendo nessa última de autoria de E. Di Cavalcanti.
48

FIGURA 14 - Casas da Vila Ferroviária do IPASE


FIGURA 13 - Edifício Presidente Café Filho ou (1953)
do IPASE, de Raphael Galvão Júnior (1955) Fonte: MEDEIROS, 2001
Fonte: MEDEIROS, 2001

FIGURA 15 - Rádio/ Cine Nordeste, de Agnaldo FIGURA 16 - Sede do ABC Futebol Clube, de
Muniz (1958) Agnaldo Muniz (1959)
Fonte: JAECI FOTOS Fonte: JAECI FOTOS

FIGURA 18 - Sede da ASSEN, de Raymundo


FIGURA 17 - Terminal Rodoviário, de Raymundo Costa Gomes (1963)
Costa Gomes (1956) Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
Fonte: JAECI FOTOS
49

Vale salientar duas características deste período. A primeira diz respeito ao caráter das
obras modernistas, pois se ainda são erguidos edifícios públicos, tornam-se marcantes, nesta
fase, os edifícios de propriedade privada, porém de uso social coletivo, como os clubes. A
segunda relaciona-se à formação dos autores destas obras marcantes, que eram engenheiros,
como Munir Aby Faraj e Ary Guerra Cunha Lima; desenhistas, como Arialdo Pinho e
Agnaldo Muniz; ou arquitetos, como José Maria dos Santos Fonseca, Manoel Coelho,
Raymundo Costa Gomes e Moacyr Gomes da Costa, os três primeiros com formação no
Recife e o último no Rio de Janeiro39.
Dentre estes profissionais, o nome
que parece mais ter se destacado é o de
Arialdo Pinho, considerado na imprensa
da época como o “[...] arquiteto que
revolucionou e modernizou a cidade do
Natal [...]”40 (A REPÚBLICA, 1959, p. 7),
dando continuidade ao trabalho iniciado
pelo Escritório Saturnino de Brito no
FIGURA 19 - Sede da AABB, de Moacyr Gomes da Costa
manuseio do léxico modernista. (1964)
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
Através dos seus trabalhos,
especialmente das diversas residências que projetou a sociedade foi se habituando ao “estilo
funcional”, representado pelos volumes cúbicos e linhas sóbrias; telhados embutidos; paredes
laterais inclinadas e pelo telhado borboleta. No fim dos anos 50 e início da década de 60, a
atuação do profissional ganhou mais prestígio e mais clientela ao mesmo tempo em que
arquitetos como Ubirajara Pereira Galvão, João Maurício de Miranda e Daniel Hollanda - o
primeiro formado no Rio de Janeiro e os outros dois no Recife - complementaram o grupo
mencionado anteriormente.
Foi durante esse período de crescimento do prestígio profissional que surgiu a parceria
entre os arquitetos Moacyr Gomes da Costa, João Maurício de Miranda e Daniel Hollanda,

39
De acordo com Marques (1983), até 1946, no Brasil só existia o curso de arquitetura da ENBA – Escola
Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e os cursos de engenheiros-arquitetos na Mackenzie e na Politécnica
de São Paulo, além dos de Salvador, Recife e Porto Alegre.
40
Em seu depoimento, o arquiteto Moacyr Gomes da Costa afirma que Arialdo Pinho, parceiro em diversos
projetos, foi um desenhista autodidata; no entanto, o jornal A REPÚBLICA sempre se refere a esse profissional
como arquiteto. De certo esta denominação não possui relação com a sua formação profissional, mas refere-se
apenas ao trabalho com projetos e construções. Vale dizer que o mesmo jornal aponta outras atividades exercidas
pelo projetista além da arquitetura. Arialdo Pinho era também criador de cenários para o teatro e não era raro ver
seu nome envolvido em exposições e eventos ligados ao repertório artístico popular e às artes plásticas. Além
disso, o projetista Agnaldo Muniz afirmou em entrevista que Arialdo Pinho era modelista de roupas quando
chegou à Natal.
50

formando o escritório Planarq – Planejamento Geral de Arquitetura Ltda. O Planarq se tornou


muito representativo pela realização de projetos importantes, como a passarela entre a
Avenida Beira-Mar e o Forte dos Reis Magos e a urbanização da área próxima ao Forte,
ambos encaminhados ao então DPHAN – Departamento do patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, chegando esse último a ser apreciado e modificado pelo diretor do órgão na época,
o arquiteto Lúcio Costa.
Se, de uma maneira geral, como aponta
Lara (2001), o território brasileiro sempre foi
favorável à recepção da arquitetura modernista
em todas as regiões e estratos sociais, em
Natal, a proximidade de Recife, cidade de forte
tradição modernista desde os finais dos anos
1920, favoreceu mais ainda essa recepção das
idéias mais inovadoras da arquitetura da época.
FIGURA 20 - Sede do América Futebol Clube
(1959) Muitos arquitetos atuantes em Pernambuco
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
foram requisitados por clientes em Natal, como
foi o caso de Delfim Amorim, que aqui projetou a Sede do América Futebol Clube, em 1959
(figura 20), como também da equipe formada pelos arquitetos Valdecy Fernandes Pinto,
Antônio Pedro Pina Didier e Renato Gonçalves Torres, que projetarou, entre outras obras, o
Hotel Internacional dos Reis Magos, construído em 1962 (figura 21).

FIGURA 21 - Hotel Reis Magos (1962)


Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

Apesar de ter havido uma propagação dessas idéias inovadoras, ora disseminadas pela
mídia escrita, ora pela incidência em outras cidades, Natal não contou com um “movimento
modernista” nos moldes de grandes cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, etc.
51

Segundo Moacyr Gomes, a cidade não contava com a força de uma elite universitária e
intelectual, bem como de arquitetos que propusessem reuniões, conferências ou publicações, e
isso dificultou a realização de discussões sobre as novas tendências da arquitetura brasileira
que estavam aportando na cidade41.
Mesmo diante da dificuldade em trocar idéias, os conceitos modernistas foram
absorvidos de forma positiva; todavia, a aceitação por parte da sociedade só aconteceu com o
tempo, afinal, as soluções inovadoras não propunham somente a substituição das fachadas
com ornamentos pela sobriedade dos prismas, mas também requeria alterações na organização
interna e programática. Mudanças muito complexas para uma sociedade ainda acostumadas às
conversas em cadeiras na calçada e a criar galinhas no quintal. Ainda assim, muitas pessoas
passaram a querer usufruir o “estilo funcional”.
A prática da arquitetura moderna em Natal - enfatizada neste trabalho pela construção
de residências - ocorreu em três fases: a década de 50, período de disseminação das idéias
modernistas; a década de 60, momento de consolidação e maior domínio sobre as
possibilidades do léxico formal e da técnica construtiva moderna; e por fim, a década de 70,
fase do brutalismo potiguar e de dispersão do ideário modernista42.

3.1.5 Sobre a casa modernista potiguar

Natal como tôdas as velhas capitais – e Natal é uma das mais velhas – já
possui seus palacetes, ‘chalets’, chácaras e mansões edificados em sua
maioria em fins de século passado e nos primeiros anos do presente, no fim
da ‘belle époque’. Depois, o tempo avançou e foram aparecendo novos
estilos arquitetônicos, belas mas simples casas, depois os chamados
bangalôs, vieram posteriormente as construções como dizem – funcionais -,
e, finalmente, as modernas construções de hoje, os grandes blocos de
cimento e ferro, apartamentos para habitação coletiva. Ainda há porém
inúmeras construções de casas simples nos bairros longe do centro, casas
populares financiadas pelo Banco Nacional de Habitação. Mas o tempo de
palacetes, chalets, etc., passou, deixando apenas a saudade daquelas
edificações tão bonitas (PINTO, 1971, p. 71).

41
De acordo com Moacyr Gomes da Costa, projetos padronizados de repartições federais que vinham do Sul
também contribuíram para a demonstração das novas possibilidades, embora que em menor escala. Também
eram comuns as palestras ministradas por ele e por Arialdo Pinho em reuniões de clubes particulares, como o
Rotary Clube de Natal.
42
O recorte temporal da pesquisa de dissertação não engloba a década de 70, portanto, serão relatadas apenas as
características gerais da arquitetura residencial moderna produzida nos anos 50 e 60.
52

Os anos 50 viram assim em Natal, uma prática edílica marcada pela concomitância de
estilos, pois os modelos ecléticos - com destaque para o neoclássico, o neocolonial e o art-
noveau - continuavam a dar feições aos edifícios paralelamente ao moderno: “Os padrões
arquitetônicos estavam sobre a influência do ‘art-noveau’ (sic). Raros prédios de mais de três
andares. Alguns sobrados – residências e casas de comércio – estas à Av. Tavares de Lyra”
(ONOFRE JÚNIOR, 1984, p. 16).
Um exemplo da pluralização de estilos na Natal dos anos 40 e 50 são demonstrados
nos resultados obtidos no inventário realizado, em 1998, no bairro de Petrópolis. Nele, Ramos
(2000) apontam para a proliferação do estilo “chalezinho” definido como as “construções
construídas entre os anos 40 e 50 do século XX, de um ou dois pavimentos, constituindo uma
extensão do estilo eclético” (RAMOS, 2000, p. 64), “[...] cujas superfícies externas variam em
aspecto desde os excessos decorativos ecléticos à austeridade ornamental emergente na
linguagem proto-moderna, [...]” (RAMOS, 2000, p. 58) (figuras 22 e 23).

FIGURA 22 - Chalé à Rua Mossoró. FIGURA 23 - Chalé à Rua Potengi.


Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

Ainda durante a década de 60, essa situação não era muito diferente, como afirma um
jornal da época: “Natal é uma cidade de arquitetura difusa, sem linhas definidas, sem estilo
predominante. Em toda a cidade, das Quintas a Santos Reis, da Cidade Alta ao Tirol, há uma
promiscuidade de estilos arquitetônicos facilmente constatável” (A REPÚBLICA, 1960, p. 6).
Mesmo assim, os bairros de Petrópolis e Tirol se destacavam pela paisagem que vinha se
transformando e modernizando desde os anos 50:

Sómente (sic) de algum tempo pra cá, principalmente no bairro de Tirol e


parte de Petrópolis, constatamos a predominância do estilo moderno
53

contemporâneo com linhas funcionais, em certas e determinadas construções


residenciais. (A REPÚBLICA, 1960, p. 6).

Assim como havia se desejado na época do Plano Polidrelli, a área referente aos
bairros de Petrópolis e Tirol trilhava o caminho para a construção de uma ‘cidade nova’,
marcada, não somente pelo traçado diferente da cidade antiga, mas também por uma
arquitetura que rompia com o ecletismo vigente e passava a buscar uma sintonia com a
produção nacional. Nesse processo de renovação, o desenvolvimento e o fomento do mercado
imobiliário e da construção promovido pela II Guerra provocaram a ocupação dos lotes
demarcados desde 1904 e lentamente ocupados até os anos 40. Na década de 50, Petrópolis e
Tirol, segundo Pinto (1971) e Miranda (1981), continuavam como os bairros que abrigavam
residências luxuosas e mansões de uma arquitetura bastante requintada.
Esses foram anos marcados pela transição da arquitetura eclética para o modernismo e
pela consolidação da segunda modernidade potiguar que do projeto do espaço público e social
se estende para o âmbito doméstico.
A modernização das residências natalenses não foi abrupta. Quase 15 anos depois das
primeiras experiências modernistas realizadas por Saturnino de Brito, ou seja, somente nos
primeiros anos da década de 50, assistimos a uma “simplificação” de linhas em residências:
há menos detalhes e menos elementos decorativos nas composições tradicionais. Contudo, no
final da década de 30 já havia quem desse os primeiros passos no caminho da vanguarda
arquitetônica residencial, pois em 1938, na Rua Seridó, 454, surgia a primeira casa potiguar a
apresentar linhas modernizantes43. Tratava-se
de:

[...] um exemplo muito precoce, pois sabe-se que


na década de quarenta foi quando começou, no
Recife, a se disseminar o gosto modernista em
casas residenciais (TRIGUEIRO, 1989, p. 55)
(figura 24).

FIGURA 24 - Primeira casa modernista de Natal,


Rua Seridó, 454 (1938)
Fonte: FERREIRA, 2000

43
De propriedade do Sr. Pedro Coelho, o projeto dessa residência é de autoria do arquiteto Manoel Coelho,
formado em Recife.
54

Progressivamente, aparece a composição purista, cubista, assimétrica, de volumetria


concebida segundo uma perspectiva tridimensional como foram às vanguardas modernistas.
No entanto, muitas vezes mesclavam o novo estilo com elementos da arquitetura pré-
modernista, marcada ainda pelos ornamentos do art nouveau.
A segunda metade da década de 50 trouxe a difusão e a consolidação da Arquitetura
Moderna para a cidade. As edificações, agora com linhas mais sóbrias (retas) conquistaram
uma leveza advinda principalmente da grande predominância de vazios e da utilização de
panos de vidro.

[...] Em geral, percebe-se que os novos materiais construtivos,


principalmente o concreto, proporcionaram uma melhor acomodação das
edificações no terreno: as construções se desprendem dos limites dos lotes,
permitindo uma maior liberdade de planta. Isso se deve também ao fato de
que as paredes, inicialmente exercendo uma função de sustentação e rigidez
das edificações, passam agora a funcionar apenas como elemento de
vedação. Percebe-se o uso muito freqüente de lajes de piso e cobertura em
concreto, em substituição às estruturas de vigas em madeira e soalhos de
tábuas. [...] Outras características comuns às residências analisadas são as
colunas de formato em “V”, [...] que refletem uma influência da arquitetura
de Oscar Niemeyer. O uso de cobogós também aparece com bastante
freqüência, seja utilizado nas varandas, seja formando os muros de algumas
residências. As janelas, em muitos casos, apresentam-se envolvidas por
cercaduras, ou molduras, destacadas por cor diferenciada. (MELO, 1999, p.
6)

Ainda como características das construções dessa época, podem-se apontar: o uso
abundante de aberturas para garantir a comunicação com o exterior, a platibanda como
elemento de acabamento para a cobertura, os revestimentos em pedra e os painéis de azulejos
que, assim como em obras consagradas como o Palácio Gustavo Capanema (Ministério da
Educação e Saúde) e Pampulha, propunham, segundo Bruand (2002) realçar e completar a
arquitetura “a public affirmation of local materials and of Brazilian modern art” (CURTIS,
1996, p. 386). Em Natal, os painéis propostos por Cândido Portinari foram substituídos pelos
mosaicos de cerâmica de artistas igualmente reconhecidos no plano local, como Newton
Navarro e Dorian Gray Caldas. Os temas sugerem cenas cotidianas da região (figuras 25 e
26), como nos painéis apresentados abaixo, cujos autores são desconhecidos.
55

FIGURA 25 - Painel com mosaico de azulejos


(pesca), Rua Joaquim Manoel com Dionízio
Filgueira.
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

FIGURA 26 – Painel com mosaico de azulejos


(salinas), Rua Afonso Pena com Açu.
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

É fato que os anos 50 trouxeram transformações representativas para a arquitetura


residencial em Natal. No entanto, o estreito vínculo dos profissionais potiguares com a
estética modernista talvez não tenha sido devidamente demonstrado através das encomendas
da clientela. A obra do arquiteto Moacyr Gomes da Costa, principalmente aquela não
concretizada, traduz esse descompasso.
Divulgador do modelo da Escola Carioca e autor de muitos projetos residenciais,
Moacyr Gomes foi um mestre da “arquitetura de papel”. Observando algumas propostas que
se mantiveram apenas na prancheta, percebe-se o quanto elas são mais eruditas e ousadas do
que aquelas idealizadas para clientes e construídas de acordo com solicitações específicas.
A história da arquitetura moderna apresenta exemplos de profissionais que
mantiveram essa atitude visionária. Lúcio Costa idealizou projetos residenciais para clientes
inexistentes ou hipotéticos no intuito de testar a filosofia moderna, enquanto Vilanova Artigas
projetou para si, casas muito mais arrojadas e revolucionárias do que aquelas propostas para
seus clientes, talvez por se sentir mais livre para exercitar a linguagem moderna ou por
possuir uma maior familiaridade e aceitação diante das mudanças estéticas, construtivas e
56

sociais inerentes ao pensar moderno. Nesse sentido, as “casas sem dono” de Moacyr Gomes,
demonstram, em forma e técnica, uma arquitetura diferenciada se comparada à produção
modernista local e colocam-se totalmente à altura das casas que constituem o paradigma
residencial modernista brasileiro (figuras 27, 28, 29, 30, 31 e 32).

FIGURA 27 - “Arquitetura de papel”, de Moacyr FIGURA 28 - “Arquitetura de papel”, de Moacyr


Gomes da Costa, década 50. Gomes da Costa, década 50.
Fonte: COSTA, Moacyr Gomes da Fonte: COSTA, Moacyr Gomes da

FIGURA 29 - “Arquitetura de papel”, de Moacyr FIGURA 30 - “Arquitetura de papel”, de Moacyr


Gomes da Costa, década 50. Gomes da Costa, década 50.
Fonte: COSTA, Moacyr Gomes da Fonte: COSTA, Moacyr Gomes da

FIGURA 31 - “Arquitetura de papel”, de Moacyr FIGURA 32 - “Arquitetura de papel”, de Moacyr


Gomes da Costa, década 50. Gomes da Costa, década 50.
Fonte: COSTA, Moacyr Gomes da Fonte: COSTA, Moacyr Gomes da
57

Quanto à questão tectônica, o diferencial encontrado nesses projetos não executados


está no domínio absoluto da técnica do concreto armado, explorando com o máximo de arrojo
toda a plasticidade que lhe é característica. Por outro lado, há uma demonstração de utilização
do apelo estético das estruturas em soluções bastante inovadoras se comparadas àquelas
empregadas nos exemplares construídos em Natal. O conjunto estético e tecnologia podem ser
visualizados nas grandes lajes de cobertura impermeabilizadas, formando cascas em concreto
(figura 27 e 30); nos terraços-jardins, que nos projetos reais foram substituídos por telhados
em telha cerâmica, amianto ou alumínio (figura 31); nos pilotis, que efetivamente
44
desprendem a edificação do solo, retomando a premissa de Le Corbusier ; e na ossatura
livre, outro preceito que aponta para uma maior erudição com relação às matrizes de
referência (figura 29). Também se observa que, diante da inexistência de limites dos terrenos
hipotéticos, os projetos apresentam-se completamente desprendidos dos lotes, com recuos que
destacam a edificação na paisagem e levam o arquiteto a uma preocupação redobrada no
tratamento de todas as fachadas, levando ao extremo o caráter tridimensional do objeto a ser
visualizado. Essa relação entre implantação e lote também remete à tônica da continuidade
espacial que, nos exemplos acima, é atenuada pelo uso abundante de panos de vidro presos a
finos caixilhos metálicos, como os utilizados por diversos arquitetos brasileiros, mas que não
foram retomados pelos profissionais em Natal por causa restrições impostas pela indústria da
construção local.
Em Natal também pudemos assistir às reapropriações que o modernismo brasileiro
operou de elementos tradicionais que haviam sido herdados da arquitetura doméstica eclética,
como o terraço e a varanda, característicos do período colonial oitocentista e dispensados no
período que antecedeu ao modernismo, as famosas re-introduções que segundo alguns autores
atestam o caráter de nacionalidade que Lúcio Costa conferiu aos projetos modernistas, no
Brasil, tornando seus edifícios mais familiares e lançando mão de uma mescla do repertório
erudito modernista europeu, tradicional nacionalista e vernacular para criar uma identidade
moderna brasileira sem faltar com o compromisso racionalista. “O uso da arquitetura luso-
brasileira como fonte iconográfica afirma a fertilidade da exploração do vernacular autóctone
sem dissolver o elo com a máquina” (COMAS, 2000)45.

44
No Capítulo 4, será visto que o uso de pilotis em Natal se diferencia daquele visto na arquitetura moderna
internacional e nacional por abandonar a função estrutural de desprender o edifício do solo, tornando-se apenas
uma sustentação para varandas e terraços.
45
COMAS, Carlos Eduardo Dias. Lúcio Costa e a revolução na arquitetura brasileira 30/39: de lenda (se) Le
Corbusier. 2002. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq022/arq022_01.asp>. Acesso em
24 de março de 2002.
58

Os projetistas da moderna arquitetura natalense seguiram o exemplo de arquitetos


como Oswaldo Bratke, no Rio de Janeiro, e Delfim Amorim, no Recife, que lançaram mão de
soluções tradicionais como o telhado colonial para garantir a funcionalidade, o baixo custo e a
praticidade das suas casas modernistas, sem considerar uma atitude comprometedora da
essência da arquitetura anti-passadista. Elementos como brises e cobogós, também utilizados
no modernismo pioneiro em Natal, mostraram-se de grande utilidade face às condições
climáticas. Pode-se assim dizer que a utilização desses elementos, assim como das amplas
esquadrias, uma alusão da fenêtre en longueur corbuseriana, tornaram as construções
modernistas bem adequadas às condições do clima local, caracterizado por um forte índice de
irradiação solar e inverno chuvoso. Além disso, os terraços e varandas46, finalmente
incorporados à volumetria, contribuíam para essa aclimatação, confirmando-se resquícios das
adaptações da casa portuguesa ao clima tropical47. A presença de beirais e alpendres que
garantiam a formação de um micro-clima e a proteção contra as intempéries nas casas
coloniais se prolongou até as casas modernistas potiguares assim como ocorreu nos modelos
nacionais.
Mas as venezianas e esquadrias em madeira simbolizavam, muitas vezes, juntamente
com as coberturas em telha canal, os limites impostos pelo padrão construtivo, a tecnologia,
os materiais e, sobretudo a mão-de-obra tradicional – por muitas vezes desqualificada. Com
efeito, um dos grandes problemas enfrentados pelos pioneiros potiguares dizia respeito ao uso
de materiais disponíveis e da mão-de-obra local, ambos limitados. Como resultado, torna-se
comum que os projetos executados demonstrem um desacordo entre a disponibilidade técnica
e a concepção de soluções mais arrojadas. Assim, por um lado, era fácil utilizar o concreto
armado, material que se tornou símbolo da arquitetura moderna brasileira, sobretudo porque
na escala doméstica requeria pouco arrojo. Por outro, adaptando-se às inovações estéticas,
destacamos o uso maciço da pedra, que podia ser encontrada com facilidade na região48.
Tratava-se da incorporação harmoniosa do material tradicional ao conjunto estético
modernista.

46
O terraço e a varanda, característicos do período colonial oitocentista e dispensados no período que antecedeu
ao modernismo, ressurge na arquitetura moderna potiguar, “[...] criado na fachada frontal, mas ainda não
apresentando-se integrado à volumetria do corpo total das edificações, apresentando-se como um apêndice
dessa.” (MELO, 1999, p. 7).
47
Ao comentar sobre o Paradigma Ambiental, Amorim (2001) aponta para as soluções encontradas por diversos
arquitetos do Recife na tentativa de adequar a arquitetura moderna ao clima quente e úmido lançando mão do
experimentalismo e da inventividade.
48
O uso excessivo da pedra como revestimento de paredes tem uma suposta relação com a tradição do município
de Parelhas (RN), onde a extração do material é abundante e o seu uso é uma marca registrada das residências da
cidade.
59

O quadro construtivo resultante é bem contraditório, dada à aliança de elementos


inovadores como o vidro e o concreto e as limitações do padrão construtivo. Um exemplo
evidente deste quadro é o caso das platibandas: as alturas exageradas denunciam as
inclinações das coberturas em cerâmica, e as empenas acompanham as águas da coberta.
Paralelamente a reapropriação de elementos tradicionais da arquitetura, houve uma
preocupação em preparar as residências diante da presença do automóvel, constante, desde os
anos 20, como signo da modernidade. Com isso, não somente as garagens passaram a manter
um vínculo importante com o resto da casa, mas também os acessos e a ligação com a rua.
A década 60 surge como o período de melhor domínio, por parte dos projetistas, sobre
o legado modernista, ou seja, os profissionais passaram a usufruir de todo o arsenal formal e
do avanço técnico/ construtivo proposto pelo movimento moderno na idealização dos projetos
residenciais. Daí a justificativa para que as residências passassem de um estilo moderno
popular, característico dos anos 50, para uma expressão mais técnica e erudita encontrada na
década seguinte. No entanto, essa transformação não se mantém por muito tempo. Em meados
da década de 60, observa-se o aparecimento de casas que somam um toque diferente ao
moderno difundido nos anos anteriores. Isso aponta para o fato de que, passados os anos
áureos do modernismo residencial, de 1950 até 1965, ocorre a perda do entusiasmo
modernista e, com isso, o aparecimento de outras tendências. Dentre elas, a que mais se
destaca é a que propõe a retomada de elementos do neocolonial, estilo que, por ventura,
tornou-se característico do escritório Planarq. Veríssimo; Bittar (1999) apontam essa mesma
mudança de estilo nas casas modernas brasileiras a partir da década de 70:

Muitas dessas mais recentes habitações unifamiliares começam a abandonar


as formas geométricas simples, o concreto aparente, o grande pano de vidro,
as lajes planas. Enfim, o dito ‘moderno’ está à procura de elementos
plásticos que lembrem a arquitetura colonial: as telhas de capa e bica, as
grandes varandas, as janelas de madeira e vergas arqueadas, os pisos de
tábuas corridas, as lajotas, [...] (VERÍSSIMO; BITTAR, 1999, p. 44).

Segundo dados do AMN – Arquivo Municipal de Natal, a década de 60 - mais


precisamente os anos após 1963/64 - também apresenta uma baixa dos projetos destinados a
Petrópolis e Tirol. A partir disso, o bairro que se destaca como disseminador do modernismo
residência passa a ser o Alecrim, muito embora os projetos mais arrojados continuem a ser
destinados aos bairros precursores da arquitetura residencial moderna. Assim, embora no
Alecrim se construísse mais, em Petrópolis e Tirol se construía com melhor requinte e
fidelidade à cartilha modernista.
60

No final da década de 60, já com o modernismo inicial bastante transformado devido à


adoção de outras tendências, começa a se fortalecer a tipologia da cobertura com telha de
amianto aparente, mesmo com a platibanda ainda sendo utilizada com freqüência para
disfarçar telhados coloniais.
Analisando os aspectos espaciais da casa modernista natalense, encontramos um
reflexo do paradigma do zoneamento, apresentado como uma especificidade da casa moderna
brasileira, pois, como é sabido, a hierarquia sócio-espacial que o zoneamento reproduz tem
relação com a manutenção de valores tradicionais que se refletiu na representação estética e
espacial da modernidade no Brasil. Sobre esse assunto, Amorim (2001), em seu estudo a
respeito de casas modernas no Recife, afirma que o paradigma dos setores não somente
estabelece procedimentos projetivos para a elaboração do plano, mas define regras sociais e
arranjos espaciais que diferenciam hábitos e períodos arquitetônicos:

As residências pré-modernas (coloniais e ecléticas), eram caracterizadas por


planos de alta permeabilidade e grande flexibilidade quanto ao uso de seus
espaços. Um abrir e fechar de portas podia restabelecer relações de
profundidade e visibilidade entre espaços contíguos e relativamente distantes
(AMORIM, 2001) 49.

Já nas casas modernas, “[...] em um novo ambiente doméstico, mais fluído e sem
portas, é a organização espacial que define as barreiras entre visitantes e moradores”
(AMORIM, 2001) 50. Agora, no lugar das regras de conduta social, são os arranjos espaciais
que dificultam os acessos.
Em Natal, o Paradigma dos Setores se repete a partir do momento em que a divisão
espacial – social, serviço e íntimo – define e privilegia áreas “nobres”, como os ambientes
sociais e íntimos, ao mesmo tempo em que segrega as áreas de serviço, como cozinha e
quartos de empregada. Esse tipo de residência não possui a mesma continuidade espacial em
virtude das novas exigências com relação à privacidade que levaram as zonas íntimas – agora,
com suítes – a estarem isolados do resto da casa. Nessa esteira de privacidade, observamos
que o grau de interface exterior/ interior diminuiu em relação às casas ecléticas. Essa
tendência para selecionar ou isolar ambientes, a exemplo do que ocorreu em Recife, recria

49
AMORIM, Luiz. Escola do Recife: três paradigmas do objeto arquitetônico e seus paradoxos. 2001.
Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq012/bases/03tex.asp>. Acesso em: 13 de maio de
2001.
50
Id., 2001.
61

mais um ponto de semelhança da modernidade potiguar com modelos modernos disseminados


no país.
No mais, os ambientes sociais seguem a tradição como espaços funcionais e de
transição, embora agora existam áreas destinadas exclusivamente à passagem e circulação,
como os halls e corredores. Quanto às acomodações dos empregados, tanto em edículas
quanto locadas sob o mesmo teto, continua tendo ligação somente com a cozinha, uma prova
de que a herança escravagista perdura até hoje e apresenta-se também na era modernista pela
marginalização das áreas de uso dos empregados. Como se vê, nesse aspecto, pouco mudou
desde os tempos coloniais.
62

4 ANÁLISE DO ACERVO RESIDENCIAL MODERNISTA POTIGUAR A PARTIR


DO PARADIGMA RESIDENCIAL BRASILEIRO

4.1. ANÁLISE DO PARADIGMA RESIDENCIAL MODERNISTA BRASILEIRO

Como mencionado no Capítulo 02, assim como ocorreu com a arquitetura moderna
brasileira em geral, a produção residencial modernista do país teve como celeiro a região
Sudeste, ou seja, a formação do quadro residencial modernista do país também foi
influenciado pelas Escolas Carioca e Paulista, cujos representantes se destacaram como os
“ditadores” do modelo que viria a ser difundido e assimilado pelo resto do país.
Após a exposição dos aspectos gerais da casa moderna brasileira no Capítulo 01, e
seguindo a esteira da linguagem modernista nacional, partiremos para a análise mais
detalhada dos ícones da modernidade residencial do país sempre considerando os itens de
avaliação mencionados para o referencial metodológico, ou seja, os elementos formais,
espaciais e construtivos característicos ao modelo nacional.
Para selecionar uma amostra que representasse da melhor forma a casa moderna
brasileira diante de uma produção tão diversificada, optou-se por escolher as residências mais
divulgadas e estudadas pela bibliografia especializada; nesse caso, a idéia foi seguir os passos
de autores que se detiveram em divulgar a modernidade residencial brasileira mais
detalhadamente, fazendo análises e descrevendo características que ajudaram a compor uma
matriz para a realização da análise principal deste trabalho: o paralelo entre o modelo nacional
e o local. Seguindo esses requisitos estão Mindlin (2000), Bruand (2002) e Cavalcanti (2001),
autores que se destacam no estudo da modernidade residencial brasileira51.
Arquitetura Moderna no Brasil, de Henrique E. Mindlin, propõe, ainda na década de
50, o esclarecimento do que era o Modernismo no Brasil e o reconhecimento do valor da
produção arquitetônica modernista brasileira. Através de uma abordagem histórica, o autor
seleciona os edifícios mais representativos da arquitetura moderna brasileira, que estão
reunidos de acordo com o uso para o qual foram destinados. A análise desse acervo é
antecedida por um breve histórico de todo o contexto do surgimento e disseminação do
modernismo no Brasil, a partir das vertentes européias, destacando-se, também o vocabulário
modernista brasileiro construído a partir dos condicionantes locais e do talento dos

51
Segawa (1999) não foi incluído nesse referencial teórico porque o autor não discorreu sobre as características
da casa modernista brasileira, preocupou-se apenas em citá-las.
63

profissionais brasileiros no manuseio do léxico modernista, diferenciais que consagraram a


Arquitetura Moderna Brasileira no cenário nacional e internacional.
O livro ‘Quando o Brasil era moderno: guia de arquitetura, 1928-1960’ de Cavalcanti,
Lauro, apresenta 125 projetos divididos entre construídos, não construídos e demolidos. A
idéia de criar um guia/ manual do modernismo sugere ampliar a percepção da produção
modernista através das experiências particulares de importantes arquitetos que reinterpretaram
a linguagem modernista européia. Nesse caso, tão importante quanto a apresentação das obras
modernistas brasileiras, representantes do novo pensamento europeu - de suas vertentes e
influências, é a apresentação de um conceito de moderno que demonstra o talento dos
arquitetos brasileiros em pensar sobre o moderno de formas diferenciadas, experimentais,
poéticas ou apenas independentes dos dogmas do momento, como menciona Heloísa Buarque
de Hollanda no texto de apresentação do livro.
O clássico ‘Arquitetura Contemporânea do Brasil’, de Bruand, Yves, apresenta-se
como uma das fontes de consulta mais importantes para o estudo da arquitetura do início do
século XX. A sua análise abrangente e detalhada da história do modernismo brasileiro, suas
tendências, influências, ícones e protagonistas constituem um referencial para a construção do
conceito de moderno, portanto, tornou-se fonte obrigatória de consulta para diversos estudos
sobre o Modernismo no Brasil.
Diante da escolha do referencial teórico, a coleta das informações foi feita
exclusivamente a partir dos comentários feitos pelos próprios autores, não cabendo a
utilização de nenhum outro tipo de avaliação ou julgamento, mesmo quando o enriquecimento
da caracterização de cada residência fosse possível de ser feito. A idéia era mostrar
exatamente a casa brasileira a partir da crítica arquitetônica dos autores escolhidos.
Considerando a sua divulgação na bibliografia destacada, 70 exemplares projetados
até a década de 60 foram escolhidos como os representantes do Paradigma Residencial
Brasileiro, e as suas características mais marcantes foram extraídas e organizadas com base
nos critérios de análise, mencionados no referencial teórico:
a) A relação entre implantação e lote:
As soluções em lotes de campo e urbanos, em casas sobre encostas e a utilização de
pátios, jardins e recuos respondem às especificidades físicas (topografia, orientação, etc.) dos
terrenos para os quais as residências foram projetadas juntamente com a legislação pertinente
a cada um deles. Tais condicionantes incidem diretamente sobre os aspectos formais e
espaciais dos edifícios.
64

b) Aspectos estéticos e formais:


A incidência dos jogos de volumes geométricos, a influência do cubismo
corbusieriano e das linhas horizontalizantes de Wright. A ocorrência de fachadas cegas em
terrenos exíguos; a orientação, os jogos de planos e texturas (mescla de materiais) nas
superfícies das fachadas definindo uma hierarquia ou em detrimento da incidência do sol e
dos ventos52.
c) Aspectos construtivos:
Os aspectos construtivos são os que mais denunciam a síntese entre o tradicional e o
moderno. A inovação do concreto armado, vidro e aço convivem em harmonia com a pedra, o
tijolo aparente e a madeira. Quanto às soluções construtivas, as lajes, pilotis e outras
estruturas em concreto armado, possibilitaram a concretização das mais variadas e arrojadas
formas, ao passo que os beirais, revestimentos em cerâmica, telhados coloniais foram
reformulados para atender às exigências do clima ou para atribuir um caráter simbólico à
edificação53.
d) Aspectos espaciais:
A organização dos ambientes é determinada, principalmente, pela incidência de ventos
e raios solares. O zoneamento, diferencial das residências modernas brasileiras ante o modelo
europeu, tende a valorizar as áreas sociais enquanto segrega as de serviço54.
A partir desses critérios será possível compor um quadro analítico para a
conceitualização do modelo residencial brasileiro. Mas antes disso, será apresentada as
residências, que serão referência para este estudo. Em ordem cronológica e com a citação de
seus projetistas, proprietários, localização e fontes de consulta55 têm-se os exemplares das
residências paradigmáticos brasileiros demonstrados no Quadro 156:
QUADRO 1
EXEMPLARES RESIDENCIAIS PARADIGMÁTICOS BRASILEIROS

Data Identificação Autor Local Fonte de Pesquisa


CAVALCANTI (2001, p.
01 1928 Casa de Gregori Warchavchik Gregori Warchavchik São Paulo 110)
BRUAND (2002, p. 65)

52
Paradigma da Forma: AMORIM, Luiz. Escola do Recife: três paradigmas do objeto arquitetônico e seus
paradoxos. 2001. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq012/bases/03tex.asp>. Acesso
em: 13 de maio de 2001.
53
Id., 2001.
54
Ibid., 2001.
55
A citação das fontes de consulta permitirá o acesso a fotos e desenhos gráficos (plantas, cortes, perspectivas)
que estão bem representadas na bibliografia utilizada como referência.
56
Para uma melhor visualização, as informações colhidas na bibliografia de referência foi diferenciada por cores,
portanto tem-se de azul para Mindlin (2000), vermelho para Cavalcanti (2001) e verde para Bruand (2002).
65

02 1929 Casa de Max Graf Gregori Warchavchik São Paulo BRUAND (2002, p. 68)
CAVALCANTI (2001, p.
03 Casa Modernista ou da Rua
1930 Gregori Warchavchik São Paulo 114)
Itápolis
BRUAND (2002, p. 68)
CAVALCANTI (2001, p.
04 Casa Norchild ou da Rua
1931 Gregori Warchavchik Rio de Janeiro 118)
Toneleros
BRUAND (2002, p. 70)
05 CAVALCANTI (2001, p.
1932 Casa sem Dono Lúcio Costa
183)
06 1937 Casa de Roberto Marinho Lúcio Costa Rio de Janeiro BRUAND (2002, p. 125)
CAVALCANTI (2001, p.
07 1938 Casa de Oswald de Andrade Oscar Nimemeyer São Paulo 252)
BRUAND (2002, p. 156)
08 1939 Casa de Roberto Lacase João Vuilanova Artigas São Paulo BRUAND (2002, p. 271)
09 1941 Casa de João Arntein Bernard Rudofsky São Paulo CAVALCANTI (2001, p. 73)
MINDLIN 2000, p. 44)
10 CAVALCANTI (2001, p.
1942 Casa Hungria Machado Lúcio Costa Rio de Janeiro
191)
BRUAND (2002, p. 125)
11 1942 Casa da Sra. Roberto Marinho Lúcio Costa Petrópolis BRUAND (2002, p. 125)
12 Casa de Celso da Rocha Alcides da Rocha
1942 Petrópolis CAVALCANTI (2001, p. 59)
Miranda Miranda
13 Casa de Oscar Niemeyer na CAVALCANTI (2001, p.
1942 Oscar Niemeyer Rio de Janeiro
Lagoa 262)
14 1943 Casa de Juscelino Kubitschek Oscar Niemeyer Belo Horizonte BRUAND (2002, p. 111)
15 Casa de Praia do Conde Raul
1943 Gregori Warchavchik Guarujá MINDLIN 2000, p. 46)
Crespi
16 1944 Casa Paranhos João Vilanova Artigas São Paulo BRUAND (2002, p. 272)
17 1944 Casa do Barão de Saavedra Lúcio Costa Petrópolis BRUAND (2002, p. 125)
18 Casa de Luiz Antônio Leite
1945 João Vilanova Artigas São Paulo BRUAND (2002, p. 273)
Ribeiro
MINDLIN (2000, p. 48)
19 CAVALCANTI (2001, p.
1946 Casa de Rino Levi Rino Levi São Paulo
329)
BRUAND (2002, p. 273)
20 Casa de José Pacheco de
1946 Aldary Henrique Toledo Cataguases MINDLIN (2000, p. 50)
Medeiros Filho
21 1947 Casa de Ítalo Eugênio Mauro Ítalo Eugênio Mauro São Paulo MINDLIN (2000, p. 52)
MINDLIN (2000, p. 54)
22 Casa de Carlos Frederico
1949 Carlos Frederico Ferreira Nova Friburgo CAVALCANTI (2001, p. 77)
Ferreira
BRUAND (2002, p. 143)
23 1949 Casa de Heitor Almeida João Vilanova Artigas Santos MINDLIN (2000, p. 56)
MINDLIN (2000, p. 58)
24 CAVALCANTI (2001, p.
1949 Casa de João Vilanova Artigas João Vilanova Artigas São Paulo
137)
BRUAND (2002, p. 296)
MINDLIN 2000, p. 59)
25 Casa de Campo de George
1949 Henrique E. Mindlin Petrópolis CAVALCANTI (2001, p.
Hime
127)
26 CAVALCANTI (2001, p.
1949 Casa de Oscar Niemeyer Oscar Niemeyer Mendes
276)
MINDLIN (2000, p. 62)
27 Casa de Campo de CAVALCANTI (2001, p.
1950 Francisco Bolonha Petrópolis
Hildebrando Accioly 100)
BRUAND (2002, p. 140)
28 1950 Casa de Paulo Candiota Lúcio Costa Rio de Janeiro BRUAND (2002, p. 125)
MINDLIN (2000, p. 64)
29 1951 Casa de Lina Bo Bardi Lina Bo Bardi São Paulo CAVALCANTI (2001, p.
167)
30 MINDLIN (2000, p. 66)
1951 Casa de Jadir de Souza Sérgio W. Bernardes Rio de Janeiro
CAVALCANTI (2001, p.
66

346)
31 Oswaldo Corrêa
1951 Casa de Osmar Gonçalves MINDLIN (2000, p. 68)
Gonçalves
MINDLIN (2000, p. 69)
32 Casa do Embaixador Walther
1951 Olavo Redig de Campos Rio de Janeiro CAVALCANTI (2001, p.
Moreira Salles
241)
MINDLIN (2000, p. 72)
33 1952 Casa de Guilherme Brandi Sérgio W. Bernardes Petrópolis CAVALCANTI (2001, p.
342)
34 Casa de Domingos Pires de Arnaldo Furquim
1952 São Paulo MINDLIN (2000, p. 74)
Oliveira Dias Paoliello
MINDLIN (2000, p. 76)
35 1952 Casa de Carmem Portinho Affonso Eduardo Reidy Rio de Janeiro CAVALCANTI (2001, p. 42)
BRUAND (2002, p. 235)
36 Casa de Arthur Monteiro
1952 M. M. M. Roberto Rio de Janeiro BRUAND (2002, p. 172)
Coimbra
37 Rino Levi e Roberto São José dos
1953 Casa de Olivo Gomes BRUAND (2002, p. 281)
Cerqueira César Campos
MINDLIN (2000, p. 78)
38 Casa de Campo de Lotta de
1953 Sérgio W. Bernardes Rio de Janeiro CAVALCANTI (2001, p.
Macedo Soares
337)
MINDLIN (2000, p. 80)
39 Casa de Oswaldo Arthur CAVALCANTI (2001, p.
1953 Oswaldo Arthur Bratke São Paulo
Bratke 311)
BRUAND (2002, p. 282)
40 Casa de João Paulo de
1953 Lygia Fernandes Alagoas MINDLIN (2000, p. 84)
Miranda Neto
41 Rino Levi e Roberto MINDLIN (2000, p. 86)
1953 Casa de Milton Guper São Paulo
Cerqueira César BRUAND (2002, p. 274)
MINDLIN (2000, p. 88)
42 CAVALCANTI (2001, p.
1953 Casa de Canoas Oscar Niemeyer Rio de Janeiro
292)
BRUAND (2002, p. 162)
MINDLIN (2000, p. 90)
43 Casa de Campo de João José Bina Fonyat Filho e
1954 Petrópolis CAVALCANTI (2001, p.
Antero de Carvalho Tercio Fontana Pacheco
163)
Thomaz Estrella, Jorge
44 Ferreira, Renato
1954 Casa de Stanislav Koslowski Rio de Janeiro MINDLIN (2000, p. 91)
Mesquita dos Santos e
Renato Soeiro
45 Rino Levi e Roberto São José dos MINDLIN (2000, p. 92)
1954 Casa de Olivo Gomes
Cerqueira César Campos BRUAND (2002, p. 281)
46 Casa de Campo de Geraldo
1954 Olavo Redig de Campos Petrópolis MINDLIN (2000, p. 94)
Baptista
47 1955 Casa Joly Oswaldo Arthur Bratke São Paulo BRUAND (2002, p. 284)
48 Casa de Paulo Antunes MINDLIN (2000, p. 80)
1955 Paulo Antunes Ribeiro Rio de Janeiro
Ribeiro
49 1955 Casa de Ernesto Waller Paulo Antunes Ribeiro Rio de Janeiro MINDLIN (2000, p. 98)
Paulo Everard Nunes
50 1955 Casa de Martin Holzmeister Pires e Paulo de Tarso Rio de Janeiro MINDLIN (2000, p. 100)
Ferreira dos Santos
51 Miguel Forte e Galiano
1955 Casa de Luiz Forte São Paulo MINDLIN (2000, p. 102)
Ciampaglia
52 Casa de Campo de Lauro
1955 Henrique E. Mindlin Petrópolis MINDLIN (2000, p. 104)
Souza Carvalho
53 Rino Levi e Roberto
1955 Casa de Paulo Hess São Paulo BRUAND (2002, p. 277)
Cerqueira César
54 1956 Casa de Homero Souza e Silva Carlos de Azevedo Leão Rio de Janeiro CAVALCANTI (2001, p. 81)
55 1957 Casa de José Macedo Acácio Gil Borsoi Fortaleza CAVALCANTI (2001, p. 28)
56 1957 Casa Fleider Oswaldo Arthur Bratke São Paulo BRUAND (2002, p. 284)
57 Casa de Raymundo de castro Wladimir Alves de CAVALCANTI (2001, p.
1957 Rio de Janeiro
Maya Souza 359)
58 1958 Casa de Antônio Ceppas Jorge Machado Moreira Rio de Janeiro BRUAND (2002, p. 247)
67

59 CAVALCANTI (2001, p.
1958 Casa d eValéria P. Cirrel Lina Bo Bardi São Paulo
174)
Rino Levi, Roberto
60 1959 Casa de Castor Delgado Perez Cerqueira César e Luiz São Paulo BRUAND (2002, p. 280)
Roberto Carvalho Franco
61 Casa de Affonso Eduardo CAVALCANTI (2001, p. 52)
1959 Affonso Eduardo Reidy Petrópolis
Reidy BRUAND (2002, p. 162)
62 Casa de Francisco Matarazzo
1960 Oswaldo Arthur Bratke Ubatuba BRUAND (2002, p. 285)
Sobrinho
63 1960 Casa de Nadir de Oliveira Carlos Milan São Paulo BRUAND (2002, p. 311)
CAVALCANTI (2001, p.
64 1961 Casa de Sérgio W. Bernardes Sérgio W. Bernardes Rio de Janeiro 354)
BRUAND (2002, p. 289)
Paulo Mendes da Rocha
65 1962 Casa de Gaetano Miani e João Eduardo de São Paulo BRUAND (2002, p. 313)
Gennaro
66 1963 Casa de Cunha Lima Joaquim Guedes São Paulo BRUAND (2002, p. 306)
67 1964 Casa de Boris Fausto Sérgio Ferro São Paulo BRUAND (2002, p. 317)
68 Casa de Paulo Mendes da
1964 Paulo Mendes da Rocha São Paulo BRUAND (2002, p. 314)
Rocha
69 Casa de Oswaldo Arthur
1965 Oswaldo Arthur Bratke São Paulo BRUAND (2002, p. 286)
Bratke
70 1965 Casa de Eduardo Longo Eduardo Longo Guarujá BRUAND (2002, p. 292)

De acordo com o Quadro I, pode-se perceber que algumas residências tiveram maior
destaque dentro da bibliografia de referência. No entanto, a idéia não é hierarquizar a amostra
de acordo com as número ou tipo de abordagens, mas sim reunir os aspectos mais recorrentes
referidos pelos autores, ou seja, relacionar o maior número de informações sobre as casas
modernistas brasileiras sem a intenção de destacar umas e outras.
Após a coleta de informações sobre os exemplares acima citados, tem-se a seguir A
constituição de uma seqüência de tabelas que apresentam a caracterização sistemática do
Paradigma Residencial Modernista Brasileiro. O Anexo A apresenta as características de cada
casa modernista da amostra tais como foram comentadas pelos autores escolhidos e citados
anteriormente, seguindo os critérios de análise e o esquema de cores para cada autor. No
Anexo B, encontramos nas linhas sobre cada exemplar, um resumo da caracterização feita
pela bibliografia especializada, ou seja, as informações de cada autor foram cruzadas para
possibilitar a caracterização de cada casa em particular. Por fim, a Anexo C traz as
características recorrentes na casa modernista brasileira e apresenta-se, portanto, como o
Quadro Geral do Paradigma Residencial Modernista Brasileiro que servirá de base para a
análise da casa modernista potiguar a partir do paradigma residencial modernista brasileiro.
Uma síntese conceitual do repertório residencial modernista brasileiro alinhava o
exposto no subitem “Sobre a Casa Modernista Brasileira” do Capítulo 2 e o trabalho de
análise dos exemplares paradigmáticos brasileiros apresentado neste capítulo. Em resumo, a
68

caracterização que irá direcionar o paralelo entre as casas brasileiras e os exemplares locais
reafirma quatro características recorrentes:
a) Caráter nacionalista: arquitetura como símbolo e identidade nacional
De certo modo, a procura por uma linguagem arquitetônica que refletisse o movimento
nacionalista dos anos 30 foi a mola propulsora para o desenvolvimento de uma maneira
original de fazer uma arquitetura moderna que pudesse atribuir personalidade à produção
brasileira.
Excluindo o caráter monumental característico dos prédios estatais, a criação de uma
expressão símbolo da identidade nacional - no âmbito da modernidade residencial - abriu mão
de cópias de estilos históricos e manteve-se vinculada às recriações e invenções locais em que
a força da tradição e a leitura do ambiente local foram determinantes.
b) Linguagem diferenciada: plasticidade da forma
Sem dúvida, foi no desenvolvimento de uma linguagem diferenciada da arquitetura
moderna que os arquitetos brasileiros obtiveram mais êxito e, conseqüentemente, mais
reconhecimento.
Transpondo os limites formais do cubismo racionalista e, principalmente, da cartilha
formal corbusieriana, a inventividade plástica nacional - carregada de intuição, valores
nacionalistas/ tradicionais e respeito à integração com o lugar - foi transformadora dos
prismas elementares e enriquecedora do vocabulário canônico. A flexibilidade de volumes, as
formas livres que combinavam retas e curvas harmoniosamente e a estrutura com intenção
plástica caracterizavam uma estética modernista que reinventava o racionalismo a partir de
uma liberdade plástica ilimitada, representada através de poesias “escritas” pelo concreto
armado.
c) Vínculo com o passado: tradição
De certa forma, a síntese entre o tradicional e o moderno permeia os outros pontos
característicos da arquitetura moderna brasileira, já que foi a ponte para a formação da
identidade nacional, buscando elementos e soluções da herança nativa e colonial portuguesa, e
para a adaptação do modelo modernista europeu ao clima tropical. Sendo, portanto, tão
abrangente, a mescla entre passado e futuro pode ser vista tanto na representação da forma e
emprego da técnica quanto na organização do espaço.
Desse modo, telhados tradicionais com beirais - substitutos dos terraços-jardins
eruditos, varandas e alpendres - elementos de aclimatação - e azulejos, dentre outros
empréstimos da casa colonial portuguesa comprovadamente eficazes no clima quente e
69

chuvoso, transformaram volumes e fachadas das construções modernas brasileiras e


contribuíram para a formação de um vocabulário formalmente novo.
Nessa esteira de síntese, materiais novos, como vidro, concreto e aço, convivem
harmoniosamente com os tradicionais, como pedra, madeira, telhas coloniais, etc., propondo
variados jogos de cores e texturas que, além de remeter à arquitetura do passado (artesanal e
vernacular), também reforçam o vínculo com o lugar.
No âmbito espacial, se por um lado os novos espaços refletiam a tônica modernista
dos planos contínuos e livres que propunham a superposição de atividades, por outro,
adaptavam-se à tendência brasileira à divisão por setores, demonstrando o vínculo com o
passado através da segregação dos ambientes e acessos de serviço, uma prova de que o
zoneamento e a continuidade espacial comprovam que a síntese entre o passado e o futuro
também obteve a sua tradução na formação dos espaços modernos no Brasil.
d) Vínculo com o lugar: adaptação ao clima
Dessa forma: “sem dúvida alguma, foi o clima o fator físico que mais interferiu na
arquitetura moderna brasileira” (BRUAND, 2002, p. 12). Como conseqüência, houve uma
tendência em reinterpretar o modelo europeu no intuito de melhor adequá-lo ao clima tropical.
Seguindo os passos corbusierianos, a idéia de racionalismo desenvolvida pela
arquitetura moderna brasileira estava em respeitar as especificidades e exigências do lugar e,
como visto anteriormente, a síntese entre o tradicional e o moderno foi a principal ponte para
a inserção do legado modernista erudito no ambiente brasileiro.
Nesse sentido, as adaptações locais, além de constituírem uma continuidade da
preocupação de Le Corbusier transmitida aos arquitetos brasileiros desde o Ministério da
Educação e Saúde em 1936, mantiveram estreita relação com os valores e soluções
tradicionais - testadas no passado e (re) consideradas eficazes na nova arquitetura -
principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento e retomada de mecanismos para
controle climático (luz e calor). Destaque para os brises corbusierianos que, além de
ganharem a sua versão local - os cobogós desenvolvidos em Recife por Luiz Nunes -
somaram-se às venezianas, treliças e muxarabis na função de proteger painéis envidraçados e
garantir o conforto dos ambientes.
Tem-se aqui mais um exemplo de que o vínculo entre o moderno e as reminiscências
do passado tornou-se determinante para a formação de uma linguagem original,
transformadora e, por isso, reconhecida internacionalmente.
70

4.2 SOBRE O ACERVO INVESTIGADO

Tarefa trabalhosa e ingrata essa de inventariar, pois deixa sempre nos


interessados a impressão de que faltou alguma coisa, de que as fotografias
reproduzidas nem sempre foram as melhores e de que houve, por vezes,
desacerto na escolha das que foram ampliadas. (COSTA, 1956 apud
MINDLIN, 2000).

Após a disseminação da arquitetura moderna em prédios públicos na Ribeira, bairro


comercial da cidade, a ocupação tardia de Cidade Nova demonstra uma segunda fase da
modernidade potiguar através da apresentação de uma arquitetura privada e de vanguarda em
um bairro que, a partir do Plano de Cidade Nova, já nasceu moderno. Nesse caso, a
disseminação da arquitetura moderna residencial caracteriza esse segundo momento.
A escolha dos bairros de Tirol e
Petrópolis partiu da observação de uma
foto aérea dos bairros de Petrópolis e
Tirol – então bairro Cidade Nova –
datada do início da década de 60, que
denuncia o adensamento residencial
nessa área, e da análise do material do
AMN - Arquivo Municipal de Natal,
cujos processos evidenciam que a FIGURA 33 - Vista aérea de Petrópolis e Tirol, década 60.
Fonte: JAECI FOTOS
maioria dos projetos de linhas
modernas licenciada pela Prefeitura era
destinada aos respectivos bairros (figura 33). Daí conclui-se que Petrópolis e Tirol
constituem-se o maior núcleo de disseminação da arquitetura residencial moderna no período
estudado, principalmente na área correspondente ao traçado do Plano de Cidade Nova (figura
34).
O recorte cronológico inclui as décadas de 50 e 60 porque foi durante esse período que
se desencadeou o processo de ocupação de áreas além dos bairros de fundação e comercial da
cidade, respectivamente Cidade Alta e Ribeira. Por outro lado, foi nessa época em que
ocorreu a ocupação do loteamento de Cidade Nova que desde 1904, época em que foi traçado,
encontrava-se desabitado, contando com a presença de apenas algumas chácaras de famílias
abastadas que aos poucos cederam lugar às casas, cujas linhas denunciavam a adoção de um
estilo inovador.
71

FIGURA 34
72

Através das informações que permitiram analisar a disseminação do estilo moderno na


cidade durante os anos 50 e 60, partiu-se para a definição do perímetro urbano a ser
considerado para a seleção da amostra. Sendo assim, os exemplares escolhidos estão inclusos
nos limites dos bairros de Petrópolis e Tirol (Norte e Leste), considerando o traçado proposto
pelo Plano de Cidade Nova, em 1904, e abrange as suas imediações, delimitando uma área
que segue até a altura da Rua Joaquim Fagundes e do 16° Batalhão do Exército (Oeste)
(figura 35).
É necessário apontar que a investigação referente ao bairro de Petrópolis teve como
base o trabalho de inventário registrado em Ramos (2000). Nesse caso, a análise das casas
inventariadas permitiu uma pré-seleção antes de encaminhar o trabalho pelas ruas da área em
questão. Mesmo assim, foram encontrados alguns casos que sofreram correções, diante de
exemplares numerados ou locados erroneamente ou até mesmo demolidos por motivo do
processo de renovação imobiliária ou de verticalização, que vem andando a passos rápidos
nesse bairro.
No caso do bairro do Tirol, o mapeamento foi feito com referência no inventário
registrado em Correia; Cerqueira et al (1999), seguindo a mesma metodologia do
levantamento mencionado anteriormente e recorrendo às devidas correções e atualizações.
Além dos recortes anteriores, a seleção dos exemplares também foi feita de acordo
com a autoria dos projetos arquitetônicos. Nesse caso, propusemos a escolha dos exemplares
que foram idealizados por profissionais projetistas, sejam eles engenheiros, arquitetos ou
desenhistas. Estabelecemos este critério porque algumas dessas casas foram “projetadas”
pelos próprios proprietários, fato que demonstra o grau de popularização no manejo do legado
modernista; portanto, espera-se que a produção profissional seja marcada por uma arquitetura
diferenciada e mais fiel aos paradigmas modernistas, tornando-se dessa forma mais erudita no
que diz respeito à aplicação de conceitos, técnicas e da estética moderna. Por outro lado, é
interessante preencher a lacuna de pesquisas que façam referência a esses projetistas,
responsáveis pelo desdobramento local de um dos movimentos mais expressivos da
arquitetura mundial. Na verdade, trata-se de uma contribuição para o reconhecimento do
trabalho de profissionais que transformaram a imagem da Natal eclética com seus projetos de
linhas modernas.
73

FIGURA 35
74

Ao falar em projetos de linhas modernas subentende-se que para o levantamento


inicial foram utilizados critérios - fundamentados nos conceitos arquetípicos de moderno -
para a definição do partido arquitetônico moderno. Obviamente, trata-se de uma
caracterização superficial, baseada em elementos recorrentes, e que, num primeiro instante,
possibilitaria a escolha dos exemplares mais próximos das matrizes brasileiras. Sendo assim, a
seleção obedeceu a priori os seguintes itens: forma, volumetria e o acesso ao material gráfico
(fotos, desenhos,...).
Definidos os recortes e a caracterização do partido arquitetônico em evidência, a
definição do universo de estudo contou com: levantamento fotográfico in loco e o
mapeamento de todos os exemplares remanescentes nos bairros de Petrópolis e Tirol;
pesquisa documental junto ao AMN para a identificação dos processos cujos projetos foram
aprovados para a execução e levantamento arquitetônico in loco de exemplares ícones da
cidade e que não possuíam documentação iconográfica.
Complementaram a coleta de dados os depoimentos de (ex) proprietários sobre as
características (configurações originais), hábitos e curiosidades de morar em uma casa
moderna e as entrevistas com projetistas atuantes no período sobre o contexto modernista da
cidade, o projetar moderno, entre outras informações para a formação do panorama
arquitetônico nas décadas de 50 e 60.
A contribuição dos “personagens” que vivenciaram a chegada e disseminação da
arquitetura moderna em Natal está no melhor esclarecimento dos dados documentais (projetos
remanescentes e do AMN); da relação constituída tanto entre o cliente e o arquiteto, como
entre a casa modernista e o seu proprietário. Tão importante quanto a reconstituição do objeto
moderno, foi a reconstituição da atmosfera inovadora que se formou nessa época.
Diante da definição do partido arquitetônico a ser utilizado na identificação das
residências modernistas, foram registradas no trabalho de inventário - na área e no período
determinados - 270 casas remanescentes (levantamento fotográfico) e 246 projetos (plantas,
cortes e fachadas) no AMN, dentre os quais 43 estão na lista dos não demolidos e os outros se
dividem entre demolidos, não construídos ou bastante descaracterizados (tabela V).
Para a seleção da amostra diante de um acervo tão numeroso, foram utilizados os
mesmos critérios iniciais de partido, no entanto, a avaliação foi mais rígida com relação ao
conceito das “linhas modernizantes” determinadas anteriormente. A triagem será feita a partir
do seguinte: forma e volumetria, com destaque para a diversidade e caráter diferenciado das
composições de volumes e linhas geométricas puras; a síntese entre o tradicional e o
moderno, considerando que tal solução poderia representar uma atitude em busca de se
75

atribuir nacionalidade à arquitetura ou mesmo de adaptar o léxico modernista aos


condicionantes e variáveis locais; por fim, a dimensão dos exemplares. Explica-se a inclusão
deste último item pelo fato de que, segundo informações contidas na bibliografia específica
(textos e desenhos), as residências modernas brasileiras mais representativas possuem
dimensões avantajadas por terem sido, em regra, destinadas a uma clientela especial,
intelectualizada e abastadas, pois era a que melhor aceitava as inovações estéticas e sociais
associadas à modernidade. E dessa forma ocorreu em Natal, quando as chácaras de famílias
tradicionais, ricas e “com estudo”, foram substituídas pelas casas funcionais, inovadoras na
estética e no uso. Por isso, o tamanho constituiu-se um eficaz quesito para a eliminação de
casas pequenas que, quase invariavelmente, apresentavam-se mais acanhadas na apresentação
do vocabulário moderno57.
Ao cruzarmos todas as informações, e atendendo aos critérios de seleção, destacamos
dentro de um universo de 473 exemplares, uma amostra constituída de 68 residências,
dentre as quais 10 são da década 50 e 58 são da década 6058. (Tabela 1)

TABELA 1
UNIVERSO DE ESTUDO ACERVO DE RESIDÊNCIAS MODERNISTAS NOS
BAIRROS DE TIROL E PETRÓPOLIS

LEVANTAMENTO LEVANTAMENTO UNIVERSO DE


FOTOGRÁFICO PROJETOS A.M.N. ESTUDO
246
ÁREA (dentre os quais 43 exemplares
270 473
PESQUISADA* são remanescentes e foram,
portanto, fotografados)
*
Abrange a área dos bairros Petrópolis e Tirol até a altura da Rua Joaquim Fagundes (próxima ao Aero Clube) e
do 16ª Batalhão.

TABELA 2
AMOSTRA SELECIONADA PARA ANÁLISE

CASAS DA DÉCADA CASAS DA DÉCADA


50 60

57
Um outro fator relevante para a escolha dos exemplares da amostra foi o acesso aos projetos ou dados para a
elaboração dos desenhos gráficos referentes às casas escolhidas, pois, a observação das plantas, dos cortes e
fachadas, além das fotos, era imprescindível.
58
Os projetos que ficaram fora da seleção foram registrados e catalogados para serem utilizados em pesquisas
posteriores.
76

LEVANTAMENTO
9 2
ÁREA IN LOCO
PESQUISADA LEVANTAMENTO
1 56
AMN

Convém mencionar que alguns exemplares escolhidos para a amostra estão contidos
no acervo dos trabalhos da disciplina Teoria e História da Arquitetura, orientados pela Profa.
Dra. Edja Trigueiro (Departamento de Arquitetura - UFRN). Esses estudos foram a fonte do
material gráfico (plantas, cortes, fachadas,...) e de informações que enriqueceram a pesquisa
sobre a amostra escolhida.
Mesmo com a seleção da amostra para a pesquisa, todas as casas inventariadas na área
escolhida serão mapeadas com o intuito de demonstrar o processo de modernização
arquitetônica apresentado nas décadas de 50 e 60 e parte do acervo modernista da cidade. Por
outro lado, o mapa também servirá de base para estudos posteriores, inclusive aqueles que
avaliam o avançado e infeliz processo de desmonte dos exemplares que vem ocorrendo nesta
área (figura 38).

4.2.1 Casas da década 50

Na pesquisa realizada junto ao Arquivo Municipal de Natal, pouco se pôde saber sobre
as casas modernistas projetadas na década de 50. As diversas mudanças de sede do órgão e o
armazenamento incorreto das pastas de processos resultaram, infelizmente, no extravio e na
destruição dos projetos aprovados relativos ao período em questão, comprometendo a
memória de um momento muito importante da história da arquitetura local. Os únicos
projetos que restaram no acervo municipal equivalem à reforma de duas residências com o
objetivo de atualizá-las ao estilo moderno então em voga no período. Esses projetos não
foram localizados no levantamento in loco, portanto, resta-nos a dúvida se eles foram
demolidos ou, simplesmente, não foram executados. (figuras 36 e 37).

FIGURA 36 - Projeto do Arquivo Municipal de FIGURA 37 - Projeto do Arquivo Municipal de


Natal, década 50. Natal, década 50.
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
77

FIGURA 38
78

Na falta do material iconográfico e documental que apresentem exemplares projetados


nos anos 50; a análise cairá sobre 10 residências que sobreviveram ao processo de
desmantelamento do acervo residencial modernista da cidade. A apresentação desses
exemplares será feita com base nos levantamentos (arquitetônicos e fotográficos) e
depoimentos de proprietários e autores dos projetos. Tais fontes forneceram informações que
reconstituíram a história e as características originais das residências, o que permitiu a
elaboração dos seus desenhos originais.
Segue o quadro com as referências iniciais dos exemplares da década contidos na
amostra:

QUADRO 2
DÉCADA 50:
EXEMPLARES RESIDENCIAIS SELECIONADOS PARA ANÁLISE
Data Identificação Autor Proprietário Fonte de Pesquisa
01 1951 Hermes da Fonseca, 1174 Arialdo Pinho, desenhista Osmundo Faria Janete Mesquita
Heriberto Bezerra
02 1954 Açu, 560 Arialdo Pinho, desenhista Heriberto Bezerra
RODRIGUES (2000)
03 1954 Deodoro, 744 Arialdo Pinho, desenhista Arnaldo Gaspar Denise Gaspar
04 Augusto Reinaldo Maia Neide Sá
1955 Hermes da Fonseca, 1076 Neide Sá
Alves, arquiteto TRT
05 Moacyr Gomes da Costa, José Bezerra de Moacyr Gomes da Costa
1955 Hermes da Fonseca, 533
arquiteto Araújo BARROS (2001)
06 Moacyr Gomes da Costa, Moacyr Gomes da Costa
1956 Açu, 507 Aldo Medeiros
arquiteto Ana Míriam Machado
07 1957 Prudente de Morais, 637 Arialdo Pinho, desenhista Cromwell Tinoco Cromwell Tinoco
08 1958 Deodoro, 611 Arialdo Pinho, desenhista Nelson Galvão Nelson Galvão
Marco A. Câmara
09 1959 Miguel Barra, 764 Cavalcanti Albuquerque,
engenheiro
Projetista não
Celso Dutra de AMN
10 1959 Apodi, s/n identificado, 276-D
Almeida Projeto 10
CREA 2a Região

4.2.2 Casas da década 60

Embora o acervo municipal relativo aos anos 60 não esteja tão comprometido como o
da década anterior, a investigação revela que muitas pastas de processos tiveram o mesmo
destino que as dos anos 50. Mesmo assim, o AMN - Arquivo Municipal de Natal - ainda
conta com um volume considerável de documentos que demonstram não somente a ocupação
79

modernista nos bairros de Tirol e Petrópolis, mas também a proliferação de residências


modernistas nos bairros Alecrim, Praia do Meio e Areia Preta.
A maior parte da amostra referente à década 60 foi colhida dentre os projetos do AMN
– Arquivo Municipal de Natal, muitos deles ainda remanescentes e, portanto, necessitando
também de urgência de análise e menção. No mais, foram feitos dois levantamentos
arquitetônicos in loco de casas que são consideradas representativas e que não constavam nos
processos municipais.
Segue abaixo a tabela apresentando os exemplares selecionados como amostra
referente à década de 60:
QUADRO 3
DÉCADA 60:
EXEMPLARES RESIDENCIAIS SELECIONADOS PARA ANÁLISE

Data Identificação Autor Proprietário Fonte de Pesquisa


José Maria dos Santos Aprígio Teixeira de A.M.N.
11 1960 Joaquim Manoel, 801
Fonseca, arquiteto Oliveira Projeto 06
12 Olavo de A.M.N.
1960 Ipanguassu, s/n Fernando Ferreira
Vaconcelos Leite Projeto 12
13 Darce Freire Dantas A.M.N.
1961 Maxaranguape, s/n Projetista não identificado
de Araújo Projeto 21
14 Moacyr Gomes da Costa, Ednaldo Madruga A.M.N.
1961 Cláudio Machado, s/n
arquiteto de Oliveira Projeto 23
15 Hermes da Fonseca com Gilson Ramalho de A.M.N.
1961 Projetista não identificado
Teotônio de Carvalho Almeida Rodrigues Projeto 31
16 Ubiratan Pereira Galvão, A.M.N.
1961 Enéas Reis com Seridó Júlio Torres
arquiteto Projeto 34
17 Milton Dantas de Milton Dantas de A.M.N.
1961 Seridó, s/n
Medeiros, engenheiro Medeiros Projeto 38
18 Renato Gomes Soares, A.M.N.
1961 Hermes da Fonseca, s/n Silvério Cerveira
engenheiro Projeto 39
19 Moacyr Gomes da Costa, A.M.N.
1961 Mipibu, s/n Tomaz Galvão
arquiteto Projeto 41
20 José Nilson de Sá
1962 Hermes da Fonseca, 448 Heitor Maia Neto José Nilson de Sá
Marinha do Brasil
21 Alcio Pogg de A.M.N.
1962 Hermes da Fonseca, s/n Nilson Dantas, engenheiro
Trigueiro Projeto 44
22 Ubirajara Pereira Galvão, Antônio de A.M.N.
1962 Hermes da Fonseca, 744
arquiteto Vasconcelos Galvão Projeto 47
23 Markus Mozes Katz, Franca Giordanette A.M.N.
1962 Getúlio Vargas, 554
engenheiro de Souza Firmo Projeto 56
24 Munir Aby Faraj, José Veríssimo da A.M.N.
1962 Jundiaí, 481
engenheiro Nóbrega Projeto 61
Projetista não
25 Joaquim Felício de A.M.N.
1962 Abdon Nunes, s/n identificado, 1738-D
Morais Projeto 65
CREA 2a Região
26 Alberto Maranhão com José de Ossian A.M.N.
1962 José Bittencourt
Afonso Pena Guedes Projeto 68
27 Moacyr Gomes da Costa, Rui Bezerra de A.M.N.
1962 Enéas Reis, s/n
arquiteto Araújo Projeto 76
28 A.M.N.
1962 Mossoró com Campos Sales Daniel Hollanda, arquiteto Lélio Duarte Dantas
Projeto 98
29 Manoel Pereira da Silva, Agostinho Pereira A.M.N.
1963 Jundiaí com Afonso Pena
engenheiro da Silva Projeto 78
80

RODRIGUES (1999)
A.M.N.
30 Wandenkolk Tinoco Aldo da Fonseca
1963 Dionísio Filgueira, 763 Projeto 79
Carlos Alberto Cunha Tinoco
RIBEIRO (1999)
Engenheiro não
31 Joaquim Fagundes com com Alfredo Barela A.M.N.
1963 identificado, 1122-D
Afonso Pena Sobrinho Projeto 82
CREA 2a Região
32 Milton Dantas de Francisco Cabral da A.M.N.
1963 Abdon Nunes, s/n
Medeiros, engenheiro Silva Projeto 86
33 Geraldo de Pinho A.M.N.
1963 Cordeiro de Farias, s/n Manoel Coelho, arquiteto
Pessoa Projeto 92
Arquiteto não
34 José Aurino da A.M.N.
1963 Mipibu, s/n identificado, 1312-D
Rocha Projeto 93
CREA 2a Região
35 José Maria dos Santos José Mesquita de A.M.N.
1963 Hermes da Fonseca, s/n
Fonseca, arquiteto Oliveira Projeto 96
A.M.N.
36 Raymundo Costa Gomes, Miguel Carrilho de
1963 Campos Sales, 638 Projeto 102
arquiteto Oliveira
CARRILHO (2002)
37 Hélio Varela de Hélio Varela de A.M.N.
1963 Ceará-mirim, s/n
Albuquerque Albuquerque Projeto 103
38 Geraldo de Pinho Pessoa, Pedro Américo do A.M.N.
1963 Afonso Pena, s/n
engenheiro Nascimento Projeto 105
Projetista não
39 Afonso Pena com Ceará- Rosa de Lourdes A.M.N.
1963 identificado, 1599-D
mirim Cabral Marinho Projeto 108
CREA 2a Região
Marco A. Câmara
Marco A. Câmara
40 Cavalcanti
1964 Maxaranguape, 690 Cavalcanti Albuquerque, Dulce Albuquerque
Albuquerque,
engenheiro
engenheiro
41 Ary Guerra Cunha Lima, Antônio Cabral A.M.N.
1964 Afonso Pena, s/n
engenheiro Pereira Fagundes Projeto 112
42 Raymundo Costa Gomes, José Clóvis de A.M.N.
1964 Abdon Nunes, s/n
arquiteto Arruda Pacheco Projeto 120
43 Hermes da Fonseca com A.M.N.
1964 Escritório Planarq José Avelino Alves
Mipibu Projeto 121
44 Hermes da Fonseca com José Penha de A.M.N.
1964 Escritório Planarq
Oliveira Galvão Souza Projeto 124
45 Nelson Rocha de A.M.N.
1964 Açu, s/n Escritório Planarq
Oliveira Projeto 130
46 Almeida Castro com Munir Aby Faraj, Erondina Rodrigues A.M.N.
1965
Oliveira Galvão engenheiro Aby Faraj Projeto 141
47 Ângelo Varela com Costa José Maria dos Santos Antônio dos Santos A.M.N.
1966
Pinheiro Fonseca, arquiteto Fonseca Projeto 151
48 Ary Guerra Cunha Lima, A.M.N.
1966 Costa Pinheiro, s/n Expedito dos Santos
engenheiro Projeto 153
Projetista não
49 Letícia Cabral A.M.N.
1966 Ceará-mirim, s/n identificado, 1599-D
Marinho Projeto 158
CREA 2a Região
50 Sílvio Roberto A.M.N.
1966 Campos Sales com Jundiaí Projetista não identificado
Procópio Projeto 166
Projetista não
51 Clóvis Gonçalves A.M.N.
1967 Miguel Barra, 766 identificado, 1472-D
dos Santos Projeto 173
CREA 2a Região
52 Abdon Nunes com Hermes Milton Dantas de Edmundo Mafra A.M.N.
1967
da Fonseca Medeiros, engenheiro Cabral Projeto 175
53 Munir Aby Faraj, Djalma Paiva A.M.N.
1967 Campos Sales com Jundiaí
engenheiro Carvalho Projeto 177
54 Moacyr Gomes da Costa, Mário Cabral A.M.N.
1967 Hermes da Fonseca, 1010
arquiteto Pereira Projeto 190
55 Arnaldo Neto Gaspar, Séfora Maria de A.M.N.
1967 Afonso Pena, s/n
engenheiro Souza e Silva Projeto 197
56 Moacyr Gomes da Costa, Túlio Fernandes de A.M.N.
1967 Ana Neri, s/n
arquiteto Oliveira Filho Projeto 202
57 Engenheiro não Áureo Fernandes A.M.N.
1967 Açu, s/n
identificado, 1006-D Borges Projeto 204
81

CREA 2a Região
58 Ary Guerra Cunha Lima, José de França A.M.N.
1968 Hermes da Fonseca, 1214
engenheiro Gomes Projeto 208
Projetista não
59 A.M.N.
1968 Seridó com Enéas Reis identificado, 403-D José Gobat Alves
Projeto 214
CREA 9a Região
60 Luís Evano Nobre A.M.N.
1968 Francisco Borges, s/n Hélio Vicente de Araújo
Lira Projeto 216
61 Ceará-Mirim com Rodrigues Omar Azevedo, Rosilda Pinheiro A.M.N.
1968
Alves engenheiro Montenegro Projeto 221
Marco A. Câmara
62 Virgílio A.M.N.
1968 Abdon Nunes, s/n Cavalcanti Albuquerque,
Alexandrino Neto Projeto 226
engenheiro
63 Moacyr Gomes da Costa, Dagmar Olímpio A.M.N.
1968 Açu, s/n
arquiteto Maia Projeto 229
64 Ubirajara Pereira Galvão, Jessé Dantas A.M.N.
1969 Leão Fernandes, s/n
arquiteto Cavalcanti Projeto 236
65 Luiz Pereira da A.M.N.
1969 Oliveira Galvão, 1057 Manoel Pereira da Silva
Silva Projeto 238
Engenheiro não
66 Marcelo Cabral de A.M.N.
1969 Juvenal Lamartine, s/n identificado, 1691-D
Andrade Projeto 240
CREA 2a Região
Engenheiro não
67 A.M.N.
1969 Afonso Pena, s/n identificado, 2542-D Pedro David Filho
Projeto 245
CREA 2a Região
Projetista não
68 Paula Francinete A.M.N.
1969 Maria Auxiliadora, s/n identificado, 2052-D
Bezerra Projeto 246
CREA 2a Região

Com os exemplares modernistas especificados, foram extraídas as suas características


mais marcantes seguindo os critérios mencionados no referencial teórico:

a) Relação entre implantação e lote:


Traduz como a localização, a orientação e a topografia dos lotes são refletidas nas
soluções arquitetônicas, demonstrando que tais condicionantes incidem diretamente sobre os
aspectos formais e espaciais dos edifícios.

b) Aspectos estéticos e formais:


Demonstram as composições volumétricas e de fachada, as influências, tendências ou
sínteses, e até mesmo as preocupações com o conforto que determinaram as composições
formais dos edifícios.

c) Aspectos construtivos:
Indicam as soluções e materiais utilizados, estrutura, dando ênfase à questão da síntese
entre o tradicional e o moderno, pois as soluções construtivas inovadoras permitiram novas
criações, ao passo que as soluções tradicionais atendiam ao clima, à forte tradição nacional e
sugeriam adaptações.
82

d) Aspectos espaciais:
A idéia é demonstrar o grau de interferência de tantas inovações de formas e conceitos
nos programas e na organização dos ambientes, principalmente, com relação ao zoneamento a
ao conceito de continuidade espacial. No mais, ainda serão consideradas as questões de
disposição dos ambientes de acordo com a orientação do lote.
Seguindo a mesma metodologia utilizada para a sistematização dos dados do caso
brasileiro, tem-se uma outra seqüência de tabelas que propõe reunir todas as informações
coletadas na análise do acervo residencial modernista de Natal. Portanto, temos o Anexo D
apresentando a caracterização de cada exemplar modernista potiguar contido na amostra,
seguindo a observação in loco das casas remanescentes ou dos projetos das casas demolidas
(AMN), lembrando que neste último caso, algumas informações foram suprimidas em virtude
da ausência de memoriais descritivos ou partes de projetos que foram, em alguns casos,
extraviados ou aos quais não foram possíveis os acessos. Acrescente-se que este processo
seguiu os mesmos itens dos critérios de análise utilizados nas casas modernistas brasileiras.
Em seguida, tem-se a Anexo E, contendo as características recorrentes na casa modernista
natalense e esta se apresenta como o Quadro Geral da Arquitetura Residencial Modernista
Potiguar que deverá ser confrontado com os dados do Anexo C para, enfim, realizar a análise
do acervo residencial modernista potiguar a partir do paradigma residencial modernista
brasileiro.

4.3 ANÁLISE DO ACERVO RESIDENCIAL MODERNISTA POTIGUAR

De posse das tabelas contendo toda a caracterização dos modelos nacional e local da
arquitetura residencial modernista, discorreremos sobre o confronto entre as duas matrizes de
análise, que chamamos anteriormente de Quadro Geral do Paradigma Residencial
Modernista Brasileiro (Anexo C) e Quadro Geral da Arquitetura Residencial
Modernista Potiguar (Anexo E). Portanto, seguindo a seqüência dos critérios de análise
comentaremos sobre o paralelo entre os dois casos.
Do ponto de vista da relação entre implantação e lote, observamos inicialmente que
as mudanças na legislação ocorridas no início do século XX foram um fator importante para a
valorização das casas construídas no período, principalmente, daquelas construídas em lotes
urbanos e nas quais iremos nos deter, pois, diferentemente das casas paradigmáticas
83

brasileiras, projetadas e construídas em lotes urbanos, de praia ou de campo, as casas


modernas potiguares encontram-se todas dentro do perímetro urbano da cidade de Natal.
No Brasil do primeiro pós-guerra, e após as leis e normas sanitárias que abrangiam
questões sobre a higiene das habitações, a legislação passou a propor novas formas de
ocupação do lote:

Referimo-nos aos recuos de frente e laterais que as prefeituras passaram a


exigir nos arruamentos. O fato importante é que, antes da Primeira Guerra,
as casas de classe média e as populares possuíam somente uma fachada:
aquela voltada para a rua (LEMOS, 1979, p. 64).

Diante disso, parte-se do pressuposto de que, nos tempos da modernidade, a


implantação dessas novas diretrizes, além de garantir a elevação da qualidade da vida urbana,
possibilitou a demonstração do caráter tridimensional do edifício moderno, pois agora poderia
se ter uma visão de todos os ângulos do prédio, um objeto a ser experimentado sob diversas
perspectivas como recomendava a premissa européia.
Em Natal a situação não foi diferente. Com a Lei n° 459, de 2 de setembro de 1929, a
Prefeitura Municipal de Natal define novas diretrizes para a construção de prédios,
instituindo, entre outras medidas, o zoneamento da cidade, características de soluções e
materiais construtivos, disposição de ambientes, diretrizes para a configuração da estética das
fachadas, além de normas para a implantação dos edifícios no lote. Nesse caso, como forma
de atender às exigências relativas à insolação, iluminação e ventilação das residências, os
projetos realizados a partir de então deveriam apresentar recuos laterais e de fundos com 1,50
metro e recuo frontal de 3,00 metros.
É certo que a arquitetura eclética (neoclássica) já apresentava o tratamento das 4
fachadas, mas o afastamento do prédio dos limites do terreno foi utilizado pelos modernistas
internacionais, nacionais e locais como uma maneira de destacar o edifício diante da
paisagem, possibilitando, dessa forma, as novas experiências projetuais pontuadas pela
invenção, liberdade e valorização volumétrica (cubista).

59
A Lei n° 4, amparada pelo Código Civil, constituiu-se a única legislação para construir até a promulgação do
Código de Obras de Natal, em 1969. Foi a partir das diretrizes dessas leis que os projetistas modernistas
potiguares definiram seus projetos durante as décadas de 50 e 60.
84

No Brasil dos anos seguintes, a exigência dos recuos viria a ser fonte de inspiração
para Rino Levi, porque tanto na residência do arquiteto (exemplar 19, Quadro 1), quanto na
casa de Milton Guper (exemplar 41, Quadro 1), Levi aproveitou-se das recomendações da
legislação paulista e transformou os afastamentos obrigatórios em recuos-jardins, propondo a
ligação dos canteiros às calçadas e mantendo “[...] a unidade do espaço fechado, onde a vida
familiar deveria desenrolar-se sem possibilidade de interferências externas” (BRUAND, 2002,
p. 274). No entanto, a experiência de Rino Levi remete a uma outra questão que acaba por
diferenciar as casas brasileiras das casas potiguares: a dimensão do lote (figura 39).
Mesmo sabendo que em cidades do eixo Rio-São
Paulo a liberdade de criar era por vezes limitada pelo
tamanho dos terrenos, percebe-se que, na maioria dos
casos, os lotes urbanos, para os quais foram projetadas as
casas modernistas brasileiras, possuem tamanhos que
permitiram a realização de grandes expressões e
experiências arquitetônicas, nada deixando a desejar aos
projetos em lotes no campo ou na praia, principalmente
no que diz respeito à manutenção da principal tônica
modernista: a continuidade espacial criada a partir da FIGURA 39 - Recuos-jardins de Rino Levi.
Fonte: CAVALCANTI, 2001
indistinção entre o interior e o exterior através de
amplos jardins e paredes envidraçadas.
Em Natal, a pequena dimensão dos lotes limitou a liberdade de criação dos projetistas
potiguares, dificultando a realização de projetos com a presença de grandes áreas verdes e
residências de dimensões próximas às de seus referenciais nacionais.
O loteamento de Tirol e Petrópolis - principal área de disseminação da arquitetura
residencial moderna - deu origem a terrenos de pequenas dimensões, onde o tamanho dos
lotes, geralmente retangulares, alcança em média os 12, 15 metros de largura por 30 metros de
comprimento, ou seja, aproximadamente 450 m2. Esse fato direcionou os projetistas a optarem
por soluções de implantação caracterizadas pelo máximo de aproveitamento do terreno. Por
isso, é comum ver lotes com uma alta taxa de ocupação, onde, quase invariavelmente, a
locação estende-se no sentido longitudinal do terreno.
Como a maior parte dos lotes estudados situa-se no meio da quadra, essa tendência de
implantação longitudinal - seja ela no centro, na lateral ou nos fundos do lote - tornou-se
comum nas casas em Natal. No entanto, apesar de poucos, os lote de esquina geralmente
tendem a sofrer com a exigência de dois recuos frontais e, nesse caso, a implantação
85

geralmente tende a valorizar a fachada voltada para a maior testada (maior lado do retângulo)
ou para aquela situada na via de maior importância dentro da malha viária. Escolhendo a
posição da fachada principal, define-se a posição do acesso à residência, seja de moradores,
visitantes, empregados e do automóvel, para em seguida partir para a distribuição dos setores
social, íntimo e de serviço.
Como outra alternativa para o melhor aproveitamento de lotes exíguos, muitos são os
exemplares potiguares onde se observam plantas coladas nos limites do lote, com
implantações assimétricas e irregulares que buscam cumprir o programa de necessidades sem
prejudicar a ventilação e insolação dos ambientes. Nesses casos, - e a exemplo de Rino Levi,
com sua galeria aberta munida de brises-soleils na casa de Milton Guper e Lúcio Costa, com
suas casas voltadas para os jardins como a de Argemiro Hungria Machado (exemplar 10,
Quadro 1) (figura 40) - fez-se costumeira a presença de pátios internos, áreas descobertas ou
protegidas por elementos protetores (pérgolas, cobogós,...) que permitem a abertura de
esquadrias e o contato com o exterior, cumprindo o atendimento às necessidades de conforto
dos ambientes.

FIGURA 40 - Casa de Argemiro Hungria Machado, de Oscar Niemeyer (1942)


Fonte: MINDLIN, 2000

A questão do conforto ambiental das residências apresentou-se como uma grande


preocupação não somente para os arquitetos brasileiros, mas também para os projetistas
potiguares. Em via de regra, a orientação do lote tornou-se um fator determinante para a
forma de implantação da edificação e principalmente para a configuração das plantas das
casas modernas brasileiras e potiguares.
O reflexo da orientação do lote sobre as plantas será abordado mais adiante, no item
Aspectos Espaciais, no entanto, cabe-nos dizer que as casas potiguares foram locadas de
86

forma a dispor os setores social e íntimo na orientação do sol nascente, ou seja, na direção
Leste, e o setor de serviço na posição do sol poente, no sentido Oeste, como também
viabilizando a captação dos ventos vindos do Sudeste. Sendo assim, o tipo de implantação e
configuração espacial varia de acordo com o controle da incidência solar e a necessidade de
ventilação dos ambientes.
Confrontando outro ponto relacionado à implantação e lote, percebe-se mais um
diferencial da casa modernista natalense diante do modelo residencial modernista nacional: a
topografia do terreno. Nesse caso, devemos considerar que, diferentemente da região potiguar,
as cidades da região Sudeste, em especial o Rio de Janeiro, possuem uma variedade
topográfica que se refletiu em muitos dos projetos escolhidos como representantes do
modernismo residencial brasileiro.
Citando alguns exemplos, começamos
pela casa Norchild (exemplar 04, Quadro 1)
(figura 41), do arquiteto Gregori
Warchavchik. A casa na Rua Toneleros, em
Copacabana, foi desenvolvida em 04 níveis e,
de acordo com Cavalcanti (2001) e Bruand

(2002), o escalonamento e a interpenetração FIGURA 41 - Casa Norchild, de Gregori Warchavchick


(1931)
de volumes, marcas do partido arquitetônico Fonte: CAVALCANTI, 2001
desse exemplar, tiravam partido da forte
inclinação do terreno.

Da mesma forma, a casa de Lina Bo


Bardi em São Paulo (exemplar 29, Quadro 1)
(figura 42), como declara Mindlin (2000),
enfatiza exatamente o aproveitamento da vista da
paisagem que se forma diante do terreno em
colina com a solução da “caixa de vidro” sobre
FIGURA 42 - Casa de Lina Bo Bardi (1951) pilotis e o bloco posterior maciço apoiado no
Fonte: CAVALCANTI, 2001
solo. Já na casa de Canoas (exemplar 42, Quadro
1) (figura 43), o arquiteto Oscar Niemeyer
demonstra um respeito integral com o local de implantação da obra. No projeto localizado em
um declive na Floresta da Tijuca, a área íntima está disposta no subsolo, com acesso através
87

de uma escada escavada na rocha e com os cômodos desfrutando da vista da baía de


Guanabara.
Em Natal, a planície de Cidade Nova,
que abrange quase toda a área dos bairros de
Tirol e Petrópolis, definiu a topografia da
maioria dos terrenos situados naquela área, ou
seja, o que se observa é que grande maioria dos
exemplares estudados, foram locados em
terrenos planos e por isso não apresentam
FIGURA 43 - Casa de Canoas, de Oscar
soluções semelhantes aos exemplos brasileiros Niemeyer (1953)
Fonte: MINDLIN, 2000
citados anteriormente. O que ocorre em alguns
casos é a implantação de residências em planos acima ou abaixo do nível da rua, sem muitas
alterações para acompanhar as inclinações. Uma casa que exemplifica tal modelo de
implantação é a residência na Avenida Getúlio Vargas, 554 (exemplar 23, Quadro 2) (figura
44). Embora situada no alto de uma colina em Petrópolis e privilegiada com a panorâmica de
uma das mais importantes praias urbanas da cidade e da Fortaleza do Reis Magos, a
residência não possui uma implantação escalonada já que a sua locação foi feita no alto do
terreno, em área plana.
Em outros casos, o que se vê é a presença de subsolos e aterros, geralmente destinados
às garagens e dependências de serviço, ou seja, soluções para um melhor aproveitamento de
área útil dos lotes e que representam um condicionante local que se reflete na formação do
partido arquitetônico potiguar. Para melhor visualizar, citamos o exemplo da casa na Rua
Dionízio Filgueira, 763 (exemplar 30, Quadro 2) (figura 45), da casa na Rua Cordeiro de
Farias, s/n (exemplar 33, Quadro 2) (figura 46) e da casa na Avenida Hermes da Fonseca,
1214 (exemplar 58, Quadro 2) (figura 47), pois todas elas dispõem de 02 níveis, sendo um
deles subsolo da garagem.

N
FIGURA 44 - Avenida Getúlio Vargas, 554 (1962). FIGURA 45 - Rua Dionízio Filgueira, 763 (1963)
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
88

No estudo do acervo residencial modernista potiguar, especificamente de suas


características recorrentes relativas à implantação e lote, fica evidente que a dimensão dos
terrenos tornou-se o principal ponto norteador da concepção dos projetos arquitetônicos
realizados pelos projetistas potiguares.

FIGURA 46 - Rua Cordeiro de Farias, s/n (1963). FIGURA 47 - Avenida Hermes da Fonseca, 1214
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de (1968).
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

Ao se definir o critério da dimensão dos exemplares para a seleção da amostra desta


pesquisa, não houve a intenção de realizar nenhum tipo de comparação entre o tamanho das
casas brasileiras e potiguares, mas sim de utilizar uma característica comum entre os dois
modelos: tanto nas cidades do Sudeste quanto em Natal, os projetos modernos foram
propostos para terrenos, dentro das devidas proporções regionais, mais amplos, se
comparados aos das casas ecléticas. Diante disso, e muito embora a exigüidade da maioria dos
lotes tenha se refletido nos aspectos formais e espaciais das residências, ainda se pode
considerar os terrenos das casas modernistas de Tirol e Petrópolis como áreas privilegiadas
para os padrões locais, principalmente se comparadas aos bairros antigos, como Cidade Alta e
Ribeira, e outros pontos de disseminação da arquitetura residencial moderna, como os bairros
Alecrim e Praia do Meio.
Abaixo, pode-se visualizar os croquis60 que apresentam os principais tipos de
implantação encontrados nas casas modernistas potiguares. A primeira, em lote irregular, com
as testadas não ortogonais, formando lotes com forma de polígonos irregulares, algumas vezes
resultantes da reunião de dois ou mais terrenos (figura 48). Em seguida vem a implantação no

60
Todos os exemplos demonstrados nos croquis estão em escala esquemática e com as frentes dos lotes
orientados para a direita.
89

sentido longitudinal e lateral do lote, onde geralmente a edificação encontra-se locada


próxima a uma das laterais ou quase que totalmente colada ao limite lateral do terreno (figura
49).

FIGURA 48 – Implantação de lote irregular FIGURA 49 – Implantação longitudinal e


(exemplar 08, Quadro 2). lateral do lote (exemplar 06, Quadro 2).
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

A implantação seguinte é muitas vezes resultante do cumprimento de programas


extensos em lotes exíguos. A locação de forma assimétrica geralmente apresenta-se em forma
de uma alta taxa de ocupação e com a residência colada em diversos limites do terreno. Essa
solução acaba por imprimir formas irregulares de plantas que refletem o compromisso em
manter áreas abertas (recuos) para que sejam atendidas as exigências do conforto ambiental
(controle da insolação, ventilação e chuvas) (figura 50). Já a implantação em lotes de esquina
apresenta uma característica recorrente, a manutenção de grandes afastamentos nos dois
limites voltados para a rua em virtude da busca pela privacidade. Todavia, a locação da obra
também tem o objetivo de voltar a fachada principal para a via mais importante da malha
viária (figura 51).

FIGURA 50 – Implantação assimétrica/ FIGURA 51 – Implantação em lote de esquina


irregular, colada nos limites do lote (exemplar (exemplar 01, Quadro 2).
14, Quadro 3) Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
90

A implantação no centro e fundos do terreno é o principal reflexo da segregação das


áreas de serviços aos fundos das residências. São as dependências de serviço, muitas vezes em
forma de edículas, que são dispostas nos fundos do lote (figura 52). E, por fim, tem-se o
modelo longitudinal no centro do lote. É o mais recorrente dentro do acervo potiguar e
caracteriza-se por preservar todos os seus recuos frontais, laterais e de fundos (figura 53).

FIGURA 52 – Implantação longitudinal no centro e


fundos do lote (exemplar 63, Quadro 3) FIGURA 53 – Implantação longitudinal no centro
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de do lote (exemplar 105, Quadro 3).
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

Sob o ponto de vista estético e formal, pode-se dizer que os caminhos traçados pelos
arquitetos brasileiros na criação de seus ícones modernistas foram os mesmos que os levaram
à constituição do vocabulário moderno residencial, e neste último, as referências de dois
grandes paradigmas residenciais tornaram-se norteadores nos processos de criação: a Ville
Savoye e a Casa da Cascata, representantes do racionalismo e do organicismo que viriam a
diferenciar estilos e tendências dentro do cenário arquitetônico nacional, mas que não
interfeririam na proposta de imprimir um sotaque nacionalista nos cânones europeus.
Na concepção da linguagem modernista brasileira, o modelo formal europeu,
representado pela vanguarda figurativa, ultrapassa os limites da criação diante da diversidade
plástica desenvolvida pelos arquitetos brasileiros a partir da matriz volumétrica cubista.
A dinâmica cubista e o racionalismo se complementavam e originaram um novo
vocabulário que traduzia a relação constante entre o espaço, com a liberdade das plantas
resultante da estrutura livre, e o volume, fruto da decomposição geométrica e das formas
puras e desnudas.
91

[...] planos que avanzan y retroceden, superficies que se cortan y que se


interpenetran formando ángulos diversos; planos suspendidos en el espacio
sin relación entre ellos (em el sentido unívoco, focal de la perspectiva) y, en
fin, transparencia, formas que aparecen unas detrás de las otras e cuyos
efctos se superponen [...] (ZEVI, 1977, apud DE FUSCO, 1981, p. 223)61.

Todavia, a concretização da dinâmica e fluidez racionalistas contou com o domínio e a


utilização unânime da técnica do concreto armado, capaz de materializar as mais utópicas e
inovadoras formas plásticas, e do uso do vidro, cuja transparência ultrapassava os limites de
cumprimento das diretrizes do conforto ambiental e permitia a fusão – continuidade espacial -
entre o edifício e o seu entorno.
Rego (2000), reflete sobre a rememoração de configurações da matriz racionalista em
sintaxe com a intuição dos projetistas brasileiros e, como resultado, destaca o uso reincidente
de três motivos formais na arquitetura moderna brasileira exemplificando-os em algumas
residências: as abóbadas em fila; o telhado-borboleta e a composição de linha mista – curva,
reta e curva. Em Natal, somente as duas últimas versões foram adotadas nos projetos
residenciais, ainda que apresentando algumas diferenças quanto à função de cada solução.
Utilizando o telhado-borboleta, os arquitetos brasileiros valiam-se “[...] da variação da
altura da cobertura para acomodar o programa em vários níveis, assegurando o jogo espacial e
a interpenetração dos ambientes contidos num volume único da arquitetura cúbica” (REGO,
2000, p. 4). Essa solução pode ser observada tanto na casa de Juscelino Kubitschek, de Oscar
Niemeyer (exemplar 14, Quadro 1) (figura 54), como na casa de Jadir de Souza, projetada
por Sérgio Bernardes (exemplar 30, Tabela I) (figura 55).

FIGURA 54 - Casa de Juscelino Kubitschek, de FIGURA 55 - Casa de Jadir de Souza, de Sérgio


Oscar Niemeyer (1943) Bernardes (1951)
Fonte: BRUAND, 2002 Fonte: CAVALCANTI, 2001

61
[...] aviões que se movem, superfícies que são cortadas e mutuamente formando vários ângulos; aviões
suspensos no espaço sem qualquer relacionamento entre elas (em termos inequívocos, a perspectiva focal) e,
finalmente, a transparência, algumas formas que parecem estar por detrás e os outros cujos efeitos se sobrepõem
[...] [Tradução nossa].
92

Já os profissionais atuantes em Natal adotaram a cobertura “asa de borboleta” como


uma alternativa diante das grandes inclinações das coberturas em telha cerâmica,
remanescentes da arquitetura tradicional e, utilizadas em larga escala nos projetos modernos.
Na verdade, o modelo de cobertura sugeria um resultado formal diante de um limitador
tectônico, pois não há exemplos onde ele interfira na configuração interna, já que as lajes de
cobertura, sempre planas, não possibilitam a formação de vãos amplos e em níveis,
suprimindo os jogos e interpenetrações de espaços, como observado no projeto da casa da
Avenida Hermes da Fonseca com Teotônio de Carvalho (exemplar 15, Quadro 3) (figura 56).

FIGURA 56 - Avenida Hermes da Fonseca com Teotônio de


Carvalho
Fonte: ARQUIVO MUNICIPAL DE NATAL

Supõe-se que essa reinterpretação ocasionou a disseminação das empenas inclinadas,


retomadas em duas ou em apenas uma água, caracterizando a volumetria de muitas casas
modernas em Natal e, mais que isso, definindo um dos modelos volumétricos mais recorrentes
da arquitetura residencial moderna potiguar dos anos 50, denominado “prisma sobre prisma”,
do qual falaremos mais adiante.
A composição de linha mista – curva, reta e curva, outro motivo formal reincidente no
Brasil, segundo Rego (2000), e retomado pelos projetistas em Natal – representou para os
arquitetos brasileiros o léxico ideal para conduzi-los à liberdade plástica inicialmente proposta
por Le Corbusier e traduzida na forma de poesia arquitetônica nas obras modernistas
brasileiras. Tratava-se de um processo de reinterpretações de figuras e contornos da paisagem
em diversos elementos arquitetônicos (marquises, lajes, obras de arte - murais, painéis e
pinturas e jardins – caminhos, espelhos d’água,...); uma busca pela interação entre obra e
93

paisagem na qual Oscar Niemeyer e o paisagista Roberto Burle Marx foram grandes
protagonistas.
Em Natal, a plasticidade e o ritmo da combinação de retas e curvas também sugere
uma certa organicidade às obras modernistas locais, reiterando a idéia de continuidade formal
entre o edifício e o seu entorno através de volumes e outros elementos (lagos e jardins) que
retomam contornos naturais. Tomemos como exemplo os passeios e o volume da rampa de
entrada, todos sinuosos, da casa na Rua Dionísio Filgueira (exemplar 30, Quadro 3, foto 10) e
o jardim da casa na Avenida Hermes da Fonseca, 1076 (exemplar 04, Quadro 2), onde os
taludes e o lago – não mais existentes - apresentam-se numa seqüência de curvas que, como
diria Le Corbusier, “massageiam” o olhar do espectador.
A questão compositiva do modernismo brasileiro, quando abordada sob o ponto de
vista da síntese entre a tradição e o modernismo, vai além do racionalismo formal e assume
características que complementam e enriquecem o legado moderno. Como diz Amorim
(2001), em seu Paradigma da Forma, o emprego de elementos, assim como de soluções
remanescentes da cultura nacional imprimiram personalidade à arquitetura moderna brasileira.
Com isso, vimos os canônicos cinco pontos de Le Corbusier serem reavaliados,
reinterpretados e somados a outras soluções locais sugerindo desdobramentos formais,
técnicos e espaciais que traduziam o contexto nacional.
Tal como ocorreu no cenário arquitetônico nacional, a história do modernismo
arquitetônico em Natal se confunde com o processo de formação da linguagem formal
utilizada na casa modernista potiguar, pois ambos se desenvolveram a partir da absorção do
legado formal modernista brasileiro (racionalista e tradicional) somado a algumas
reinterpretações, elementos e soluções locais que refletiam as limitações (mão-de-obra e
materiais) e os condicionantes (clima, cultura e hábitos da clientela) do contexto potiguar.
Em Natal, a adoção do cubismo como expressão do modernismo também propôs a
racionalização da estética fachadista das casas ecléticas. Além disso, a arquitetura dos
volumes puros tornou-se o caminho para atribuir ao edifício uma quarta dimensão: a
temporal. Mesmo que timidamente, os volumes passaram a apresentar-se em forma
tridimensional enfatizando a tônica vanguardista de que um objeto só poderia ser representado
e compreendido em sua totalidade se pudesse ser visto e experimentado sob várias
perspectivas. O importante é que, mesmo considerando as dimensões limitadas dos terrenos
dos bairros estudados, o novo modelo de implantação, que exigia o afastamento das
edificações dos limites do lote, constituiu-se um importante fator para as transformações
formais das casas potiguares.
94

Cavalcanti, Lauro (2001) e Cavalcanti, Emerson Fernandes (2001) afirmam, para os


casos brasileiro e potiguar respectivamente, que a implantação das casas modernas em
terrenos tradicionais - e a própria relação entre o lote e a rua - continua a valorizar a fachada
frontal das residências, fato que se opõe ao modelo tridimensional da estética cubista. No
entanto, não se pode deixar de registrar que houve um esforço significativo no sentido de
implantar a dinâmica dos volumes nas edificações, e essa atitude está representada, dentro de
limites específicos a cada contexto, nos projetos residenciais modernistas.
A partir disto, o que se destaca nos dois modelos confrontados, o brasileiro e o
potiguar, é o compromisso em manter a diversidade e o caráter diferenciado das composições,
em que os elementos protagonistas são os jogos de volumes prismáticos (cubos, retângulos,
trapézios, cilindros...) e de linhas geométricas puras (retas, ortogonais, inclinadas, horizontais,
curvas...), as interpenetrações e recortes de superfícies e as fachadas com diversos planos e
texturas (vidro, venezianas, pedra, tijolo aparente, frisos rebaixados,...); um repertório que
denuncia a forte intenção formal racionalista concretizada através da tecnologia moderna.
Nesse sentido, a condição limitada da tectônica local foi determinante na caracterização do
modelo natalense, visto que os arquitetos brasileiros apoiaram a sua liberdade inventiva nos
avanços tecnológicos que viabilizaram, principalmente, o arrojo das estruturas em concreto
armado. Tomemos como exemplo o uso diferenciado dos pilotis e da estrutura e plantas livres
nas casas natalenses, soluções previstas nos “cinco pontos” corbusierianos e que foram
reinterpretadas ou não empregadas em virtude, dentre outros motivos, da defasagem da
indústria da construção na Natal dos anos 50 e 60.
A proposta de Le Corbusier de liberar a edificação do solo através do prisma elevado
sobre pilotis pretendia conceber o edifício como um objeto autônomo, destacado da paisagem,
e também representava a sua contribuição para o resgate das áreas verdes e da integração do
interior e exterior, uma das premissas da Carta de Atenas.
No Brasil, além de assumir a intenção inicial de Corbusier, o pilotis, difundido tanto
em prédios públicos como em residências, tornou-se uma prática solução para uma melhor
adaptação da edificação ao clima e, segundo Mindlin (2000), uma alternativa para as cidades
recortadas em pequenos lotes, como o Rio de Janeiro. “[...] O conceito de pilotis deveria,
idealmente, estar ligado a concepções urbanísticas mais modernas e a uma utilização mais
livre dos terrenos do que as que prevalecem atualmente” (MINDLIN, 2000, p. 34).
Nas casas brasileiras, o pilotis aparece elevando completamente os prismas do solo,
formando por vezes terraços ou varandas amplas, como na casa de Vilanova Artigas
(exemplar 24, Quadro 1) (figura 57), onde se vê dois volumes trapezoidais, sendo um deles
95

sobre pilotis, ou adequando a residência a terrenos inclinados, como na casa de Carmen


Portinho, projeto de Affonso Eduardo Reidy (exemplar 35, Tabela I) (figura 58) , que possui
o bloco social retangular elevado sobre o declive do terreno. Por vezes, encontramos modelos
nos quais os pilotis sustentam pequenos avanços das lajes de piso além dos limites dos
prismas inferiores, como na casa do Conde Raul de Crespi, de Gregori Warchavchick
(exemplar 15, Tabela I) (figura 59), ou na casa de campo de Geraldo Baptista, projetada por
Olavo Redig de Campos (exemplar 46, Tabela I) (figura 60). Esta última solução é o que
mais se assemelha ao modelo sobre pilotis difundido em Natal, como veremos a seguir.

FIGURA 57 - Casa de João Vilanova Artigas FIGURA 58 - Casa de Carmen Portinho, de


(1949) Affonso Reidy (1950-1952)
Fonte: CAVALCANTI, 2001 Fonte: CAVALCANTI, 2001

FIGURA 59 - Casa do Conde Raul de Crespi, de FIGURA 60 - Casa de campo de Geraldo Baptista, de
Gregori Warchavchick (1943) Olavo Redig de Campos (1954)
Fonte: MINDLIN, 2000 Fonte: MINDLIN, 2000

Em um dos tipos volumétricos mais recorrentes em Natal, o “prisma sobre prisma”, o


pilotis não libera totalmente o edifício do solo, atua apenas como [...] apoio de lajes nas
varandas e não da edificação em si” (CAVALCANTI, Emerson Fernandes, 2001, p. 15),
denunciando uma maior preocupação com a intenção formal contida nesses elementos em
detrimento da subliminação dos efeitos das possibilidades estruturais, bem como dos preceitos
corbusierianos de implementar um novo urbanismo, com edificações distantes do solo e
espaços, interior e exterior, contínuos e integrados.
96

Característica marcante das casas projetadas na década de 50, o volume prisma sobre
prisma, além de refletir a implantação de programas extensos em pequenos lotes, aparece
como divulgador de diversas tendências que perduraram até os anos da década seguinte.
Dentre elas podemos citar o volume cúbico, em caixa única, com variações decorrentes da
forma dos prismas, do tipo de cobertura, da concepção das fachadas e do sistema estrutural
utilizado na construção.
Quanto à forma dos volumes, e somando-se ao que já foi exposto, reincidem a
sobreposição de prismas ortogonais (quadrangulares ou retangulares) e trapezoidais - quando
no caso do emprego do telhado-borboleta, sendo mais comum o volume inferior recuado,
formando varandas, terraços, abrigos ou áreas sociais comumente envolvidas por paredes
envidraçadas (figuras 60, 61, 63 e 64). Ainda assim, há casos em que o volume superior
aparece mais recuado do que o inferior, como na casa na Avenida Hermes da Fonseca, s/n
(exemplar 35, Quadro 3) e na casa da Getúlio Vargas, 554 (exemplar 23, Quadro 3, figura 44),
onde o recuo superior forma um terraço panorâmico sobre a laje do pavimento térreo.

FIGURA 61 - Prisma sobre prisma retangular, com FIGURA 62 - Prisma sobre prisma trapezoidal
platibanda sem beiral. com uso do telhado-borboleta.
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

FIGURA 63 - Prisma sobre prisma retangular, FIGURA 64 - Prisma sobre prisma retangular, Rua
Avenida Deodoro da Fonseca, 744 (exemplar Ângelo Varela com Costa Pinheiro (exemplar 47,
03, Quadro 3). Quadro 3).
Fonte: PROPRIETÁRIO Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
97

O tipo de cobertura pode influenciar tanto a


conformação de empenas quanto à de platibanda e
beirais. Por isso, o uso da empena (linha inclinada) foi
quase que unânime entre os projetos da década de 50
porque dissimulava as coberturas em telha cerâmica,
que com o tempo foram sendo substituídas por peças de
amianto ou alumínio, configurando os telhados planos
e conseqüentemente outros elementos como as
platibandas com ou sem beirais, característicos do
segundo modelo volumétrico mais recorrente em FIGURA 65 - Prisma sobre prisma com empena.
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
Natal (figuras 65, 66 e 67).

FIGURA 66 - Empena, Rua Açu, 560 (exemplar


02, Quadro 2).
FIGURA 67 - Platibanda sem beiral, Rua Afonso
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
Pena, s/n (exemplar 41, Quadro 3).
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

Na década de 60, um outro tipo volumétrico torna-se reincidente em Natal: a caixa


térrea marcada pela horizontalidade. Nele, o elemento platibanda, com ou sem beiral, tornou-
se o principal definidor dos contornos, enfatizando
o paralelismo das linhas retas em relação ao solo,
como na casa da Rua Afonso Pena com Jundiaí
(exemplar 29, Quadro 3) (figuras 68 e 69) e nos
Exemplares 16, 19, 25, 29 e 31 do Quadro 3.

FIGURA 68 - Rua Afonso Pena com Jundiaí


(1963)
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
98

No entanto, em meados dos anos 60 a platibanda desaparece em alguns exemplares,


deixando à mostra as coberturas planas e suas estruturas (linhas em madeira), além das calhas
impermeabilizadas, que passaram a fazer parte da fachada como elemento formal, retomando
a tônica moderna da valorização da estrutura para efeito estético. (figura 70 e exemplares 45,
60 e 67, Quadro 3).

FIGURA 69 - Volume retangular horizontal. FIGURA 70 - Volume retangular horizontal


Presença da platibanda com ou sem beiral. com cobertura pana aparente e bloco da caixa
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de d’água em destaque.
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

Compondo esses dois modelos volumétricos arquetípicos da arquitetura residencial


moderna potiguar – o prisma sobre prisma e o volume retangular horizontal - está o volume
suspenso com base recuada (figura 71), geralmente construída ou revestida em pedra, como
visto na casa da Rua (exemplar, Quadro 3); a fachada plana, perpendicular às lajes de piso
(figura 72); a fachada inclinada no volume superior, formando ângulos diferentes de 90o com
as lajes de piso (figura 73); além da já mencionada, fachada com diversos planos, oriundos de
recuos e recortes nas superfícies, ou com diversas texturas, originadas através do jogo de
materiais ou dos detalhes impressos nas paredes externas (figura 74).

FIGURA 71 - Volume suspenso com base recuada. FIGURA 72 - Fachada plana, Avenida Hermes da
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de Fonseca, 744 (exemplar 22, Quadro 3).
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
99

FIGURA 73 - Fachada inclinada, Avenida FIGURA 74 - Frisos rebaixados e desenho em


Hermes da Fonseca, 1174 (exemplar 01, relevo, Rua Joaquim Manoel, 801 (exemplar 11,
Quadro 2). Quadro 3).
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

Por fim, analisamos os motivos formais explorados através do efeito estético da


estrutura, que tanto pode aparecer compondo uma fachada com uma moldura formada pela
platibanda, laje de piso e paredes laterais, como na casa da Avenida Hermes da Fonseca, 448
(exemplar 20, Quadro 3) (figura 75), como pode estar representada por marquises, vigas,
pilares ou balanços, como na casa da Rua Açu, 507 (exemplar 06, Quadro 2) (figura 76),
destacados do corpo principal através de cores, revestimentos, ou mesmo, pelas suas formas
variadas.

FIGURA 75 - Pastilhas destacando vigas e FIGURA 76 - Laje em balanço e estrutura livre em


pilares, Avenida Hermes da Fonseca, 448 moldura, Rua Açu, 507 (1956)
(1962) Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra
de

Em muitos dos casos, a adoção de uma ou outra característica encontrada nos


exemplares demonstrados acima, denota o grau de erudição de cada projeto, indo dos modelos
mais populares para aqueles mais compromissados com a cartilha modernista, sem que isso
signifique a desvalorização daqueles, pois, concordando com Lara (2001), foi através do
caráter socializador do seu legado que o modernismo brasileiro conquistou todas as camadas
100

sociais e, independentemente da disponibilidade de recursos financeiros, transformou o


cenário arquitetônico nacional.
A questão da condição social é também considerada por Nestor Goulart Reis Filho
como reforço no quadro da implantação da arquitetura moderna no Brasil (1920-40):

O Brasil assistiu à multiplicação dos conjuntos de casas econômicas de tipo


médio, repetindo o quanto possível, as aparências das residências mais ricas,
dentro da limitações e modéstia de recursos de sua classe. [...] É evidente
que essas habitações, edificadas com economia de terrenos e meios,
aproveitavam em menor escala as novas possibilidades (REIS FILHO, 1976,
p. 66-67).

Sobre a arquitetura local, Borges (2001) vai além sobre a discussão a respeito da
erudição e popularização do moderno, e propõe uma diferenciação entre o modernismo “de
elite” e o “popular” ou “modernoso”.

A comparação de exemplares de elite, executados com certa abundância de


recursos e maior acesso a uma formação intelectual, a exemplar populares,
cuja construção tenha se dado possivelmente sob orientação do próprio dono
e nos limites de suas condições financeiras, torna-se válida na medida em
que pode avaliar a absorção dos princípios modernistas em diferentes
condições econômicas, demonstrando a influência que esse fator representa
na implantação do estilo (BORGES, 2001, p. 04).

No geral, essa classificação sugere que o grau de fidelidade à cartilha modernista


observada nos exemplares “de elite” mantém estreita relação com a disponibilidade de
recursos, por causa disso as casas abastadas apresentam características que apontam para um
maior arrojo estético e estrutural, entre elas estão: superfícies heterogêneas, resultantes da
variedade e enobrecimento de materiais construtivos e a acentuação dos vazios através do uso
do vidro, explicada pelas melhores condições estruturais.
Analisando por outro ângulo, e dependendo da situação, as distinções mencionadas
podem refletir além das condições financeiras e a formação intelectual dos clientes, uma
escolha formal/estética (construtiva) do próprio projetista. Esse individualismo na concepção
mencionado por Bruand (2002), Levi (1949) e reforçado por Tinem (2002) aponta o arquiteto
como “ditador” do processo construtivo e a arte como algo nobre além de intuitivo e
emocional. “A arte é um fenômeno essencialmente individual, uma criação que expressa
diretamente a personalidade do artista” (LEVI, 1949).
101

Obviamente que a arquitetura realizada em Natal também é um resultado do talento


individual de cada projetista, no entanto, outro ponto merece ser levantado na tentativa de
explicar os níveis de comprometimento dos profissionais com os modelos de referência.
A questão da formação profissional parece contribuir para a aproximação ou
afastamento da cartilha erudita, pois projetos de arquitetos diplomados e informais lançam
soluções que denunciam um maior ou menor domínio sobre as inovadoras experiências
formais e tecnológicas. Tomemos como exemplo a obra do arquiteto Moacyr Gomes da Costa
e do desenhista Arialdo Pinho.
O “padrão Arialdo Pinho”62, disseminado nas residências como “estilo funcional” é
considerado nesse estudo como uma popularização dos modelos eruditos de referência,
enquanto a influência da Escola Carioca reflete-se na obra de Moacyr Gomes através de um
melhor aproveitamento e domínio das novas possibilidades formais e tecnológicas63. Portanto,
na formação da linguagem modernista local, tão importante quanto à disponibilidade de
recursos é o paralelo entre a erudição e a intuição.
Analisando os aspectos construtivos observamos três fatores que determinaram o
emprego das soluções e materiais construtivos encontrados nas casas produzidas durante o
período modernista no Brasil: a presença marcante da tradição cultural brasileira e a busca por
uma arquitetura que traduzisse nacionalidade; as exigências do clima tropical; e a incipiente
indústria da construção no pós-guerra. A conjunção desses condicionantes levou arquitetos
brasileiros e potiguares a reinterpretar e aprimorar o modernismo racionalista europeu e disso
resultou uma linguagem marcada pela síntese entre o tradicional e o moderno.
Em Natal, essa mesma sintaxe entre elementos antigos e modernos denota um menor
grau de preocupação com expressão do nacionalismo através da herança passadista se
comparada à ideologia difundida no centro-sul do país. A conformação do quadro construtivo
moderno ocorreu em parte como um reflexo das limitações tectônicas do período e por isso
apresenta-se com diversos pontos contraditórios, embora não tenha perdido o seu caráter
inovador dentro do movimento modernista local.
A defasagem tecnológica característica da cidade foi refletida, antes de tudo, na
concepção estrutural das obras aqui projetadas e isso foi fator determinante para um certo
afastamento da erudição racionalista que consagrou os ícones modernistas brasileiros. Como
foi mencionado, o domínio sobre a técnica do concreto armado atrelado ao manuseio inovador

62
O “padrão Arialdo Pinho” podia ser reconhecido facilmente nas casas com as empenas em borboleta – em
virtude da substituição do telhado com cumeeira pelo telhado invertido com rincão, nas fachadas inclinadas e
revestidas com pedras naturais e nos volumes cúbicos sobrepostos.
64
Vide a “Arquitetura de papel” do arquiteto Moacyr Gomes da Costa.
102

de materiais como o vidro e o metal foi, sem dúvida, um caminho de mão dupla para a criação
e concretização do vocabulário modernista brasileiro, principalmente aquele que, como diz
Lemos (1979), colocava à prova a plasticidade do concreto diante das superfícies sinuosas e
arrojadas que fugiram dos padrões retilíneos e previsíveis do racionalismo europeu.
Com efeito, o que se observa diante da restrição tectônica, é certa timidez, por parte
dos profissionais atuantes em Natal, em apresentar soluções dependentes de sistemas
estruturais muito complexos, ou seja, grandes vãos, balanços, cascas ou formas diferenciadas,
que exigiriam uma atuação incondicional do concreto, como fora visto que, em alguns
exemplares que constituem o paradigma residencial brasileiro: a importância do pilotis, como
na casa de Lina Bo Bardi (exemplar 29, Quadro 1, figura 42); a laje de abóbadas em fila da
casa do embaixador Walther Moreira Salles, de Olavo Redig de Campos (exemplar 32,
Quadro 1) (figura 77), a laje de cobertura plana e de contorno sinuoso da casa de Canoas
(figura 78) e a ossatura independente, liberando fachada e planta, presente na casa de
Oswaldo Arthur Bratke (figura 79). Além dos muitos exemplos brutalistas em que a tônica da
estética estrutural alcança o seu grau máximo, como nas casas de Gaetano Miani e de Paulo
Mendes da Rocha (exemplares 65 e 68, Quadro 1) (figura 80) e na casa de Cunha Lima,
projetada por Joaquim Guedes, (exemplar 66, Quadro 1) (figura 81) entre muitos outros
exemplos cujo apelo estrutural disponibiliza elementos e motivos formais, uma textura
diferenciada do “breton brut” e propõe novos jogos de espaço e de luz resultantes do
aproveitamento máximo dos potenciais do seu principal protagonista (figura 82).

FIGURA 77 - Casa de Walther Moreira Salles, de FIGURA 78 - Casa de Canoas, de Oscar


Olavo Redig de Campos (1951) Niemeyer (1953)
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de Fonte: www.niemeyer.org.br/canoas/canoas.htm
103

FIGURA 79 - Casa de Oswaldo Arthur Bratke, (1953) FIGURA 80 - Casa de Paulo Mendes da Rocha,
Fonte: CAVALCANTI, 2001 de Paulo Mendes da Rocha (1964)
Fonte: CAVALCANTI, 2001

FIGURA 81 - Casa de Cunha Lima, de FIGURA 82 - A estrutura e os jogos de espaços


Joaquim Guedes (1958-1963) internos, Casa de Cunha Lima de Joaquim Guedes.
Fonte: BRUAND, 2002 Fonte: BRUAND, 2002

Em Natal, a versão estrutural do concreto armado foi apresentada nas casas modernas
em soluções simples de vigas, pilotis, lajes de piso - com ou sem pequenos balanços - e de
coberturas planas ou inclinadas.
Já o sistema de ossatura independente, este foi empregado de maneira diferente
daquela vista nos exemplares paradigmáticos brasileiros. Apesar de seguir o modelo
“Dominó” da laje apoiada sobre quatro pilares, dispensando paredes de sustentação, a
concepção da estrutura livre segue um formato tradicional, onde vigas e apoios não assumem
o apelo estrutural concedido pela tecnologia moderna do concreto armado. Com isso, embora
alguns exemplares mais eruditos apresentem experimentos inovadores e arrojados (exemplar
06, Quadro 2), na maioria dos casos, o valor estrutural é suprimido diante de soluções simples
e tradicionais.
Além disso, vê-se a inventividade inovadora em alguns modelos de marquises
(exemplares 15 – figura 83 -, 16, 18 e 39, Quadro 3), pórticos (exemplares 11 – figura 87 -,
104

12, 16 – figura 64 -, 21 e 24, Quadro 3) e molduras estruturais (exemplares 05 e 06 – figura


90-, Quadro 2) que, se não chegaram a ter o mesmo apelo que as similares brasileiras,
demonstraram, embora sutilmente, avanços na criação e implantação de “modernas
estruturas”, além de transformações formais significativas nos contornos das residências. No
mais, o que se observa são soluções remanescentes das casas de estilos anteriores, como as
paredes estruturais em alvenaria simples (exemplares 12, 13 e 14, Quadro 3) servindo de
apoio para lajes de cobertura em concreto ou para a estrutura da cobertura.

FIGURA 83 - Marquise de entrada em concreto armado, Avenida Hermes da


Fonseca com Teotônio de Carvalho (1961)
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

As paredes em pedra bruta, utilizadas de acordo com a sua função estrutural e estética
nas casas brasileiras, também foram retomadas nos modelos locais como uma alternativa de
suporte ou contenção, constituindo, na maioria das vezes, muros de arrimo em terrenos onde
foi preciso realizar escavações, como ocorreu no terraço da casa na Avenida Hermes, 448
(exemplar 20 – foto 40 -, Quadro 3) ou aterros (exemplares 10, 55, e 67, Quadro 3). Por outro
lado, os fechamentos construídos com tijolos aparentes não obtiveram muitos adeptos entre os
projetistas locais. Uma explicação plausível para esse fato pode estar na baixa qualidade -
resistência à compressão - do material produzido na região e por isso, segundo depoimento do
Engenheiro José Nilson de Sá, boa parte dos tijolos utilizados na construção em Natal vinha
de olarias de outros estados, como Paraíba e, principalmente, Pernambuco. Desse modo, no
lugar das paredes autoportantes em tijolo aparente, observadas em muitas residências
105

brasileiras e até mesmo em diversas experiências no Recife64, as casas modernas locais


possuíam apenas o revestimento em casquilhos, imitando a textura rústica do material num
outro caso em que a função estrutural cedeu ao apelo estético-formal.
Continuando nos fechamentos, as paredes, geralmente em alvenaria simples e de
tijolos aparelhados com massa, formam conjunto com aquelas envidraçadas que, apesar de
possuírem as funções de ampliar espaços e sugerir a continuidade espacial, não possuem a
mesma constituição das encontradas nos exemplares nacionais (casa de Canoas, casa de
Vilanova Artigas e “casa de vidro” de Lina Bo Bardi). Em substituição aos grandes panos de
vidro presos a discretos caixilhos encontrados nas casas brasileiras, as portas envidraçadas de
correr, unânimes em quase toda a amostra, além das paredes em tijolos de vidro (exemplar 13,
Quadro 3), buscam atingir, através de uma solução acessível ao contexto local, o mesmo
propósito da transparência (luminosidade) e fluidez dos ambientes, assim como a
permeabilidade entre interior e exterior, incansavelmente praticada pela matriz européia e
brasileira.
Seguindo para as esquadrias, observa-se que a janela horizontal defendida por Le
Corbusier e disseminada pelos arquitetos brasileiros também foi retomada pelos projetistas
potiguares, mesmo tendo a versão local sofrido adequações para atender às limitações
tectônicas e à disponibilidade de recursos dos clientes. Portanto, os modelos mais recorrentes
são fixos ou móveis (giro, correr, basculantes,...) em madeira e vidro, uma opção mais
acessível dentro do quadro construtivo local, muito embora tenha havido poucas tentativas em
se implantar esquadrias metálicas, como por exemplo, na casa da Rua Campos Sales, 638
(exemplar 36, Quadro 3) (figura 84). Mesmo assim, Carrilho (2002) afirma que houve a
mescla desse material com aquele em madeira e vidro. Outro exemplo é o da casa na Rua
Açu, 560 (exemplar 02, Quadro 2), onde inicialmente as janelas voltadas para o terraço de
entrada eram em ferro e vidro, mas foram substituídas por outras de alumínio e vidro devido
ao tamanho das esquadrias (piso a teto) e a dificuldade de manuseio diante do peso do
material.
Dentre os tipos de esquadrias, destaque para as portas envidraçadas de correr,
encontradas nas áreas sociais e para as janelas basculantes, utilizadas nas cozinhas, áreas de
serviço e banheiros. Outros modelos reincidentes são as janelas de correr e as pivotantes,
remanescentes das casas tradicionais e bastante recorrentes nos modelos modernos pioneiros e
mais populares. Dentre as residências que adotaram as janelas pivotantes estão a na Rua

64
Bruand (2002) afirma que Acácio Gil Borsoi adquiriu destaque no cuidado com a escolha dos materiais ao
colocar o tijolo e a madeira como complementos das estruturas em concreto e dos painéis envidraçados.
106

Ipanguassu, s/n (exemplar 12, Quadro 3) e a na Avenida Prudente de Morais (exemplar 07,
Quadro 3) (figura 85).
A retomada das venezianas enfatiza a reapropriação de elementos tradicionais como
alternativa para adequação ao clima e captação da ventilação natural, além de contribuir para
o enriquecimento estético através dos seus efeitos de luz e sombra.

FIGURA 84 - Uso de esquadrias metálicas, Rua


Campos Sales, 638, (1963) FIGURA 85 - Janelas pivotantes em madeira e
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de vidro, Avenida prudente de Morais, 637.
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

As venezianas foram adotadas em diversos projetos de arquitetos nacionais, mas Lúcio


Costa, como fiel adepto dos elementos protetores tradicionais - venezianas, treliças e
muxarabis, foi quem melhor se valeu do potencial dessas soluções, não só obtendo
significativos resultados técnicos, mas também excelentes expressões formais, como visto nas
casas de Argemiro Hungria Machado (exemplar 10 – Quadro 1), de Roberto Marinho
(exemplar 06, Quadro 1) (figura 86), do Barão de Saavedra (exemplar 17, Quadro 1) e de
Paulo Candiota (exemplar 28, Quadro 1) (figura 87).

FIGURA 87 - Casa de Paulo Candiota, de Lúcio


FIGURA 86 - Casa de Roberto Marinho, de Lúcio Costa (1950)
Costa (1937) Fonte: BRUAND, 2002
Fonte: BRUAND, 2002
107

Em Natal, independentemente do modelo de esquadria adotado, as venezianas


tornaram-se onipresentes em quase todos os exemplares modernos, não somente como
elemento de controle da luminosidade e benefício da ventilação, mas também como de
garantia da privacidade, já mencionado por Rodrigues (1999), sobre a casa na Avenida
Jundiaí com Afonso Pena (exemplar 29 – Quadro 3)65. Neste exemplar, onde os quartos são
voltados para a rua, as janelas possuem peitoril alto e vidro somente na parte superior,
enquanto as venezianas foram colocadas numa faixa mais baixa.
Ainda são comuns entre as residências modernistas potiguares as janelas contínuas
ligando dois ou mais ambientes e formando um painel único na fachada (figura 88). Esse tipo
de esquadria pode ser visto nos quartos da casa na Rua Abdon Nunes, s/n (exemplar 25,
Quadro 3) e no apartamento (tipo quitinete) da casa na Enéas Reis, s/n (exemplar 27, Quadro
3).

FIGURA 88 – Croqui da janela tipo painel contínuo unindo dois ou mais ambientes.
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

Concluindo o assunto esquadrias, outro modelo que se repete dentro do acervo


natalense, principalmente nos exemplares projetados no final dos anos 60, são as faixas de
esquadrias envidraçadas, bandeirolas basculantes ou fixas, próximas à laje de cobertura que se
constituem em propícias aberturas para a entrada de luminosidade, a exemplo das casas na
Avenida Hermes da Fonseca, 1214 (exemplar 58, Quadro 3) e na Rua Seridó com Enéas Reis
(exemplar 59, Quadro 3).

65
Casa demolida em novembro de 2003 para a construção de um mini-shopping.
108

Pelo o que já foi exposto sobre o tipo de cobertura recorrente nas casas potiguares,
dois tipos se sobressaem como os mais adotados e como definidores dos principais partidos
arquitetônicos que caracterizam o moderno residencial potiguar: a cobertura inclinada em
telha cerâmica e o telhado plano em telha de amianto, alumínio e similares.
A cobertura em telha cerâmica constitui-se, como menciona Bruand (2002), um dos
elementos essenciais tomados de empréstimo da tradição luso-brasileira para a adaptação das
casas modernas ao clima do Nordeste do Brasil. Além de Lúcio Costa no eixo Sudeste, dentre
os arquitetos da região, Delfim Moreira atuou como um dos principais adeptos dessa solução,
que viabilizava a manutenção das lajes de cobertura durante as estações quente e chuvosa,
evitando, assim, os problemas de conforto térmico e as dificuldades de impermeabilização das
“lajes-terraços”. “Esse sistema era plenamente satisfatório, não só do ponto de vista
econômico e funcional, como também do ponto de vista plástico” (BRUAND, 2002, p. 147).
O caso natalense segue o exemplo de outras regiões brasileiras no que diz respeito à
adoção da cobertura colonial pela sua adequação às especificidades ambientais. Por outro
lado, a retomada dessa solução tradicional também está atrelada à questão da disponibilidade
do material, já que no início da disseminação do moderno entre os exemplares residenciais, os
projetos sofreram forte influência da defasagem tecnológica caracterizada tanto pela ausência
de materiais inovadores como pela baixa qualidade daqueles oferecidos pelo mercado da
construção local. Por isso, somente a partir dos primeiros anos da década de 60 é que foram
projetadas as primeiras residências com telhados planos, com as telhas de amianto, alumínio,
fibra de vidro e madeirit (madeira + alumínio) permitindo inclinações menores que, como
mencionado no item sobre os aspectos estéticos e formais, vieram a alterar o volume cúbico
de empenas inclinadas das casas construídas na década anterior.
Analisando os exemplares da década de 50, observa-se a unanimidade da cobertura
inclinada - ora com empenas ora com platibandas, em uma ou mais águas, com ou sem
telhado-borboleta - quase sempre formando um colchão de ar entre a laje de cobertura (na
maioria dos casos plana) e o telhado, permitindo, assim, o resfriamento daquela. Há casos em
que aberturas nas empenas – retângulos, esferas ou brises - auxiliam na ventilação da área
(figuras 89, 90 e 91).
109

FIGURA 89 - Cobertura inclinada com colchão de ar


ventilado através de brises na empena, Rua Miguel Barra,
764 (1959)
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

FIGURA 90 - Laje inclinada sob cobertura em FIGURA 91 - Cobertura inclinada, empena e


telha cerâmica, Rua Maxaranguape, 690 (1964) aberturas esféricas nas empenas para ventilação do
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de colchão de ar, Avenida Deodoro, 611 (1958)
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

As residências projetadas com telhado plano nos anos 60 possuem duas variações: a
cobertura com platibanda, com ou sem beiral e a cobertura sem platibanda, com telha,
estrutura e calhas impermeabilizadas aparentes.
No primeiro caso, a presença da platibanda, além de dissimular as telhas e demais
componentes da cobertura, enfatiza a horizontalidade volumétrica, característica de um dos
modelos formais mais recorrentes entre as residências modernistas de Natal. Dentre os
exemplares que assumem essa tipologia estão as casas nas ruas: Afonso Pena com Jundiaí
(exemplar 29 – Quadro 3), Mipibu, s/n (exemplar 19, Quadro 3), na Jundiaí, 481 (exemplar
24, Quadro 3) (figura 92), na Abdon Nunes, s/n (exemplar 25, Quadro 3) e na Almeida
Castro com Oliveira Galvão (exemplar 46, Quadro 3) (figura 93).
110

FIGURA 92 - Cobertura plana com platibanda, Rua FIGURA 93 - Cobertura plana com platibanda sem
Jundiaí, 481 (1962) beiral, Rua Almeida Castro com Oliveira Galvão
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de (1965)
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

O modelo sem platibanda dissemina-se a partir da segunda metade da década de 60


representando um avanço tecnológico diante da modernização dos materiais e reafirmando a
tendência de que a forma, cor e textura deles assumam novamente um caráter estético, agora
atrelado à função de proteção do sistema da cobertura aparente. Assim propôs o arquiteto
Sérgio Bernardes, no início dos anos 50, na casa que construiu para Lotta de Macedo Soares
(exemplar 64, Tabela I) (figura 94), onde o telhado de alumínio pousava sobre a estrutura de
treliças metálicas, e uma década depois, quando projetou para si mesmo uma casa no Rio de
Janeiro (exemplar 64, Tabela I), com uma cobertura aparente de telhas de amianto apoiadas
em uma estrutura de vigas em madeira, formando um colchão de ar ventilado (figura 95).

FIGURA 94 - Casa de Lotta de Macedo Sares, FIGURA 95 - Casa de Sérgio Bernardes (1961)
de Sérgio Bernardes (1953) Fonte: CAVALCANTI, 2001
Fonte: BRUAND, 2002

Em Natal, essa tipologia também explora a estrutura da cobertura, geralmente


composta pelo cruzamento de vigas (linhas) de madeira e apoiada sobre paredes ou em
pilastras metálicas, em alvenaria ou concreto. Além disso, em muitos dos exemplares vêem-se
111

calhas impermeabilizadas e seus escoamentos como componentes da fachada, enfatizando a


valorização dos elementos estruturais (figuras 96 e 97).

FIGURA 96 - Cobertura plana sem platibanda, com FIGURA 97 - Cobertura plana sem platibanda, com
sistema de cobertura aparente apoiado sobre pilares sistema de cobertura aparente apoiado sobre pilares
metálicos, Avenida Hermes da Fonseca, 1010 de alvenaria, Rua Açu, s/n (exemplar 63, Quadro 3).
(exemplar 54, Quadro 3). Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

Nos exemplares de cobertura plana, aparente ou não, o resfriamento do colchão de ar


muitas vezes é feito através de rasgos feitos na alvenaria externa, entre a laje e a cobertura,
garantindo o conforto térmico das edificações, como nas casas da Avenida Hermes da
Fonseca, 448 (exemplar 20, Quadro 3)66 (figura 98) e da Rua Abdon Nunes, s/n (exemplar
25, Quadro 3), onde o rasgo possui brises tipo ripado em madeira.

FIGURA 98 - Coberturas planas, ventilação do colchão de


ar através de rasgo na alvenaria, Avenida Hermes da
Fonseca, 448 (1962)
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

66
O sistema de ventilação do colchão de ar existente nesse exemplar também conta com aberturas (caixilhos
retangulares tipo bandeirola) protegidas por brises tipo ripado em madeira sobre as portas dos dormitórios.
112

Apesar de poucos casos, alguns exemplares apresentam lajes de cobertura


impermeabilizadas, geralmente sobre abrigos para carro ou em alguns terraços descobertos,
como nas casas da Avenida Deodoro, 744 (exemplar 03 – Quadro 3) e da Avenida Getúlio
Vargas, 554 (exemplar 23 – Quadro 3).
Em locais onde o clima favorece a incidência solar, os elementos de controle e
proteção tornam-se essenciais para garantir o conforto ambiental e, além disso, transforma-se
em motivos formais que compõem fachadas e definem volumes. Dentre aqueles difundidos na
arquitetura moderna brasileira, discorreremos a seguir sobre os mais recorrentes nos dois
casos estudados.
Os brises-soleils, marca da influência de Le Corbusier, largamente utilizados em
prédios públicos e privados (Ministério da Educação e Saúde, ABI – Associação Brasileira de
Imprensa, Iate Clube da Pampulha,...), aparecem nas casas modernas brasileiras também
como garantia do controle da insolação. Assim como em outros edifícios, apresenta-se nas
residências sob diversas formas, móveis ou fixos e em materiais que variam do alumínio à
madeira (figuras 99, 100 e 101). Do elemento corbusieriano, advêm os cobogós, ou blocos
vazados, apresentados por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer no Pavilhão da Feira de Nova York,
por Luís Nunes em obras no Recife e depois difundidos largamente pelos arquitetos que os
seguiram, como por exemplo Affonso Eduardo Reidy no Conjunto Pedregulho (1947-1952)
(figuras 102 e 103).

FIGURA 99 - Brises protegendo o terraço de entrada da casa de Osmar


Gonçalves, de Oswaldo Corrêa Gonçalves (1951) (exemplar 31, Quadro 1).
Fonte: CAVALCANTI, 2001
113

FIGURA 100 - Brises móveis para proteção da galeria


voltada para o poente, Avenida Hermes da Fonseca, FIGURA 101 - Brises tipo ripado em madeira,
533 (1955) Avenida Hermes da Fonseca, 448 (1962)
Fonte: COSTA, Moacyr Gomes da Fonte: MELO, Alexandra Consulin

FIGURA 102 - Painéis de cobogós da casa de FIGURA 103 - Cobogós no terraço da casa de
Oswaldo Arthur Bratke (1953) (exemplar 39, Walter Moreira Salles, de Olavo Redig de Campos
Quadro 1). (1951) (exemplar 32, Quadro 1).
Fonte: CAVALCANTI, 2001 Fonte: CAVALCANTI, 2001

De um lado os brises-soleils e cobogós, do outro, treliças, persianas, rótulas,


muxarabis e pérgolas responsáveis pelo controle do sol e privacidade. Dentro da composição
arquitetônica, os efeitos de luz e sombra causados pelos brises e outros elementos atribuem
“[...] uma riqueza infinita de modulações, em
certo sentido uma quarta dimensão, pelo
deslocamento constante de sombras sobre a
superfície, do nascer ao pôr-do-sol” (MINDLIN,
2000, p. 33) (figuras 104, 105 e 106).

FIGURA 104 - Painel de treliças em madeira, casa


de Oscar Niemeyer em Mendes – RJ (1949)
(exemplar 26, Quadro 1).
Fonte: CAVALCANTI, 2001
114

As pérgolas aparecem no caso nacional como filtros de luz e também no modelo local
como garantia de segurança, geralmente protegendo panos envidraçados; galerias, como na
casa de Milton Guper, de Rino Levi (exemplar 41, Quadro 1) (figura 107); pátios
descobertos, como na casa da Avenida Hermes da Fonseca, s/n (exemplar 18, Quadro 3);
terraços, como na casa da Avenida Getúlio Vargas, 554 (exemplar 23 – Quadro 3) ou abrigos
e garagens, como na casa da Avenida Hermes da Fonseca, 448 (exemplar 20, Quadro 3)
(figura 108).

FIGURA 105 - Cobogós em cerâmica vitrificada, FIGURA 106 - Cobogó e treliça em madeira,
Av. Deodoro, 611 (1958) Avenida Deodoro, 611 (1958)
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

FIGURA 107 - Pérgolas na galeria interna FIGURA 108 - Pérgolas em concreto armado na
da casa de Milton Guper, de Rino Levi e garagem da casa da Avenida Hermes da Fonseca,
Roberto Cerqueira César (1953) 448 (1962)
Fonte: CAVALCANTI, 2001 Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
14

Disseminado entre as casas desta cidade localizada no interior do Rio Grande do


Norte, o revestimento do tipo “Pedra de Parelhas” foi largamente utilizados nas fachadas das
casas modernas natalenses, especialmente naquelas projetadas nos anos 50, pois, na década de
60, a pedra de cor acinzentada passa a imprimir a estética do material bruto às residências,
demonstrando a simbiose entre o tradicional e o moderno e entre o regional e o nacional.
O tijolo aparente aparece como a segunda opção mais recorrente nos revestimentos
externos conferindo, desta vez, um caráter rústico às fachadas. Assim como o efeito das
pedras, os casquilhos geralmente são responsáveis por imprimir cor e textura em volumes,
muros e demais elementos, no intuito de destacá-los do corpo principal (figura 112).
Embora em menor escala do que a pedra e o tijolo aparente, a aplicação de azulejos
decorados também teve a sua versão potiguar. No caso, o emprego desse elemento constante
na lista dos empréstimos tradicionais se fez unindo estética e função, a exemplo da
experiência desenvolvida por Le Corbusier e Lúcio Costa no projeto do Ministério da
Educação e Saúde, com o material surgindo em painéis decorativos, e do caminho trilhado por
Delfim Amorim, em Recife, onde a impermeabilização era uma alternativa para a manutenção
das paredes exposta às intempéries (figuras 113 e 114).

FIGURA 112 - Revestimento em tijolo aparente, Rua Ana Néri, s/n


(exemplar 56, Quadro 3).
Fonte: ARQUIVO MUNICIPAL DE NATAL
15

FIGURA 113 - Revestimento externo em azulejo, FIGURA 114 - Revestimento em azulejo e pedra, Rua
projeto de Delfim Amorim. Miguel Barra, 766 (exemplar 51, Quadro 3).
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

Assumindo o papel dos azulejos, as pastilhas vitrificadas também auxiliam na


impermeabilização e conseqüente manutenção das paredes externas, além de destacar diversos
elementos arquitetônicos através do efeito da cor, como no caso dos pilares da casa da Rua
Açu, 560 (exemplar 02, Quadro 2) e da moldura estrutural da casa na Avenida Hermes da
Fonseca, 448 (exemplar 20, Quadro 3). Em ambas as residências, as pastilhas originais foram
substituídas por outros revestimentos em reformas realizadas visando à manutenção.
Os revestimentos internos apresentam uma variedade que acaba por diferenciar os
exemplares modernistas mais populares daqueles destinados à elite. Na verdade, a aplicação
de materiais tradicionais ou modernos dependia principalmente da disponibilidade de recursos
dos clientes, pois além do alto custo dos produtos, o fornecimento de certos materiais
dependia de encomendas feitas em outras localidades, como Recife, por exemplo.
Sendo assim, as casas mais abastadas apresentam uma gama de materiais, sejam eles
tradicionais, inovadores ou luxuosos, que imprimem um jogo de cor e texturas que resulta em
uma grande riqueza decorativa.
Para o piso, sobressaem-se as cerâmicas de diversos tipos: azulejos, ladrilhos
hidráulicos, terrosas ou avermelhadas; assim também como a madeira em tabuado corrido e as
pedras: granito, mármore botticino, mármore rosado e quartzo branco, que também podem vir
a revestir paredes, impondo sofisticação ao ambiente (figura 115).
Nas paredes, revestimentos tradicionais como os azulejos em diversas cores são
onipresentes nas áreas molhadas (cozinhas, áreas de serviço, banheiros,...) (figura 116), mas
16

temos também materiais inovadores como o vicratex - espécie de emborrachado utilizado no


revestimento das paredes internas dos dormitórios da casa na Avenida Hermes da Fonseca,
448 (exemplar 20, Quadro 3), os lambris em madeira, as pedras, etc.

FIGURA 115 - Mármore rosado nas salas de estar FIGURA 116 - Revestimento de áreas molhadas
e jantar, Avenida Hermes da Fonseca, 1076 em azulejos, Avenida Deodoro, 744 (exemplar
(exemplar 04, Quadro 2). 03, Quadro 2).
Fonte: PROPRIETÁRIO Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

O parquet, geralmente aplicado no piso, também pode ser encontrado no forro ou


revestindo paredes internas, como visto no mesmo exemplar acima mencionado (figura 117).

FIGURA 117 - Aplicação do parquet no piso,


forro e paredes, Av. Hermes da Fonseca, 448
(exemplar 20, Quadro 3).
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
17

Antes de iniciar as observações sobre o mobiliário das casas modernas, é necessário


enfatizar que este estudo não visa o aprofundamento sobre o tema, mas um breve ensaio sobre
as características da versão potiguar do design de móveis nas décadas de 50 e 60
fundamentadas nos referenciais mais importantes do desenho do mobiliário moderno67.
De fato, percebe-se que a modernização do mobiliário local sofreu influências do
pensamento vanguardista introduzido pela Bauhaus e difundido no país por nomes como
Joaquim Tenreiro e Zanine Caldas. No mais, a disseminação dos móveis de linhas
modernizantes em Natal segue a tendência nacional das encomendas destinadas à elite da
sociedade, que detinha um maior poder aquisitivo e abertura para usufruir os projetos
personalizados que representavam, além de “status” social, transformações formais e
significativas inovações funcionais que, dando continuidade ao processo de mecanização dos
equipamentos domésticos, buscavam acompanhar o ritmo da vida moderna.

A percepção de que a dinâmica da vida doméstica já entrava num ritmo de


agilidade, fez com que a casa deixasse de ser apenas um espaço para repouso
e contatos familiares para se transformar em um efervescente espaço social.
(MELO, 2001, p. 4).

Assim como ocorreu com a arquitetura moderna brasileira, a linguagem racionalista e


retilínea difundida pela matriz européia obteve uma tradução diferenciada pelos designers
nacionais, assumindo um despojamento diante dos contornos sinuosos resultantes da união
entre técnica (tradicional e moderna) e ergometria que propunha, além de um padrão estético
diferenciado, o alcance da leveza e do conforto, como demonstra o comentário feito sobre a
obra de Zanine na 4a Bienal de São Paulo68:

Seu mobiliário era uma espécie de arquitetura no estilo dos anos 50, feita na
escala da ergonomia humana. Assim, seus bares parecem edifícios, e seus
móveis, casas; sempre com direito a muitos pilotis, pérgolas e formas
derivadas de amebas ou bumerangues. (BIENAL DE SÃO PAULO, 4.,
2002).

As inovações também podem ser observadas nos projetos de Tenreiro (figuras 118 e
119):

67
Os comentários sobre o mobiliário moderno serão fundamentados pelo trabalho de dois dos maiores designers
nacionais. Joaquim Tenreiro e Zanine Caldas, respectivamente abordados em: BARAÇAL, Anaildo Bernardo.
Cataguases: um olhar sobre a modernidade. Disponível em:
<http://www.asminasgerais.com.br/Zona%20da%20Mata/UniVlerCidades/modernismo/> Acesso em 23 de abril
de 2001.
68
BIENAL DE SÃO PAULO, 4. Disponível em: <http://www.uol.com.br/bienal/4bia/salas/pao_24.htm> Acesso
em 12 de fevereiro de 2002.
18

FIGURA 118 - Desenhos para o primeiro projeto de FIGURA 119 - Residência de Nanzita Ladeira
decoração realizado por Joaquim Tenreiro. Salgado, Cataguases-MG. Joaquim Tenreiro.
Fonte: BARAÇAL, Anaildo Bernardo Fonte: BARAÇAL, Anaildo Bernardo

Natal respondeu às inovações no mobiliário através de projetos realizados por


arquitetos que, por muitas vezes, também eram responsáveis pela concepção do projeto
arquitetônico da residência.
Seguindo as referências do momento, os projetistas locais retomaram desde o uso de
composições geométricas puras mesclando retas e curvas (figura 120), até elementos e
técnicas inovadoras como os pés-palito e o manuseio de materiais como o compensado e de
revestimentos naturais ou sintéticos (folheados), usados, por exemplo, nos móveis revestidos
com laminado – “fórmica” – da casa na Avenida Hermes da Fonseca, 533 (exemplar 05 –
Quadro 2).

FIGURA 120 - Avenida Hermes da Fonseca, 1076, projeto arquitetônico e do


mobiliário moderno do arquiteto Augusto Reinaldo Maia Neto (1955) (exemplar 04,
Quadro 2).
Fonte: PROPRIETÁRIO
19

Além dos projetos de design realizados pelos arquitetos, foi marcante a presença da
Casa Hollanda, loja especializada no fornecimento de móveis, sediada em Recife, e
responsável pela concepção e fabricação do mobiliário de casas potiguares, como a na Rua
Açu, 560 (exemplar 02, Quadro 2), na Avenida Hermes da Fonseca, 1076 (exemplar 04,
Quadro 2) e na Av. Deodoro, 611 (exemplar 08, Quadro 2) (figuras 121, 122, 123 e 124).

FIGURA 121 - Mobiliário moderno, projeto da FIGURA 122 - Mobiliário moderno, projeto da
Casa Hollanda, Recife – PE, Avenida Deodoro, Casa Hollanda, Recife – PE, Avenida Deodoro, 611
611 (1958) (1958)
Fonte: PROPRIETÁRIO Fonte: PROPRIETÁRIO

FIGURA 123 - Mobiliário moderno, projeto da FIGURA 124 - Mobiliário moderno, projeto da
Casa Hollanda, Recife – PE, Avenida Deodoro, 611 Casa Hollanda, Recife – PE, Avenida Deodoro, 611
(1958) (1958)
Fonte: PROPRIETÁRIO Fonte: PROPRIETÁRIO

Ainda como características do mobiliário das casas modernas potiguares, temos os


armários embutidos, onipresentes em todos os exemplares analisados, e a mobília divisória
substituindo as paredes de alvenaria. Essa última, uma solução adotada por arquitetos
brasileiros, como Rino Levi, e traduzida, embora com certa timidez, em alguns projetos
locais, favorecendo a integração de ambientes e a continuidade espacial (figuras 125 e 126).
20

FIGURA 125 - Mobília divisória, casa FIGURA 126 - Estante divisória entre estar e bar,
de Oswaldo Arthur Bratke (1953) Avenida Hermes da Fonseca, 448 (exemplar 20,
(exemplar 39, Quadro 1). Quadro 3).
Fonte: CAVALCANTI, 2001 Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

A associação entre as três artes – arquitetura, pintura e escultura - proposta desde a


Bauhaus e levada aos ícones brasileiros por nomes como Di Cavalcanti e Portinari, também
teve versões locais através da criação de tapeçarias, painéis decorativos e outras obras de arte
assinadas por artistas de renome local como Dorian Gray, Newton Navarro, Marlene Galvão,
dentre outros, e foram produzidas em variadas formas e materiais como pedra, ferro e
mosaicos ou pintura em azulejos, retratando desde figuras abstratas até cenas cotidianas na
região (figuras 127, 128 e 129).

FIGURA 127 - Painel de azulejos pintados por Marlene


Galvão, Avenida Hermes da Fonseca, 448 (exemplar 20,
Quadro 3).
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
21

FIGURA 128 - Painel abstrato em pedra, autor FIGURA 129 - Painel em ferro, autor desconhecido,
desconhecido, Avenida Deodoro, 611 (exemplar Rua Joaquim Manoel, 801 (exemplar 11, Quadro 3).
08, Quadro 2). Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

A abordagem dos aspectos espaciais será voltada apenas para as questões referentes
aos programas adotados pelas casas “funcionais” e à organização e disposição do espaço
residencial. Para isso, a investigação foi realizada considerando os quatro pontos mais
determinantes da caracterização espacial da casa modernista potiguar: a síntese entre o
tradicional e o moderno; as exigências relativas ao conforto ambiental; a tendência ao
zoneamento e a tônica modernista da continuidade espacial.
Quanto aos aspectos programáticos, vale dizer que a relação de ambientes encontrada
nas casas modernas em Natal acompanhou a tendência nacional e regional de eliminar ou
retomar cômodos tradicionais e somá-los a outros que refletem a modernização dos
equipamentos domésticos e a transformação da vida doméstica, principalmente no que diz
respeito à sua dinâmica em virtude da abertura do ambiente privado, transformando-o em
espaço social. Por outro lado, a participação das inovações tecnológicas foi mínima para a
configuração dos espaços modernos locais, visto que a propagação do concreto armado não
obteve os mesmos resultados revolucionários observados na Europa e no centro-sul do Brasil,
onde o domínio das novas técnicas permitiu a concepção de grandes vãos, planos contínuos
que, segundo Lemos (1979), sugeriam uma certa “proletarização”69 dos programas em virtude
das conseqüentes superposições de ambientes e funções.
Primeiro foi à luz elétrica, depois os equipamentos facilitadores da produção de
alimentos e limpeza da casa e os de entretenimento. Dentre os inúmeros elementos que
aproximavam a casa da “máquina de morar” corbusieriana, o automóvel ocupou um lugar de
destaque como transformador da vida urbana e doméstica a partir da década de 50, porque, “o

69
O termo “proletarização” utilizado por Lemos (1979) sugere que, as superposições são resultantes dos planos
contínuos aproxima o espaço residencial moderno daquele encontrado nas habitações proletárias ou populares,
onde diversas atividades coabitam um mesmo ambiente em virtude de um melhor aproveitamento das pequenas
áreas disponíveis.
22

espaço ocupado pelo veículo automotor não era questão prevista no projeto das casas e
edifícios brasileiros, que, até durante a década seguinte, não comportavam áreas para
garagem” (SEGAWA, 2002, p. 126).
No geral, o processo de assimilação do carro, e do ambiente garagem, ao espaço
doméstico aparece com diversos pontos em comum nos casos nacional e local.
Nas primeiras casas modernas construídas em Natal, o acesso pela lateral dos lotes
permitia a passagem para as garagens localizadas numa edícula no fundo do terreno. Aos
poucos, com a afirmação do carro como símbolo de status social, as garagens foram se
incorporando a casa em si, inicialmente como “abrigos para carro”, ou seja, terraços abertos e
cobertos com lajes impermeabilizadas, pórticos ou marquises que geralmente colados aos
muros laterais e que passaram a manter uma proximidade com o setor social das casas.
Somente mais tarde, a partir dos anos 60, a garagem passa a se integrar totalmente ao corpo
principal das residências, assumindo um lugar cativo na rotina doméstica como um local
fechado e seguro, fazendo parte do sistema de acessos e circulações. Em meados da década de
60, alguns exemplares modernistas demonstram uma tendência segregacionista de unir a
garagem ao setor de serviço, sugerindo o abandono da sua função social.
Assim como o carro, a TV e os modernos aparelhos de som fizeram surgir ambientes
destinados exclusivamente ao lazer doméstico, dispostos de maneira a serem usufruídos pelos
visitantes ou somente pelos moradores.
Diferentemente do que ocorreu em outras localidades, onde a mecanização da casa
tendeu ao desaparecimento ou fusão de ambientes - como ocorreu respectivamente com a
copa e o estar-jantar -, em Natal, as salas de som e TV fogem da idéia de integração,
propondo acomodações específicas que privilegiam a privacidade do lazer social ou íntimo,
quando somados aos espaços configurados para receber ou repousar.
O gabinete - depois denominado escritório, bem como a sala de estudo, que também se
comportam da mesma forma que os ambientes anteriores, configurando o modelo de
especialização total e fazendo parte, ora do setor social, ora do setor íntimo.
Paralelamente ao surgimento de novos ambientes que ampliaram os programas
modernos, houve a retomada de espaços tradicionais que remetem aos hábitos que
antecederam ao viver moderno.

“O programa da residência é moderno [...], no entanto, há resquícios de um


passado rural muito próximo, evidenciados pela edícula e pelo galinheiro nos
23

fundos do lote, confirmando que a aparência moderna tenta esconder


relações sociais ainda tradicionais” (NASLAVSKY, 1998, p. 261) 70.

Assim como ocorreu em Recife onde, segundo demonstra Naslavsky (1998), a


modernidade formal inicialmente dissimulou um modo de vida tradicional, alguns ambientes
remanescentes da cultura local são retomados nas casas modernas potiguares: a sala de
costura, a cozinha auxiliar, a edícula de serviço e o galinheiro. Dentre eles, a cozinha auxiliar,
ou cozinha suja, é a que permanece longe dos olhos do visitante porque assume as funções
rotineiras da cozinha principal, esta sim, mantendo-se limpa e sempre pronta para ser exposta.
Já a edícula de serviço, atua como o maior representante da herança servil que - das casas
tradicionais às casas modernas - se refletiu na segregação de acessos, circulações e cômodos
de serviço. “Nas residências, o esquema de circulação francês trazido pelo ecletismo [...] e
adotado, inclusive pelo colonial, foi definitivamente abandonado ou usado com parcimônia”.
(LEMOS, 1979, p. 69)

O programa é resolvido em vários níveis que aparentemente dividem zonas


funcionais, de modo que as áreas íntimas, sociais e serviços são interligadas
e as divisões entre cômodos são feitas através de elementos vazados,
diferenças de cobertura ou de nível permitindo fluidez e a transparência dos
espaços, tão difundida pelos programas modernos (NASLAVSKY, 1998, p.
261).

Através do que foi exposto por Lemos (1979), com abrangência mais geral, e por
Naslavsky (1998), abordando referencias regionais, observa-se que a questão do zoneamento
interno das residências modernas71 vincula-se, em certo ponto, à ênfase racionalista da
continuidade espacial, pois a ordenação dos setores da casa “funcional” enfatiza a manutenção
da fluidez e integração espacial, ao passo que os materiais inovadores contribuem com a
liberação das paredes divisórias ou com a transparência dos fechamentos.
Quanto ao zoneamento, percebe-se que a divisão dos setores nas casas modernas
natalenses é nítida e segue a tendência de que, além da segregação do setor de serviço, deve
haver o enobrecimento das áreas sociais, através da exposição dos ambientes em uma
localização privilegiada e de um maior cuidado quanto à aplicação de materiais nobres ou
inovadores (figura 130).

70
Caracterização feita por Naslavsky (1998) referente à residência situada na Praça de Casa Forte, 543, Recife-
PE, projeto de Hélio Feijó, 1947.
71
O zoneamento espacial ocorreu contrariando o modelo francês do vestíbulo distribuidor que unia em volta de
si nos setores social, íntimo e de serviço, unificando acessos e circulações.
24

FIGURA 130 - Distinção dos setores social, íntimo e de serviço, Rua Jundiaí com Afonso Pena
(1963) (exemplar 29, Quadro 3).
Fonte: RODRIGUES, 1999

Essa tendência de “enobrecer” os ambientes sociais em virtude da necessidade de


exposição possui, porém, um outro lado da moeda, pois acaba tornando ociosos os espaços
que poderiam participar do cotidiano familiar, auxiliando tanto as atividades domésticas
quanto o convívio social e íntimo. No entanto, tais cômodos tornam-se meros cenários
contemplativos que acabam por servir somente a quem está de passagem, privando os
moradores da oportunidade de usufruir as comodidades e o conforto do próprio lar. Tomemos
como exemplo a casa na Avenida Hermes da Fonseca, 1076 (exemplar 04, Quadro 2), onde a
sala de jantar, com mesa e cadeiras em blindex, somente era usada em ocasiões importantes, e
a escada acarpetada que ligava o estar aos quartos era chamada pelas crianças de “escada
proibida”, porque o seu uso era restrito aos adultos como garantia da preservação do piso.
Quanto aos ambientes íntimos, coube aos projetistas, em geral, conceber os espaços de
maneira a garantir a privacidade diante da crescente abertura da casa para as atividades
sociais.
Com relação à questão da continuidade espacial, as limitações técnicas da indústria da
construção local foram determinantes na configuração das plantas e na adoção de soluções e
materiais construtivos.
Enquanto as matrizes européia e nacional aproveitavam as possibilidades das
modernas estruturas para concretizar a teoria da “planta livre”, as plantas das casas
modernistas potiguares mantiveram por algum tempo um elo muito forte com o modelo de
25

configuração tradicional, marcado por uma distribuição bastante compartimentada e seguindo


eixos axiais, onde as paredes ainda assumiam o papel de elementos isoladores, ao contrário do
modelo racionalista que as previa somente como selecionadoras de ambientes e atividades.
Somente a partir da década de 60 é que se percebe as primeiras inovações nesse
sentido, quando o acesso a novas técnicas permitiu a ampliação dos vãos e a supressão das
paredes divisórias, ao passo que a transparência do vidro assumiu uma posição de destaque.
Por outro lado, a tendência à racionalização das plantas em busca da funcionalidade (planta
geradora), criou diferentes esquemas de circulação que modificaram a distribuição dos
ambientes, ampliando o horizonte dos modelos tradicionais axiais. Vê-se essa evolução
comparando quatro tipos de circulação e distribuição de ambientes encontrados entre os
exemplares potiguares: o axial da casa na Avenida Deodoro, 744 (exemplar 03, Quadro 2); o
em forma de “L” da casa na Rua Mossoró com Campos Sales (exemplar 28, Quadro 3); o em
forma de “U” da casa na Rua Abdon Nunes (exemplar 25, Quadro 3); e o em forma de “O” da
casa na Rua Açu, s/n (exemplar 57, Quadro 3).
Em Natal, o uso - “abusivo” ou abundante - dos amplos painéis envidraçados teve sua
escala reduzida e sua forma modificada, já que os - quase imperceptíveis - caixilhos adotados
pelos arquitetos brasileiros, foram substituídos pelas acessíveis portas envidraçadas de correr
em madeira e vidro que, se não demonstravam o mesmo nível tecnológico, ao menos
preservavam a idéia de simbiose entre o interior e o exterior. Junto a isso, a racionalização das
plantas através da sua distribuição assimétrica intercalada por pátios, pérgolas, jardins
internos, terraços e varandas, contribuiu para a concepção de uma dinâmica espacial mais
próxima dos modelos de referência. Em um outro momento, os mesmos elementos que
transformaram as casas tradicionais através da ampliação do seu contato com o exterior,
tornaram-se fundamentais para a adequação das casas modernas ao ambiente potiguar.
A história da formação do vocabulário modernista brasileiro se confunde com a busca
incessante dos nossos arquitetos em adequar os cânones modernistas europeus aos
condicionantes do ambiente local, sejam eles específicos à cultura, hábitos ou clima.
Dentre as medidas tomadas para melhor conceber a casa diante do clima quente e
úmido, o aproveitamento da orientação do lote se fez tão importante quanto os dispositivos de
proteção que auxiliavam no controle da incidência solar, da chuva e dos ventos.
Faz-se unânime em todos os projetos analisados, nacionais e locais, uma preocupação
em adequar e dispor os ambientes de acordo com a orientação do lote, de forma a manter as
áreas sociais e íntimas protegidas do sol, enquanto que aquelas destinadas ao serviço, voltam-
se para onde haja maior incidência solar. No caso específico de Natal, tanto a forma da planta
26

quanto à disposição dos ambientes e acessos, ocorre de forma a orientar os setores social e
íntimo para Leste e o setor de serviço para Oeste. Nesse sentido, a presença de pátios,
pérgolas, jardins internos, terraços e varandas auxiliam no atendimento às exigências relativas
ao conforto ambiental nos casos em que a orientação do lote apresenta-se prejudicada,
tendendo a dificultar o tipo de distribuição mencionada acima. Por esse motivo, e para manter
uma implantação correta do ponto de vista do conforto, muitas casas possuem suas plantas
com entrada pela lateral do lote (exemplares 10, Quadro 2 e 12, 13, 16, 18, 28 e 42, Quadro
3), contrariando a tendência mais recorrente do acesso através da sua testada frontal.
Diante do exposto, concluímos a análise do acervo residencial modernista potiguar a
partir do paradigma residencial modernista brasileiro e seguimos para as conclusões sobre o
estudo de “mais uma” modernidade brasileira, a de sotaque potiguar.
27

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O confronto entre o Quadro Geral do Paradigma Residencial Modernista


Brasileiro e a sua versão natalense, o Quadro Geral da Arquitetura Residencial
Modernista Potiguar, comprova a hipótese formulada no início da pesquisa de que as
características formais, construtivas e espaciais das casas modernas de Natal correspondem a
(mais) uma tradução do repertório modernista brasileiro, tendo como resultado uma
modernidade ímpar, com sotaque potiguar.
O reconhecimento de um sotaque diferenciado na arquitetura residencial moderna
potiguar pôde ser feito através da observação de características que demonstram - além de
similaridades – afastamentos e acréscimos locais que resultaram em uma expressão ímpar,
constituída de especificidades não menos modernas do que o modelo de referência. É
justamente na diversidade dessas soluções que está a riqueza da contribuição dos pioneiros da
modernidade potiguar ao repertório modernista brasileiro.
As considerações finais sobre a caracterização do sotaque potiguar serão feitas
respeitando a metodologia utilizada durante toda a pesquisa, ou seja, seguindo a ordem dos
critérios utilizados na análise dos casos nacional e local.
Começando pela relação entre implantação e lote, consideramos que este se constitui
um dos pontos determinantes para a concepção arquitetônica, pois interfere diretamente nas
possibilidades de definição dos aspectos estético-formais e espaciais.
A princípio, consideramos que as diferentes metodologias utilizadas para a escolha dos
exemplares analisados foram o ponto de partida para gerar algumas especificidades existentes
no modelo nacional e local, já que no caso brasileiro, a seleção foi feita sem considerar a
localização dos lotes residenciais, podendo esses estar na cidade, no campo ou na praia.
Enquanto isso, em Natal, todas as casas selecionadas encontram-se em terrenos urbanos, cujas
dimensões apresentam-se reduzidas se comparadas aos exemplos paradigmáticos. Essa
diferença de tamanho entre os terrenos reflete-se em duas características observadas nos
modelos estudados: a escala adotada e as propostas formais e espaciais.
Em primeiro lugar, fica claro que, nos lotes das casas brasileiras, as dimensões
generosas e a diminuição – ou até mesmo, a ausência de limites físicos - permitiram uma
maior liberdade de implantação dos edifícios e acomodação dos programas, resultando em
escalas grandiosas com tendência a monumentalidade72. Por outro lado, os tamanhos

72
Monumentalidade em uma escala diferente daquela apresentada nos projetos modernos de edifícios estatais.
28

relativamente exíguos73 dos lotes de Tirol e Petrópolis condicionaram as concepções e,


conseqüentemente, a liberdade de criação dos nossos projetistas, refletindo-se em soluções
marcadas por uma escala doméstica e acolhedora.
Quanto aos resultados formais, observa-se que a dimensão dos terrenos interfere no
peso atribuído às composições e, nesse caso, as casas brasileiras apresentam-se mais leves em
relação as natalenses. Atribui-se a isso, o fato de que as implantações mais livres reforçam a
percepção da leveza e integração com o entorno através de recuos, jardins e grandes áreas
verdes que auxiliam na indistinção entre exterior e interior. Enquanto isso, as casas potiguares
apresentam a reincidência de altos índices de ocupação, resultantes da necessidade de colar as
construções aos limites do terreno. Sendo assim, a supressão de recuos e a exigüidade dos
jardins compromete a manutenção da continuidade entre interior e exterior, além de interferir
na relação entre cheios e vazios, visto que as aberturas ficam prejudicadas diante da
diminuição de paredes livres.
A questão do peso também pode estar vinculada às composições volumétricas que, de
acordo com as condições de implantação, resultaram em concepções mais dinâmicas ou
estáticas. Desse modo, considerando as características dos lotes dos exemplares
paradigmáticos, observamos que os projetistas brasileiros exploraram ao máximo os
princípios modernistas da assimetria e do jogo de volumes cubistas. Através de ricas
combinações de prismas: trapézios, cubos, cilindros, planos em reta e curva, conseguiram
obter resultados formais mais dinâmicos, ao contrário dos projetistas atuantes em Natal que,
diante das restrições na implantação, apresentaram casas modernas mais estáticas e
compactas, caracterizadas por composições com uma menor variedade de prismas e menor
proporção de assimetria.
Sobre os reflexos nas concepções espaciais, observamos que as condições de
implantação, atreladas à dimensão do terreno, mantêm estreita relação com o cumprimento e
solução dos programas. Nesse caso, vale considerar que a distribuição dos ambientes em
terrenos mais amplos, como no caso nacional, não sofre limitações ou restrições a ponto de
mostrar como única saída o uso de dois ou mais níveis74. Nesse caso, partimos do pressuposto
que os exemplos paradigmáticos escalonados são resultantes, em alguns casos, da topografia
acidentada do terreno ou mesmo de um partido arquitetônico, formal e espacial, escolhido
pelo projetista.

73
Se comparados aos lotes brasileiros, visto que Tirol e Petrópolis já nasceram com uma malha urbana diferente,
em tamanho e em desenho, daquela vista nos bairros tradicionais como Ribeira e Cidade Alta.
74
Algumas casas paradigmáticas apresentam-se em dois ou mais níveis, mas são poucas as que utilizam esse
artifício exclusivamente para transpor as restrições relativas à exigüidade dos lotes.
29

O contrário acontece em muitas casas natalenses, onde os lotes exíguos não


comportam, em concepções térreas, os seus respectivos programas de necessidades, levando
às composições em níveis, geralmente com dois pavimentos. Nesses exemplos, a questão
topográfica não foi determinante no processo de concepção, já que os bairros de Tirol e
Petrópolis estão sobre uma área plana. Da mesma forma, a recorrência do partido escalonado
não parece ter sido uma escolha aleatória dos projetistas, visto que a contenção de custos foi
muito determinante na elaboração e execução dos projetos, fato que resultou na incidência de
soluções em único piso.
Na análise dos aspectos estético-formais (vistos do exterior) a composição de
volumes e fachadas aparece como um importante elemento de diferenciação no paralelo entre
os exemplares paradigmáticos brasileiros e aqueles com sotaque potiguar. Portanto,
inicialmente reforçamos aquelas especificidades que derivam das diferenças de implantação
vistas no quesito anterior, como as composições de escala monumental, com volumetria
dinâmica, leve e com rica variação prismática, resultantes dos amplos lotes vistos no caso
brasileiro; e a sua tradução local, representada por concepções em escala doméstica, mais
estáticas, compactas, pesadas e com menor variedade de jogos de volumes, reflexo das
restrições apresentadas pelos lotes (urbanos) dos bairros estudados.
A implantação sugere ainda diferenças de composição volumétrica relacionadas ao
eixo de simetria. Nesse caso, a dinâmica e leveza das casas brasileiras correspondem à
obtenção de soluções assimétricas, enquanto isso, a estática e peso dos exemplos natalenses
estão atrelados à menor proporção de assimetria que, por sua vez, resultam das ocupações que
tendem a estender-se no sentido longitudinal do lote, em torno de um eixo de simetria, com
plantas, em muitos casos, coladas nos limites do terreno. No mais, e como já vimos, essa
necessidade de aproveitamento máximo levou a valorização dos cheios sobre vazios e à
recorrência dos partidos com mais de um piso.
Em seguida, apontamos que, depois de observadas as diferenças relacionadas à
liberdade formal - em que o caso nacional aparece com ricas combinações volumétricas,
constatamos algumas singularidades da expressão local que, apesar de apresentarem-se numa
escala mais tímida, constituem-se contribuições do sotaque potiguar ao vocabulário formal
paradigmático.
Primeiramente, destacamos a presença de dois modelos volumétricos recorrentes e
específicos ao modelo modernista de Natal: o “prisma sobre prisma” e o “retangular
horizontal”. Nessas duas composições, tanto o tipo de telhado utilizado quanto à conformação
das fachadas contribuem para a construção de modelos bastante marcados pela cor local.
30

Registramos, portanto, a importância da retomada inicial do telhado colonial, cujas


inclinações geraram empenas que, por apresentarem declividades generosas, interferiram nas
relações de proporção entre altura e largura das construções. A ocorrência dessas
reminiscências passadistas se refletiu especialmente no volume “prisma sobre prisma”,
porque, em virtude da sobreposição de “caixas”, contribuiu para o surgimento de concepções
mais pesadas e compactas.
Enfim, na década de 60, o emprego das telhas de amianto e alumínio possibilitou a
conformação das coberturas planas, o que, conseqüentemente, levou à diminuição da altura
das platibandas. A adoção do novo material não somente acentuou a horizontalidade dos
prismas como deu origem ao volume “retangular horizontal”, originalmente natalense.
Quanto às fachadas, observamos nas casas paradigmáticas a predominância dos
modelos ortogonais em relação às lajes, enquanto, nos exemplos com sotaque potiguar, há
uma recorrência das versões inclinadas - formando ângulos diferentes de 90 graus com os
pisos. Resta-nos saber se a adoção ou não dessa ortogonalidade está vinculada à intenção de
aproximação aos cânones mais eruditos ou à atribuição de nuances locais à tônica racionalista.
Também é necessário mencionar a importância das varandas na caracterização do
nosso diferencial volumétrico, já que analisando as casas natalenses, constatamos que as
varandas, terraços e alpendres correspondem, na tradução local, aos grandes vãos livres - com
ou sem pilotis, abertos, cobertos ou descobertos - das casas brasileiras. Nesse caso, essas
substituições continuam a possuir a mesma função de integrar exterior e interior e de garantir
o conforto ambiental das construções. No entanto, as versões locais são bem mais reduzidas
do que os referenciais brasileiros, o que nos leva a conclusão de que este é mais um reflexo da
escala doméstica inerente ao sotaque potiguar.
Por fim, relacionamos as especificidades estético-formais resultantes das tecnologias
disponibilizadas aos arquitetos brasileiros e aos projetistas atuantes em Natal. As restrições
construtivas relativas à mão-de-obra, qualidade dos produtos, fornecimento de materiais e,
principalmente, ao desenvolvimento estrutural, também foram condicionantes para a definição
do sotaque potiguar, influenciando o nível de arrojo das estruturas, a leveza das construções e
a implantação de algumas soluções que dependiam da tecnologia inovadora, principalmente
aquela referente ao concreto armado.
Dessa forma, destacamos as soluções de pilotis em Natal que primeiramente
diferenciam-se por serem mais robustas, enquanto os modelos nacionais apresentam versões
esbeltas, que auxiliam na atribuição de leveza às concepções. Sendo assim, presume-se que os
31

autores dos exemplares potiguares não se valeram da forma e dimensão dos pilotis para
alcançar um efeito estético de melhor proporção e peso.
Por outro lado, quanto ao seu papel estrutural, enquanto na maioria da casas brasileiras
o pilotis, aparece elevando completamente os prismas do solo - formando por vezes terraços
ou varandas amplas ou adequando a residência a terrenos inclinados, em Natal, o uso mais
recorrente do pilotis está nas composições de “prisma sobre prisma”, atuando apenas como
apoio de pequenos avanços de lajes (varandas, terraços, balanços,...) além dos limites dos
prismas inferiores e não como sustentação da edificação em si. A supressão da premissa
corbusieriana de liberação total do solo denuncia uma tendência local da subliminação dos
efeitos estéticos e possibilidades estruturais do pilotis.
A relação entre a conformação dos aspectos estético-formais e a tecnologia abre os
comentários conclusivos sobre o sotaque potiguar e as especificidades dos seus aspectos
construtivos. Para isso, a análise parte da definição da característica central observada nas
construções paradigmáticas brasileiras: a tecnologia do concreto armado.
De fato, as experiências nacionais contaram com o total domínio da plasticidade do
concreto diante da exploração máxima de suas possibilidades estruturais. As performances do
material, além de movidas pela liberdade formal, foram disponibilizadas pela indústria da
construção do Sudeste. Como resultado, a arquitetura moderna brasileira ganhou
reconhecimento através da criação de soluções leves, esbeltas, originais, poéticas.
Diante das limitações da indústria da construção local, bem como da escala adotada
pela modernidade residencial natalense, algumas soluções estruturais foram suprimidas do
vocabulário disseminado pelos nossos projetistas.
Com isso, as cascas, coberturas em abóbadas, lajes sinuosas e impermeabilizadas, a
moldura externa e independente e os pilotis estão ausentes ou aparecem em menor proporção
nos exemplares com sotaque potiguar, ou seja, em versões estruturais simplificadas do
concreto armado, como o exemplo local de ossatura independente, onde a concepção da
estrutura livre segue um formato tradicional, onde vigas e apoios permanecem embutidos e
perdendo o efeito estético estrutural que era uma das principais tônicas modernistas.
Em outro exemplo, mencionamos o uso recorrente da escada em substituição à rampa,
importante elemento compositivo do repertório modernista brasileiro. Nesse caso, diante da
timidez em apresentar soluções que exigiriam uma atuação incondicional do concreto, a
leveza e fluidez do passeio arquitetural deu lugar à robustez dos degraus, interferindo não
somente no resultado formal, mas também nos aspectos espaciais do modelo local.
32

Mas, se por um lado às concepções estruturais sofreram restrições com relação ao


concreto levando à simplificação das estruturas, por outro, as condições tectônicas limitaram
as soluções que representavam os traços da tônica modernista da continuidade, ou seja, a
transparência e fluidez – resultante da supremacia dos vazios sobre os cheios - e a integração
entre exterior e interior.
Por um lado, os sistemas estruturais adotados impossibilitavam a obtenção de grandes
vãos e, com isso, o uso de grandes aberturas, por outro, a utilização diferenciada do pilotis -
não elevando totalmente o edifício do solo - dificultava a concepção de soluções com bons
resultados de continuidade. No mais, a ausência de mão-de-obra qualificada para a execução
dos leves e extensos painéis de vidro e metal, explorados ao máximo nos exemplares
nacionais, foram substituídos por similares em madeira, material de fácil acesso, baixo custo,
mas que comprometia a leveza estética conseguida pelos esbeltos caixilhos metálicos.
Com isso, e embora as condições de implantação tenham se refletido na relação entre
cheios e vazios, foi o fator construtivo - correspondentes às limitações tectônicas – que gerou
as especificidades do sotaque potiguar.
Sobre os aspectos espaciais, mencionamos anteriormente os reflexos oriundos das
condições de implantação (exígua dimensão do lotes), das restrições tecnológicas (defasagem
de produtos e mão-de-obra) e das características da escala utilizada (doméstica). Além disso,
podemos citar como pontos importantes para a diferenciação do sotaque potiguar as
especificidades relativas ao zoneamento (crescimento e enobrecimento das áreas sociais) e à
continuidade espacial (tendência em selecionar/ isolar ambientes, compartimentação e o eixo
de distribuição).
No que diz respeito ao zoneamento, percebe-se que além da divisão dos setores e da
segregação das áreas de serviço - características comuns aos casos nacional e local, tornou-se
específica às casas modernas natalenses a tendência ao enobrecimento das áreas sociais em
virtude da necessidade de exposição dos ambientes. Para isso, tanto uma localização
privilegiada quanto o uso de materiais nobres ou inovadores ajudaram a alçar esses espaços à
condição de símbolos de status social, a princípio alvos da admiração dos visitantes que
depois, subutilizados e ociosos, transformou-se em meros cenários contemplativos, não
participantes da vida doméstica, como por exemplo à sala de jantar onde não se janta, a
cozinha que não é suja.
Quanto à questão da continuidade espacial, observamos que a casa modernista
potiguar não possui a mesma continuidade em virtude das novas exigências com relação à
privacidade que levaram as zonas íntimas a estarem isoladas do resto da casa. Essa tendência
33

para selecionar ou isolar ambientes revela um dos pontos do caráter particular da modernidade
em Natal.
Apesar da referência internacional e nacional da teoria do “plano livre”, as plantas das
casas modernistas potiguares exibiram, durante os anos 50, o modelo de configuração
tradicional, marcado por uma distribuição bastante compartimentada e seguindo eixos axiais,
onde as paredes ainda assumiam o papel de elementos isoladores, ao contrário do modelo
racionalista que as previa somente como selecionadoras de ambientes e atividades.
Somente na década de 60 é que se observa uma certa racionalização75 das plantas e,
com isso, o surgimento de outros esquemas de circulação que modificaram a distribuição dos
ambientes, ampliando o horizonte dos modelos tradicionais axiais. Dentre os mais recorrentes
em Natal estão: o em forma de “L”; o em forma de “U” e o em forma de “O”.
Diante da caracterização do sotaque potiguar e da revelação de sua contribuição para a
complementação do repertório modernista brasileiro, este estudo cumpre um dos seus maiores
objetivos: apresentar e divulgar a arquitetura moderna natalense - através dos seus exemplares
residenciais, endossando o pensamento que vem se desenvolvendo no Brasil de que existem
outras modernidades além do eixo Rio-São Paulo. Modernidades estas que confirmam as
diferentes respostas obtidas diante das influências do modelo modernista difundido pelas
Escolas do Sudeste.
Uma vez analisados os elementos pertinentes à produção de “mais uma” arquitetura
modernista e, comprovado que esta produção possui realmente cores locais merecedoras de
valorização, há a necessidade de voltarmos a atenção para um outro apelo: a preservação deste
acervo.
Do “oiapoque ao chuí”, o legado modernista brasileiro tornou-se símbolo da
criatividade e inventividade, comprovada através de versões que possuem, acima de tudo, a
“cara” do Brasil. No entanto, afora os grandes ícones, como Pampulha e Brasília, pouco do
modernismo produzido no país é considerado passível de preservação.
Nesse sentido, o próprio hiato no conceito de “patrimônio” existente nas legislações
municipal, estadual e federal não especifica a salva guarda de edifícios representantes de
períodos arquitetônicos, sendo assim, não há nenhuma diretriz que determine uma atenção
especial à produção arquitetônica modernista, mesmo tendo esta um notável valor histórico,
cultural e artístico.

75
Mesmo na década de 60, a mudança da distribuição axial para a articulada não foi total. Muitas das plantas
racionais ainda apresentam resquícios do modelo tradicional, uma demonstração de que as transformações não
foram radicais e o vínculo com o passado se manteve.
34

A ausência de leis específicas que regulamentem a preservação de elementos


modernistas em outras localidades, dificultando resgatar a trajetória da arquitetura como um
todo no resto do Brasil, limita a criação de uma consciência que preserve não somente o
patrimônio como também a memória afetiva dos lugares, já tão maltratados pela devassa da
paisagem urbana, sempre mais plastificada, pueril e sem importância maior. Vão-se assim: os
materiais nobres ou não, os elementos formais, a leitura da intimidade de uma época
razoavelmente brilhante, a criatividade informal dos artistas criadores dessas hibridações e a
habilidade de lidar com movimentos não nacionais e a realidade do hábitat urbano.
A preservação de uma produção arquitetônica modernista com suas idiossincrasias
morfológicas seria, talvez, a mágica solução de um local com cara própria, com caráter
próprio, com vida própria que permitisse à sociedade se identificar com a alma daquela que é
sua casa maior: a cidade em que se vive.
Portanto, agora que podemos dizer: “Yes, nós temos arquitetura moderna!”,
seguiremos com o objetivo de divulgar a produção potiguar (pública, privada e residencial)
para que no futuro, diante de ações preservacionistas que garantam a salvaguarda do acervo
modernista (figuras 131 a 137), não tenhamos que dizer: “Aqui jaz uma modernidade...”76.

FIGURA 131 - “Antes” – Características originais da FIGURA 132 - “Depois” – Mudança de uso e
residência modernista à Rua Afonso Pena. descaracterização da residência modernista à Rua
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de Afonso Pena.
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

76
Alusão ao título do trabalho apresentado por MELO; MARQUES (2002) no II Seminário Internacional
Patrimônio e Cidade Contemporânea (Salvador-BA) “Aqui Jaz uma Modernidade...: O Processo de
Desmonte da Modernidade (Residencial) em Natal”.
35

FIGURA 133 - Abandono do Hotel Reis Magos,


projeto de 1962.
FIGURA 134 - Abandono do Hotel Reis Magos,
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
projeto de 1962.
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

FIGURA 135 - “Antes” - Residência à Rua Afonso FIGURA 136 – “Depois” – Demolição em
Pena com Jundiaí. novembro de 2003 da Residência à Rua Afonso
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de Pena com Jundiaí
Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de

FIGURA 137 - Abandono da residência modernista à Rua Nilo Peçanha.


Fonte: MELO, Alexandra Consulin Seabra de
36

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ANEXOS
ANEXO A
CARACTERÍSTICAS DA CASA MODERNISTA BRASILEIRA COMENTADAS PELA BIBLIOGRAFIA ESPECIALIZADA

Casa Implantação e Aspectos Estéticos e Formais Aspectos Construtivos Aspectos Espaciais Obs.
Lote
02 níveis, volume simétrico. Paredes estruturais de alvenaria revestidas Planta tradicional, ambientes: hall de Síntese entre o
Fachada plana, volume cubista, simetria. com cal. entrada, hall íntimo, terraço, estar, tradicional e o
Esquadrias e caixilhos metálicos, grades, escritório, jantar, copa, cozinha, depósito, moderno, influência
mobiliário moderno (desenhado pelo banheiros e quartos. corbuseriana, forma
arquiteto), paredes de tijolos, revestimento Continuidade espacial, jardins tropicais, não segue a função
01 em cimento branco, janelas horizontais, ambientes: estar, jantar, hall de entrada, (planta não
cobertura em telha cerâmica, platibanda, escritório, varandas, copa, cozinha, geradora).
porta envidraçada com grade de ferro, despensa, terraços, banheiro social,
janelas de canto, paredes envidraçadas, quartos, banheiro íntimo.
elementos antigos.
Volume cubista, jogo de planos e volumes, cor branca. Construída em concreto armado, Ambientes: sem plantas.
02 marquise, persianas vermelhas.
Volume assimétrico, volume cubista, cor branca. Marquise em “L” em concreto armado, Ambientes: estar, jantar, varanda, cozinha,
varanda, janela horizontal, construção em banheiros, hall de entrada, quartos,
03 concreto. garagem., jardins tropicais.
Mobiliário moderno (desenhado pelo Ambientes: sem plantas.
arquiteto), marquise em concreto armado.
Terreno inclinado. 04 níveis, volume cúbico, cor branca, jogos de volumes Pilotis, janela horizontal, terraço-jardim, Ambientes: hall de entrada, estar, jantar, Influência
Terreno inclinado. (interpenetração). ossatura independente, laje em balanço banheiro social (lavabo), banheiros, corbuseriana.
Volumes cubistas, 02 níveis, cor branca, jogos de (balcão da varanda). cozinha, quartos, varanda, terraço e Influência
04 volumes (justaposição e interpenetração). Marquise em “L” em concreto armado, terraço-jardim. corbuseriana.
caixilhos metálicos, janelas horizontais Planta racional, continuidade espacial,
basculantes, laje em balanço (balcão da ambientes: sem plantas – terraços.
varanda), construída em concreto armado.
Lote exíguo, pátios internos. 02 níveis, volume cubista. Varanda, terraço-jardim, pilotis, pátios Continuidade espacial, ambientes: sem
05 internos, jardins tropicais, lambri de legenda.
madeira (revestimento paredes internas).
Lote urbano, pátio interno. Volume cubista (linhas retas), 02 níveis, cor branca. Paredes envidraçadas, laje de piso em Continuidade espacial, ambientes: sem Síntese entre o
balanço, estrutura em concreto armado, plantas. tradicional e o
cobertura em telha cerâmica, janelas moderno.
protegidas por beirais em telha cerâmica,
06 venezianas, brises-soleils: ripado em
madeira (treliça) cobrindo os terraços,
azulejos (enquadramento da porta de
serviço).
Lote no campo. 02 níveis, volume trapezoidal e curvo (abóbada). Parede de vidro, laje de cobertura em Continuidade espacial, ambientes: estar, Não construída.
concreto plana, laje de cobertura em jantar, copa, cozinha, terraço, garagem,
07 concreto em abóbada, escada helicoidal, quartos, banheiro e galeria.
mobília divisória, pé-direito alto, empena Ambientes: sem plantas.
de tijolos vazados, escultura, não
construída.
Laje de cobertura em concreto em
abóbada.
Terreno na colina. Cobertura em 02 águas, paredes de tijolo Continuidade espacial, ambientes: sem Influência
aparente, estrutura em madeira (vigas ), plantas – cozinha, estar. wrightiniana.
08 cobertura em telha cerâmica, paredes
envidraçadas, escada em pedra, chaminé,
clarabóia.
Jardins internos ou pátios Térrea. Jardins internos ou pátios internos, Continuidade espacial, ambientes: hall de
internos. estrutura mista de concreto e colunas de entrada, lavatório, estar, jantar, biblioteca,
aço, cobertura em telha cerâmica com uma quartos, closet, banheiros, quartos de
água, pérgolas de madeira. empregada, quarto da governanta,
09 despensa, central de ar condicionado,
play-ground, sala de espera, copa,
cozinha, garagem, solário, terraços, área
de serviço.
Pátio central, lote urbano de Volume compacto, 02 níveis. Cobertura em telha cerâmica, beiral, Continuidade espacial, ambientes: Síntese entre
esquina, lote exíguo. Cor branca. muxarabis, pátio central, janelas alinhadas varanda, estar, pátio central, jantar, tradicional e
Lote de esquina, pátio e em simetria, brises-soleils móveis em implúvio, copa, cozinha, despensa, moderno.
central. madeira (porta), jardins suspensos. garagem, área de serviço, quarto de
Pátio central. Pátio central, muxarabis nas janelas, empregada, quarto, jardim de inverno
estrutura em concreto armado, janelas (suspenso), escritório, rouparia, terraço.
horizontais, cobertura em telha cerâmica, Continuidade espacial, planta assimétrica,
10 treliças, laje inclinada em concreto Ambientes: sem legenda – pátio central,
armado, beiral. varanda, quartos.
Brises-soleils em madeira, paredes Continuidade espacial, ambientes: estar,
envidraçadas, pátio central estrutura em pátio central, varanda, jantar, copa,
concreto armado, cobertura em telha cozinha, despensa, garagem, área de
cerâmica, laje de cobertura em concreto, serviço, quartos de empregada, quartos,
janelas com venezianas em madeira, terraços, estúdio, rouparia.
muxarabis.
Pátio interno, lote amplo. Térrea. Pátio interno, paredes envidraçadas. Continuidade espacial, ambientes:
garagem, pátio interno, estar, jantar, copa,
11 cozinha, rouparia, despensa, área de
serviço, terraço, varanda, sala íntima,
quartos, closet, banheiro.
Terreno inclinado. Térrea (com acréscimo do 2º andar), volume horizontal. Alpendre ou terraço, estrutura mista em Ambientes: estar, jantar, copa, cozinha,
aço e madeira, beirais em madeira, forro pátio interno, garagem, quartos, banheiros,
12 de madeira. closet, hall íntimo, área de serviço, quartos
de empregada, varanda.
Terreno inclinado, lote 03 níveis, volume compacto. Pilotis, construída em concreto, telhado Continuidade espacial, planta compacta,
urbano. inclinado de uma água, laje de cobertura ambientes: estar, escritório, quarto,
13 inclinada, parede de vidro, rampas, pé- banheiro, cozinha, garagem, quarto de
direito alto. empregada, varanda.
Volume único formado por 02 trapézios (retangulares Paredes envidraçadas. Continuidade espacial, ambientes: sem
14 em justaposição e interpenetração), plantas – estar, jantar.
Terreno na praia, lote 02 andares. Jardim lateral, pilotis, escada móvel, Ambientes: estar, jantar, bar, copa,
15 exíguo, pátio de serviço, escada principal, clarabóias, pátio de cozinha, área de serviço, pátio de serviço,
jardim lateral. serviço, cobertura ondulada em amianto, quarto dos empregados, depósito, quartos.
persianas basculantes em madeira (pintada
listras coloridas) dentro de caixilhos
metálicos.
Terreno inclinado. Volumes articulados e de linhas paralelas ao solo. Cobertura em telha cerâmica em diversas Ambientes: sem plantas – estar. Influência
águas, janelas horizontais, estrutura em wrightiniana, síntese
madeira, laje em balanço (estar), estrutura entre o tradicional e
16 metálica do balanço (vigas), paredes em o moderno.
tijolo aparente, arrimo em tijolo (pilares) e
concreto armado (placas pré-fabricadas).
02 andares, bloco compacto, simetria, volume simétrico Paredes envidraçadas, pilotis, estrutura em Continuidade espacial, ambientes: sem Síntese entre o
e compacto (do exterior), bloco compacto, cor branca. concreto armado, síntese entre: concreto, plantas – estar, varanda, terraço. tradicional e o
vidro, madeira e pedra, cobertura em telha moderno, Influência
cerâmica, telhado-borboleta, janelas corbuseriana.
protegidas por beirais em telha cerâmica,
17 persianas (venezianas), treliças, ripado em
madeira (brises-soleils), cobertura com
estrutura em madeira (ripas e caibros),
painéis de vedação cheios, brises-soleils
fixos, parede em pedra, balaustrada de
linhas sinuosas (ornamento).
Terreno em colina. 02 andares. Paredes em pedra, laje em balanço em Continuidade espacial, ambientes: sem Influência
concreto armado (estar), janelas plantas – estar. wrightiniana.
18 envidraçadas, cobertura em telha cerâmica
em única água.
Terreno de esquina, lote Térrea, cor branca. Pátios internos, recuos-jardins, jardins Continuidade espacial, ambientes: lareira, Zoneamento
irregular e exíguo, pátios tropicais, clarabóia, blocos de concreto estar, jantar, hall de entrada, quartos, espacial.
internos, recuos-jardins. vazados e pré-moldados, estante divisória quartos de empregada, copa, cozinha,
Terreno de esquina, pátio de madeira. garagem, depósito.
interno. Pátio interno, jardins tropicais. Ambientes: sem legenda – pátio.
19 Terreno de esquina, recuos- Recuos-jardins, pátios internos, galerias, Planta descompacta, ambientes: estar,
jardins, pátios internos. brises-soleils, jardins tropicais, cobertura jantar, canteiro, telheiro, quartos,
ondulada em amianto, elementos vazados escritório, quartos de empregada, copa,
em concreto pré-fabricados, tijolos cozinha, garagem, depósito.
aparentes.
Terreno inclinado. 03 níveis. Galeria, rampa, escada, balaustrada em Ambientes: estar, jantar, quarto de
madeira, venezianas (portas). costura, copa, cozinha, quartos, quarto de
20 vestir (closet), garagem, quartos de
empregada, rouparia, solário, varanda,
terraço.
Lote exíguo. 03 níveis. Pé-direito duplo, paredes envidraçadas, Ambientes: hall de entrada, estar, jantar,
21 mezanino, pérgolas, persianas horizontais. copa, cozinha, quarto de empregada, área
de serviço, garagem, quartos, escritório.
Cores: branco da caiação, azul colonial, cor da pedra e Pau-a-pique (estrutura de madeira coberta Ambientes: estar, jantar, copa, cozinha, Síntese entre
da madeira. com argila), cobertura original em sapê quartos, escritório. tradicional e
22 substituída por telhas cerâmicas, paredes Ambientes: sem legenda. moderno.
em pedra. Ambientes: sem plantas.
Pau-a-pique, pedra, madeira e argila,
pilares em madeira, paredes em pedra,
cobertura original em sapê substituída por
telhas cerâmicas, esquadrias em madeira
(branco, amarelo e azul: cores coloniais),
balanço do telhado (beiral).
Pau-a-pique, estrutura em madeira,
cobertura em telha cerâmica, paredes em
pedra.
Pátio interno. Volume 02 blocos cúbicos, 03 níveis. Pátio interno, rampa, brises-soleils Continuidade espacial, ambientes: estar, Influência
(janelas), venezianas (janelas). jantar, cozinha, garagem, depósito, quarto wrightiniana.
23 de empregada, escritório, quartos, solário,
pátio, área de serviço.
Volume em 02 blocos. Paredes envidraçadas. Continuidade espacial, interpenetração Influência
Volume em 02 blocos, 02 níveis. Construída em concreto e vidro, paredes espacial. Ambientes: terraço, estar, jantar, corbuseriana, síntese
Ênfase dos cheios sobre os vazios, cores escuras e envidraçadas, cobertura em laje inclinada cozinha, área de serviço, quarto de entre tradicional e
claras, volume 02 trapézios, 02 níveis. em concreto, pilotis, escada. empregada, quartos, garagem, escritório. moderno.
Pilotis, paredes envidraçadas, escada Continuidade espacial, ambientes: sem
24 envidraçada, tijolos aparentes, chaminé legenda – estar, quartos, cozinha, quartos
(eixo da casa), mobília de tijolos de empregada, escritório, terraço,
aparentes. garagem, área de serviço.
Continuidade espacial, ambientes: sem
legenda – estar, escritório, pátio.
Terreno no campo, terreno 03 níveis. Pilotis, quebra vento decorado com um Continuidade espacial, planta
inclinado. 03 níveis. mural de mosaico, laje em concreto tridimensional (dinâmica e articulada),
Terreno inclinado, terreno armado, jardins tropicais, parede em pedra ambientes: estar, jantar, quartos, lareira,
na montanha (campo). (estrutural e revestimento), móbile, chapelaria, banheiro social (lavabo), copa,
venezianas (janelas basculantes). cozinha, quartos de empregada, área de
25 Pé-direito duplo, pilotis, venezianas em serviço, despensa, terraço, garagem, sala
madeira (janelas), paredes envidraçadas, de jogos.
quebra vento decorado com um mural de Ambientes: sem legenda – jirau, estar,
mosaico, móbile, jardins tropicais, terraço, lareira, quartos.
telhado-borboleta em telha cerâmica,
beirais.
Lote no campo. Volume trapezoidal, fachada inclinada. Treliças em madeira (brises-soleils), Ambientes: varanda, estar, jantar, cozinha,
jardins cobertos. quartos, banheiro, quarto de empregada,
26 banheiro de empregada, jardins ou pátios
cobertos.
Terreno na montanha, 02 níveis. Paredes em pedra, galerias, estrutura em Ambientes: estar, jantar, quartos, rouparia, Influência de Lúcio
terreno inclinado, pátios Volumes articulados. madeira, pátios centrais, materiais locais. pátio central, capela, sacristia, quarto do Costa.
centrais. Volume em blocos articulados, jogo de cores: azul Construída em: pedra, madeira e concreto, capelão, copa, cozinha, quartos de Influência de Lúcio
Lote rural. (venezianas), rosa (paredes). cobertura em telha cerâmica de uma água, empregada, área de serviço, garagem, Costa, síntese entre o
paredes de tijolos caiadas, venezianas em terraço, quarto de hóspedes. tradicional e o
27 madeira (cores quentes), galeria, estrutura Ambientes: sem legenda – galeria, capela moderno.
em madeira, pilotis, mural pintado. (estrutura em madeira).
Galeria (estrutura, piso e balaustrada em Ambientes: estar, jantar, quartos, rouparia,
madeira), paredes em pedra, paredes em jardim, capela, sacristia, copa, cozinha,
alvenaria, cobertura em telha cerâmica em quartos de empregada, área de serviço.
uma água, venezianas de correr, estrutura
mista de madeira e concreto armado,
mural pintado.
Implantação no centro do Volume simétrico e compacto (do exterior), jogo de Paredes envidraçadas, cobertura em telha Continuidade espacial, ambientes: sem
terreno. cores dos materiais. cerâmica, pérgola em concreto, brise- plantas.
soleils, venezianas, jogo de cores:
28 revestimento em pedra amarela, elementos
vazados de cerâmica vermelha, tijolo
aparente.
Lote urbano (subúrbio), Volume em 02 blocos: um volume maciço (posterior) e Técnicas industriais, pilotis em aço, Continuidade espacial, ambientes: estar, Influência
terreno inclinado, pátio um volume transparente (anterior), 02 níveis. estrutura em concreto armado, paredes jantar, lareira, quartos, pátio interno, wrightiniana (escada
central. Volume em 02 blocos: um volume maciço e sólido envidraçadas, janelas sem balaustrada de quarto de vestir (closet), copa, cozinha, escultural).
29 Terreno inclinado, pátio (posterior) e um volume transparente (anterior), 02 proteção, pátio central, escada com adega, quartos de empregada, rouparia.
interno. níveis. estrutura em aço e degraus de granito. Continuidade espacial, ambientes: sem
Paredes envidraçadas, pilotis, pátio legenda – estar, pátio interno.
interno, escada.
Lote de esquina, jardim 02 níveis, jogos de volumes interiores (diversas Jardim lateral. Ambientes: escritório, estar, jantar, copa,
lateral. perspectivas). Telhado-borboleta, andar superior em cozinha, quartos de empregada, garagem,
Lote urbano. 02 volumes trapezoidais, 02 níveis, jogo de volumes. balanço, estrutura em concreto, pilotis, depósito, quarto do motorista, área de
jogo de materiais. secagem de roupa, área de serviço,
30 quartos, quarto de vestir (closet), saleta.
Planta retangular, jogo de espaços,
ambientes: sem legenda – quartos, terraço,
escritório, estar.
Pátio interno. Volume cúbico, térrea, fachada retangular. Brises-soleils, pátio interno. Ambientes: estar, jantar, quarto, copa,
31 cozinha, quarto de empregada, área de
serviço, garagem.
Pátio central. 03 níveis. Materiais de acabamento luxuosos, Ambientes: piscina, chapelaria, hall, Síntese entre os
Lote urbano, pátio interno. pérgola, pátio central, pisos em mármore, cofre-forte, biblioteca, sala íntima, estar, elementos europeus
jardins tropicais, mural em azulejos, quartos, jantar, rouparia, copas, cozinha, clássicos, o
escultura em bronze. garagem, área de serviço, depósito, quarto tradicional brasileiro
32 Materiais de acabamento luxuosos, pátio de empregada, sala de jogos, galerias, e o moderno.
interno, cobertura ondulada em concreto terraço, pátio central. Síntese entre o
(laje), pérgola, cobogós, jardins tropicais, Ambientes: sem legenda – piscina, tradicional e o
mural de azulejos, escultura em bronze. terraço, pátio central. moderno.
Lote no campo. Volume cúbico e único (retangular), 02 níveis. Pilotis, parede em pedra, escada. Ambientes: varanda, estar, jantar, cozinha,
Lote no campo. Volume cúbico e único (prisma retangular), 02 níveis. Pilotis, construída em concreto, alvenaria quartos de empregada, quartos, quartos de
e aço, parede em pedra, empena inclinada, vestir (closets), hall íntimo.
33 moldura estrutural (fachada), escada, Continuidade espacial, ambientes: sem
brises-soleils: colunas finas de metal legenda - hall íntimo, quartos, varanda,
(grade). piscina.
Terreno inclinado. 03 níveis, volume trapezoidal. Ambientes: estar, jantar, copa, cozinha,
área de serviço, garagem, jardim de
34 inverno, biblioteca, escritório, sala de
jogos, depósito, quartos de empregada,
quartos, rouparia.
Terreno inclinado. 02 níveis, volume em 02 blocos. Pilotis, paredes envidraçadas. Ambientes: estar, jantar, escritório ou
35 Terreno inclinado, pátio 02 volumes trapezoidais, cor branca. Pátio interno, pilotis, parede de arrimo em quarto de hóspedes, cozinha, pátio central,
interno. Volume dois prismas trapezoidais, cor branca. pedra (estrutural), construída em concreto quarto de empregada, banheiro de
Terreno inclinado, pátio e vidro, cobertura inclinada em amianto, empregada, terraço, garagem.
central.. laje inclinada em concreto armado, rampa, Planta compacta, continuidade espacial,
moldura estrutural em concreto. ambientes: garagem, área de serviço.
Telhado em “V” ou telhado-borboleta, Zoneamento espacial, continuidade
pilotis, rampa, parede em pedra, pátio espacial, ambientes: sem plantas –
central. garagem, quarto de empregada, banheiro
de empregada.
02 níveis. Laje sinuosa e inclinada em concreto, Planta ortogonal (retangular em “L”),
galeria, jardim suspenso, pórtico ou ambientes: legenda na planta- estar, jantar,
marquise (entrada), escada para o telhado garagem, galeria, varanda, terraço,
36 (jardim-suspenso). quartos, banheiros, banheiro social
(lavabo), área de serviço, quartos de
empregada, banheiro de empregada, copa,
cozinha, sala de almoço, sala íntima.
Lote no campo. Blocos articulados. Pilotis, paredes envidraçadas, beirais, Ambientes: sem plantas.
terraço em balanço, escada helicoidal com
37 degraus suspensos, mural de cerâmica,
jardins tropicais.
Lote no campo. Jogo de volumes e planos. Cobertura em telha de alumínio ondulada Ambientes: estar, galeria, quartos, jantar,
Terreno na montanha. com estrutura em treliça metálica, rampa, copa, cozinha, despensa, quartos de
cascata. hóspedes, escritório, área de serviço,
38 Técnica e materiais industriais, cobertura quartos de empregada.
em telha de alumínio ondulada com Continuidade espacial, ambientes: sem
estrutura em treliça metálica, rampa em legenda – estar, quartos, galeria.
concreto, galeria, paredes envidraçadas.
Terreno inclinado. 02 níveis. Técnicas industriais, cobertura plana, Ambientes: Bloco Principal: estar, jantar, Síntese entre o
Terreno inclinado. 02 níveis, volume horizontal (retangular). estrutura em concreto armado, pilotis, laje quartos, biblioteca, copa, cozinha, quarto tradicional e o
Pátio interno. Volume cubista (retangular). de cobertura com revestimento asfáltico e de empregada, banheiro, garagem, sala de moderno, influência
folhas de alumínio, cobertura em telha jogos, depósito e Pavilhão Anexo: organicista.
ondulada de amianto, colchão de ar escritório, quarto de hóspedes, quarto de
isolante, pátio, ossatura independente, vestir (closet), terraço e banheiros.
paredes em tijolo aparente, mobília Ambientes: sem legenda – Bloco
divisória, cobogós em concreto pré- Principal: varanda, galeria e Pavilhão
moldado (pré-fabricado), parede Anexo.
envidraçada, grade de correr. Continuidade espacial, ambientes: Bloco
Modulada (planta, estrutura e volume), Principal: banheiro, copa, cozinha,
39 parede em tijolo aparente, construída em quartos, hall de entrada, quarto de costura,
madeira, concreto e vidro, ossatura estar, jantar, área de serviço, pátio interno,
independente, moldura estrutural em galeria, varanda e Pavilhão Anexo: ateliê,
concreto armado, galeria, laje plana, quarto de hóspedes.
brises-soleils fixos em cerâmica
hidráulica, cobogós.
Ossatura independente, moldura estrutural
em concreto, pátio interno, galeria, brises-
soleils fixos, grades de proteção, mobília
divisória, paredes envidraçadas, parede de
tijolo aparente, venezianas de correr
(porta-janelas), estrutura em concreto,
estrutura em madeira.
03 níveis. Galeria, pilotis, cobertura em telha Ambientes: estar, jantar, escritório, sala Síntese entre o
cerâmica, treliças em madeira. íntima, copas, cozinha, quarto de costura, tradicional e o
40 garagem, área de serviço, quartos de moderno.
empregada, depósito, quartos.
Terreno grande, ocupação Fachadas ocultas pelo verde, térrea. Paredes envidraçadas, brises-soleils em Continuidade espacial, ambientes: estar, Tendência
de 25% (300m2), pátios concreto pré-moldado, treliças em jantar, pátios internos, cozinha, quartos de organicista e
internos. concreto armado (cobertura dos pátios), empregada, garagem, quartos, quarto de funcionalista (forma
Lote urbano, terreno de pátios internos, portas envidraçadas, costura, área de serviço. = função).
esquina, recuos-jardins, galeria, mobília divisória com tratamento Continuidade espacial, planta
pátios internos. acústico (lã de vidro). descompacta, ambientes: lago, pátios
Recuos-jardins, brise-soleil de concreto internos, área de serviço, lareira, garagem,
41 armado e pré-moldado, materiais galerias, quartos de empregada, banheiro
industrializados, portas envidraçadas, de empregada, cozinha, despensa, quartos,
pérgola de concreto armado, grades, estar, jantar.
cobertura com telhas de amianto com uma
água, mobília divisória com tratamento
acústico (lã de vidro), pátios internos,
galerias.
Terreno inclinado. 02 níveis. Laje de cobertura sinuosa em concreto Ambientes: estar, jantar, copa, cozinha,
Terreno inclinado. 02 níveis. armado, beiral-balanço (laje), parede piscina, quartos, sala íntima, área de
02 níveis (sendo um o subsolo), cor branca. curva em lambris de madeira, paredes serviço.
envidraçadas, pilares de aço, escultura. Continuidade espacial, ambientes: sem
Laje de cobertura sinuosa e plana em legenda – estar, jantar, piscina, quartos.
42 concreto armado, beiral-balanço (laje), Continuidade espacial, ambientes: estar,
paredes envidraçadas, escada cavada na jantar, copa, cozinha, piscina, quartos,
rocha, construída em concreto, aço e saleta, terraço.
vidro.
Laje de concreto plana e sinuosa, paredes
envidraçadas, pilares de aço.
Lote no campo, terreno Planta em 02 blocos, 02 volumes trapezoidais, 02 níveis. Galeria, pilotis. Planta em 02 blocos, ambientes: estar,
grande, terreno inclinado. 02 volumes trapezoidais, planta em 02 blocos, cor Telhado-borboleta, galeria, parede vazada jantar, quartos, sala de jogos, copa,
branca. de tijolos, escada, parede de tijolo cozinha, despensa, quartos de empregada,
aparente, brises-soleils, esquadrias em galeria, área de serviço, piscina, garagem.
43 madeira, vidro, grade e frisos de concreto Planta em 02 blocos, ambientes: sem
armado. legenda – estar, quartos, copa, cozinha,
despensa, quartos de empregada, banheiro
de empregada, área de serviço.
Lote urbano, lote exíguo, Rampa, portas envidraçadas, parede Continuidade espacial, ambientes:
terreno inclinado. envidraçada, paredes envidraçadas de escritório, depósito, estar, jantar, copa,
canto. cozinha, área de serviço, quarto de
44 empregada, quartos, rouparia, varanda,
bar, banheiro social (lavabo), hall de
entrada.
Lote no campo. Plantas em 03 blocos articulados, 02 níveis. Pilotis, galeria, cobertura: telhas de Ambientes: estar, jantar, quarto de
amianto, colchão de ar isolante, placa fina costura, escritório, quartos, banheiros,
45 de lajotas e teto revestido em madeira copas, cozinha, área de serviço, garagem,
apoiado em estrutura de concreto armado, quartos de empregada, banheiro de
cobertura com beiral (balanço), rebaixo no empregada, depósito, sala de jogos, bar,
teto dos banheiros, ventiladores de piscina, galeria, hall de entrada, hall de
amianto (telhado), teto de tijolos de vidro, serviço, terraços.
clarabóias, parede de azulejos, mural de Ambientes: sem plantas – terraços.
azulejos, jardins tropicais.
Pilotis, paredes envidraçadas, volume em
03 blocos retangulares, cobertura com
beiral (balanço), escada helicoidal, jardins
tropicais, mural de azulejos.
Terreno inclinado, lote no 02 níveis. Pátios centrais, escada, portas Ambientes: estar, jantar, banheiro social
campo, pátios centrais. envidraçadas, paredes em pedra. (lavabo), copa, cozinha, despensa, pátios
centrais, quartos, banheiros, rouparia,
46 quartos de empregada, copa dos
empregados, banheiro de empregada, área
de serviço, garagem, terraço, piscina.
Terreno inclinado, lote 02 níveis (subsolo). Moldura estrutural em concreto. Ambientes: sem plantas.
47 urbano.
Terreno inclinado. Cor branca, 03 níveis. Pé-direito alto, esquadrias de alumínio, Ambientes: casa de máquinas, casa do
janelas envidraçadas, paredes incinerador, estar, jantar, copa, cozinha,
48 envidraçadas, pilotis, móbile, teto com área de serviço, casa do ar condicionado,
tratamento acústico (estar): caixas em depósito, quartos de empregada, quartos,
tabuleiro de xadrez. terraço, quartos, escritório.
Escada helicoidal, galeria, escada de Continuidade espacial, ambientes: hall de
Terreno inclinado. serviço, pé-direito alto, paredes entrada, chapelaria, biblioteca, bar, estar,
envidraçadas, portas envidraçadas de jantar, banheiros sociais (lavabos), estufa,
correr. despensa, copa, cozinha, sala de refeições
dos empregados (copa), área de serviço,
49 garagem, depósito, casa do ar
condicionado, escritório, laboratório
fotográfico, câmara escura, quartos,
rouparia, quartos de empregada, banheiros
de empregada.
02 níveis. Estrutura modulada em aço (vigas e Ambientes: terraço, varanda, hall de Síntese entre o
colunas de 10 x 10 cm), paredes entrada, estar, jantar, escritório, tradicional e o
envidraçadas, cobertura em telha chapelaria, copas, cozinha, depósitos, moderno, influência
50 cerâmica, treliças (janelas), piso em despensa, adega, área de serviço, quartos de Lúcio Costa.
granito, laje de piso em balanço, escada de empregada, quarto da governanta, sala
social, jardins tropicais. de jogos, quartos, quarto de vestir (closet),
sala íntima, quarto de hóspedes, rouparias.
Terreno inclinado, pátios 03 níveis. Mobiliário moderno, mobília fixa Continuidade espacial, ambientes: lago, Síntese entre o
internos. (alvenaria), galeria, pátios internos, estar, bar, escritório, jantar, garagem, tradicional e o
51 pérgola. quartos, rouparia, copa, cozinha, área de moderno, tendência
serviço, quartos de empregada, banheiro orgânica.
de empregada, escada de serviço.
Lote no campo, terreno 02 níveis, jogos de cores. Pilotis, estrutura em concreto armado, Ambientes: estar, sala de jogos, jantar, Síntese entre o
inclinado. paredes em tijolo aparente, paredes em copa, cozinha, despensa, quartos, tradicional e o
52 alvenaria, tetos (forros) em madeira, garagem, depósito, quartos de empregada, moderno.
jardins tropicais. casa de máquinas, área de serviço, terraço,
varanda.

Lote urbano, implantação no Paredes envidraçadas (estrutura em Planta compacta, continuidade espacial,
53 centro do terreno, lote elementos retangulares de concreto pré- ambientes: sem legenda – varanda, estar.
exíguo. moldado), jardins tropicais.
Terreno inclinado, lote 03 andares, planta ortogonal em forma de “U”, volume Pilotis, pátio interno. Planta ortogonal em forma de “U”,
urbano, pátio interno. ortogonal. ambientes: garagem, sala de jogos, copa,
piscina, pátio interno, sala de estar,
54 escritório, adega, jantar, sala de almoço,
cozinha, área de serviço, lavanderia,
rouparia, vestiário, quarto, banheiro.
Volume ortogonal retangular, 02 níveis. Pilotis, concreto aparente. Continuidade espacial, Ambientes: sem
55 plantas – estar, pátios internos, terraços,
piscina.
Pátio interno. 02 andares, fachada com diversos planos e texturas. Moldura estrutural em concreto, paredes Ambientes: sem legenda – área de serviço,
56 envidraçadas, brises-soleils, pátio interno, quartos, pátio central.
revestimento em madeira (fachada),
03 andares. Revestimento em pó de pedra cinza, Ambientes: hall, biblioteca, jantar, copa,
materiais e acabamentos de luxo, janelas cozinha, hall de serviço, sala para
horizontais, paredes envidraçadas, jardins empregados, banheiro, central de ar
57 tropicais. condicionado, oficina, vestiário, quarto,
varanda, quarto de hóspede, rouparia,
quarto de empregada, casa de máquinas.
Lote urbano, terreno 04 andares, fachadas frontal e posterior trabalhadas, Construída em concreto armado, terraço- Continuidade espacial, ambientes: legenda Influência
estreito, implantação fachadas laterais cegas. jardim, pilotis, galerias, escadas, jardins na planta ilegível – estar, quartos, galerias, corbuseriana.
estende-se no sentido internos (laterais), pátio de serviço, pátio de serviço, terraço-jardim.
longitudinal, jardins internos elementos vazados pré-fabricados de
58 (laterais), pátio de serviço. concreto, janelas horizontais com
persianas de madeira, brises-soleils
móveis, painéis decorativos, jardins
tropicais.
Lote no campo, pátio 02 andares, planta quadrada, volume em 02 blocos Paredes em adobe, cobertura em palha, Planta quadrada, Ambientes: varanda, Influência vernacular
interno. cúbicos (retangulares). estrutura em madeira rústica, bases piscina, estar, lareira, jantar, cozinha, (artesanal).
(fundações) em concreto armado, piso em quarto (mezanino), pátio interno, quarto
59 tábua corrida, escada helicoidal em de empregada, sala dos empregados.
madeira, mezanino, pé-direito alto, pátio
interno, revestimento cerâmico.
Lote urbano, pátio central, Volumes cúbicos articulados, jogo de cores. Parede vazada, revestimento em cerâmica Continuidade espacial, ambientes: sem
60 jardins internos (laterais). vermelha, pátio central, pérgola, jardins legenda – estar, pátio central, garagem,
internos (laterais). quartos de empregada, área de serviço.
Lote no campo. 02 níveis, modulada. Pilotis, construída em: tijolos (alvenaria), Modulada, ambientes: hall, estar, quarto,
61 concreto e vidro, cobertura com laje escritório, cozinha, banheiro, quarto de
abobadada em concreto. empregada, área de serviço, garagem.
Lote na praia. Cobertura em telha cerâmica em duas Ambientes: sem plantas – varanda. Síntese entre o
62 águas, venezianas. tradicional e o
moderno.
Volume horizontal - paralelepípedo retangular, volume Pilotis, estrutura em concreto bruto, Ambientes: sem plantas – piscina, área de Tendência brutalista.
63 vertical - caixa d’água, 02 níveis, fachada modulada. janelas horizontais, peitoris superpostos serviço, banheiro, cozinha, quartos.
(pias e armários), parede vazada (blocos
vazados pré-fabricados de cimento),
escada helicoidal em concreto bruto.
Terreno acidentado. Volume ortogonal, modulada, 02 níveis, fachada Construída em: concreto, madeira, pedra e Continuidade espacial, modulada, Síntese entre
inclinada. vidro, cobertura em amianto, colchão de ambientes: estar, escritório, estar íntimo, organicismo e
Plantas de ângulos retos, modulação (1,20m), 03 níveis, ar entre a telha e a laje, tijolos vazados nas quartos, piscina. racionalismo.
volume inferior maciço e fechado, volume superior leve empenas, parede em pedra (revestimento), Plantas de ângulos retos, modulação Síntese entre
e transparente, jogo de cores: tijolos vermelhos viga em madeira, espelho d’água. (1,20m), continuidade espacial, organicismo e
envernizados (paredes e forro), preto fosco sobre os Elementos padronizados e pré-fabricados, ambientes: sem legenda – estar, quartos, racionalismo.
elementos em concreto, vigas de madeira amarelada construída em: concreto, pedra e vidro, terraço, solário, piscina, vestíbulo
com óxido de cobre, pintura azul nos panos de vidro da cobertura plana tripartida em amianto, superior-escada-saleta inferior.
64 fachada, pavimento verde-esmeralda no terraço. colchão de ar entre a laje e a cobertura
(vigamento de concreto e madeira cruzado
e aparente), fachada inclinada, paredes em
pedra, canalizações contínuas (teto e
paredes internas com justaposição de
tijolos vazados), mobília colonial,
materiais brutos, tijolos vermelhos
envernizados, madeira.
Volume maciço e frio, fachada cega, desencontro de Concreto armado bruto, marquise (brise- Grandes vãos internos (jogo de espaços), Tendência brutalista.
65 níveis, grandes vãos internos (jogo de espaços). soleil), escada de serviço, grandes vãos ambientes: sem plantas – estar, jantar,
internos (jogo de espaços). escadas, corredor-balcão dos quartos.
Terreno inclinado, estreito e Volume geométrico ortogonal, 04 níveis, articulação de Estrutura em concreto bruto (quatro Continuidade espacial, ambientes: escada, Tendência brutalista.
abaixo do nível da rua, lote planos, superfícies e volumes, paredes cegas. pilares centrais, vastas lajes salientes elevador, banheiros, sauna, piscina, casa
urbano, implantação em superpostas e vigas contrafixas oblíquas), de máquinas, pátio, tanque de águas
profundidade (longitudinal). lajes em balanço, paredes envidraçadas, pluviais, acesso ao salão da crianças,
panos de metal e vidro nos cantos da cobertura da sala de jogos das crianças,
fachada, telhado-terraço, marquise, jardim, escada de serviço, ar
mecanismo de persianas basculantes e condicionado, área de serviço, despensa,
corrediças e estores de tecido (cortinas), cozinha, copa, saleta de almoço, estar,
66 ossatura independente, paredes de quartos de empregada, vestíbulo ou salão
fechamento em alvenaria, escadas em de recepção, escritório, quartos, varandas.
concreto e em balanço, escoamento
através de gárgulas ou condutores
verticais que despejam em canteiros,
pilotis, mobília meio antiga e meio
moderna, balcão de ferro forjado, piso de
desenhos coloridos, elevador.
Volume maciço. Condutores e canos pintados com zarcão Continuidade espacial, ambientes: sem Influência do
aparentes na fachada, caixa d’água plantas. brutalismo inglês.
metálica, laje de cobertura em concreto
armado, concreto bruto, divisões verticais
67 (externas ou internas) feitas em painéis
pré-fabricados em madeira: venezianas,
persianas brise-soleil e armários ou portas
com eixo central, telhado plano.
Volume maciço e horizontal em concreto, 02 níveis, Painéis em concreto bruto, pilotis, Ambientes: estar, jantar, quartos, Casas gêmeas,
68 simetria, paredes cegas. gárgulas, janelas horizontais, laje com banheiros, cozinha, área de serviço, tendência brutalista.
beiral, ventilação por bocas de lobo, varanda, galeria-escritório, pátio sob
paredes vazadas, mobília em concreto, pilotis, casa de máquinas.
paredes envidraçadas, pérgola, vigas e laje
de cobertura em concreto bruto, caixilhos
basculantes.
Cobertura plana, moldura estrutural lateral (fachadas Cobertura plana, ossatura independente Planta orgânica, ambientes: sem plantas. Síntese entre o
livres), planta orgânica e volume geométrico puro. em concreto armado, moldura estrutural tradicional e o
lateral (fachadas livres), arrimo em pedra moderno, entre o
bruta, laje de cobertura em balanço orgânico e o
69 (conjunto complexo que faz as vezes de racional.
laje), galerias externas, grades brise-soleil,
estrutura mista e aparente de concreto-
tijolo vazado do forro, madeira.
Terreno na praia. Assimetria e irregularidade, linhas quebradas (plantas, painéis de vidro, óculos, cobertura Planta irregular, zoneamento,Ambientes:
cortes, volumes, fachadas, laje de cobertura), volume abobadada (planos triangulares oblíquos). sem legenda.
70 em forma de tenda (casamata ou kasbah), cor branca,
volume maciço, aberturas raras, cobertura abobadada
(planos triangulares oblíquos).
ANEXO B
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DAS CASAS MODERNISTAS BRASILEIRAS

Casa Implantação e Aspectos Estéticos e Formais Aspectos Construtivos Aspectos Espaciais Obs.
Lote
02 níveis, volume cubista, fachada plana, simetria. Paredes estruturais de alvenaria revestidas Planta tradicional, continuidade espacial, Síntese entre o
com cal, esquadrias e caixilhos metálicos, ambientes: hall de entrada, hall íntimo, tradicional e o
grades, mobiliário moderno (desenhado terraços, estar, escritório, jantar, copa, moderno, influência
pelo arquiteto), paredes de tijolos, cozinha, depósito, banheiro social, corbuseriana, forma
01 revestimento em cimento branco, janelas banheiros íntimos, quartos, jardins não segue a função
horizontais, cobertura em telha cerâmica, tropicais, varandas, despensa. (planta não
platibanda, porta envidraçada com grade geradora).
de ferro, janelas de canto, paredes
envidraçadas, elementos antigos.
Volume cubista, jogo de planos e volumes, cor branca. Construída em concreto armado, Ambientes: sem plantas.
02 marquise, persianas vermelhas.
Volume assimétrico, volume cubista, cor branca. Marquise em “L” em concreto armado, Ambientes: estar, jantar, varanda, cozinha,
varanda, janela horizontal, construção em banheiros, hall de entrada, quartos,
03 concreto, mobiliário moderno (desenhado garagem., jardins tropicais.
pelo arquiteto), marquise em concreto
armado.
Terreno inclinado 04 níveis, volumes cúbicos, cor branca, jogos de Pilotis, terraço-jardim, ossatura Planta racional, continuidade espacial, Influência
volumes (justaposição e interpenetração). independente, laje em balanço (balcão da ambientes: hall de entrada, estar, jantar, corbuseriana
varanda), marquise em “L” em concreto banheiro social (lavabo), banheiros,
04 armado, caixilhos metálicos, janelas cozinha, quartos, varanda, terraço e
horizontais basculantes, construída em terraço-jardim.
concreto armado.
Lote exíguo, pátios internos. 02 níveis, volume cubista. Varanda, terraço-jardim, pilotis, pátios Continuidade espacial, ambientes: sem
05 internos, jardins tropicais, lambri de legenda.
madeira (revestimento paredes internas).
Lote urbano, pátio interno. Volume cubista (linhas retas), 02 níveis, cor branca. Paredes envidraçadas, laje de piso em Continuidade espacial, ambientes: sem Síntese entre o
balanço, estrutura em concreto armado, plantas. tradicional e o
cobertura em telha cerâmica, janelas moderno.
protegidas por beirais em telha cerâmica,
06 venezianas, brises-soleils: ripado em
madeira (treliça) cobrindo os terraços,
azulejos (enquadramento da porta de
serviço).
Lote no campo 02 níveis, volume trapezoidal e curvo (cobertura em Parede de vidro, laje de cobertura em Continuidade espacial, ambientes: estar, Não construída.
abóbada). concreto plana, laje de cobertura em jantar, copa, cozinha, terraço, garagem,
07 concreto em abóbada, escada helicoidal, quartos, banheiro e galeria.
mobília divisória, pé-direito alto, empena
de tijolos vazados, escultura, não
construída.
Terreno na colina Cobertura em 02 águas, paredes de tijolo Continuidade espacial, ambientes: sem Influência
aparente, estrutura em madeira (vigas ), plantas – cozinha, estar. wrightiniana
08 cobertura em telha cerâmica, paredes
envidraçadas, escada em pedra, chaminé,
clarabóia.
Jardins internos ou pátios Térrea Jardins internos ou pátios internos, Continuidade espacial, ambientes: hall de
internos. estrutura mista de concreto e colunas de entrada, lavatório, estar, jantar, biblioteca,
aço, cobertura em telha cerâmica com quartos, closet, banheiros, quartos de
uma água, pérgolas de madeira. empregada, quarto da governanta,
09 despensa, central de ar condicionado,
play-ground, sala de espera, copa,
cozinha, garagem, solário, terraços, área
de serviço.
Lote urbano, lote de Volume compacto, 02 níveis, cor branca. Cobertura em telha cerâmica, beiral, Continuidade espacial, planta assimétrica, Síntese entre
esquina, lote exíguo, pátio muxarabis nas janelas, pátio central, ambientes: varanda, estar, pátio central, tradicional e
central. janelas horizontais alinhadas e em jantar, implúvio, copa, cozinha, despensa, moderno.
simetria, brises-soleils móveis em madeira garagem, área de serviço, quartos de
(porta), jardins suspensos, jardins empregada, quartos, jardim de inverno
10 tropicais, estrutura em concreto armado, (suspenso), escritório, rouparia, terraços,
treliças, laje inclinada em concreto estúdio.
armado, paredes envidraçadas, laje de
cobertura em concreto, janelas com
venezianas em madeira.
Pátio interno, lote amplo. Térrea Pátio interno, paredes envidraçadas. Continuidade espacial, ambientes:
garagem, pátio interno, estar, jantar, copa,
11 cozinha, rouparia, despensa, área de
serviço, terraço, varanda, sala íntima,
quartos, closet, banheiro.
Terreno inclinado Térrea (com acréscimo do 2º andar), volume horizontal. Alpendre ou terraço, estrutura mista em Ambientes: estar, jantar, copa, cozinha,
aço e madeira, beirais em madeira, forro pátio interno, garagem, quartos,
12 de madeira. banheiros, closet, hall íntimo, área de
serviço, quartos de empregada, varanda.
Terreno inclinado, lote 03 níveis, volume compacto. Pilotis, construída em concreto, telhado Continuidade espacial, planta compacta,
urbano. inclinado de uma água, laje de cobertura ambientes: estar, escritório, quarto,
13 inclinada, parede de vidro, rampas, pé- banheiro, cozinha, garagem, quarto de
direito alto, empregada, varanda.
Volume único formado por 02 trapézios (retangulares Paredes envidraçadas. Continuidade espacial, ambientes: sem
14 em justaposição e interpenetração), plantas – estar, jantar.
Terreno na praia, lote 02 andares Jardim lateral, pilotis, escada móvel, Ambientes: estar, jantar, bar, copa,
exíguo, pátio de serviço, escada principal, clarabóias, pátio de cozinha, área de serviço, pátio de serviço,
jardim lateral. serviço, cobertura ondulada em amianto, quarto dos empregados, depósito, quartos.
15 persianas basculantes em madeira (pintada
listras coloridas) dentro de caixilhos
metálicos.
Terreno inclinado Volumes articulados e de linhas paralelas ao solo, Cobertura em telha cerâmica em diversas Ambientes: sem plantas – estar. Influência
16 águas, janelas horizontais, estrutura em wrightiniana, síntese
madeira, laje em balanço (estar), estrutura entre o tradicional e
metálica do balanço (vigas), paredes em o moderno.
tijolo aparente, arrimo em tijolo (pilares) e
concreto armado (placas pré-fabricadas).
Lote no campo 02 andares, bloco compacto, simetria, volume simétrico Paredes envidraçadas, pilotis, estrutura em Continuidade espacial, ambientes: sem Síntese entre o
e compacto (do exterior), bloco compacto, cor branca, concreto armado, síntese entre: concreto, plantas – estar, varanda, terraço. tradicional e o
vidro, madeira e pedra, cobertura em telha moderno, Influência
cerâmica, telhado-borboleta, janelas corbuseriana.
protegidas por beirais em telha cerâmica,
17 persianas (venezianas), treliças, ripado em
madeira (brises-soleils), cobertura com
estrutura em madeira (ripas e caibros),
painéis de vedação cheios, brises-soleils
fixos, parede em pedra, balaustrada de
linhas sinuosas (ornamento).
Terreno em colina 02 andares, Paredes em pedra, laje em balanço em Continuidade espacial, ambientes: sem Influência
concreto armado (estar), janelas plantas – estar. wrightiniana,
18 envidraçadas, cobertura em telha cerâmica
em única água.
Terreno de esquina, lote Térrea, cor branca. Pátios internos, recuos-jardins, jardins Continuidade espacial, planta não Zoneamento espacial
irregular e exíguo, pátios tropicais, clarabóia, blocos de concreto compacta, ambientes: lareira, estar, jantar,
internos, recuos-jardins. vazados e pré-moldados, estante divisória hall de entrada, quartos, quartos de
19 de madeira, galerias, brises-soleils, empregada, copa, cozinha, garagem,
cobertura ondulada em amianto, depósito, canteiro, telheiro.
elementos vazados em concreto pré-
fabricados, tijolos aparentes.
Terreno inclinado 03 níveis Galeria, rampa, escada, balaustrada em Ambientes: estar, jantar, quarto de
madeira, venezianas (portas). costura, copa, cozinha, quartos, quarto de
20 vestir (closet), garagem, quartos de
empregada, rouparia, solário, varanda,
terraço.
Lote exíguo 03 níveis, Pé-direito duplo, paredes envidraçadas, Ambientes: hall de entrada, estar, jantar,
21 mezanino, pérgolas, persianas horizontais. copa, cozinha, quarto de empregada, área
de serviço, garagem, quartos, escritório.
Cores: branco da caiação, azul colonial, cor da pedra e Pau-a-pique (estrutura de madeira coberta Ambientes: estar, jantar, copa, cozinha, Síntese entre
da madeira. com argila), cobertura original em sapê quartos, escritório. tradicional e
substituída por telhas cerâmicas, paredes moderno.
22 em pedra, pilares em madeira, esquadrias
em madeira (branco, amarelo e azul: cores
coloniais), balanço do telhado (beiral).
Pátio interno Volume 02 blocos cúbicos, 03 níveis, Pátio interno, rampa, brises-soleils Continuidade espacial, ambientes: estar, Influência
(janelas), venezianas (janelas). jantar, cozinha, garagem, depósito, quarto wrightiniana,
23 de empregada, escritório, quartos, solário,
pátio, área de serviço.
Pátio Central Volume em 02 blocos (trapézios), 02 níveis, ênfase dos Construída em concreto e vidro, paredes Continuidade espacial, interpenetração Influência
cheios sobre os vazios, cores escuras e claras. envidraçadas, cobertura em laje inclinada espacial, ambientes: terraço, estar, jantar, corbuseriana, síntese
24 em concreto, pilotis, escada envidraçada, cozinha, área de serviço, quartos de entre tradicional e
tijolos aparentes, chaminé (eixo da casa), empregada, quartos, garagem, escritório. moderno.
mobília de tijolos aparentes.
Terreno no campo 03 níveis Pilotis, quebra vento decorado com um Continuidade espacial, planta
(montanha), terreno mural de mosaico, laje em concreto tridimensional (dinâmica e articulada),
inclinado. armado, jardins tropicais, parede em pedra ambientes: estar, jantar, quartos, lareira,
(estrutural e revestimento), móbile, chapelaria, banheiro social (lavabo), copa,
25 venezianas em madeira (janelas cozinha, quartos de empregada, área de
basculantes), pé-direito duplo, paredes serviço, despensa, terraço, garagem, sala
envidraçadas, jardins tropicais, telhado- de jogos, jirau.
borboleta em telha cerâmica, beirais.
Lote no campo Volume trapezoidal, fachada inclinada. Treliças em madeira (brises-soleils), Ambientes: varanda, estar, jantar, cozinha,
jardins cobertos, quartos, banheiro, quarto de empregada,
26 banheiro de empregada, jardins ou pátios
cobertos.
Terreno no campo 02 níveis, volumes em blocos articulados, jogo de cores: Construída em: pedra, madeira e concreto, Ambientes: estar, jantar, quartos, rouparia, Influência de Lúcio
(montanha), terreno azul (venezianas), rosa (paredes). paredes em pedra, pátios centrais, pátio central, capela, sacristia, quarto do Costa, síntese entre o
inclinado, pátios centrais. cobertura em telha cerâmica de uma água, capelão, copa, cozinha, quartos de tradicional e o
paredes de alvenaria de tijolos caiadas, empregada, área de serviço, garagem, moderno.
27 venezianas de correr em madeira (cores terraço, quarto de hóspedes, galeria,
quentes), galerias (estrutura, piso e capela, jardim.
balaustrada em madeira), pilotis, mural
pintado, estrutura mista de madeira e
concreto armado, materiais locais.
Implantação no centro do Volume simétrico e compacto (do exterior), jogo de Paredes envidraçadas, cobertura em telha Continuidade espacial, ambientes: sem
terreno cores dos materiais. cerâmica, pérgola em concreto, brise- plantas.
soleils, venezianas, jogo de cores:
28 revestimento em pedra amarela,
elementos vazados de cerâmica vermelha,
tijolo aparente.
Lote urbano (subúrbio), Volume em 02 blocos: um volume maciço e sólido Técnicas industriais, pilotis em aço, Continuidade espacial, ambientes: estar, Influência
terreno inclinado, pátio (posterior) e um volume transparente (anterior), 02 estrutura em concreto armado, paredes jantar, lareira, quartos, pátio interno, wrightiniana (escada
central. níveis. envidraçadas, janelas sem balaustrada de quarto de vestir (closet), copa, cozinha, escultural).
29 proteção, pátio central, escada com adega, quartos de empregada, rouparia.
estrutura em aço e degraus de granito,
piso em mosaicos de vidro, mobília antiga
e moderna, lareira.
Lote urbano, lote de 02 níveis, jogos de volumes interiores (diversas Jardim lateral, telhado-borboleta, andar Planta retangular, jogo de espaços,
esquina, jardim lateral. perspectivas), 02 volumes trapezoidais. superior em balanço, estrutura em ambientes: escritório, estar, jantar, copa,
concreto, pilotis, jogo de materiais. cozinha, quartos de empregada, garagem,
30 depósito, quarto do motorista, área de
secagem de roupa, área de serviço,
quartos, quarto de vestir (closet), saleta,
terraço.
Pátio interno Volume cúbico, térrea, fachada retangular. Brises-soleils, pátio interno. Ambientes: estar, jantar, quarto, copa,
31 cozinha, quarto de empregada, área de
serviço, garagem.
Lote urbano, pátio central. 03 níveis Materiais de acabamento luxuosos, Ambientes: piscina, chapelaria, hall, Síntese entre os
32 pérgola, pátio central, pisos em mármore, cofre-forte, biblioteca, sala íntima, estar, elementos europeus
jardins tropicais, mural em azulejos, quartos, jantar, rouparia, copas, cozinha, clássicos, o
escultura em bronze, cobertura ondulada garagem, área de serviço, depósito, quarto tradicional brasileiro
em concreto (laje), cobogós. de empregada, sala de jogos, galerias, e o moderno.
terraço, pátio central.
Lote no campo Volume cúbico e único (prisma retangular), 02 níveis. Pilotis, construída em concreto, alvenaria Continuidade espacial, ambientes:
e aço, parede em pedra, empena inclinada, varanda, estar, jantar, cozinha, quartos de
33 moldura estrutural (fachada), escada, empregada, quartos, quartos de vestir
brises-soleils: colunas finas de metal (closets), hall íntimo, piscina.
(grade).
Terreno inclinado 03 níveis, volume trapezoidal. Ambientes: estar, jantar, copa, cozinha,
área de serviço, garagem, jardim de
34 inverno, biblioteca, escritório, sala de
jogos, depósito, quartos de empregada,
quartos, rouparia.
Terreno inclinado, pátio 02 níveis, volume em 02 blocos trapezoidais, cor branca. Pilotis, paredes envidraçadas, pátio Planta compacta, zoneamento espacial,
central. interno, parede de arrimo em pedra continuidade espacial, ambientes: estar,
(estrutural), construída em concreto e jantar, escritório ou quarto de hóspedes,
35 vidro, cobertura inclinada em amianto, cozinha, pátio central, quarto de
telhado-borboleta, laje inclinada em empregada, banheiro de empregada,
concreto armado, rampa, moldura terraço, garagem, área de serviço.
estrutural em concreto, rampa.
02 níveis Laje sinuosa e inclinada em concreto, Planta ortogonal (retangular em “L”),
galeria, jardim suspenso, pórtico ou ambientes: legenda na planta- estar,
marquise (entrada), escada para o telhado jantar, garagem, galeria, varanda, terraço,
36 (jardim-suspenso). quartos, banheiros, banheiro social
(lavabo), área de serviço, quartos de
empregada, banheiro de empregada, copa,
cozinha, sala de almoço, sala íntima.
Lote no campo Blocos articulados Pilotis, paredes envidraçadas, beirais, Ambientes: sem plantas.
terraço em balanço, escada helicoidal com
37 degraus suspensos, mural de cerâmica,
jardins tropicais.
Lote no campo (montanha) Jogo de volumes e planos Técnica e materiais industriais, cobertura Continuidade espacial, ambientes: estar,
em telha de alumínio ondulada com galeria, quartos, jantar, copa, cozinha,
38 estrutura em treliça metálica, cascata, despensa, quartos de hóspedes, escritório,
rampa em concreto, galeria, paredes área de serviço, quartos de empregada.
envidraçadas.
Terreno inclinado, pátio 02 níveis, volume cubista horizontal (retangular), Construída em madeira, concreto e vidro, Planta modulada, continuidade espacial, Síntese entre o
interno cobertura plana, odulada (planta, estrutura e volume). técnicas industriais, cobertura plana, ambientes: Bloco Principal: hall de tradicional e o
estrutura em concreto armado, estrutura entrada, estar, jantar, varanda, galeria, moderno, influência
em madeira, pilotis, laje de cobertura com quartos, biblioteca, quarto de costura, organicista.
revestimento asfáltico e folhas de copa, cozinha, área de serviço, quarto de
alumínio, cobertura em telha ondulada de empregada, banheiro, garagem, sala de
39 amianto, colchão de ar isolante, pátio jogos, depósito, pátio interno e Pavilhão
interno, ossatura independente, paredes Anexo: escritório, quarto de hóspedes,
em tijolo aparente, mobília divisória, quarto de vestir (closet), terraço e
cobogós em concreto pré-moldado (pré- banheiros.
fabricado), parede envidraçada, grade de
proteção de correr, modulada (planta,
estrutura e volume), parede em tijolo
aparente, moldura estrutural em concreto
armado, galeria, laje plana, brises-soleils
fixos em cerâmica hidráulica, galeria,
venezianas de correr (porta-janelas).
03 níveis Galeria, pilotis, cobertura em telha Ambientes: estar, jantar, escritório, sala Síntese entre o
cerâmica, treliças em madeira. íntima, copas, cozinha, quarto de costura, tradicional e o
40 garagem, área de serviço, quartos de moderno,
empregada, depósito, quartos.

Lote urbano, terreno de Fachadas ocultas pelo verde, térrea. Paredes envidraçadas, brises-soleils em Continuidade espacial, planta não Tendência
esquina, terreno grande, concreto pré-moldado, treliças em compacta, ambientes: lago, pátios organicista e
ocupação de 25% (300m2), concreto armado (cobertura dos pátios), internos, área de serviço, lareira, garagem, funcionalista (forma
pátios internos, recuos- pátios internos, portas envidraçadas, galerias, quartos de empregada, banheiro = função).
jardins. galeria, mobília divisória com tratamento de empregada, cozinha, despensa, quartos,
41 acústico (lã de vidro), recuos-jardins, estar, jantar, quarto de costura.
materiais industrializados, portas
envidraçadas, pérgola de concreto
armado, grades, cobertura com telhas de
amianto com uma água.
Terreno inclinado 02 níveis (sendo um o subsolo), cor branca. Construída em concreto, aço e vidro, laje Continuidade espacial, ambientes: estar,
de cobertura sinuosa e plana em concreto jantar, copa, cozinha, piscina, quartos,
armado, beiral-balanço (laje), parede sala íntima, área de serviço, terraço.
42 curva em lambris de madeira, paredes
envidraçadas, pilares de aço, escultura.,
escada cavada na rocha.
Lote no campo, terreno Planta em 02 blocos, 02 volumes trapezoidais, 02 níveis, Galeria, pilotis, telhado-borboleta, parede Planta em 02 blocos, ambientes: estar,
grande, terreno inclinado. cor branca. vazada de tijolos, escada, parede de tijolo jantar, quartos, sala de jogos, copa,
43 aparente, brises-soleils, esquadrias em cozinha, despensa, quartos de empregada,
madeira, vidro, grade e frisos de concreto banheiro de empregada, galeria, área de
armado. serviço, piscina, garagem.
Lote urbano, lote exíguo, Rampa, portas envidraçadas, parede Continuidade espacial, ambientes:
terreno inclinado. envidraçada, paredes envidraçadas de escritório, depósito, estar, jantar, copa,
canto. cozinha, área de serviço, quarto de
44 empregada, quartos, rouparia, varanda,
bar, banheiro social (lavabo), hall de
entrada.
Lote de campo Volume em 03 blocos retangulares, planta em 03 blocos Pilotis, galeria, cobertura: telhas de Ambientes: quartos, estar, jantar, terraços,
articulados, 02 níveis. amianto, colchão de ar isolante, placa fina sala de jogos, piscina, hall de entrada,
de lajotas e teto revestido em madeira galeria, quarto de costura, escritório,
apoiado em estrutura de concreto armado, banheiros, copas, cozinha, hall de serviço,
cobertura com beiral (balanço), rebaixo no área de serviço, garagem, quartos de
45 teto dos banheiros, ventiladores de empregada, banheiro de empregada,
amianto (telhado), teto de tijolos de vidro, depósito, sala de jogos, bar, piscina.
clarabóias, parede de azulejos, mural de
azulejos, jardins tropicais, paredes
envidraçadas, escada helicoidal.
46 Terreno inclinado, lote no 02 níveis Pátios centrais, escada, portas Ambientes: estar, jantar, banheiro social
campo, pátios centrais. envidraçadas, paredes em pedra. (lavabo), copa, cozinha, despensa, pátios
centrais, quartos, banheiros, rouparia,
quartos de empregada, copa dos
empregados, banheiro de empregada, área
de serviço, garagem, terraço, piscina.
Terreno inclinado, lote 02 níveis (subsolo) Moldura estrutural em concreto, Ambientes: sem plantas.
47 urbano.
Terreno inclinado Cor branca, 03 níveis, Pé-direito alto, esquadrias de alumínio, Ambientes: casa de máquinas, casa do
janelas envidraçadas, paredes incinerador, estar, jantar, copa, cozinha,
48 envidraçadas, pilotis, móbile, teto com área de serviço, casa do ar condicionado,
tratamento acústico (estar): caixas em depósito, quartos de empregada, quartos,
tabuleiro de xadrez. terraço, quartos, escritório.
Escada helicoidal, galeria, escada de Continuidade espacial, ambientes: hall de
Terreno inclinado serviço, pé-direito alto, paredes entrada, chapelaria, biblioteca, bar, estar,
envidraçadas, portas envidraçadas de jantar, banheiros sociais (lavabos), estufa,
correr. despensa, copa, cozinha, sala de refeições
dos empregados (copa), área de serviço,
49 garagem, depósito, casa do ar
condicionado, escritório, laboratório
fotográfico, câmara escura, quartos,
rouparia, quartos de empregada, banheiros
de empregada.
02 níveis Estrutura modulada em aço (vigas e Ambientes: terraço, varanda, hall de Síntese entre o
colunas de 10 x 10 cm), paredes entrada, estar, jantar, escritório, tradicional e o
envidraçadas, cobertura em telha chapelaria, copas, cozinha, depósitos, moderno, influência
50 cerâmica, treliças (janelas), piso em despensa, adega, área de serviço, quartos de Lúcio Costa.
granito, laje de piso em balanço, escada de empregada, quarto da governanta, sala
social, jardins tropicais. de jogos, quartos, quarto de vestir (closet),
sala íntima, quarto de hóspedes, rouparias.
Terreno inclinado, pátios 03 níveis, Mobiliário moderno, mobília fixa Continuidade espacial, ambientes: lago, Síntese entre o
internos. (alvenaria), galeria, pátios internos, estar, bar, escritório, jantar, garagem, tradicional e o
51 pérgola. quartos, rouparia, copa, cozinha, área de moderno, tendência
serviço, quartos de empregada, banheiro orgânica.
de empregada, escada de serviço.
Lote no campo, terreno 02 níveis, jogos de cores. Pilotis, estrutura em concreto armado, Ambientes: estar, sala de jogos, jantar, Síntese entre o
inclinado. paredes em tijolo aparente, paredes em copa, cozinha, despensa, quartos, tradicional e o
52 alvenaria, tetos (forros) em madeira, garagem, depósito, quartos de empregada, moderno.
jardins tropicais. casa de máquinas, área de serviço, terraço,
varanda.
Lote urbano, implantação no Paredes envidraçadas (estrutura em Planta compacta, continuidade espacial,
53 centro do terreno, lote elementos retangulares de concreto pré- ambientes: sem legenda – varanda, estar.
exíguo. moldado), jardins tropicais,
Terreno inclinado, lote 03 andares, planta ortogonal em forma de “U”, volume Pilotis, pátio interno. Planta ortogonal em forma de “U”,
urbano, pátio interno. ortogonal. ambientes: garagem, sala de jogos, copa,
piscina, pátio interno, sala de estar,
54 escritório, adega, jantar, sala de almoço,
cozinha, área de serviço, lavanderia,
rouparia, vestiário, quarto, banheiro.
Volume ortogonal retangular, 02 níveis. Pilotis, concreto aparente, Continuidade espacial, Ambientes: sem
55 plantas – estar, pátios internos, terraços,
piscina.
Pátio interno 02 andares, fachada com diversos planos e texturas. Moldura estrutural em concreto, paredes Ambientes: sem legenda – área de
56 envidraçadas, brises-soleils, pátio interno, serviço, quartos, pátio central.
revestimento em madeira (fachada),
03 andares Revestimento em pó de pedra cinza, Ambientes: hall, biblioteca, jantar, copa,
materiais e acabamentos de luxo, janelas cozinha, hall de serviço, sala para
horizontais, paredes envidraçadas, jardins empregados, banheiro, central de ar
57 tropicais. condicionado, oficina, vestiário, quarto,
varanda, quarto de hóspede, rouparia,
quarto de empregada, casa de máquinas.
Lote urbano, terreno 04 andares, fachadas frontal e posterior trabalhadas, Construída em concreto armado, terraço- Continuidade espacial, ambientes: legenda Influência
estreito, implantação fachadas laterais cegas, jardim, pilotis, galerias, escadas, jardins na planta ilegível – estar, quartos, corbuseriana
estende-se no sentido internos (laterais), pátio de serviço, galerias, pátio de serviço, terraço-jardim.
longitudinal, jardins internos elementos vazados pré-fabricados de
58 (laterais), pátio de serviço. concreto, janelas horizontais com
persianas de madeira, brises-soleils
móveis, painéis decorativos, jardins
tropicais.
Lote no campo, pátio 02 andares, planta quadrada, volume em 02 blocos Paredes em adobe, cobertura em palha, Planta quadrada, Ambientes: varanda, Influência vernacular
interno. cúbicos (retangulares). estrutura em madeira rústica, bases piscina, estar, lareira, jantar, cozinha, (artesanal)
(fundações) em concreto armado, piso em quarto (mezanino), pátio interno, quarto
59 tábua corrida, escada helicoidal em de empregada, sala dos empregados.
madeira, mezanino, pé-direito alto, pátio
interno, revestimento cerâmico.
Lote urbano, pátio central, Volumes cúbicos articulados, jogo de cores. Parede vazada, revestimento em cerâmica Continuidade espacial, ambientes: sem
60 jardins internos (laterais). vermelha, pátio central, pérgola, jardins legenda – estar, pátio central, garagem,
internos (laterais), quartos de empregada, área de serviço.
Lote no campo 02 níveis, modulada. Pilotis, construída em: tijolos (alvenaria), Modulada, ambientes: hall, estar, quarto,
61 concreto e vidro, cobertura com laje escritório, cozinha, banheiro, quarto de
abobadada em concreto. empregada, área de serviço, garagem.
Lote na praia Cobertura em telha cerâmica em duas Ambientes: sem plantas – varanda. Síntese entre o
62 águas, venezianas. tradicional e o
moderno.
Volume horizontal - paralelepípedo retangular, volume Pilotis, estrutura em concreto bruto, Ambientes: sem plantas – piscina, área de Tendência brutalista
vertical - caixa d’água, 02 níveis, fachada modulada. janelas horizontais, peitoris superpostos serviço, banheiro, cozinha, quartos.
63 (pias e armários), parede vazada (blocos
vazados pré-fabricados de cimento),
escada helicoidal em concreto bruto.
Terreno acidentado Volume ortogonal, fachada inclinada, plantas de ângulos Construída em: concreto, madeira, pedra e Plantas de ângulos retos, modulação Síntese entre
retos, modulação (1,20m), 03 níveis, volume inferior vidro, tijolos vazados nas empenas, (1,20m), continuidade espacial, organicismo e
maciço e fechado, volume superior leve e transparente, parede em pedra (revestimento), viga em ambientes: estar, quartos, terraço, racionalismo.
jogo de cores: tijolos vermelhos envernizados (paredes e madeira, espelho d’água, cobertura plana escritório, solário, piscina, vestíbulo
64 forro), preto fosco sobre os elementos em concreto, tripartida em amianto, colchão de ar entre superior-escada-saleta inferior.
vigas de madeira amarelada com óxido de cobre, pintura a laje e a cobertura (vigamento de
azul nos panos de vidro da fachada, pavimento verde- concreto e madeira cruzado e aparente),
esmeralda no terraço. paredes em pedra, canalizações contínuas
(teto e paredes internas com justaposição
de tijolos vazados), mobília colonial,
materiais brutos, tijolos vermelhos
envernizados, madeira, elementos
padronizados e pré-fabricados,.
Volume maciço e frio, fachada cega, desencontro de Concreto armado bruto, marquise (brise- Grandes vãos internos (jogo de espaços), Tendência brutalista
níveis, grandes vãos internos (jogo de espaços). soleil), escada de serviço, grandes vãos ambientes: sem plantas – estar, jantar,
65 internos (jogo de espaços). escadas, corredor-balcão dos quartos.

Terreno inclinado, estreito e Volume geométrico ortogonal, 04 níveis, articulação de Estrutura em concreto bruto (quatro Continuidade espacial, ambientes: escada, Tendência brutalista
abaixo do nível da rua, lote planos, superfícies e volumes, paredes cegas, pilares centrais, vastas lajes salientes elevador, banheiros, sauna, piscina, casa
urbano, implantação em superpostas e vigas contrafixas oblíquas), de máquinas, pátio, tanque de águas
profundidade (longitudinal). lajes em balanço, paredes envidraçadas, pluviais, acesso ao salão da crianças,
panos de metal e vidro nos cantos da cobertura da sala de jogos das crianças,
fachada, telhado-terraço, marquise, jardim, escada de serviço, ar
mecanismo de persianas basculantes e condicionado, área de serviço, despensa,
corrediças e estores de tecido (cortinas), cozinha, copa, saleta de almoço, estar,
66 ossatura independente, paredes de quartos de empregada, vestíbulo ou salão
fechamento em alvenaria, escadas em de recepção, escritório, quartos, varandas.
concreto e em balanço, escoamento
através de gárgulas ou condutores
verticais que despejam em canteiros,
pilotis, mobília meio antiga e meio
moderna, balcão de ferro forjado, piso de
desenhos coloridos, elevador.
Volume maciço Condutores e canos pintados com zarcão Continuidade espacial, ambientes: sem Influência do
aparentes na fachada, caixa d’água plantas. brutalismo inglês
metálica, laje de cobertura em concreto
armado, concreto bruto, divisões verticais
67 (externas ou internas) feitas em painéis
pré-fabricados em madeira: venezianas,
persianas brise-soleil e armários ou portas
com eixo central, telhado plano.
Volume maciço e horizontal em concreto, 02 níveis, Painéis em concreto bruto, pilotis, Ambientes: estar, jantar, quartos, Casas gêmeas,
simetria, paredes cegas. gárgulas, janelas horizontais, laje com banheiros, cozinha, área de serviço, tendência brutalista.
beiral, ventilação por bocas de lobo, varanda, galeria-escritório, pátio sob
68 paredes vazadas, mobília em concreto, pilotis, casa de máquinas.
paredes envidraçadas, pérgola, vigas e laje
de cobertura em concreto bruto, caixilhos
basculantes.
Cobertura plana, moldura estrutural lateral (fachadas Cobertura plana, ossatura independente Planta orgânica, ambientes: sem plantas. Síntese entre o
livres), planta orgânica e volume geométrico puro. em concreto armado, moldura estrutural tradicional e o
lateral (fachadas livres), arrimo em pedra moderno, entre o
bruta, laje de cobertura em balanço orgânico e o
69 (conjunto complexo que faz as vezes de racional.
laje), galerias externas, grades brise-soleil,
estrutura mista e aparente de concreto-
tijolo vazado do forro, madeira.
Terreno na praia assimetria e irregularidade, linhas quebradas (plantas, painéis de vidro, óculos, cobertura Planta irregular, zoneamento,Ambientes:
cortes, volumes, fachadas, laje de cobertura), volume em abobadada (planos triangulares oblíquos). sem legenda.
70 forma de tenda (casamata ou kasbah), cor branca,
volume maciço, aberturas raras, cobertura abobadada
(planos triangulares oblíquos).
ANEXO C
CARACTERÍSTICAS RECORRENTES NA CASA MODERNISTA BRASILEIRA (QUADRO GERAL DO PARADIGMA RESIDENCIAL MODERNISTA
BRASILEIRO)

Implantação e Aspectos Estéticos e Formais Aspectos Construtivos Aspectos Espaciais Obs.


Lote
Dimensão e Forma do Níveis: Estrutura: Planta: Sínteses:
Lote: Térrea, térrea (com acréscimo do 2º andar), 02 Paredes estruturais de alvenaria revestidas com cal, Planta tradicional, planta racional, planta Síntese entre
Lote exíguo, lote amplo, níveis, 02 níveis (sendo um o subsolo), 03 níveis, parede estrutural em tijolos (arrimo),parede assimétrica, planta compacta, planta não compacta, tradicional e moderno,
lote irregular, lote estreito. 04 níveis, desencontro de níveis. estrutural em pedra (arrimo), paredes em concreto planta tridimensional (dinâmica e articulada), síntese entre os
aparente, painéis em concreto bruto, estrutura planta retangular, planta ortogonal (retangular em elementos europeus
Localização do Lote: Volume: modulada, estrutura em concreto armado, estrutura “L”), planta modulada, planta ortogonal em forma clássicos, o tradicional
Lote urbano, lote no Volume cubista, volume assimétrico, volume em concreto armado bruto, estrutura em madeira, de “U”, planta em 02 blocos, planta quadrada, brasileiro e o moderno,
campo, terreno na colina, simétrico, volume trapezoidal, volume curvo estrutura em madeira rústica, estrutura metálica, plantas ortogonal, planta irregular, planta orgânica. síntese entre
terreno na praia, terreno no (cobertura em abóbada), volume compacto, pilotis em concreto armado, pilares em madeira, organicismo e
campo (montanha). volume horizontal, volume único formado por 02 pilotis em aço, ossatura independente, moldura Disposição dos Ambientes: racionalismo.
trapézios (retangulares em justaposição e estrutural em concreto armado (fachada), laje do Continuidade espacial, disposição de ambientes de
Posição na Quadra: interpenetração), volume cúbico e único (prisma balcão da varanda em balanço, laje de piso em acordo com a insolação e ventilação, Influências/
Lote de esquina retangular), volumes articulados, volume de linhas balanço, laje de cobertura em concreto plana, laje interpenetração espacial, jogo de espaços, Tendências:
paralelas ao solo, bloco compacto, volume em 02 de cobertura em concreto em abóbada, laje de zoneamento espacial, grandes vãos internos (jogo Influência
Topografia do Terreno: blocos trapezoidais, volume 02 blocos cúbicos, cobertura inclinada em concreto armado, laje de de espaços). corbuseriana,
Terreno inclinado, terreno jogo de volumes (justaposição e interpenetração), cobertura sinuosa e inclinada em concreto armado, influência wrightiniana
acidentado, terreno abaixo volume maciço e sólido, volume transparente e laje de cobertura sinuosa e plana em concreto Ambientes: influência organicista,
do nível da rua. leve, volume cubista horizontal (retangular), armado laje de cobertura em concreto, cobertura Ambientes Sociais: hall de entrada, estar, vestíbulo influência de Lúcio
volume em 03 blocos retangulares, volume em telha de alumínio ondulada com estrutura em ou salão de recepção, sala de espera, jantar, sala de Costa, tendência
Tipo de Implantação: ortogonal, volumes cúbicos articulados, volume treliça metálica, jardins suspensos, rampas em almoço, banheiro social ou lavabo, lavatório, bar, organicista e
Implantação no centro do vertical - caixa d’água, volume em forma de tenda concreto armado, marquise em concreto armado, lareira, chapelaria, sala de jogos, salão das funcionalista,
terreno, ocupação de 25% (casamata ou kasbah). pórtico em concreto armado, escada em balanço, crianças, capela, sacristia, adega, piscina, sauna, influência vernacular
(300m2), implantação elementos vazados pré-fabricados em concreto playground, estufa. (artesanal), tendência
estende-se no sentido Fachada (Planos e Superfícies): armado, painéis de vedação pré-fabricados em brutalista, influência
longitudinal. Fachada plana, simetria, jogo de planos, fachada concreto armado, frisos de concreto armado. Ambientes Íntimos: hall íntimo, quartos, quarto de do brutalismo inglês.
inclinada, fachada retangular, fachadas ocultas vestir ou closet, banheiros íntimos, cofre-forte,
Elementos da pelo verde, fachada com diversos planos e Soluções, Elementos e Materiais Construtivos: escritório, biblioteca, rouparia, estúdio, sala íntima Características:
Implantação: texturas, fachadas frontal e posterior trabalhadas, Elementos antigos, elementos modernos, técnicas ou saleta, quarto de costura, quarto do capelão, Forma não segue a
Pátios internos, pátio fachadas laterais cegas, fachada modulada, industriais, elementos construtivos padronizados e quarto de hóspedes, laboratório fotográfico, função (planta não
central, jardins internos, moldura estrutural (fachadas livres). pré-fabricados. câmara escura, quarto (mezanino), corredor-balcão geradora), zoneamento
pátio de serviço, jardim Jogo de materiais modernos e tradicionais, dos quartos. espacial, casas
lateral, recuos-jardins. Forma da Cobertura: materiais locais, materiais de acabamento gêmeas.
Cobertura plana, cobertura inclinada, cobertura luxuosos, materiais industriais, materiais rústicos, Ambientes de Serviço: copa, cozinha, depósito,
ondulada, cobertura sinuosa, cobertura abobadada. materiais artesanais, materiais brutos. despensa, rouparia, garagem., copa dos
empregados, hall de serviço, área de serviço,
Forma da Planta: Fechamentos: paredes envidraçadas, paredes quartos de empregada, quarto da governanta,
Planta em 02 blocos, planta em 03 blocos envidraçadas de canto, paredes de tijolo aparente, banheiro de empregada, quarto do motorista,
articulados, planta ortogonal em forma de “U”, paredes de alvenaria de tijolos caiadas, parede vestiário, sala dos empregados, área de secagem de
planta quadrada, planta ortogonal, planta orgânica. vazada de tijolos, parede em pau-a-pique, paredes roupa, oficina, central de ar condicionado, casa de
em adobe, parede em pedra, paredes em concreto máquinas, casa do incinerador, tanque de águas
Outros Pontos que Constituem a Forma: aparente, paredes vazadas em blocos pré- pluviais.
Linhas retas, ênfase dos cheios sobre os vazios, fabricados em concreto, divisões verticais
jogo de perspectivas interiores, modulação, (externas ou internas) feitas em painéis pré- Ambientes de Ligação e/ ou Transição: terraços,
grandes vãos internos, composição assimétrica e fabricados em madeira janelas horizontais, painéis varandas, jardins tropicais, terraço-jardim, galeria,
irregular. em concreto bruto. solário, pátio central, implúvio, jardim de inverno,
jardim de inverno (suspenso), pátio de serviço,
Esquadrias: janelas basculantes, janelas protegidas canteiro, telheiro, pátio interno, jirau, jardins ou
por beirais em telha cerâmica, janelas de canto, pátios cobertos, hall, lago, escada de serviço,
porta envidraçada com grade de ferro, porta vestíbulo superior-escada-saleta inferior, escada,
envidraçada de correr, esquadrias metálicas, elevador, pátio sob pilotis.
esquadrias em madeira, caixilhos metálicos,
caixilhos basculantes, grades fixas, grades de
correr, clarabóia, bocas de lobo, óculos.

Cobertura: cobertura em telha cerâmica, cobertura


inclinada com uma água, cobertura inclinada com
02 águas, cobertura inclinada com diversas águas,
cobertura ondulada em amianto, cobertura plana
tripartida em amianto, cobertura inclinada em
amianto, cobertura em sapê, cobertura em palha,
cobertura ondulada em concreto (laje), cobertura
em telha de alumínio ondulada com estrutura em
treliça metálica, telhado-borboleta, cobertura
abobadada (planos triangulares oblíquos), treliças
em concreto armado, laje de cobertura com
revestimento asfáltico e folhas de alumínio,
colchão de ar isolante, sistemas complexos de
proteção termo-acústica da cobertura, beiral,
platibanda, empena inclinada, empena de tijolos
vazados (colchão de ar), ventiladores de amianto
(telhado), teto de tijolos de vidro, gárgulas ou
condutores verticais, condutores e canos metálicos
pintados com zarcão aparentes na fachada,
marquise em concreto armado.

Elementos Protetores: persianas, persianas


basculantes em madeira, venezianas, venezianas de
correr, muxarabis, treliças, brises-soleils fixos,
brises-soleils móveis, brises-soleils tipo ripado em
madeira (treliça), brises-soleils tipo colunas finas
de metal (grade), cobogós, pérgolas.

Revestimentos, Forros e Pisos: lambri de madeira


(revestimento paredes internas), revestimento em
azulejos, forro de madeira, piso em tábua corrida,
piso em granito, piso em mármore, piso em
cerâmica

Elementos Arquitetônicos: pórtico em concreto


armado, rampas em concreto armado, escada
helicoidal, escada móvel, escada envidraçada,
escada esculpida na rocha, escada em balanço,
peitoris superpostos (pias e armários), quebra
vento, chaminé, lareira, cascata, jardins suspensos,
balaustrada em madeira, balaustrada metálica,
elevador, caixa d’água metálica, espelho d’água.

Mobiliário: mobiliário moderno, mobília divisória,


mobília divisória com tratamento acústico (lã de
vidro), mobília de tijolos aparentes, mobília fixa
(alvenaria), mobília antiga, mobília colonial,
mobília em concreto.

Outras Soluções: pé-direito alto, ambientes com


proteção acústica (tabuleiro de xadrez).

Arte:
Esculturas, móbiles, murais em mosaico
(azulejos, pastilhas ou cerâmica), murais pintados,
painéis decorativos.
Cores:
Cor branca, persianas vermelhas, persianas
listradas de amarelo e branco, jogo de cores
(branco, amarelo e azul: cores coloniais), cores
escuras e claras, cores quentes, jogo de cores,
cores atribuídas aos materiais (revestimento em
pedra amarela, elementos vazados de cerâmica
vermelha, tijolo aparente).
ANEXO D
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DAS CASAS MODERNISTAS POTIGUARES

Casa Implantação e Aspectos Estéticos e Formais Aspectos Construtivos Aspectos Espaciais Obs.
Lote
Lote urbano, lote de 02 níveis, volume cubista tipo prisma sobre prisma, Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta tradicional, planta assimétrica, Síntese entre o
esquina, lote regular volume em 02 blocos, volume assimétrico, fachada concreto armado, laje de cobertura plana planta compacta, planta em 02 blocos, tradicional e o
quadrado, lote médio, pátio inclinada, fachada com diversos planos e texturas, em concreto, marquise em concreto planta em “U”, planta colada nos limites moderno, função
interno, terreno acima do fachada lateral cega, fachada com moldura (paredes armado, moldura (paredes laterais, laje de lateral e posterior do lote, zoneamento segue a forma
nível da rua, implantação na laterais, laje de piso e platibanda), cobertura inclinada, piso e platibanda), paredes de alvenaria espacial, disposição dos ambientes de (planta não
lateral e fundos do terreno, empena inclinada, planta em 02 blocos, planta em “U”, simples e revestidas com massa, paredes acordo com a insolação e ventilação, geradora), modelo de
recuos frontal e lateral, planta colada nos limites lateral e posterior do lote, envidraçadas, esquadrias fixas ou móveis ambientes: varanda, varanda íntima moderno popular.
jardim. linhas retas e inclinadas, ênfase de vazios sobre os em madeira e vidro, porta envidraçada de (galeria), garagem, estar, jantar, lavatório,
cheios. correr, cobertura em telha cerâmica, sala de visita, despensa, cozinha, área de
01 cobertura inclinada com diversas águas, serviço, quarto de empregada, banheiro de
beiral, empena inclinada, colchão de ar empregada, quarto de engomar, depósito,
isolante, venezianas, brises-soleils fixos biblioteca, suítes - banheiro e closet, sala
em concreto armado, revestimento em de música, hall, pátio interno, salão de
mármore (fachada), revestimento em festas, salão de jogos, bar, banheiro
cerâmica, piso em cerâmica, escada social, piscina, jardim.
simples em alvenaria, balaustrada
metálica, jogo de materiais modernos e
tradicionais, materiais locais (pedra), cor
branca e cores atribuídas aos materiais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume cubista tipo prisma sobre prisma, Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta tradicional, planta assimétrica, Síntese entre o
quadra, lote irregular, lote volume em 02 blocos, fachada inclinada, volume concreto armado, laje de cobertura plana planta compacta, planta em único bloco + tradicional e o
médio, terreno acima do assimétrico, fachada com diversos planos e texturas, em concreto, moldura (paredes laterais, edícula da garagem, planta retangular, moderno, função
nível da rua, implantação fachada lateral cega, fachada com moldura (paredes laje de piso e platibanda), paredes de zoneamento espacial, disposição dos segue a forma
estende-se no sentido laterais, laje de piso e platibanda), cobertura inclinada, alvenaria simples e revestidas com massa, ambientes de acordo com a insolação e (planta não
longitudinal, recuos frontal, empena inclinada, planta em único bloco + edícula da paredes envidraçadas, esquadrias em ferro ventilação, ambientes: terraço, garagem, geradora), modelo de
lateral e de fundos, jardim. garagem, planta retangular, linhas retas e inclinadas, e vidro, esquadrias em madeira e vidro, estar, jantar, sala de tv e som, escritório, moderno popular.
ênfase de vazios sobre os cheios. porta envidraçada, cobertura em telha banheiro social, cozinha, cozinha auxiliar,
cerâmica, cobertura inclinada com área de serviço, quarto de empregada,
diversas águas, beiral, empena inclinada, banheiro de empregada, varanda íntima
02 colchão de ar isolante, pérgola em (galeria), quartos, banheiro íntimo, closet,
concreto armado, revestimento tipo circulação, lago, jardim.
“Pedra de Parelhas”, revestimento em
pastilhas (lago e fachada), revestimento
em Eternit, revestimento em cerâmica,
piso em parquet, piso em tábua corrida,
piso em cerâmica, escada simples em
alvenaria, balaustrada metálica, lago,
mobiliário moderno desenhado pela “Casa
Hollanda” (Recife-PE), armários
embutidos, pé-direito alto, jogo de
materiais tradicionais e modernos,
materiais locais (pedra), cor branca e
cores atribuídas aos materiais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume cubista tipo prisma sobre prisma, Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta tradicional, planta assimétrica, Síntese entre o
quadra, lote regular, lote volume em 02 blocos, fachada inclinada, volume concreto armado, laje de cobertura plana planta compacta, planta em único bloco, tradicional e o
exíguo, implantação assimétrico, fachada com diversos planos, fachada em concreto, moldura (paredes laterais, planta retangular, zoneamento espacial, moderno, função
estende-se no sentido lateral cega, fachada com moldura (paredes laterais, laje laje de piso e platibanda), paredes de disposição dos ambientes de acordo com a segue a forma
longitudinal, recuos frontal e de piso e platibanda), cobertura inclinada, empena alvenaria simples e revestidas com massa, insolação e ventilação, ambientes: (planta não
laterais, jardim inclinada, planta em único bloco, planta retangular, paredes envidraçadas, esquadrias em varandas, garagem, estar, jantar, geradora), modelo de
linhas retas e inclinadas, ênfase de vazios sobre os madeira e vidro com grade de ferro, porta escritório, copa, cozinha, despensa, quarto moderno popular.
cheios. envidraçada com grade de ferro, cobertura de empregada, banheiro de empregada,
em telha cerâmica, cobertura inclinada área de serviço, quartos, banheiro íntimo,
com diversas águas, beiral, empena suíte – banheiro e closet, jardim, solário.
03 inclinada, colchão de ar isolante, pérgola
em concreto armado, revestimento tipo
“Pedra de Parelhas”, revestimento em
cerâmica, piso em cerâmica, piso em
mármore, escada simples em alvenaria,
balaustrada metálica, balaustrada em
alvenaria, jogo de materiais tradicionais e
modernos, materiais locais (pedra), cor
branca, azul e cores atribuídas aos
materiais.
Lote urbano, lote de 05 níveis, desencontro de níveis, volume cubista tipo Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta com 05 níveis Síntese entre o
esquina, lote regular, lote prisma sobre prisma, volume trapezoidal em bloco concreto armado, laje de cobertura plana articulados, planta tridimensional tradicional e o
retangular, lote médio, único, fachada inclinada, fachada com diversos planos, em concreto, laje de piso em balanço, (dinâmica), interpenetração espacial, moderno, forma
terreno acima do nível da fachada com moldura (paredes laterais, laje de piso e moldura (paredes laterais, laje de piso e planta retangular, continuidade espacial, segue a função
rua, implantação estende-se platibanda), cobertura inclinada, telhado-borboleta, platibanda), paredes de alvenaria simples zoneamento espacial, disposição dos (planta geradora),
no sentido longitudinal e no planta com 05 níveis articulados, planta retangular, e revestidas com massa, esquadrias em ambientes de acordo com a insolação e modelo moderno
centro do lote, recuos linhas retas e inclinadas, ênfase de vazios sobre os madeira e vidro, paredes envidraçadas, ventilação, grandes vãos internos (jogo de com maior grau de
frontal, lateral e de fundos, cheios. paredes vazadas de cobogós, janelas espaços), ambientes: lago, jardim, terraço, erudição.
jardim, pátio interno. basculantes, portas envidraçadas de pátio interno, escritório, biblioteca, estar,
correr, cobertura em telha cerâmica, hall social, jantar, banheiro social,
cobertura inclinada com 02 águas, varanda de serviço, copa, cozinha, área de
telhado-borboleta, beiral, empena serviço, quartos de empregada, banheiro
inclinada, colchão de ar isolante, pérgola de empregada, hall de serviço, depósito,
04 em concreto armado, brises-soleils fixos garagem, galinheiro (edícula), quartos,
em concreto armado, revestimento em banheiro íntimos, quarto de hóspedes, hall
lambri de madeira (pau-marfim), íntimo, oratório, copa íntima, quarto de
revestimento em cerâmica, revestimento estudo, suíte – banheiro e closet, varanda
em tijolo aparente, revestimento em íntima (galeria).
mármore, revestimento tipo “Pedra de
Parelhas”, revestimento em pedra bruta,
piso em mármore, piso em granito, piso
em madeira (pau-marfim), piso revestido
com carpete, piso em cerâmica, escadas
simples em alvenaria, balaustrada em
madeira, balaustrada metálica, mobiliário
moderno (blindex, metal e madeira),
mobiliário moderno desenhado pela “Casa
Hollanda” (Recife-PE), mobília divisória,
armários embutidos, pé-direito alto, painel
decorativo em madeira, materiais locais
(pedra), jogo de materiais tradicionais e
modernos, materiais de acabamento
luxuosos, cor branca, preto (balaustrada
metálica) e cores atribuídas aos materiais.
Lote urbano, lote de 03 níveis, desencontro de níveis, volume cubista com 02 Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta com 03 níveis Síntese entre o
esquina, lote regular, lote prismas, volume em 02 blocos, volume retangular, concreto armado, laje de cobertura plana articulados, planta tridimensional tradicional e o
retangular, lote médio, volume trapezoidal, volume assimétrico, fachada com em concreto, laje de cobertura inclinada (dinâmica), planta ortogonal retangular moderno, forma
implantação na lateral e moldura (paredes laterais, laje de piso e platibanda), em concreto, rampa atirantada de concreto em “L”, planta colada no limite posterior segue a função
fundos do terreno, recuos fachada plana, fachada retangular, fachada com diversas armado, moldura (paredes laterais, laje de do lote, continuidade espacial, (planta geradora),
frontal, lateral e fundos, texturas, cobertura plana, cobertura inclinada, empena piso e platibanda), moldura estrutural interpenetração espacial, zoneamento modelo moderno
pátio interno, jardim. inclinada, planta ortogonal retangular em “L”, planta em (estrutura livre), ar condicionado, paredes espacial, disposição dos ambientes de com maior grau de
02 blocos articulados, planta colada no limite posterior de alvenaria simples e revestidas com acordo com a insolação e ventilação, erudição, influência
do lote, linhas retas e inclinadas, ênfase de vazios sobre massa, paredes envidraçadas, paredes de ambientes: terraço, estar, jantar, lavabo, corbuseriana.
os cheios. tijolo aparente, paredes vazada de tijolos, escritório, sala de costura, copa, cozinha,
esquadrias em madeira e vidro, janelas área de serviço, quarto de empregada,
basculantes, portas envidraçadas de garagem, quartos, banheiro íntimo, estar
correr, cobertura em telha de alumínio íntimo, galeria, suíte – banheiro, piscina,
05 sobre lajes em concreto armado, brises- jardim.
soleils móveis em metal, cobogós
cerâmicos, revestimento em pedra,
revestimento em tijolo aparente,
revestimento em Duralit (amarelo),
revestimento em cerâmica, mobiliário
moderno no estilo “Z” (revestido em
fórmica), armários embutidos, pé-direito
alto, mural sinuoso em mosaico de
azulejos, jogo de materiais modernos e
tradicionais, materiais rústicos (tijolo
aparente), materiais locais (pedra), cor
branca, cores atribuídas aos materiais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume cubista retangular, volume assimétrico Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta tradicional, planta retangular, Síntese entre o
quadra, lote regular, lote e articulado, volume dinâmico (planos e concreto armado, laje de cobertura plana planta em único bloco, planta colada no tradicional e o
retangular, lote médio, interpenetrações), volume com 02 blocos, fachada plana, em concreto, moldura estrutural (estrutura limite lateral do terreno, continuidade moderno, forma
implantação estende-se no empena reta, fachada assimétrica, fachada com diversos livre), laje de piso em concreto armado e espacial, zoneamento espacial, disposição segue a função
sentido longitudinal e lateral planos, fachada cega, fachada com moldura estrutural atirantada, paredes de alvenaria simples e dos ambientes de acordo com a insolação (planta geradora),
do lote, recuos frontal, (estrutura livre), cobertura plana, planta retangular, revestidas com massa, paredes e ventilação, ambientes: varandas, terraço modelo moderno
lateral e de fundos, jardim. planta em único bloco, planta colada no limite lateral do envidraçadas, parede de alvenaria vazada, social, hall de entrada, estar, jantar, com maior grau de
06 terreno, linhas retas e ênfase de vazios sobre os cheios. esquadrias em madeira e vidro, janelas lavabo, copa, cozinha, cozinha auxiliar, erudição.
basculantes, portas envidraçadas de despensa, quarto de empregada, banheiro
correr, cobertura em telha de alumínio de empregada, garagem, área de serviço,
sobre lajes em concreto armado, pérgola terraço de serviço, hall íntimo, quartos,
em concreto armado, brises-soleils fixos banheiro íntimo, suíte – banheiro, jardim.
em concreto armado, venezianas,
revestimento em pedra bruta,
revestimento em cerâmica, piso em
cerâmica, rampa simples em alvenaria,
escada simples em alvenaria, mobília
divisória, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais brutos (pedra), materiais locais
(pedra), cor branca e cores atribuídas aos
materiais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume cubista tipo prisma sobre prisma, Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta tradicional, planta em 02 blocos Síntese entre o
quadra, lote regular, lote volume em 02 blocos, volume compacto, volume concreto armado, laje de cobertura plana articulados, planta irregular, planta tradicional (tectônica
retangular, lote exíguo, maciço, volume assimétrico, fachada inclinada, fachada em concreto, laje de piso em balanço, assimétrica, disposição dos ambientes de e distribuição
implantação estende-se no com moldura (paredes laterais, laje de piso e platibanda), moldura (paredes laterais, laje de piso e acordo com a insolação e ventilação, espacial) e o
sentido longitudinal, recuos cobertura inclinada, empena inclinada, planta em 02 platibanda), paredes de alvenaria simples ambientes: varanda de entrada, terraço, moderno (elementos
frontal, lateral e de fundos, blocos articulados, planta irregular, planta assimétrica, e revestidas com massa, esquadrias em pátio interno, jardim, estar, jantar, formais), modelo de
pátio interno, jardim. linhas retas e ênfase de cheios sobre os vazios. madeira e vidro, janelas pivotantes, banheiro social, copa, cozinha (tipo moderno popular.
janelas de correr, cobertura em telha americana), área de serviço, quarto de
cerâmica, cobertura inclinada com uma empregada, banheiro de empregada,
07 água, colchão de ar, empena com quartos, banheiro íntimo, hall íntimo,
aberturas para ventilação, cobogós, rouparia, varanda íntima, circulação
revestimento em cerâmica, revestimento íntima (galeria).
em pedra bruta, piso em cerâmica,
balaustrada de madeira e ferro, grades tipo
tirante em ferro, escada em balanço,
armários embutidos, materiais
tradicionais, materiais locais (pedra), cor
branca e cores atribuídas aos materiais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume cubista tipo prisma sobre prisma, Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta tradicional, planta irregular e Síntese entre o
quadra, lote irregular, lote volume assimétrico e irregular, fachada inclinada, concreto armado, laje de cobertura plana assimétrica, planta em 03 blocos tradicional e o
médio, implantação estende- empena inclinada, fachada frontal simétrica, fachada em concreto, laje de piso em balanço, articulados, zoneamento espacial, moderno, forma
se no sentido longitudinal e com diversos planos e texturas, cobertura inclinada, paredes de alvenaria simples e revestidas disposição dos ambientes de acordo com a segue a função
no centro do lote, recuos planta irregular e assimétrica, planta em 03 blocos com massa, paredes envidraçadas, paredes insolação e ventilação, ambientes: (planta geradora),
frontal, lateral e de fundos, articulados, linhas retas, inclinadas e curvas e ênfase de de blocos de vidro, esquadrias em madeira varandas, sala de visita, estar, jantar, modelo de moderno
pátios interno, jardim. cheios sobre os vazios. e vidro, janelas de correr, janelas escritório, copa, cozinha, despensa, área popular.
basculantes, porta envidraçada de correr, de serviço, quarto de hóspede, banheiro
cobertura em telha cerâmica, cobertura social, terraço social, pátio interno,
inclinada com diversas águas, empena depósito, quarto de empregada, banheiros
inclinada, colchão de ar isolante, empena de empregada, galinheiro, garagem,
com aberturas para ventilação, jardim, suíte – banheiro e closet, estar
08 venezianas, treliças, cobogós em cerâmica íntimo, quarto de costura, quartos,
colorida vitrificada, revestimento em banheiro íntimo, rouparia, hall íntimo.
cerâmica, revestimento em pedra bruta,
balaustrada em madeira e ferro, escada em
balanço, balaustrada em alvenaria vazada,
mobiliário moderno desenhado pela “Casa
Hollanda” (Recife-PE), mobília divisória,
armários embutidos, painel decorativo em
pedra, jogo de materiais tradicionais e
modernos, materiais locais (pedra), cor
branca, azul e cores atribuídas aos
materiais.
Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume com um único bloco, volume Paredes estruturais em alvenaria e Planta tradicional, planta em um único Síntese entre o
quadra, lote regular, lote assimétrico, volume trapezoidal, fachada com diversos revestidas com massa, laje de cobertura bloco + edícula de serviço,, planta tradicional (tectônica
exíguo, implantação planos e texturas, cobertura inclinada, planta em um plana em concreto armado, pilar em ortogonal retangular, planta compacta, e distribuição
estende-se no sentido único bloco + edícula de serviço, planta ortogonal alvenaria “V”, esquadrias em madeira e zoneamento espacial, ambientes: espacial) e o
longitudinal e no centro do retangular, planta compacta, linhas inclinadas e ênfase vidro, janelas pivotantes, porta varandas, estar, jantar, cozinha, despensa, moderno (elementos
lote, recuos frontal, lateral e de vazios sobre cheios. envidraçada de correr, cobertura em telha estar íntimo, hall íntimo, quartos, formais), modelo de
de fundos, jardim. cerâmica, cobertura inclinada com 02 banheiro íntimo, banheiro social, área de moderno popular.
águas, empena inclinada, beiral, colchão serviço, quarto de empregada, banheiro de
09 de ar isolante, empena com aberturas para empregada, garagem, jardim.
ventilação, brises-soleils fixos em
concreto armado, cobogós, revestimento
em cerâmica, piso em cerâmica,
revestimento em pedra talhada, pórtico em
alvenaria, grade tipo tirante em ferro,
armários embutidos, materiais
tradicionais, materiais locais (pedra),
cores quentes: ocre, amarelo e azul.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis (sendo parte do térreo aterrado), volume Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta em único bloco + Síntese entre o
quadra, lote regular, lote cúbico tipo prisma sobre prisma, volume retangular, concreto armado, laje de cobertura plana edícula de serviço, planta colada no limite tradicional e o
retangular, lote médio, volume assimétrico, volume suspenso em base recuada, em concreto, laje de piso em balanço, lateral do lote, planta assimétrica, planta moderno, forma
implantação estende-se no fachada com diversos planos e texturas, fachada cega, moldura (paredes laterais, laje de piso e com entrada pela lateral do lote, segue a função
sentido longitudinal e na fachada com moldura (paredes laterais, laje de piso e platibanda), parede estrutural em pedra continuidade espacial, zoneamento (planta geradora),
lateral do lote, recuos platibanda), cobertura plana, empena na horizontal, (arrimo), escada helicoidal em balanço e espacial, disposição dos ambientes de modelo moderno
frontal, lateral e de fundos, planta em único bloco + edícula de serviço, planta em concreto armado, paredes em acordo com a insolação e ventilação, com maior grau de
jardim. colada no limite lateral do lote, planta assimétrica, planta alvenaria simples revestidas com massa, ambientes: abrigo para carro, estar, halls erudição.
com entrada pela lateral do lote, linhas retas e curvas paredes envidraçadas, porta envidraçada (vestíbulos) da escada, quarto de hóspede,
10 (escada) e ênfase de vazios sobre os cheios. de correr, esquadrias em madeira e vidro, banheiro de hóspede, hall serviço, copa,
janelas horizontais, cobertura plana (telha cozinha, área de serviço, quartos de
em amianto ou alumínio), revestimento empregada, banheiro de empregada,
tipo “Pedra de Parelhas”, revestimento em quartos, banheiro íntimo, terraço íntimo,
cerâmica, piso em cerâmica, piso em lago, jardim.
pedra, escada simples em alvenaria,
balaustrada metálica, armários embutidos,
jogo de materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra), cores atribuídas
aos materiais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume cúbico compacto, volume em 02 Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta tradicional, planta compacta, planta Síntese entre o
quadra, lote irregular, lote blocos, volume principal sugere simetria, fachada plana, alvenaria, pilotis em ferro, laje de colada no limite lateral do lote, planta tradicional (tectônica
exíguo, implantação fachada com moldura (paredes laterais, laje de piso e cobertura plana em concreto, pórtico em assimétrica, zoneamento espacial, e distribuição
estende-se no sentido platibanda), fachada com divisões verticais (modulação), concreto armado, laje de cobertura em disposição dos ambientes de acordo com a espacial) e o
longitudinal e na lateral do empena inclinada, fachada com desenho em alto relevo concreto armado impermeabilizada, insolação e ventilação, ambientes: abrigo moderno (elementos
lote, recuos frontal, lateral e (estilo Mondrian) e frisos em baixo relevo, fachada moldura (paredes laterais, laje de piso e para carro, estar, jantar, banheiro social, formais), função
11 de fundos, jardim. marcada por aberturas circulares para ventilação, pórtico platibanda), paredes em alvenaria simples quarto de hóspedes, hall de serviço, copa, segue a forma
com pilar em “V”, cobertura inclinada, empena revestidas com massa, esquadrias em cozinha, área de serviço, hall íntimo, (planta não
inclinada, planta compacta, planta colada no limite madeira e vidro, janelas pivotantes, quartos, banheiro íntimo, varanda íntima, geradora), modelo de
lateral do lote, planta assimétrica, linhas retas e cobertura em telha cerâmica, cobertura jardim. moderno popular.
inclinadas e ênfase de cheios sobre os vazios. inclinada em diversas águas, colchão de ar
isolante, venezianas, cobogós, aberturas
circulares nas paredes para ventilação,
revestimento em cerâmica, piso em
cerâmica, piso em pedra, balaustrada
metálica, painel decorativo em ferro,
grade tipo tirante em ferro, jogo de
materiais modernos e materiais
tradicionais.
Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume cubista formado pelo jogo de retângulos, Paredes estruturais em alvenaria e Planta tradicional, planta compacta, planta Síntese entre o
quadra, lote irregular, lote volume com um único bloco, volume ortogonal e revestidas com massa, ausência de laje de em único bloco, planta assimétrica, planta tradicional (tectônica
exíguo, implantação assimétrico, fachada plana, empena inclinada, planta cobertura, esquadrias em madeira e vidro, com entrada pela lateral do lote, e distribuição
estende-se no sentido compacta, planta em único bloco, planta assimétrica, janelas horizontais, janelas pivotantes, zoneamento espacial, disposição dos espacial) e o
longitudinal e no centro do linhas retas e ênfase de cheios sobre os vazios. cobertura em telha cerâmica, cobertura ambientes de acordo com a insolação e moderno (elementos
lote, recuos frontal, lateral e inclinada com 02 águas, telhado- ventilação, ambientes: abrigo para carro, formais), função
de fundos, jardim. borboleta, empena inclinada, forro em estar, copa, cozinha, área de serviço, segue a forma
12 gesso, colchão de ar, venezianas, quarto de empregada, banheiro de (planta não
revestimento em cerâmica, piso em empregada, quartos, banheiro íntimo, geradora), modelo de
cerâmica, revestimento tipo “Pedra de jardim. moderno popular.
Parelhas”, revestimento em pedra talhada,
pórtico em concreto armado, armários
embutidos, materiais tradicionais,
materiais locais (pedra), cores atribuídas
aos materiais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume em único bloco, volume formado por Paredes estruturais em alvenaria e Planta em 02 blocos + edícula de serviço, Síntese entre o
quadra, lote regular, lote 02 trapézios, volume suspenso por base recuada, fachada revestidas com massa, laje de cobertura planta ortogonal retangular, planta sugere tradicional e o
retangular, lote médio, plana, fachada com diversos planos, cobertura inclinada, plana em concreto, paredes de tijolo de simetria, continuidade espacial, moderno, forma
implantação estende-se no empena inclinada, planta em 02 blocos + edícula de vidro, esquadrias em madeira e vidro, zoneamento espacial, disposição dos segue a função
sentido longitudinal e no serviço, planta ortogonal retangular, planta sugere janelas pivotantes, janelas basculantes, ambientes de acordo com a insolação e (planta geradora),
centro do lote, recuos frontal simetria, planta com entrada pela lateral do lote, linhas janelas guilhotina, janelas horizontais, ventilação, ambientes: estar, sala de modelo moderno
e lateral, pátio interno, retas e inclinadas e ênfase de vazios sobre os cheios. janelas contínuas tipo painel (entre dois refeições, cozinha, despensa, área de com maior grau de
jardim. ou mais ambientes), cobertura em telha serviço, quarto de empregada, banheiro de erudição.
cerâmica, cobertura inclinada com 02 empregada, área de serviço, galinheiro,
13 águas, telhado-borboleta, colchão de ar, garagem, escritório, banheiro íntimo,
empena inclinada, cobogós, pérgola em quartos, jardim.
concreto armado, venezianas,
revestimento em pedra, revestimento em
cerâmica, piso em cerâmica, rampa
simples em alvenaria, armários
embutidos, jogo de materiais modernos e
materiais tradicionais, materiais locais
(pedra).
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume cubista tipo prisma sobre prisma, Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta em único bloco, planta assimétrica, Síntese entre o
quadra, lote regular, lote volume assimétrico, volumes cúbicos articulados, concreto armado, laje de cobertura plana planta racional, planta colada nos limites tradicional e o
retangular, lote exíguo, volume retangular, volume transparente e leve, fachada em concreto, laje de piso em balanço, laje do terreno, continuidade espacial, moderno, forma
implantação estende-se por com diversos planos e texturas, fachada com moldura de cobertura em concreto armado interpenetração espacial, zoneamento segue a função
todo o lote, alta taxa de (paredes laterais, laje de piso e platibanda), fachada impermeabilizada, moldura (paredes espacial, disposição dos ambientes de (planta geradora),
14 ocupação do terreno, recuo envidraçada, planta em único bloco, planta assimétrica, laterais, laje de piso e platibanda), paredes acordo com a insolação e ventilação, modelo moderno
frontal, pátio interno, planta colada nos limites do terreno, linhas retas e ênfase de alvenaria simples e revestidas com ambientes: terraço, hall de entrada, com maior grau de
jardim. de vazios sobre os cheios. massa, paredes envidraçadas, esquadrias garagem, estar, jantar, pátio interno social, erudição.
em madeira e vidro, janelas horizontais, banheiro social, quarto de costura, copa,
janelas contínuas tipo painel (entre dois cozinha, despensa, área de serviço, quarto
ou mais ambientes), portas envidraçadas de empregada, banheiro de empregada,
de correr, cobertura plana (telha de hall íntimo, quartos, banheiro íntimo,
amianto ou alumínio), venezianas, pérgola suíte – banheiro, jardim.
em concreto armado, revestimento em
pedra, revestimento em cerâmica, piso em
pedra, piso em cerâmica, escada em
balanço em concreto armado, mobília
divisória, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e materiais
tradicionais, materiais locais (pedra).
Lote urbano, lote de Térrea, volume formado por 03 trapézios articulado, Pórtico-marquise em concreto armado Projeto incompleto (reforma), ambientes: Projeto incompleto
esquina, lote regular, lote pórtico-marquise de entrada sugere horizontalidade, com aberturas superiores quadrangulares abrigo para carro, hall de entrada, jardim. (reforma), Síntese
retangular, lote médio, fachada com diversos planos e texturas, cobertura (pérgola) e base em parede de pedra bruta entre o tradicional e
implantação estende-se no inclinada, empenas inclinadas, linhas retas e inclinadas. com grade tipo tirante em ferro, paredes o moderno, modelo
sentido longitudinal e no de alvenaria simples e revestidas com moderno com maior
centro do lote, recuos frontal massa, esquadrias em madeira e vidro, grau de erudição.
15 e lateral, jardim. janelas basculantes, janelas de correr,
janelas horizontais, cobertura em telha
cerâmica, telhado-borboleta, empenas
inclinadas, jogo de materiais modernos e
materiais tradicionais, materiais locais
(pedra), cores atribuídas aos materiais.
Lote urbano, lote de Térrea, volume retangular horizontal, volume em único Marquise em concreto armado, laje de Planta, racional, planta em único bloco, Síntese entre o
esquina, lote regular, lote bloco, volume suspenso com base recuada, marquise cobertura plana em concreto armado, planta assimétrica, planta com entrada tradicional e o
retangular, lote médio, enfatiza a horizontalidade, fachada plana, fachada frontal paredes de alvenaria simples e revestidas pela lateral do lote, continuidade espacial, moderno, forma
implantação estende-se no simétrica, fachada lateral (principal) assimétrica, com massa, paredes envidraçadas, paredes zoneamento espacial, disposição dos segue a função
sentido longitudinal e na fachadas com diversos planos e texturas, cobertura em tijolo aparente, esquadrias em madeira ambientes de acordo com a insolação e (planta geradora),
lateral do lote, recuos frontal plana, empenas horizontais, planta em único bloco, e vidro, janelas basculantes, janelas ventilação, ambientes: garagem, pátio modelo moderno
e lateral, pátio interno, planta assimétrica, planta com entrada pela lateral do horizontais, janelas contínuas tipo painel interno, jardim, terraço, hall de entrada, com maior grau de
jardim. lote, linhas retas e ênfase de vazios sobre os cheios. (entre dois ou mais ambientes), cobertura estar, sala de refeições, copa, cozinha, erudição.
16 plana (telha de amianto ou alumínio), despensa, depósito, área de serviço, quarto
empena horizontal, pérgola em concreto de empregada, banheiro de empregada,
armado, venezianas, revestimento em jardim interno (pergolado), quarto de
pedra, revestimento em cerâmica, piso em estudo, banheiro social, banheiro íntimo,
cerâmica, armários embutidos, jogo de quartos.
materiais modernos e materiais
tradicionais, materiais locais (pedra),
cores atribuídas aos materiais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume cubista tipo prisma sobre prisma, Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote volume retangular, volumes cúbicos articulados, fachada cobertura plana em concreto, laje de em 02 blocos, planta colada no limite tradicional e o
retangular, lote exíguo, plana, fachada com diversos planos e texturas, fachada cobertura em concreto armado lateral do terreno, continuidade espacial, moderno, forma
implantação estende-se no com moldura (paredes laterais, laje de piso e platibanda), impermeabilizada, moldura (paredes zoneamento espacial, disposição dos segue a função
sentido longitudinal e na fachada envidraçada, cobertura plana, planta assimétrica, laterais, laje de piso e platibanda),, janelas ambientes de acordo com a insolação e (planta geradora),
17 lateral do lote, alta taxa de planta em 02 blocos, planta colada no limite lateral do contínuas tio painel (entre dois ou mais ventilação, ambientes: pátio social, pátio modelo moderno
ocupação do terreno, recuos terreno, linhas retas e ênfase de vazios sobre os cheios. ambientes), paredes de alvenaria simples e interno, jardim, garagem, terraço social, com maior grau de
frontal e lateral, pátio revestidas com massa, paredes jardim interno (pergolado), estar-jantar, erudição.
interno, jardim. envidraçadas, portas envidraçadas de escritório, quarto de hóspede, banheiro
correr, janelas horizontais, cobertura plana social, copa, cozinha, despensa, área de
(telha de amianto ou alumínio), serviço, hall íntimo, quartos, banheiro
venezianas, pérgola em concreto armado, íntimo, varanda íntima.
cobogós, revestimento em cerâmica, piso
em cerâmica, escada simples em
alvenaria, armários embutidos,
balaustrada metálica.
Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume trapezoidal com moldura (paredes Laje de cobertura inclinada em concreto Planta racional, planta não compacta, Síntese entre o
quadra, lote regular, lote laterais e laje de cobertura), volume suspenso em base armado e impermeabilizada, marquise- planta assimétrica, planta colada nos tradicional e o
retangular, lote exíguo, recuada, marquise-pórtico de entrada horizontal com pórtico em concreto armado com limites do terreno, planta com entrada moderno, forma
implantação irregular, alta apoio em elementos verticais (brises) e aberturas como aberturas tipo pérgolas, marquise-abrigo pela lateral do lote, continuidade espacial, segue a função
taxa de ocupação do terreno, pérgolas, fachada com diversos planos e texturas, em concreto armado com pérgolas, zoneamento espacial, disposição dos (planta geradora),
recuos frontal e lateral, pátio cobertura inclinada, empena inclinada, planta não moldura (paredes laterais e laje de ambientes de acordo com a insolação e modelo moderno
interno, jardim. compacta, planta assimétrica, planta colada nos limites cobertura), paredes de alvenaria simples e ventilação, ambientes: jardim, abrigo para com maior grau de
do terreno, planta com entrada pela lateral do lote, linhas revestidas com massa, paredes carro, hall de entrada, estar, sala de erudição.
retas e inclinadas e ênfase de vazios sobre os cheios. envidraçadas, esquadrias em madeira e refeições, pátio social, quarto de estudo,
vidro, portas envidraçadas de correr, copa, cozinha, área de serviço, quarto de
18 portas com sistema misto de giro e de empregada, banheiro de empregada,
correr para dentro da parede, janelas quaradouro (varal), jardim interno
horizontais, janelas de correr, janelas (pergolado), quartos, banheiro íntimo,
contínuas tio painel (entre dois ou mais suíte – banheiro.
ambientes), cobertura em laje inclinada e
impermeabilizada, cobertura em única
água, venezianas, pérgolas, revestimento
em pedra, revestimento em cerâmica, piso
em cerâmica, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra).
Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume horizontal, volumes cúbicos articulados, Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta em único bloco, planta assimétrica, Síntese entre o
quadra, lote regular, lote interpenetração de volumes, volume suspenso em base concreto armado, laje de cobertura plana planta colada no limite lateral do terreno, tradicional e o
retangular, lote médio, recuada, fachada plana, fachada com diversos planos, em concreto, laje de cobertura em continuidade espacial, zoneamento moderno, forma
implantação estende-se no cobertura plana, platibanda reta horizontal com beiral, concreto armado impermeabilizada, espacial, disposição dos ambientes de segue a função
sentido longitudinal e na planta em único bloco, planta assimétrica, planta colada moldura estrutural formando pérgola, acordo com a insolação e ventilação, (planta geradora),
lateral do lote, recuos no limite lateral do terreno, linhas retas (horizontais) e paredes de alvenaria simples e revestidas ambientes: jardim, garagem, pátio de modelo moderno
frontal, lateral e de fundos, ênfase de cheios sobre os vazios. com massa, paredes envidraçadas, entrada, hall de entrada, escritório, com maior grau de
pátio interno, jardim. esquadrias em madeira e vidro, portas banheiro social, estar-jantar, terraço erudição.
envidraçadas de correr, janelas social, copa, cozinha (tipo americana),
19 horizontais, janelas contínuas tipo painel despensa, área de serviço, quarto de
(entre dois ou mais ambientes), cobertura empregada, banheiro de empregada, pátio
plana (telha de amianto ou alumínio), de serviço, hall íntimo, quartos, banheiro
cobogós, venezianas, revestimento em íntimo.
pedra, revestimento em cerâmica, piso em
cerâmica, portões e balaustradas (gradio)
em ferro, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra).
Lote urbano, lote no meio da 03 níveis, volume cubista tipo prisma sobre prisma, Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta em 03 blocos Residência
quadra, lote irregular volume assimétrico, volume ortogonal retangular, concreto armado, laje de cobertura plana formando “T”, planta assimétrica, planta construída em 03
20 formado pela junção de 03 fachada plana, fachada com diversos planos, fachada em concreto, laje de cobertura em em 03 níveis articulados (dinâmica), etapas, síntese entre
lotes, terreno acima do nível assimétrica, estrutura destacada externamente (vigas e concreto armado impermeabilizada grande vão central, continuidade espacial, o tradicional e o
da rua, implantação estende- pilares coloridos), cobertura plana com platibanda, (anexo piscina), laje de piso em balanço, zoneamento espacial, disposição dos moderno, forma
se no sentido lateral e planta em 03 blocos formando “T”, planta assimétrica, estrutura destacada externamente (vigas e ambientes de acordo com a insolação e segue a função
fundos do terreno, recuos planta em 03 níveis articulados (dinâmica), linhas retas pilares coloridos), sistema de água quente ventilação, ambientes: jardim, casa de (planta geradora),
frontal e lateral, pátio (ortogonalidade), ênfase de vazios sobre os cheios. e fria (bomba propulsora), instalações bomba, jardim suspenso (desnível), modelo moderno
interno, jardim. elétricas no piso, paredes de alvenaria garagem, varandas, hall de entrada, estar- com maior grau de
simples e revestidas com massa, parede jantar com pátio central (descoberto) e erudição.
em pedra (arrimo), paredes envidraçadas, lago, lavabos, salas de refeições (café e
parede vazada com cobogós, divisórias almoço), cozinha, despensa, área de
em madeira marchetada, cobertura plana serviço, quartos de empregada, banheiros
em telha tipo madeirit (madeira e de empregada, sala de jogos, adega, salão
alumínio), cobertura em telha translúcida de festas – banheiro social, piscina,
(pergolado interno), forro de eucatex entre depósito, quartos, banheiros íntimos, suíte
a laje e a telha, sistema de ventilação do – banheiro e closet, sala de estudo.
colchão de ar através de abertura (rasgo)
por todo o perímetro externo, abertura
para ventilação do colchão de ar acima
das portas dos dormitórios (treliças tipo
ripado), esquadrias em madeira e vidro,
janelas basculantes, janelas de correr,
porta envidraçada de correr, janelas
horizontais, painel de brises-soleils tipo
ripado em madeira (venezianas), pérgola
em concreto armado, pérgola em madeira,
revestimento em pastilha colorida (azul,
amarelo e branco), revestimento em pedra
bruta, revestimento tipo “Pedra de
Parelhas”, revestimento em cerâmica,
revestimento interno em vicratex (material
plástico fixado com cola e fabricado em
rolos), revestimento em mármore,
revestimento em granito, revestimento em
parquet, revestimento em lambri de
madeira, piso em pedra portuguesa, piso
em mármore, piso em granito, forro em
parquet , piso em cerâmica, maçanetas
com fechamento externo à caixa das
portas, escada de concreto em balanço,
grade tipo tirante em ferro, balaustrada
metálica, balaustrada em madeira, rampa
simples em alvenaria, armários
embutidos, pé-direito alto, mobília
divisória (bar), painel decorativo sinuoso
em azulejos pintados por Marlene Galvão,
tapete por Dorian Gray, jogo de materiais
modernos e tradicionais, materiais
luxuosos, materiais locais (pedra), cores
branco e azul, cores atribuídas aos
materiais.
Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume cúbico quadrangular com apenas uma Paredes estruturais em alvenaria Planta tradicional, planta em único bloco Síntese entre o
21 quadra, lote regular, lote linha vertical trapezoidal, volume compacto, volume revestidas com massa, laje de cobertura + edícula de serviço, planta compacta, tradicional (tectônica
retangular, lote exíguo, assimétrico, volume em único bloco, fachada com em concreto armado, laje planta assimétrica, zoneamento espacial, e distribuição
implantação estende-se no marcação de molduras inclinadas como falsos pórticos impermeabilizada do abrigo para carro, ambientes: jardim, abrigo para carro, espacial) e o
sentido longitudinal e no trapezoidais, fachada plana, fachada com diversos planos viga em concreto armado no recuo lateral estar, sala de refeições, copa, cozinha, moderno (elementos
centro do terreno, alta taxa e texturas (frisos rebaixados), planta em único bloco + (pórtico), cobertura em telha cerâmica, área de serviço, quarto de empregada, formais), função
de ocupação do terreno, edícula de serviço, planta compacta, planta assimétrica, cobertura inclinada em diversas águas, banheiro de empregada, terraço de segue a forma
recuos frontal, lateral e de planta retangular, linhas retas e inclinadas, ênfase de esquadrias em madeira e vidro, janelas serviço, halls íntimos, suíte – banheiro, (planta não
fundos, jardim. cheios sobre os vazios. pivotantes, janelas horizontais com quartos, banheiro íntimo. geradora), modelo de
moldura, armários embutidos, venezianas, moderno popular.
revestimento tipo “Pedra de Parelhas”,
revestimento em cerâmica, piso em
cerâmica, jogo de materiais modernos e
tradicionais, matérias locais (pedra).
Lote urbano, lote de 03 níveis (sendo um subsolo da garagem), volume Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta colada no limite Síntese entre o
esquina, lote regular, lote cúbico tipo prisma sobre prisma, volume retangular, concreto armado, laje de cobertura plana posterior do terreno, planta em único tradicional e o
quadrangular, lote médio, fachada plana, fachada com diversos planos, fachada em concreto armado, laje de piso em bloco, planta compacta, planta moderno, forma
terreno acima do nível da com moldura (paredes laterais, laje de piso e platibanda), balanço, marquise em concreto armado, assimétrica, continuidade espacial, segue a função
rua, implantação estende-se cobertura inclinada, empena inclinada, planta colada no moldura (paredes laterais, laje de piso e zoneamento espacial, disposição dos (planta geradora),
na lateral e fundos do limite posterior do terreno, planta em único bloco, planta platibanda), paredes de alvenaria simples ambientes de acordo com a insolação e modelo moderno
terreno, compacta, planta assimétrica, linhas retas, inclinadas e e revestidas com massa, parede de tijolo ventilação, ambientes: jardim, garagem, com maior grau de
curvas (área da piscina), ênfase de vazios sobre os aparente (piscina), esquadrias em madeira hall de entrada, estar, jantar, escritório, erudição.
cheios. e vidro, paredes envidraçadas, janelas lavabo, quarto de costura, copa, cozinha,
22 horizontais, portas envidraçadas de correr, despensa, área de serviço, quarto de
cobertura em telha cerâmica, empena empregada, banheiro de empregada,
inclinada, colchão de ar, grade tipo tirante depósito, jardim interno de serviço, pátio
em ferro, venezianas, balaustrada e de serviço (varal), vestiários, piscina, estar
portões metálicos, escada simples em íntimo, quartos, banheiro íntimo, suíte –
alvenaria, revestimento em cerâmica, piso banheiro e closet, varanda íntima
em cerâmica, jogo de materiais modernos (galeria).
e tradicionais, materiais rústicos (tijolo
aparente), cor branca.
Lote urbano, lote no meio da 03 níveis (sendo um subsolo com dependências de Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta colada nos limites Síntese entre o
quadra, lote regular, lote empregados), volume cúbico tipo prisma sobre prisma piso em concreto armado e com aberturas laterais do terreno, planta sugere simetria, tradicional e o
retangular, lote amplo, invertido (com volume superior recuado em relação ao como pérgolas (terraço superior continuidade espacial, zoneamento moderno, forma
terreno inclinado e acima do inferior), volume compacto, volume retangular, volume descoberto), laje de piso em balanço, laje espacial, disposição dos ambientes de segue a função
nível da rua, implantação e fachada sugerem simetria, platibandas marcam a de cobertura em concreto armado e acordo com a insolação e ventilação, (planta geradora),
estende-se no sentido horizontalidade, cobertura plana, planta colada nos impermeabilizada, paredes de alvenaria ambientes: jardim, salas de estar, varanda modelo moderno
transversal e no centro do limites laterais do terreno, planta sugere simetria, linhas simples e revestidas com massa, paredes social, lavabo, copa, cozinha, varanda de com maior grau de
lote, baixa taxa de ocupação, retas (horizontalidade) e ênfase de vazios sobre os envidraçadas, esquadrias em madeira e serviço, área de serviço, garagem, hall dos erudição.
23 recuos frontal e de fundos cheios. vidro, janelas guilhotina, janelas empregados, quartos de empregada, No andar superior,
(edificação totalmente horizontais, revestimento em pastilhas banheiro de empregada, vestíbulo da os quartos e suítes
colada nos recuos laterais), coloridas, revestimento em pedra bruta, escada, quartos, banheiro íntimo, suítes – não se comunicam
pátio interno (jardim), revestimento em cerâmica, piso em banheiro, varandas íntimas, terraço com o terraço
jardim. cerâmica, balaustrada metálica, escada descoberto superior (sem acesso). descoberto.
helicoidal em balanço, armários
embutidos, jogo de materiais modernos e
tradicionais, materiais locais (pedra).
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume retangular e horizontal, volume Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta em forma de “U”, Síntese entre o
24 quadra, lote regular, lote suspenso com base recuada, fachada composta por concreto armado, laje de cobertura plana planta assimétrica, planta em 03 blocos tradicional e o
quadrangular, lote médio, pórtico estrutural que marca a horizontalidade, em concreto armado, laje de cobertura em articulados, continuidade espacial, moderno, forma
implantação estende-se no platibandas marcam a horizontalidade, cobertura plana, balanço, pórtico de entrada em concreto zoneamento espacial, disposição dos segue a função
sentido lateral e posterior do planta em forma de “U”, planta assimétrica, planta em armado, piso externo do térreo com laje ambientes de acordo com a insolação e (planta geradora),
terreno, recuos frontal e 03 blocos articulados, linhas retas (horizontalidade) e suspensa do terreno (calçadas), paredes de ventilação, ambientes: jardim, pátio modelo moderno
lateral, pátio interno, jardim. ênfase de vazios sobre os cheios. alvenaria simples e revestidas com massa, social, pátios de serviço, terraço de com maior grau de
paredes em pedra, paredes envidraçadas, entrada (pórtico), terraço social (calçada erudição.
paredes vazadas (cobogós), esquadrias em externa), estar, sala de refeições,
madeira e vidro, janelas horizontais, escritório, lavabo, copa, cozinha,
portas envidraçadas de correr, cobertura despensa, área de serviço, quartos de
plana (telha de amianto ou alumínio), empregada, banheiro de empregada, hall,
platibanda com beiral, cobertura plana em pátio interno, garagem, jardim interno
telha de vidro (pergolado), pérgola em (pergolado), suítes – banheiro, suíte –
concreto armado, venezianas, banheiro e closet, sala de jogos - banheiro,
revestimento em tijolo aparente, depósito, vestíbulo da escada, quarto
revestimento em cerâmica, piso em conjugado com suíte – banheiro.
cerâmica, mobília divisória, armários
embutidos, escada simples em alvenaria,
jogo de materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra).
Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume retangular e horizontal, fachada de linhas Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta em único bloco + Síntese entre o
quadra, lote irregular, lote paralelas ao solo, platibandas que enfatizam a concreto armado, laje de cobertura plana edícula com dependência de empregados, tradicional e o
médio, implantação no horizontalidade, cobertura plana, volume suspenso com em concreto armado, laje de cobertura em planta quadrangular, circulação interna moderno, forma
centro do terreno, recuos base recuada, planta em único bloco + edícula com balanço, paredes de alvenaria simples e em forma de “U” com distribuição dos segue a função
frontal, lateral e de fundos, dependência de empregados, planta quadrangular, linhas revestidas com massa, parede vazada de ambientes pelo percurso, continuidade (planta geradora),
pátio interno, jardim. retas (horizontalidade) e ênfase de vazios sobre os tijolo aparente, paredes envidraçadas, espacial, zoneamento espacial, disposição modelo moderno
cheios. porta envidraçada de correr, janelas dos ambientes de acordo com a insolação com maior grau de
contínuas tipo painel (entre dois ou mais e ventilação, ambientes: jardim, pátio erudição.
ambientes), cobertura plana (telha de interno, terraço de entrada, circulação de Circulação
amianto ou alumínio), platibanda com distribuição de setores, quarto de distribuidora de
25 beiral, cobertura com diversas águas, hóspedes, banheiro social, estar-jantar, setores em forma de
sistema de ventilação do colchão de ar quarto de costura, quartos, banheiro “U”.
através de abertura (rasgo) por todo o íntimo, suíte – banheiro e closet, copa,
perímetro externo, venezianas (painel cozinha, área de serviço, quartos de
ripado), revestimento em cerâmica, piso empregada, banheiro de empregada,
em cerâmica, piso em pedra, armários garagem.
embutidos (prateleiras em alvenaria),
balaustrada e portões metálicos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra). materiais rústicos
(tijolo aparente), materiais locais (pedra).
Lote urbano, lote de 04 níveis (sendo um subsolo da garagem), volume Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta em único bloco + Síntese entre o
esquina, terreno inclinado e cúbico tipo prisma sobre prisma, volume suspenso com cobertura plana em concreto armado, laje edícula de serviço, planta em 04 níveis tradicional e o
acima do nível da rua, base recuada, volume retangular, fachada plana, fachada de cobertura em balanço, paredes de articulados, zoneamento espacial, moderno, forma
implantação estende-se no de único plano, planta em único bloco + edícula de alvenaria simples e revestidas com massa, disposição dos ambientes de acordo com a segue a função
sentido longitudinal na serviço, planta em 04 níveis articulados, linhas retas e paredes envidraçadas, parede em pedra insolação e ventilação, ambientes: jardim, (planta geradora),
26 lateral e fundos do terreno, ênfase de vazios sobre os cheios. (arrimo), portas envidraçadas de correr, garagem, terraço social, vestíbulo da modelo moderno
recuos frontal, lateral e de cobertura plana (telha de amianto ou escada da garagem, estar, escritório, sala com maior grau de
fundos, pátio interno, alumínio), janelas contínuas tipo painel – de refeições, pátio social, banheiro social, erudição.
jardim. venezianas (entre um ou mais ambientes), sala de costura, copa, cozinha, área de
revestimento em pedra, armários serviço, quarto de empregada, banheiro de
embutidos, jogo de materiais modernos e empregada, hall íntimo, quartos, banheiro
tradicionais, materiais locais (pedra), íntimo, suíte – banheiro e closet.
materiais rústicos (tijolo aparente).
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume cúbico tipo prisma sobre prisma, Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta colada nos limites Síntese entre o
quadra, lote regular, lote volume retangular, volume em 03 blocos (sendo o concreto armado, laje de cobertura plana de fundo do terreno, planta assimétrica, tradicional e o
retangular, lote médio, frontal e o posterior prisma sobre prisma e o em concreto armado, laje de piso em planta em único bloco contendo um moderno, forma
implantação estende-se no intermediário térreo, sugerindo horizontalidade), volume balanço, laje de piso térreo suspensa do apartamento tipo quitinete no pavimento segue a função
sentido longitudinal e no da caixa d’água em destaque, volume suspenso com base terreno, moldura (paredes laterais e da laje superior dos fundos do terreno, planta (planta geradora),
centro do terreno, recuos recuada, fachada plana, fachada com diversos planos e de piso), paredes de alvenaria simples e assimétrica, continuidade espacial, modelo moderno
frontal e lateral, pátio texturas, fachada com moldura (paredes laterais e da laje revestidas com massa, parede em pedra, interpenetração espacial, jogo de espaços, com maior grau de
interno, jardim. de piso), cobertura plana, planta colada no limite paredes envidraçadas, esquadrias com zoneamento espacial, disposição dos erudição.
posterior do terreno, planta assimétrica, planta em único vidro, janelas horizontais, grandes faixas ambientes de acordo com a insolação e
bloco contendo um apartamento tipo quitinete no de janelas próxima à laje de cobertura, ventilação, ambientes: jardim, terraços de
pavimento superior dos fundos do terreno, linhas retas e janelas contínuas tipo painel único (entre entrada social, terraço de entrada íntima,
horizontais e ênfase de vazios sobre os cheios. dois ou mais ambientes), portas escritório, estar, jantar, varanda social,
envidraçadas de correr, cobertura plana pátio social, lavabo, copa, cozinha,
em telha de amianto, telha e estrutura da cozinha auxiliar, despensa, depósito, área
cobertura aparentes, platibandas nas de serviço, quartos de empregada, pátio de
27 paredes laterais, telha translúcida sobre serviço (pergolado), banheiro de
pérgolas, escoamento das calhas em empregada, pátio de serviço (quintal),
concreto armado nas fachadas, cobogós garagem, vestíbulo da escada, hall íntimo,
(caixa d’água), pérgolas em concreto suíte – banheiro e closet, suíte – banheiro,
armado, revestimento em pedra, quartos, banheiro íntimo, quitinete – hall,
revestimento em tijolo parente, rouparia, banheiro íntimo/social, estar-
revestimento em cerâmica, piso cerâmica, jantar, cozinha (tipo americana), quarto –
mobília divisória que permite girar a tv mini closet, quarto de empregada,
para o escritório e para o estar, armários banheiro de empregada.
embutidos, balaustrada metálica, escada
de concreto em balanço, escada simples
em alvenaria, balaustrada e portões
metálicos, jogo de materiais modernos e
tradicionais, materiais locais (pedra),
materiais rústicos (tijolo aparente), cores
atribuídas aos materiais.
Lote urbano, lote de 02 níveis, volume principal retangular e horizontal, Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta colada no limite Projeto incompleto,
esquina, lote regular, lote volume do pavimento superior recuado e de pequena cobertura plana em concreto armado, lateral do terreno, planta em forma de possível extravio da
retangular, lote exíguo, dimensão, volume suspenso com base recuada, fachada paredes de alvenaria simples e revestidas “L”, planta compacta, planta com entrada planta do pavimento
implantação estende-se no plana, fachada de único plano, cobertura plana, com massa, parede em pedra, paredes pela lateral do lote, continuidade espacial, superior.
sentido longitudinal e na platibanda sem beiral, planta colada no limite lateral do envidraçadas, esquadrias com vidro, zoneamento espacial, disposição dos Síntese entre o
lateral do terreno, recuos terreno, planta em forma de “L”, planta compacta, planta janelas horizontais, porta envidraçada de ambientes de acordo com a insolação e tradicional e o
frontal e de fundos, pátios com entrada pela lateral do lote, linhas retas sugerem correr, cobertura plana (telha de amianto ventilação, ambientes: garagem, vestíbulo moderno, forma
28 internos, jardim. horizontalidade e ênfase de cheios sobre os vazios. ou alumínio), cobertura em diversas da escada, estar, sala de refeições, hall de segue a função
águas, platibanda sem beiral, cobogós entrada, pátio social de entrada, cozinha, (planta geradora),
(pátio social), revestimento em cerâmica, cozinha auxiliar, pátio de serviço, área de modelo moderno
piso em cerâmica, armários embutidos, serviço, quarto de empregada, banheiro de com maior grau de
escada simples em alvenaria (acesso ao empregada, depósito, suíte casal – erudição.
pavimento superior pela garagem), jogo banheiro, quartos, banheiro íntimo.
de materiais modernos e tradicionais, Ausência de planta do pavimento
materiais locais (pedra). superior.
Lote urbano, lote de Térrea, volume retangular e horizontal, volume em único Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta em único bloco, Síntese entre o
esquina, lote regular, lote bloco, fachada plana, fachada com diversos planos e concreto armado, laje plana em concreto planta retangular, planta com garagem tradicional e o
retangular, lote exíguo, texturas, cobertura inclinada, platibanda horizontal com armado, paredes de alvenaria simples e oposta ao cruzamento das vias (manobras) moderno, forma
implantação estende-se no beiral, planta em único bloco, planta retangular, planta revestidas com massa, esquadrias em continuidade espacial, zoneamento segue a função
sentido longitudinal e no com garagem oposta ao cruzamento das vias (manobras) madeira e vidro, esquadrias com peitoril espacial, disposição dos ambientes de (planta geradora),
centro do terreno, recuos , linhas retas sugerem horizontalidade e ênfase de vazios alto (privacidade), janelas horizontais, acordo com a insolação e ventilação, modelo moderno
frontal, lateral e de fundos, sobre os cheios. janelas contínua tipo painel único (entre ambientes: jardim, varanda social, com maior grau de
jardim. dois ou mais ambientes), portas escritório, estar, sala de almoço, cozinha, erudição.
envidraçadas de correr, cobertura em telha área de serviço, quarto de empregada, Demolida em
cerâmica, cobertura em diversas águas, banheiro de empregada, terraço de serviço outubro de 2003.
platibanda horizontal com beiral, (galeria), suíte – banheiro, quartos,
venezianas, faixa de brises tipo ripado banheiro íntimo, garagem, pergolado da
29 próximo à laje (bandeira), pérgolas em garagem.
concreto armado, revestimento em pedra,
revestimento em tijolo aparente,
revestimento em pastilhas (platibandas e
pilares), revestimento em cerâmica, piso
em cerâmica, mobília divisória, armários
embutidos, balaustrada e portões
metálicos, jogo de materiais modernos e
tradicionais, materiais locais (pedra),
materiais rústicos (tijolo aparente), cores
branca, azul e cores atribuídas aos
materiais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis (sendo um subsolo da garagem), volume em 02 Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta em único bloco, Síntese entre o
quadra, lote médio, lote blocos, volume principal tipo prisma sobre prisma cobertura plana em concreto armado, planta compacta, planta retangular, tradicional e o
irregular, terreno inclinado e retangular, volume sinuoso da rampa (acesso do nível da moldura (paredes laterais, laje de piso e continuidade espacial, zoneamento moderno, forma
acima do nível da rua, rua e garagem ao piso principal), fachada plana, fachada platibanda), paredes de alvenaria simples espacial, disposição dos ambientes de segue a função
implantação estende-se no com diversos planos e texturas, fachada com moldura e revestidas com massa, parede em pedra acordo com a insolação e ventilação, (planta geradora),
sentido longitudinal e na (paredes laterais, laje de piso e platibanda), platibanda (arrimo do aterro), paredes envidraçadas, ambientes: jardim, garagem, terraço da modelo moderno
lateral do terreno, recuos reta horizontal, planta em único bloco, planta compacta, esquadrias em madeira e vidro, janelas garagem (acesso à rampa principal), com maior grau de
frontal, lateral e de fundos, planta retangular, linhas retas e sinuosas e ênfase de horizontais, pérgolas em concreto armado, vestíbulo da escada curva, estar, sala de erudição.
jardim. vazios sobre os cheios. cobogós (parede garagem), revestimento refeições, escritório, varanda social
em azulejos decorativos (parede rampa), (galeria), lavabo, copa-cozinha, despensa,
revestimento em pastilhas (moldura área de serviço, quarto de empregada,
30 fachada), revestimento em cerâmica, banheiro de empregada, quartos, banheiro
revestimento em pedra, piso em cerâmica, íntimo.
piso em pedra portuguesa, balaustrada
metálica, escada simples em alvenaria,
balaustrada e portões metálicos, rampas
simples em alvenaria, escada curva
simples em alvenaria, armários
embutidos, jogo de materiais modernos e
tradicionais, materiais locais (pedra),
cores branca (pastilhas e azulejos), azul
(azulejos) e cores atribuídas aos materiais.
Lote urbano, lote de Térrea, volume retangular e horizontal, volume em único Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta retangular, planta Síntese entre o
31 esquina, lote regular, lote bloco, fachada plana, fachada com diversos planos e cobertura plana em concreto armado, em 02 blocos + edícula de serviço e tradicional e o
retangular, lote exíguo, texturas, cobertura plana, platibanda horizontal com paredes de alvenaria simples e revestidas garagem, planta colada no limite posterior moderno, forma
implantação estende-se no beiral, planta retangular, planta em 02 blocos + edícula com massa, paredes envidraçadas, do terreno, continuidade espacial, segue a função
sentido longitudinal no de serviço e garagem, planta colada no limite posterior esquadrias em madeira e vidro, janelas zoneamento espacial, disposição dos (planta geradora),
centro e fundos do terreno, do terreno, linhas retas e horizontais e ênfase de vazios pivotantes, janelas horizontais, portas ambientes de acordo com a insolação e modelo moderno
recuos frontal e laterais, sobre os cheios. envidraçadas de correr, cobertura plana ventilação, ambientes: jardim, lago, com maior grau de
jardim. (telha de amianto ou alumínio), cobertura varanda social de entrada, estar, bar, erudição.
em diversas águas, platibanda horizontal varanda social, copa, cozinha, varandas de
com beiral, cobogós, venezianas, serviço, área de serviço, quarto de
revestimento em cerâmica, piso em empregada, banheiro de empregada,
cerâmica, mobília divisória, armários garagem, hall íntimo, quartos, banheiro
embutidos, jogo de materiais modernos e íntimo.
tradicionais.
Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume retangular e horizontal, volume em único Estrutura em concreto armado, laje plana Planta racional, planta retangular, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote bloco, fachada plana, fachada com diversos planos e em concreto armado, paredes de alvenaria em forma de “U”, circulação interna em tradicional e o
retangular, lote médio, texturas, cobertura plana, platibanda horizontal com simples e revestidas com massa, paredes forma de “U” com distribuição dos moderno, forma
implantação estende-se no beiral, planta retangular, planta em forma de “U”, linhas envidraçadas, esquadrias em madeira e ambientes pelo percurso, continuidade segue a função
sentido longitudinal e no retas e horizontais e ênfase de vazios sobre os cheios. vidro, janelas horizontais, portas espacial, zoneamento espacial, disposição (planta geradora),
centro do terreno, recuos envidraçadas de correr, portas com dos ambientes de acordo com a insolação modelo moderno
32 frontal, lateral e de fundos, bandeira (tipo ripado), cobertura plana e ventilação, ambientes: jardim, terraço, com maior grau de
pátio interno, jardim. (telha de amianto ou alumínio), cobertura garagem, estar, pátio social, copa, erudição.
em diversas águas, platibanda horizontal cozinha, área de serviço, quarto de Circulação
com beiral, cobogós, venezianas, empregada, banheiro de empregada, hall distribuidora de
revestimento em cerâmica, piso em íntimo, quartos, banheiro íntimo, suíte – setores em forma de
cerâmica, armários embutidos, jogo de banheiro. “U”.
materiais modernos e tradicionais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis (sendo um subsolo da garagem), volume Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta retangular, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote cúbico tipo prisma sobre prisma, volume retangular, concreto armado, laje de cobertura plana em único bloco, circulação interna em tradicional e o
retangular, lote exíguo, volume em único bloco, fachada com moldura em concreto armado, paredes de alvenaria forma de “O” com distribuição dos moderno, forma
terreno inclinado e acima do (platibanda e laje de piso), fachada plana, fachada com simples e revestidas com massa, paredes ambientes pelo percurso, continuidade segue a função
nível da rua, implantação diversos planos e texturas, cobertura plana, platibanda envidraçadas, parede em pedra (arrimo), espacial, zoneamento espacial, disposição (planta geradora),
estende-se no sentido horizontal com beiral, planta retangular, planta em único esquadrias em madeira e vidro, janelas dos ambientes de acordo com a insolação modelo moderno
longitudinal e no centro do bloco, linhas retas e horizontais e ênfase de vazios sobre horizontais, portas envidraçadas de correr, e ventilação, ambientes: jardim, garagem, com maior grau de
terreno, recuos frontal, os cheios. cobertura plana (telha de amianto ou terraço social inferior, terraço social erudição.
lateral e de fundos, pátio alumínio), cobertura em diversas águas, superior, hall de entrada, escritório, estar, Circulação
interno, jardim. platibanda horizontal com beiral, faixa de sala de refeições, copa, cozinha, despensa, distribuidora de
33 brises tipo ripado próximo à laje depósito, área de serviço, quarto de setores em forma de
(bandeira), pérgolas em concreto armado, empregada, banheiro de empregada, “O”.
cobogós, revestimento em pedra, terraço íntimo, sala de costura, pátio
revestimento em cerâmica, piso em interno (pergolado), quartos, banheiro
cerâmica, escada de concreto armado em íntimo, banheiro social e íntimo, varanda
balanço, escada simples em alvenaria, íntima (galeria).
balaustrada metálica, mobília divisória,
armários embutidos, jogo de materiais
modernos e tradicionais, materiais locais
(pedra), cor branca e cores atribuídas aos
materiais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis (com plantas idênticas de duas residências), Estrutura em concreto armado, pilotis em Plantas idênticas nos pavimentos inferior Síntese entre o
quadra, lote irregular, lote volume cúbico tipo prisma sobre prisma (com prisma concreto armado (varandas de serviço - e superior (duas residências), planta tradicional e o
34 exíguo, implantação inferior não recuado), volume retangular, volume em galeria), laje de cobertura plana em retangular, planta em único bloco, moderno, forma
estende-se no sentido único bloco, fachada com moldura (paredes laterais, concreto armado, paredes de alvenaria zoneamento espacial, disposição dos segue a função
longitudinal e no centro do platibanda e laje de piso), fachada plana, fachada com simples e revestidas com massa, parede ambientes de acordo com a insolação e (planta geradora),
terreno, recuos frontal, diversos planos e texturas, cobertura plana, platibanda em pedra, esquadrias em madeira e vidro, ventilação, ambientes: jardim, garagem, modelo moderno
lateral e de fundos, jardim. horizontal sem beiral, planta retangular, planta em único janelas horizontais, janelas de correr, abrigo para carro, varanda social, estar, com maior grau de
bloco, linhas retas (horizontais e verticais) e ênfase de cobertura plana (telha de amianto ou copa, cozinha, varanda de serviço erudição.
vazios sobre os cheios. alumínio), cobertura em 03 águas, (galeria), área de serviço, quarto de Projeto de duas
platibanda horizontal sem beiral, empregada, banheiro de empregada, residências - plantas
venezianas, brises fixos em concreto quartos, banheiro íntimo. idênticas nos
armado, revestimento em cerâmica, piso pavimentos inferior
em cerâmica, piso em pedra, balaustrada e superior.
metálica, escada simples em alvenaria,
rampa simples em alvenaria (garagem),
jogo de materiais modernos e tradicionais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume tipo prisma sobre prisma, volume Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta em forma de “U”, Síntese entre o
quadra, lote regular, lote superior recuado, fachada plana, fachada com diversos concreto armado (terraço), laje de planta assimétrica, planta colada no limite tradicional e o
retangular, lote exíguo, planos, fachada com moldura (laje de cobertura, paredes cobertura plana em concreto armado, laje lateral do terreno, continuidade espacial, moderno, forma
implantação estende-se no laterais e piso – varanda térreo), cobertura plana, de piso dupla (tipo sanduíche), paredes de zoneamento espacial, disposição dos segue a função
sentido longitudinal e no platibanda horizontal com beiral, planta em forma de alvenaria simples e revestidas com massa, ambientes de acordo com a insolação e (planta geradora),
centro do terreno, recuos “U”, planta assimétrica, planta colada no limite lateral esquadrias em madeira e vidro, janelas ventilação, ambientes: jardim, varanda, modelo moderno
frontal, lateral e de fundos, do terreno, linhas retas e horizontais e ênfase de vazios horizontais, portas envidraçadas de correr, estar, escritório, sala de música, terraço, com maior grau de
35 jardim. sobre os cheios. portão basculante (garagem), cobertura copa, cozinha, área de serviço, quarto de erudição.
plana (telha de amianto ou alumínio), empregada, banheiro de empregada, hall
platibanda horizontal com beiral, íntimo, quartos, banheiros íntimos,
cobogós, pérgolas em concreto armado, vestíbulo da escada, suíte – banheiro e
revestimento em cerâmica, piso em mini closet, varanda íntima.
cerâmica, balaustrada metálica, armários
embutidos, jogo de materiais modernos e
tradicionais.
Lote urbano, lote no meio da 03 níveis (sendo um meio subsolo da garagem), volume Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote tipo prisma sobre prisma, volume retangular, volume em concreto armado, laje de cobertura plana em único bloco, continuidade espacial, tradicional e o
retangular, lote médio, 02 blocos (principal e garagem), fachada plana, fachada em concreto armado, paredes de alvenaria zoneamento espacial, disposição dos moderno, forma
implantação estende-se no com diversos planos e texturas, fachada com moldura simples e revestidas com massa, paredes ambientes de acordo com a insolação e segue a função
sentido longitudinal e no (platibanda, laje de piso e paredes laterais), cobertura envidraçadas, moldura (platibanda, laje de ventilação, ambientes: jardim, garagem, (planta geradora),
centro do terreno, recuos plana, platibanda reta horizontal sem beiral, planta piso e paredes laterais), paredes vazadas depósito de material de pesca, varanda modelo moderno
frontal, lateral e de fundos, assimétrica, planta em único bloco, linhas retas e em tijolo aparente, esquadrias em madeira social, estar, jantar, sala de jogos, hall com maior grau de
pátio interno, jardim. horizontais e ênfase de vazios sobre os cheios. e vidro, esquadrias em ferro e vidro, social (vestíbulo da escada), lavabo, pátio erudição.
portas envidraçadas de correr, janelas social (pergolado), sala de almoço, copa,
horizontais, cobertura plana em telha de cozinha, despensa, área de serviço +
amianto e telha translúcida de fibra de lavanderia, quarto de empregada, banheiro
36 vidro, platibanda reta horizontal sem de empregada, hall íntimo, escritório,
beiral, calhas impermeabilizadas, quartos, banheiro íntimo, quarto de
venezianas, cobogós em vidro e cerâmica hóspedes, banheiro de hóspedes, varanda
vitrificada, pérgolas em concreto armado, íntima (galeria), suíte – banheiro, suíte –
forro em lambri de madeira, revestimento banheiro e closet, rouparia, piscina.
em cerâmica, revestimento em azulejos,
revestimento em mármore, revestimento
em granito, revestimento em quartzo
branco, revestimento em pastilhas, piso
em cerâmica, piso em madeira (ambientes
sociais e íntimos), piso em mármore, piso
em granito, piso em ladrilho hidráulico
(piso da piscina), balaustrada em latão
(escada), armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais de acabamento luxuosos,
materiais locais (pedra), cores atribuídas
aos materiais: granito cinza, pastilhas
brancas e amarelas (platibanda), pastilhas
azuis (varanda interna e algumas
esquadrias), azulejos de cores variadas
(áreas molhadas), mármore “boticcino”
(hall e parede da escada), mármore branco
e rosado (hall social), cerâmica terrosa.
Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume retangular e horizontal, volume suspenso Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote sobre base recuada, fachada plana, fachada com moldura cobertura plana em concreto armado, em único bloco + edícula de serviço, tradicional e o
retangular, lote exíguo, sugerindo modulação (paredes dos quartos e platibanda), paredes de alvenaria simples e revestidas continuidade espacial, zoneamento moderno, forma
implantação estende-se no cobertura plana, platibanda reta horizontal sem beiral, com massa, esquadrias em madeira e espacial, disposição dos ambientes de segue a função
sentido longitudinal e no planta assimétrica, planta em único bloco + edícula de vidro, janelas de correr, janelas acordo com a insolação e ventilação, (planta geradora),
centro do terreno, recuos serviço, linhas retas e horizontais e ênfase de vazios horizontais, cobertura plana (telha de ambientes: jardim, garagem, terraço de modelo moderno
37 frontal, lateral e de fundos, sobre os cheios. amianto ou alumínio), cobertura em 02 entrada, estar, jantar, terraço social, com maior grau de
jardim. águas, venezianas, cobogós, revestimento banheiro social, cozinha, área de serviço, erudição.
em pedra, revestimento em cerâmica, piso quarto de empregada, banheiro de
em cerâmica, piso em pedra, balaustrada e empregada, depósito, hall íntimo, quartos,
portões metálicos, jogo de materiais banheiro íntimo, suíte – banheiro.
modernos e tradicionais, materiais locais
(pedra).
Lote urbano, lote de Volume em 03 blocos (sendo o primeiro com jogo de Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
esquina, lote regular, lote volumes e recortes, o intermediário marcado pelo pátio e concreto armado, laje de cobertura plana em 02 blocos, continuidade espacial, tradicional e o
retangular, lote exíguo, o posterior um bloco maciço), fachada plana, fachada em concreto armado, paredes de alvenaria zoneamento espacial, disposição dos moderno, forma
implantação estende-se no com diversos planos e texturas, fachada com pérgolas simples e revestidas com massa, ambientes de acordo com a insolação e segue a função
sentido longitudinal e no verticais, cobertura plana, platibanda reta horizontal com esquadrias em madeira e vidro, janelas ventilação, ambientes: jardim, varanda de (planta geradora),
centro do terreno, recuos beiral (volume anterior e intermediário), platibanda reta horizontais, janelas de correr, portas entrada, estar, escritório, pergolado, pátio modelo moderno
frontal, lateral e de fundos, horizontal sem beiral, planta assimétrica, planta em 02 envidraçadas de correr, cobertura plana interno, copa, cozinha, hall íntimo, com maior grau de
pátio interno, jardim. blocos, linhas retas e horizontais e ênfase de vazios (telha de amianto ou alumínio), platibanda quartos, banheiro íntimo, suíte – banheiro. erudição.
38 sobre os cheios. reta horizontal com beiral (volume Projeto não consta
anterior e intermediário), platibanda reta dependências de
horizontal sem beiral, venezianas, serviço.
pérgolas em concreto armado (verticais -
fachada e horizontais - cobertura,
cobogós), revestimento em cerâmica, piso
em cerâmica, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais.
Lote urbano, lote de Térrea, volume retangular e horizontal, volume suspenso Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
esquina, lote regular, lote sobre base recuada, fachada plana, fachada com moldura concreto armado, laje de cobertura plana em único bloco + edícula de serviço, tradicional e o
retangular, lote exíguo, (platibanda, laje de piso e parede lateral), fachada lateral em concreto armado, laje de piso planta colada nos limites lateral e moderno, forma
39 implantação estende-se no com moldura tipo marquise (garagem), planta suspensa, moldura (platibanda, laje de posterior do terreno, continuidade segue a função
sentido longitudinal na assimétrica, planta em único bloco + edícula de serviço, piso e parede lateral), moldura tipo espacial, zoneamento espacial, disposição (planta geradora),
lateral e fundos do terreno, planta colada nos limites lateral e posterior do terreno, marquise (garagem - fachada lateral), dos ambientes de acordo com a insolação modelo moderno
recuos frontal e lateral, linhas retas e horizontais e ênfase de vazios sobre os paredes de alvenaria simples e revestidas e ventilação, ambientes: jardim, terraço de com maior grau de
jardim. cheios. com massa, parede em pedra, esquadrias entrada, hall de entrada, pátio de entrada, erudição.
em madeira e vidro, janelas horizontais, estar, jantar, copa, cozinha, despensa,
faixa de brises tipo ripado próxima à laje, terraço de serviço, área de serviço, quarto
cobertura plana (telha de amianto ou de empregada, banheiro de empregada,
alumínio), platibanda reta horizontal com garagem, hall íntimo, banheiro íntimo,
beiral, venezianas, cobogós, revestimento quartos.
em pedra, revestimento em cerâmica, piso
em cerâmica, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra).
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume cúbico trapezoidal suspenso por Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta compacta, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote pilotis, volume em único bloco, fachada com diversos concreto armado, laje de cobertura em único bloco + edícula de serviço, tradicional e o
retangular, lote exíguo, planos e texturas, fachada com moldura inclinada inclinada em concreto armado, moldura continuidade espacial, zoneamento moderno, forma
implantação estende-se no (platibanda e paredes laterais), cobertura inclinada, inclinada (platibanda e parede lateral), espacial, disposição dos ambientes de segue a função
sentido longitudinal na platibanda reta inclinada, planta compacta, planta em paredes de alvenaria simples e revestidas acordo com a insolação e ventilação, (planta geradora),
lateral e fundos do terreno, único bloco + edícula de serviço, linhas retas e com massa, paredes envidraçadas, ambientes: jardim, garagem, varanda de modelo moderno
recuos frontal e lateral, inclinadas e ênfase de vazios sobre os cheios. esquadrias em madeira e vidro, cobertura entrada, vestíbulo da escada, escritório, com maior grau de
jardim. inclinada, cobertura em telha cerâmica, estar, jantar, jardim de inverno erudição.
colchão de ar ventilado por brises tipo (pergolado), bar, copa, cozinha, banheiro
40 ripado, pérgolas em concreto armado, social, área de serviço, cisterna, depósito,
escada simples em alvenaria, castelo castelo d’água, hall íntimo, quarto de
d’água, cisterna, pé-direito alto, hóspede, quartos, banheiro íntimo.
revestimento em pastilhas, revestimento
em cerâmica, piso em cerâmica,
revestimento em pedra, jogo de materiais
modernos e tradicionais, materiais locais
(pedra), cores atribuídas aos materiais:
pedra, pastilhas amarelas (fachada),
pastilhas brancas (moldura fachada).
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume cubista tipo prisma sobre prisma, Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta em 02 blocos, Síntese entre o
quadra, lote regular, lote volume retangular, fachada plana, fachada com diversos cobertura plana em concreto armado, planta em forma de “U”, planta tradicional e o
retangular, lote exíguo, planos e texturas, fachada com moldura (platibanda, laje moldura (platibanda, laje de piso e assimétrica, planta colada nos limites moderno, forma
implantação estende-se no de piso e paredes laterais), planta em 02 blocos, planta paredes laterais), pilotis circulares laterais e posteriores do terreno, segue a função
sentido longitudinal e no em forma de “U”, planta assimétrica, planta colada nos dividindo copa e cozinha, paredes de continuidade espacial, zoneamento (planta geradora),
centro do terreno, recuos limites laterais e posteriores do terreno, linhas retas e alvenaria simples e revestidas com massa, espacial, disposição dos ambientes de modelo moderno
frontal, lateral e de fundos, horizontais e ênfase de vazios sobre os cheios. paredes envidraçadas, esquadrias em acordo com a insolação e ventilação, com maior grau de
jardim. madeira e vidro, janelas horizontais, ambientes: jardim, garagem, terraço de erudição.
janelas basculantes próximas à laje, porta entrada, escritório, estar, jantar, terraço
envidraçada de correr, faixa de brises tipo social, copa, cozinha, despensa, área de
41 ripado próxima à laje, cobertura plana serviço, quarto de empregada, banheiro de
(telha de amianto ou alumínio), empregada, quarto de hóspede, banheiro
venezianas, pérgolas em concreto armado, social, hall da escada, sala íntima, terraço
revestimento em cerâmica, piso em íntimo, quartos, banheiros íntimos, terraço
cerâmica, revestimento em pedra, escada íntimo (galeria com pergolado).
de concreto em balanço, balaustrada
metálica, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra), cores atribuídas
aos materiais.
Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume em 02 blocos (garagem e corpo Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote principal), volume retangular e horizontaL, volume cobertura plana em concreto armado, cruciforme, planta com entrada pela tradicional e o
retangular, lote exíguo, suspenso com base recuada, fachada plana, fachada com paredes de alvenaria simples e revestidas lateral do lote, continuidade espacial, moderno, forma
implantação estende-se no diversos planos e texturas, cobertura plana, platibanda com massa, paredes envidraçadas, zoneamento espacial, disposição dos segue a função
sentido longitudinal e no reta horizontal sem beiral, planta assimétrica, planta esquadrias em madeira e vidro, janelas ambientes de acordo com a insolação e (planta geradora),
centro do terreno, recuos cruciforme, planta com entrada pela lateral do lote, horizontais, janelas basculantes próximas ventilação, ambientes: jardim, garagem, modelo moderno
frontal, lateral e de fundos, linhas retas e horizontais e ênfase de vazios sobre os à laje, portas envidraçadas de correr, varanda de entrada, estar, sala íntima, sala com maior grau de
42 pátio interno, jardim. cheios. cobertura plana (telha de amianto ou de almoço, copa-cozinha, área de serviço, erudição.
alumínio), platibanda reta horizontal sem rouparia, quarto de empregada, banheiro
beiral, cobogós, revestimento em pedra, de empregada, pátio de serviço (varal),
revestimento em cerâmica, piso em varanda social, pátio social, saleta,
cerâmica, mobília divisória, armários banheiro social, galeria de circulação,
embutidos, jogo de materiais modernos e quarto de hóspede, quartos, banheiro
tradicionais, materiais locais (pedra). íntimo, suíte – banheiro e closet.
Lote urbano, lote de Térrea, volume retangular e horizontal, volume suspenso Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta em 02 blocos + Síntese entre o
esquina, lote em forma de com base recuada, fachada com diversos planos e cobertura plana em concreto armado, edícula de serviço, planta assimétrica, tradicional e o
“L”, lote médio, texturas, fachada com moldura (laje de cobertura e moldura (laje de cobertura e paredes continuidade espacial, zoneamento moderno, forma
implantação estende-se no paredes laterais), cobertura plana com beiral e sem laterais), paredes de alvenaria simples e espacial, disposição dos ambientes de segue a função
sentido longitudinal na platibanda, planta em 02 blocos + edícula de serviço, revestidas com massa, paredes acordo com a insolação e ventilação, (planta geradora),
lateral e fundos do terreno, planta assimétrica, linhas retas e horizontais e ênfase de envidraçadas, esquadrias em madeira e ambientes: jardim, lago, hall de entrada, modelo moderno
recuos frontal e lateral, vazios sobre os cheios. vidro, janelas horizontais, janelas hall social, estar, jantar, lavabo, varanda com maior grau de
pátios internos, jardim. basculantes, portas envidraçadas de social, pátio social, estar da família, sala erudição.
correr, cobertura plana em telha de de refeições, cozinha, despensa, área de
43 amianto aparente e com beiral, ausência serviço, depósito, quartos de empregada,
de platibanda, calhas impermeabilizadas banheiro de empregada, pátio de serviço,
com escoamento aparente na fachada, garagem, quarto de hóspedes, banheiro de
venezianas, pérgolas em concreto armado, hóspede, varanda do hóspede, sala de
revestimento em tijolo aparente, estudo, varandas íntimas, quartos,
revestimento em pedra, jogo de materiais banheiro íntimo, suíte – banheiro, closet e
modernos e tradicionais, materiais secador.
rústicos (tijolo aparente), materiais locais
(pedra), cores atribuídas aos materiais.
Lote urbano, lote de 02 níveis, volume assimétrico (recortes), volume em 02 Estrutura em concreto armado, estrutura Planta racional, planta em forma de “U”, Projeto incompleto,
esquina, lote irregular, lote blocos (o 1o andar na vertical e, o principal, térreo em concreto aparente, laje de cobertura planta assimétrica, planta colada no limite possível extravio da
médio, implantação estende- retangular e horizontal), volume suspenso com base plana em concreto armado, estrutura da posterior do terreno, continuidade planta do pavimento
se no sentido longitudinal no recuada, fachada com diversos planos e texturas, cobertura em madeira aparente (linhas em espacial, zoneamento espacial, disposição superior.
centro e fundos do terreno, cobertura plana com beiral e sem platibanda, planta em madeira), paredes de alvenaria simples e dos ambientes de acordo com a insolação Síntese entre o
recuos frontal e lateral, pátio forma de “U”, planta assimétrica, planta colada no limite revestidas com massa, paredes e ventilação, ambientes: jardim, hall de tradicional e o
interno, jardim. posterior do terreno, linhas retas e horizontais e ênfase envidraçadas, paredes em pedra, entrada, salas de estar, jantar, escritório, moderno, forma
de vazios sobre os cheios. esquadrias em madeira e vidro, janelas lavabo, terraço social, pátio social, copa, segue a função
44 horizontais, portas envidraçadas de correr, cozinha, despensa, área de serviço, quarto (planta geradora),
janelas basculantes próximas à laje, de empregada, banheiro de empregada, modelo moderno
cobertura plana em telha de amianto garagem, casa de bomba (sob a escada), com maior grau de
aparente e com beiral, ausência de hall íntimo, quarto, banheiro íntimo, suíte erudição.
platibanda, calhas impermeabilizadas com - banheiro e closet.
escoamento aparente na fachada,
venezianas, cobogós, brises-soleils,
revestimento em pedra, revestimento em
cerâmica, piso em cerâmica, balaustrada
em madeira, varanda balcão (concreto
aparente), armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra), cores atribuídas
aos materiais: pedra, concreto aparente,
madeira, amianto.
Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume retangular e horizontal, volume da caixa Estrutura em concreto armado, estrutura Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote d’água em destaque, volume suspenso com base em concreto aparente, laje de cobertura em 02 blocos (garagem e corpo principal), tradicional e o
retangular, lote médio, recuada, fachada com diversos planos e texturas, plana em concreto armado, paredes de continuidade espacial, zoneamento moderno, forma
implantação estende-se no cobertura plana com beiral e sem platibanda, planta alvenaria simples e revestidas com massa, espacial, disposição dos ambientes de segue a função
sentido longitudinal e no assimétrica, planta em 02 blocos (garagem e corpo paredes envidraçadas, esquadrias em acordo com a insolação e ventilação, (planta geradora),
centro do terreno, recuos principal), linhas retas e horizontais e ênfase de vazios madeira e vidro, janelas horizontais, ambientes: jardim, garagem, pátio interno, modelo moderno
frontal, lateral e de fundos, sobre os cheios. portas envidraçadas de correr, cobertura hall de entrada, sala de visitas, terraço com maior grau de
pátio interno, jardim. plana em telha de amianto (tipo calhetão) social, estar da família, jantar, cozinha, erudição.
aparente e com beiral, cobertura em cozinha auxiliar, despensa, área de
diversas águas, ausência de platibanda, serviço, quarto de empregada, banheiro de
calhas impermeabilizadas com empregada, sala de estudo e costura, suíte
45 escoamento aparente na fachada, de hóspedes - banheiro, rouparia, hall
venezianas, cobogós (paredes e íntimo, quartos, banheiro íntimo, suíte –
revestimento da caixa d´água), banheiro e closet, piscina, bar e vestiário
revestimento em pedra, revestimento em da piscina.
cerâmica, piso em cerâmica, balaustrada e
portões metálicos, mobília divisória
(closet), armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra), cores atribuídas
aos materiais: pedra, concreto aparente,
madeira, amianto.
Lote urbano, lote de Térrea, volume retangular e horizontal, volume em 02 Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
esquina, lote regular, lote blocos, sendo um com platibanda reta horizontal com cobertura plana em concreto armado, laje em único bloco + edícula de serviço, tradicional e o
retangular, lote exíguo, beiral e outro maciço com platibanda sem beiral e de cobertura plana impermeabilizada planta colada nos limites lateral e moderno, forma
implantação estende-se no marcado por moldura. Fachada plana, fachada com (garagem), paredes de alvenaria simples e posterior do terreno, continuidade segue a função
sentido longitudinal na diversos planos e textura, fachada com moldura revestidas com massa, paredes espacial, zoneamento espacial, disposição (planta geradora),
lateral e fundos do terreno, decorativa, planta assimétrica, planta em único bloco + envidraçadas, parede em pedra, esquadrias dos ambientes de acordo com a insolação modelo moderno
recuos frontal, lateral e de edícula de serviço, planta colada nos limites lateral e em madeira e vidro, janelas horizontais, e ventilação, ambientes: jardim, garagem, com maior grau de
fundos, jardim. posterior do terreno, linhas retas e horizontais e ênfase janelas de correr, portas envidraçadas de terraço social, estar, banheiro social, copa, erudição.
de vazios sobre os cheios. correr, cobertura plana (telha de amianto cozinha, terraço de serviço, área de
ou alumínio), platibanda reta horizontal serviço, quarto de empregada, banheiro de
46 com beiral, cobertura em diversas águas, empregada, galinheiro, hall íntimo,
painel de brises-soleils tipo ripado, brises- quartos, banheiro íntimo.
soleils em alvenaria (estar), venezianas,
cobogós, revestimento em cerâmica, piso
em cerâmica, balaustrada em concreto
armado e portões em ferro, mobília
divisória, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra), cores atribuídas
aos materiais.
Lote urbano, lote de 02 níveis, volume cúbico tipo prisma sobre prisma, Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta compacta, planta Síntese entre o
esquina, lote regular, lote volume retangular, volume em único bloco, fachada concreto armado em forma de “V”, laje de em 02 blocos, continuidade espacial, tradicional e o
retangular, lote exíguo, frontal sugere simetria, fachada com moldura cobertura plana em concreto armado, zoneamento espacial, disposição dos moderno, forma
implantação estende-se no (platibanda, paredes laterais e laje de piso), cobertura paredes de alvenaria simples e revestidas ambientes de acordo com a insolação e segue a função
sentido longitudinal e no inclinada, empena inclinada no sentido da fachada com massa, paredes envidraçadas, parede ventilação, ambientes: jardim, garagem, (planta geradora),
centro do terreno, recuos frontal, planta compacta, planta em 02 blocos, linhas em pedra, esquadrias em madeira e vidro terraço social de entrada, estar, jantar, modelo de moderno
frontal, lateral e de fundos, retas e inclinadas e ênfase de vazios sobre os cheios. (venezianas abaixo e vidro no alto), escritório, banheiro social, pátio interno, popular.
pátio interno, jardim. janelas horizontais, janelas de correr, copa, cozinha, área de serviço, quarto de
portas envidraçadas de correr, esquadrias empregada, banheiro de empregada, hall
tipo faixa envidraçada próxima à laje, íntimo, quartos, banheiro íntimo, quarto –
faixa de brises tipo ripado próxima à laje, closet, varanda íntima (galeria).
47 janelas contínuas tipo painel (entre dois
ou mais ambientes), cobertura em telha
cerâmica, empena inclinada, pérgolas em
concreto armado, venezianas,
revestimento em pedra, revestimento em
cerâmica, piso em cerâmica, balaustrada
metálica, pé-direito alto, escada simples
em alvenaria, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra), cores atribuídas
aos materiais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume em 02 blocos, sendo o frontal Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote retangular e horizontal e o posterior vertical (1o andar). cobertura plana em concreto armado, colada nos limites laterais do terreno, tradicional e o
retangular, lote exíguo, Fachada plana, fachada com diversos planos e texturas, paredes de alvenaria simples e revestidas continuidade espacial, zoneamento moderno, forma
implantação estende-se no cobertura plana, platibanda reta e horizontal com beiral com massa, paredes envidraçadas, espacial, disposição dos ambientes de segue a função
sentido longitudinal e no no volume anterior, volume maciço com platibanda sem esquadrias em madeira e vidro, janelas acordo com a insolação e ventilação, (planta geradora),
centro do terreno, recuos beiral e moldura decorativa (1o andar), planta horizontais, portas envidraçadas de correr, ambientes: jardim, garagem, terraço social modelo moderno
frontal, lateral e de fundos, assimétrica, planta colada nos limites laterais do terreno, faixa de brises tipo ripado próxima à laje, de entrada, estar, copa, cozinha, despensa, com maior grau de
jardim. linhas retas e horizontais e ênfase de vazios sobre os cobertura plana (telha de amianto ou área de serviço, quarto de empregada, erudição.
48 cheios. alumínio), platibanda reta horizontal com banheiro de empregada, pátio de serviço,
beiral (volume frontal) e sem beiral quartos, banheiro íntimo, suítes –
(volume posterior), revestimento em tijolo banheiro e closet, vestíbulo da escada.
aparente, revestimento em cerâmica, piso
em cerâmica, escada de concreto em
balanço, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais rústicos (tijolo aparente), cores
atribuídas aos materiais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume cúbico tipo prisma sobre prisma, Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta compacta, planta Possível extravio da
quadra, lote regular, lote volume retangular, fachada plana, fachada com diversos cobertura plana em concreto armado, em único bloco + edícula de serviço, planta do pavimento
retangular, lote médio, planos e texturas, fachada com moldura (platibanda, paredes de alvenaria simples e revestidas planta colada no limite posterior do superior.
implantação estende-se no paredes laterais e laje de piso), planta compacta, planta com massa, paredes envidraçadas, terreno, continuidade espacial, Síntese entre o
sentido longitudinal e no em único bloco + edícula de serviço, planta colada no esquadrias em madeira e vidro, janelas zoneamento espacial, disposição dos tradicional e o
49 centro do terreno, recuos limite posterior do terreno, linhas retas e horizontais e horizontais, portas envidraçadas de correr, ambientes de acordo com a insolação e moderno, forma
frontal e lateral, jardim. ênfase de vazios sobre os cheios. faixa de brises tipo ripado próxima à laje, ventilação, ambientes: jardim, garagem, segue a função
cobertura plana (telha de amianto ou terraço social de entrada, estar, sala de (planta geradora),
alumínio), platibanda reta horizontal sem refeições, cozinha, despensa, terraço de modelo moderno
beiral, venezianas, cobogós, revestimento serviço, área de serviço, terraço/ hall da com maior grau de
em cerâmica, piso em cerâmica, escada escada, quartos, banheiro íntimo. erudição.
simples em alvenaria, balaustrada
metálica, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais.
Lote urbano, lote de 02 níveis, volume retangular, volume em 02 blocos, Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta compacta e Síntese entre o
esquina, lote regular, lote sendo o anterior horizontal (térreo), e o posterior vertical cobertura plana em concreto armado, retangular, planta em único bloco, tradicional e o
retangular, lote exíguo, (1o andar). Destaque para o volume do muro do pátio de paredes de alvenaria simples e revestidas continuidade espacial, zoneamento moderno, forma
implantação estende-se no serviço voltado para a esquina do terreno, fachada com com massa, parede em pedra, parede em espacial, disposição dos ambientes de segue a função
sentido longitudinal e no diversos planos e texturas, cobertura plana sem tijolo aparente, paredes envidraçadas, acordo com a insolação e ventilação, (planta geradora),
centro do terreno, recuos platibanda e com beiral, planta compacta e retangular, esquadrias em madeira e vidro, janelas ambientes: jardim, garagem, varanda de modelo moderno
frontal, lateral e de fundos, planta em único bloco, linhas retas e horizontais e ênfase horizontais, portas envidraçadas de correr, entrada, estar, sala de almoço, escritório, com maior grau de
pátio interno, jardim. de vazios sobre os cheios. cobertura plana aparente (telha de amianto lavabo, cozinha, área de serviço, quarto de erudição.
ou alumínio) e com beiral, cobertura em empregada, banheiro de empregada, pátio
50 diversas águas, ausência de platibanda, de serviço, hall da escada, hall íntimo,
calhas impermeabilizadas com quartos, banheiro íntimo, suíte – banheiro.
escoamento aparente na fachada,
revestimento em tijolo aparente,
revestimento em cerâmica, piso em
cerâmica, balaustrada e portões metálicos,
armários embutidos, jogo de materiais
modernos e tradicionais, materiais locais
(pedra), materiais rústicos (tijolo
aparente), cores atribuídas aos materiais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume cúbico tipo prisma sobre prisma, Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta tradicional, planta retangular, Possível extravio da
quadra, lote regular, lote volume retangular, fachada plana, fachada com diversos concreto armado, laje de cobertura plana planta compacta, planta em único bloco + planta do pavimento
retangular, lote exíguo, planos e texturas, fachada com moldura (platibanda, em concreto armado, laje de piso em edícula de serviço, zoneamento espacial, superior e da edícula
implantação estende-se no paredes laterais e laje de piso), cobertura plana, balanço (varanda), paredes de alvenaria disposição dos ambientes de acordo com a de serviço.
sentido longitudinal e no platibanda reta horizontal, planta retangular, planta simples e revestidas com massa, insolação e ventilação, ambientes: jardim, Síntese entre o
centro do terreno, recuos compacta, planta em único bloco + edícula de serviço, esquadrias em madeira e vidro, esquadria garagem, varanda de entrada, estar, jantar, tradicional
frontal, lateral e de fundos, linhas retas e horizontais e ênfase de vazios sobre os tipo faixa envidraçada próxima à laje, copa-cozinha, área de serviço, quarto de (distribuição
51 jardim. cheios. revestimento em pedra, revestimento em empregada, banheiro de empregada, hall espacial) e o
azulejos decorativos, revestimento em íntimo, quartos, banheiros íntimos, moderno (elementos
cerâmica, piso em cerâmica, piso em rouparia, suíte – banheiro. formais), função
pedra, balaustrada metálica, jogo de segue a forma
materiais modernos e tradicionais, (planta não
materiais locais (pedra), cores atribuídas geradora).
aos materiais: pedra, azulejos (azul e
branco).
Lote urbano, lote de Térrea, volume retangular e horizontal, volume em 02 Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
esquina, lote irregular, lote blocos, sendo um com platibanda e outro com cobertura cobertura plana em concreto armado, em único bloco, continuidade espacial, tradicional e o
médio, implantação estende- plana aparente. Volume suspenso com base recuada, paredes de alvenaria simples e revestidas zoneamento espacial, disposição dos moderno, forma
se no sentido longitudinal e fachada com diversos planos e texturas, cobertura plana com massa, paredes envidraçadas, ambientes de acordo com a insolação e segue a função
no centro do terreno, recuos sem platibanda e com beiral, planta assimétrica, planta esquadrias em madeira e vidro, janelas ventilação, ambientes: jardim, garagem, (planta geradora),
52 frontal, lateral e de fundos, em único bloco, linhas retas e horizontais e ênfase de horizontais, portas envidraçadas de correr, varanda de entrada, hall de entrada, estar, modelo moderno
pátios internos, jardim. vazios sobre os cheios. cobertura plana aparente (telha de amianto sala de refeições, pátio social, copa, com maior grau de
ou alumínio) e com beiral, cobertura em cozinha, área de serviço, quarto de erudição.
diversas águas, ausência de platibanda, empregada, banheiro de empregada,
platibanda reta horizontal sem beiral, quartos, banheiro íntimo, pátio íntimo,
venezianas, cobogós, revestimento em suíte – banheiro.
cerâmica, piso em cerâmica, armários
embutidos, jogo de materiais modernos e
tradicionais, materiais locais (pedra),
cores atribuídas aos materiais.
Lote urbano, lote de 02 níveis, volume retangular e horizontal, volume em Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
esquina, lote regular, lote único bloco, fachada com diversos planos e texturas, concreto armado, laje de cobertura plana em único bloco, planta colada no limite tradicional e o
retangular, lote exíguo, cobertura plana, platibanda reta e horizontal com beiral, em concreto armado, paredes de alvenaria posterior do terreno, continuidade moderno, forma
implantação estende-se no planta assimétrica, planta em único bloco, planta colada simples e revestidas com massa, paredes espacial, zoneamento espacial, disposição segue a função
sentido longitudinal e no no limite posterior do terreno, linhas retas e horizontais e envidraçadas, parede em pedra, esquadrias dos ambientes de acordo com a insolação (planta geradora),
centro do terreno, recuos ênfase de vazios sobre os cheios. em madeira e vidro, janelas horizontais, e ventilação, ambientes: jardim, garagem, modelo moderno
frontal, lateral e de fundos, portas envidraçadas de correr, cobertura terraço de entrada, estar, jantar, banheiro com maior grau de
pátio interno, jardim. plana (telha de amianto ou alumínio) e social, sala de utilidades, cozinha, áreas erudição.
com beiral, cobertura em diversas águas, de serviço, pátio de serviço, quarto de
53 faixa de brises tipo ripado próxima à laje, empregada, banheiro de empregada,
venezianas, pérgolas em concreto armado, depósito, quartos, banheiros íntimos, estar
cobogós, revestimento em cerâmica, piso íntimo, terraço íntimo.
em cerâmica, escada de concreto em
balanço, escada simples em alvenaria,
balaustradas em madeira, armários
embutidos, jogo de materiais modernos e
tradicionais, materiais locais (pedra),
cores atribuídas aos materiais.
Lote urbano, lote de 02 níveis, volume retangular e horizontal, volume em Estrutura em concreto armado, estrutura Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
esquina, lote regular, lote único bloco, fachada com diversos planos e texturas, da cobertura em madeira aparente (linhas em forma de “L”, planta colada no limite tradicional e o
retangular, lote exíguo, cobertura plana com beiral e sem platibanda, planta em madeira), pilotis em concreto armado, posterior do lote, continuidade espacial, moderno, forma
implantação estende-se no assimétrica, planta em forma de “L”, planta colada no pilotis metálicos, laje de cobertura plana zoneamento espacial, disposição dos segue a função
sentido longitudinal na limite posterior do lote, linhas retas e horizontais e em concreto armado, paredes de alvenaria ambientes de acordo com a insolação e (planta geradora),
lateral e nos fundos do ênfase de vazios sobre os cheios. simples e revestidas com massa, paredes ventilação, ambientes: jardim, hall de modelo moderno
terreno, recuos frontal e em tijolo aparente, paredes envidraçadas, entrada, estar, jantar, varanda social, pátio com maior grau de
lateral, pátio interno, jardim. esquadrias em madeira e vidro, janelas social (pergolado), copa, cozinha, erudição.
horizontais, portas envidraçadas de correr, despensa, área de serviço – lavanderia, Totalmente
cobertura plana aparente em telha de quarto de empregada, banheiro de descaracterizada em
amianto com beiral, cobertura em diversas empregada, hall de serviço, garagem, outubro/2003.
águas, ausência de platibanda, calhas quarto de hóspedes, banheiro de hóspedes,
54 impermeabilizadas com escoamento hall íntimo, sala de música, quartos,
aparente na fachada, faixa de brises tipo banheiro íntimo, suíte – banheiro e closet,
ripado próxima à laje, faixa de brises tipo piscina.
ripado próxima à laje, venezianas,
pérgolas em concreto armado, escada em
balanço, balaustrada metálica, balaustrada
e portões metálicos, armários embutidos,
jogo de materiais modernos e tradicionais,
materiais rústicos (tijolo aparente),
materiais locais (pedra), cores atribuídas
aos materiais: amianto, madeira, pedra,
tijolo aparente.
Lote urbano, no meio da Térrea, volume retangular e horizontal, volume em 02 Estrutura em concreto armado, estrutura Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
55 quadra, lote regular, lote blocos (pátio central), volume da caixa d’água em da cobertura em madeira aparente (linhas em forma de “U”, planta com entrada pela tradicional e o
retangular, lote médio, destaque, fachada com diversos planos e texturas, em madeira), laje de cobertura plana em lateral do terreno, continuidade espacial, moderno, forma
terreno inclinado no sentido cobertura plana com beiral e sem platibanda, planta concreto armado, paredes de alvenaria zoneamento espacial, disposição dos segue a função
posterior do terreno, assimétrica, planta em forma de “U”, planta com entrada simples e revestidas com massa, paredes ambientes de acordo com a insolação e (planta geradora),
implantação estende-se no pela lateral do terreno, linhas retas e horizontais e ênfase envidraçadas, parede e arrimo em pedra, ventilação, ambientes: jardim, garagem, modelo moderno
sentido longitudinal na de vazios sobre os cheios. esquadrias em madeira e vidro, janelas terraço de entrada, estar, sala de refeições, com maior grau de
lateral e nos fundos do horizontais, portas envidraçadas de correr, cozinha, área de serviço, quarto de erudição.
terreno, recuos frontal, faixa de esquadrias envidraçadas próxima empregada, banheiro de empregada,
lateral e de fundos, pátios à laje, cobertura plana aparente em telha depósito, hall íntimo, sala de estudo, pátio
internos, jardim. de amianto com beiral, cobertura em íntimo, pergolado, quartos, banheiro
diversas águas, ausência de platibanda, íntimo, suíte – banheiro.
calhas impermeabilizadas com
escoamento aparente na fachada,
venezianas, pérgolas em concreto armado,
cobogós, revestimento em cerâmica, piso
em cerâmica, balaustrada e portões em
madeira, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra), cores atribuídas
aos materiais: amianto, madeira, pedra.

Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume e fachada verticais marcados pelas Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta assimétrica, planta Projeto não
quadra, lote irregular, lote linhas da estrutura (vigas, pilotis e laje), fachada com concreto armado (varanda íntima - colada nos limites laterais do terreno, executado como o
exíguo, implantação diversos planos e texturas, cobertura plana, platibanda superior), laje de cobertura plana em continuidade espacial, zoneamento original.
estende-se no sentido reta horizontal sem beiral (volume anterior), fachada concreto armado, paredes de alvenaria espacial, disposição dos ambientes de Síntese entre o
longitudinal na lateral e nos com moldura (platibanda, paredes laterais e laje de piso), simples e revestidas com massa, paredes acordo com a insolação e ventilação, tradicional e o
fundos do terreno, recuos cobertura plana com beiral e sem platibanda (volume envidraçadas, esquadrias em madeira e ambientes: jardim, garagem - terraço moderno, forma
frontal, lateral e de fundos, posterior), planta assimétrica, planta colada nos limites vidro, janelas horizontais, janelas social, estar, jantar, gabinete, lavabo, segue a função
pátio interno, jardim. laterais do terreno, linhas retas (horizontais e verticais) e contínuas tipo painel (entre dois ou mais varanda social, pátio social, cozinha, hall (planta geradora),
ênfase de vazios sobre os cheios. ambientes), portas envidraçadas de correr, de serviço, área de serviço, quarto de modelo moderno
faixa de esquadrias envidraçadas próxima empregada, banheiro de empregada, com maior grau de
à laje, faixa de brises tipo ripado próxima vestíbulo da escada, quartos, banheiro erudição.
à laje (bandeirola), cobertura plana (telha social, suíte – banheiro e closet, varanda
de amianto ou alumínio), cobertura em íntima.
diversas águas, platibanda reta horizontal,
56 venezianas, cobogós, revestimento em
pedra, revestimento em tijolo aparente,
revestimento em cerâmica, piso em
cerâmica, elementos em concreto aparente
(platibanda, vigas, pilotis, lajes e
balaustrada), balaustrada em madeira,
escada simples em alvenaria, mobília
divisória (closet), armários embutidos,
jogo de materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra), materiais rústicos
(tijolo aparente), cores atribuídas aos
materiais: concreto aparente, pedra, tijolo
aparente.

Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume retangular e horizontal, volume em 02 Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta em forma de “O”, Síntese entre o
57 quadra, lote regular, lote blocos (corpo principal mais alto e garagem mais baixo, concreto armado, laje de cobertura plana planta assimétrica, planta em único bloco, tradicional e o
retangular, lote médio, separado por volume maciço e vertical do jardim), em concreto armado, paredes de alvenaria continuidade espacial, zoneamento moderno, forma
implantação estende-se no volume suspenso com base recuada, fachada com simples e revestidas com massa, paredes espacial, disposição dos ambientes de segue a função
sentido longitudinal e no diversos planos e texturas, cobertura plana, platibanda envidraçadas, esquadrias em madeira e acordo com a insolação e ventilação, (planta geradora),
centro do terreno, recuos reta horizontal com beiral, planta em forma de “O”, vidro, janelas horizontais, portas ambientes: jardim, garagem, terraço social modelo moderno
frontal, lateral e de fundos, planta assimétrica, planta em único bloco, linhas retas e envidraçadas de correr, faixa de de entrada, escritório, estar, pátio social com maior grau de
pátio interno, jardim. horizontais e ênfase de vazios sobre os cheios. esquadrias envidraçadas próxima à laje, com varanda, sala de refeições, estar da erudição.
cobertura plana (telha de amianto ou família, sala de costura, copa-cozinha,
alumínio), cobertura em diversas águas, despensa, área de serviço, depósito, quarto
platibanda reta horizontal com beiral, de empregada, banheiro de empregada,
venezianas, cobogós, revestimento em banheiro social – íntimo, quartos, hall
pedra, revestimento em tijolo aparente, íntimo, suítes – banheiro.
revestimento em cerâmica, piso em
cerâmica, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra), materiais rústicos
(tijolo aparente), cores atribuídas aos
materiais: pedra, tijolo aparente.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis (sendo um subsolo da garagem), volume Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta retangular, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote retangular horizontal, volume em único bloco, volume concreto armado, laje de cobertura plana assimétrica, planta em único bloco, tradicional e o
retangular, lote exíguo, da caixa d’água em forma de pira olímpica, volume em concreto armado, paredes de alvenaria continuidade espacial, zoneamento moderno, forma
implantação estende-se no suspenso com base recuada, fachada com diversos simples e revestidas com massa, parede espacial, disposição dos ambientes de segue a função
sentido transversal e no planos e texturas, cobertura plana, platibanda reta em pedra (arrimo), paredes envidraçadas, acordo com a insolação e ventilação, (planta geradora),
centro do lote, recuos horizontal com beiral, planta retangular, planta esquadrias em madeira e vidro, janelas ambientes: jardim, garagem, terraço social modelo moderno
frontal, lateral e de fundos, assimétrica, planta em único bloco, linhas retas e horizontais, janelas contínuas tipo painel de entrada, estar, pátio social, lavabo, com maior grau de
pátio interno, jardim. horizontais e ênfase de vazios sobre os cheios. (entre dois ou mais ambientes), portas biblioteca, copa, cozinha, despensa, erudição.
envidraçadas de correr, faixa de terraço de serviço (galeria), área de
esquadrias envidraçadas próxima à laje, serviço, quarto de empregada, banheiro de
faixa de brises tipo ripado próxima à laje empregada, hall – vestíbulo escada,
(bandeirola), cobertura plana (telha de quarto, banheiro íntimo, suíte – banheiro.
58 amianto ou alumínio), cobertura em
diversas águas, platibanda reta horizontal
com beiral, venezianas, cobogós,
revestimento em pastilhas, revestimento
em cerâmica, piso em cerâmica, piso em
tábua corrida, escada simples em
alvenaria, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra), cores atribuídas
aos materiais: pastilhas azuis (fachada) e
amarelas (caixa d’água).

Lote urbano, lote de Térrea, conjunto de volumes cúbicos, volume suspenso Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta em forma de “U”, Síntese entre o
esquina, lote regular, lote com base recuada, fachada aplana, fachada com diversos concreto armado, laje de cobertura plana planta quadrangular, planta colada nos tradicional e o
retangular, lote médio, planos e texturas, fachada com moldura (laje em concreto armado, laje de cobertura limites lateral e posterior do lote, moderno, forma
implantação estende-se no impermeabilizada, pilotis e laje de piso), cobertura com impermeabilizada, moldura (laje continuidade espacial, zoneamento segue a função
59 sentido longitudinal na platibanda reta horizontal sem beiral, planta em forma de impermeabilizada, pilotis e laje de piso), espacial, disposição dos ambientes de (planta geradora),
lateral e fundos do terreno, “U”, planta quadrangular, planta colada nos limites paredes de alvenaria simples e revestidas acordo com a insolação e ventilação, modelo moderno
recuos frontal, lateral e de lateral e posterior do lote, linhas retas e horizontais e com massa, paredes envidraçadas, ambientes: jardim, estacionamento com maior grau de
fundos, pátio interno, ênfase de vazios sobre os cheios. esquadrias em madeira e vidro, janelas (abrigo) - garagem, varanda social de erudição.
jardim. horizontais, portas envidraçadas de correr, entrada, sala panorâmica, varanda social,
faixa de esquadrias envidraçadas próxima estar, pátio social, sala de refeições, copa,
à laje (bandeirola), cobertura com cozinha, cozinha auxiliar, área de serviço,
platibanda reta horizontal sem beiral, quarto de empregada, banheiro de
venezianas, cobogós, revestimento em empregada, jardim interno, hall íntimo,
tijolo aparente, revestimento em cerâmica, quartos, banheiro íntimo, suíte – sala de
piso em cerâmica, armários embutidos, maquiagem e banheiro.
jogo de materiais modernos e tradicionais,
materiais rústicos (tijolo aparente), cores
atribuídas aos materiais: tijolo aparente.
Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume retangular e horizontal, volume suspenso Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote com base recuada, volume da caixa d’água em destaque, cobertura plana em concreto armado, em 02 blocos + edícula de serviço, planta tradicional e o
retangular, lote exíguo, fachada com diversos planos e texturas, cobertura plana paredes de alvenaria simples e revestidas em forma de “U”, continuidade espacial, moderno, forma
terreno inclinado e acima do aparente e com beiral, planta assimétrica, planta em 02 com massa, paredes envidraçadas, parede zoneamento espacial, disposição dos segue a função
nível da rua, implantação blocos + edícula de serviço, planta em forma de “U”, em pedra, esquadrias em madeira e vidro, ambientes de acordo com a insolação e (planta geradora),
estende-se no sentido linhas retas e horizontais e ênfase de vazios sobre os janelas horizontais, portas envidraçadas ventilação, ambientes: jardim, terraço modelo moderno
longitudinal e no centro do cheios. de correr, cobertura plana aparente (telha social, estar, pátio social, escritório, com maior grau de
60 terreno, recuos frontal, de amianto ou alumínio) e com beiral, lavabo, sala de refeições, cozinha, área de erudição.
lateral e de fundos, pátio cobertura em diversas águas, ausência de serviço, quarto de empregada, banheiro de
interno, jardim. platibanda, revestimento em cerâmica, empregada, quartos, banheiro íntimo,
piso em cerâmica, balaustrada e portões suíte – banheiro e closet.
metálicos, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra), cores atribuídas
aos materiais: telha, pedra.
Lote urbano, lote de Térrea, volume retangular e horizontal, volume em 02 Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
esquina, lote regular, lote blocos (sendo um deles do muro do pátio de serviço), cobertura plana em concreto armado, em forma de “U”, planta em 02 blocos, tradicional e o
retangular, lote exíguo, volume da caixa d’água em destaque, fachada plana, paredes de alvenaria simples e revestidas planta colada nos limites lateral e moderno, forma
terreno inclinado no sentido fachada com diversos planos e texturas, cobertura plana, com massa, paredes envidraçadas, parede posterior do terreno, continuidade segue a função
posterior do lote, platibanda reta horizontal com beiral, planta assimétrica, em pedra, esquadrias em madeira e vidro, espacial, zoneamento espacial, disposição (planta geradora),
implantação estende-se no planta em forma de “U”, planta em 02 blocos, planta janelas horizontais, portas envidraçadas dos ambientes de acordo com a insolação modelo moderno
sentido longitudinal na colada nos limites lateral e posterior do terreno, linhas de correr, faixa de brises tipo ripado e ventilação, ambientes: jardim, garagem, com maior grau de
lateral e fundos do lote, retas e horizontais e ênfase de vazios sobre os cheios. próxima à laje (bandeirola), cobertura terraço de entrada, estar, sala de refeições, erudição.
recuos frontal e lateral, plana (telha de amianto ou alumínio), pátio social, copa - cozinha, área de
pátios internos, jardim. cobertura em 02 águas, platibanda reta serviço, quarto de empregada, banheiro de
61 horizontal com beiral, venezianas, empregada, pátio de serviço (varal), hall
revestimento em tijolo aparente, íntimo, quartos, banheiro íntimo.
revestimento em cerâmica, piso em
cerâmica, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra), materiais rústicos
(tijolo aparente), cores atribuídas aos
materiais: tijolo aparente, pedra.

Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume retangular e horizontal, volume em 02 Estrutura em concreto armado, pilotis em Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote blocos (sendo um deles da garagem), volume da caixa concreto armado, laje de cobertura plana em forma de “U”, planta em 02 blocos + tradicional e o
62 retangular, lote exíguo, d’água em destaque, fachada com diversos planos e em concreto armado, laje de coberturas edícula de serviço, planta colada no limite moderno, forma
terreno inclinado no sentido texturas, cobertura plana com beiral sem platibanda, impermeabilizada, paredes de alvenaria lateral do terreno, continuidade espacial, segue a função
posterior do lote, planta em forma de “U”, planta em 02 blocos + edícula simples e revestidas com massa, paredes zoneamento espacial, disposição dos (planta geradora),
implantação estende-se no de serviço, planta colada no limite lateral do terreno, envidraçadas, parede em pedra, esquadrias ambientes de acordo com a insolação e modelo moderno
sentido longitudinal no linhas retas e horizontais e ênfase de vazios sobre os em madeira e vidro, janelas horizontais, ventilação, ambientes: jardim, garagem, com maior grau de
centro e fundos do lote, cheios. portas envidraçadas de correr, faixa de terraço de entrada, estar, hall, pátio social, erudição.
recuos frontal, lateral e de brises tipo ripado próxima à laje copa, cozinha, despensa, área de serviço,
fundos, pátio interno, (bandeirola), cobertura plana (telha de quarto de empregada, banheiro de
jardim. amianto ou alumínio), platibanda reta empregada, hall íntimo, quartos,
horizontal com beiral, venezianas, banheiros íntimos, quarto de hóspedes.
revestimento em tijolo aparente,
revestimento em lambri, revestimento em
cerâmica, piso em cerâmica, piso em
pedra, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra), materiais rústicos
(tijolo aparente), cores atribuídas aos
materiais: tijolo aparente, pedra.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume em 03 blocos (sendo os laterais Estrutura em concreto armado, estrutura Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote horizontais e referentes à varanda e ao abrigo do carro e da cobertura em madeira (linhas em retangular, planta em único bloco, tradicional e o
retangular, lote exíguo, o central, vertical e marcado pela caixa curva da escada), madeira), paredes de alvenaria simples e continuidade espacial, zoneamento moderno, forma
implantação estende-se no fachada com diversos planos e texturas, cobertura plana revestidas com massa, paredes espacial, disposição dos ambientes de segue a função
sentido longitudinal no com beiral e sem platibanda, planta assimétrica, planta envidraçadas, parede em pedra, esquadrias acordo com a insolação e ventilação, (planta geradora),
centro e fundos do lote, retangular, planta em único bloco, linhas retas em madeira e vidro, janelas horizontais, ambientes: jardim, abrigo para carro, modelo moderno
recuos frontal e lateral, (horizontais) e curvas (caixa da escada) e ênfase de portas envidraçadas de correr, faixa de garagem, varanda social, estar, jantar, com maior grau de
pátios internos, jardim. vazios sobre os cheios. brises tipo ripado próxima à laje lavabo (sob a escada), pátio social, copa, erudição.
(bandeirola), cobertura plana em telha de cozinha, despensa, depósito, terraço de
63 amianto aparente e com beiral, ausência serviço, área de serviço, pátio de serviço,
de platibanda, venezianas, revestimento quarto de empregada, banheiro de
em tijolo aparente, revestimento em empregada, quarto de hóspedes, banheiro
cerâmica, piso em cerâmica, balaustrada social, vestíbulo da escada, rouparia, hall
em madeira e ferro, armários embutidos, íntimo, sala de estudo, quartos, banheiro
jogo de materiais modernos e tradicionais, íntimo, suíte – banheiro e closet.
materiais locais (pedra), materiais rústicos
(tijolo aparente), cores atribuídas aos
materiais: amianto, tijolo aparente,
madeira, pedra.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis, volume cúbico tipo prisma sobre prisma, Estrutura em concreto armado, estrutura Planta racional, planta assimétrica, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote fachada com diversos planos e texturas, cobertura plana da cobertura em madeira a armado, laje de colada nos limites lateral e posterior do tradicional e o
retangular, lote exíguo, com beiral e sem platibanda, planta assimétrica, planta cobertura plana em concreto armado, terreno, continuidade espacial, moderno, forma
terreno acima do nível da colada nos limites lateral e posterior do terreno, linhas paredes de alvenaria simples e revestidas zoneamento espacial, disposição dos segue a função
rua, alta taxa de ocupação, retas e horizontais e ênfase de vazios sobre os cheios. com massa, paredes envidraçadas, parede ambientes de acordo com a insolação e (planta geradora),
implantação estende-se no em pedra, esquadrias em madeira e vidro, ventilação, ambientes: jardim, garagem, modelo moderno
sentido longitudinal no janelas horizontais, portas envidraçadas terraço social, hall, estar, sala de almoço, com maior grau de
64 centro e fundos do lote, de correr, faixa de brises tipo ripado pátio social, copa, cozinha, despensa, área erudição.
recuos frontal, lateral e de próxima à laje (bandeirola), cobertura de serviço, quarto de engomar
fundos, pátio interno, plana em telha de amianto aparente e com (engomado), quarto de empregada,
jardim. beiral, ausência de platibanda, venezianas, banheiro de empregada, quarto de
cobogós, revestimento em cerâmica, piso hóspedes, banheiro social, terraço social
em cerâmica, balaustrada em madeira e (galeria), hall da escada, sala de estudo,
concreto, armários embutidos, jogo de quarto - closet, quarto, banheiro íntimo,
materiais modernos e tradicionais, suíte – banheiro e closet.
materiais locais (pedra), cores atribuídas
aos materiais: madeira, pedra.
Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume retangular e horizontal, volume em único Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta retangular, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote bloco, volume suspenso com base recuada, fachada cobertura plana em concreto armado, em 02 blocos, continuidade espacial, tradicional e o
retangular, lote médio, plana, fachada com diversos planos e texturas, cobertura paredes de alvenaria simples e revestidas zoneamento espacial, disposição dos moderno, forma
implantação estende-se no plana, platibanda reta e horizontal com beiral, planta com massa, paredes envidraçadas, ambientes de acordo com a insolação e segue a função
sentido longitudinal e no retangular, planta em 02 blocos, linhas retas e esquadrias em madeira e vidro, janelas ventilação, ambientes: jardim, garagem, (planta geradora),
centro do lote, recuos horizontais e ênfase de vazios sobre os cheios. horizontais, portas envidraçadas de correr, terraço social, estar, jantar, escritório, modelo moderno
65 frontal, lateral e de fundos, faixa de brises tipo ripado próxima à laje, lavabo, sala de música, pátios internos, com maior grau de
pátios internos, jardim. cobertura plana (telha de amianto ou copa, cozinha, despensa, área de serviço, erudição.
alumínio), platibanda reta horizontal com quaradouro, quarto de empregada,
beiral, venezianas, cobogós, revestimento banheiro de empregada, depósito, estar
em cerâmica, piso em cerâmica, armários íntimo, varanda íntima, playground, hall
embutidos, jogo de materiais modernos e íntimo, quartos, banheiro íntimo.
tradicionais.
Lote urbano, lote no meio da 02 níveis (sendo um subsolo da garagem), volume Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta retangular, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote retangular e horizontal, volume em 02 blocos (sendo o cobertura plana em concreto armado, em único bloco + edícula de serviço, tradicional e o
retangular, lote médio, anterior da garagem), volume da caixa d’água em paredes de alvenaria simples e revestidas continuidade espacial, zoneamento moderno, forma
implantação estende-se no destaque, volume suspenso com base recuada, fachada com massa, paredes envidraçadas, parede espacial, disposição dos ambientes de segue a função
sentido longitudinal e no plana, fachada com diversos planos e texturas, cobertura e arrimo em pedra, esquadrias em madeira acordo com a insolação e ventilação, (planta geradora),
centro do lote, recuos plana, platibanda reta e horizontal com beiral, planta e vidro, janelas horizontais, portas ambientes: jardim, garagem, varanda modelo moderno
frontal, lateral e de fundos, retangular, planta em único bloco + edícula de serviço, envidraçadas de correr, faixa de brises social de entrada, hall de entrada, salas de com maior grau de
pátios internos, jardim. linhas retas e horizontais e ênfase de vazios sobre os tipo ripado próxima à laje, cobertura plana estar, jantar, escritório, varanda do erudição.
cheios. (telha de amianto ou alumínio), platibanda escritório, terraço social, lavabo, cozinha,
reta horizontal com beiral, venezianas, despensa, área de serviço, terraço de
66 cobogós, revestimento em pedra, serviço, quartos de empregada, banheiro
revestimento em tijolo aparente, de empregada, hall íntimo, quartos,
revestimento em cerâmica, piso em banheiro íntimo, suíte – banheiro e closet.
cerâmica, escada simples em alvenaria,
armários embutidos, jogo de materiais
modernos e tradicionais, materiais
rústicos (tijolo aparente), materiais locais
(pedra), cores atribuídas aos materiais:
tijolo aparente, pedra.

Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume retangular e horizontal, volume em único Estrutura em concreto armado, estrutura Planta racional, planta retangular, planta Síntese entre o
quadra, lote regular, lote bloco, volume da caixa d’água em destaque, fachada da cobertura em madeira (linhas em em “U”, planta em 02 blocos, tradicional e o
retangular, lote médio, com diversos planos e texturas, cobertura plana com madeira), paredes de alvenaria simples e continuidade espacial, zoneamento moderno, forma
terreno inclinado no sentido beiral e sem platibanda, planta retangular, planta em revestidas com massa, paredes espacial, disposição dos ambientes de segue a função
posterior do lote, “U”, planta em 02 blocos, linhas retas e horizontais e envidraçadas, parede em pedra (arrimo do acordo com a insolação e ventilação, (planta geradora),
implantação estende-se no ênfase de vazios sobre os cheios. aterro), esquadrias em madeira e vidro, ambientes: jardim, garagem, terraço social modelo moderno
67 sentido longitudinal e no janelas horizontais, portas envidraçadas de entrada, estar, sala de refeições, com maior grau de
centro do lote, recuos de correr, faixa de brises tipo ripado cozinha, despensa, área de serviço, terraço erudição.
frontal, lateral e de fundos, próxima à laje (bandeirola), cobertura de serviço, quartos de empregada,
jardim. plana em telha de amianto aparente e com banheiro de empregada, depósito, terraço
beiral, ausência de platibanda, cobertura íntimo, hall íntimo, quartos, banheiro
em diversas águas, venezianas, íntimo.
revestimento em cerâmica, piso em
cerâmica, balaustrada e portões em
madeira, armários embutidos, jogo de
materiais modernos e tradicionais,
materiais locais (pedra), cores atribuídas
aos materiais: amianto, amianto, madeira,
pedra.
Lote urbano, lote no meio da Térrea, volume retangular e horizontal, volume em único Estrutura em concreto armado, laje de Planta racional, planta em “L”, planta em Análise realizada
quadra, lote regular, lote bloco, volume suspenso com base recuada, fachada cobertura plana em concreto armado, 02 blocos + edícula de serviço, planta sobre a planta de
retangular, lote médio, plana, fachada com diversos planos e texturas, cobertura paredes de alvenaria simples e revestidas colada nos limites lateral e posterior do reforma.
implantação estende-se no plana, platibanda reta e horizontal com beiral, planta em com massa, paredes envidraçadas, terreno, continuidade espacial, Síntese entre o
sentido longitudinal na “L”, planta em 02 blocos + edícula de serviço, planta esquadrias em madeira e vidro, janelas zoneamento espacial, disposição dos tradicional e o
lateral e fundos do lote, colada nos limites lateral e posterior do terreno, linhas horizontais, portas envidraçadas de correr, ambientes de acordo com a insolação e moderno, forma
recuos frontal e lateral, pátio retas e horizontais e ênfase de vazios sobre os cheios. cobertura plana (telha de amianto ou ventilação, ambientes: jardim, terraço segue a função
68 interno, jardim. alumínio), platibanda reta horizontal com social de entrada, gabinete, estar, sala de (planta geradora),
beiral, venezianas, cobogós, revestimento refeições, copa, cozinha, área de serviço, modelo moderno
em pedra, revestimento em cerâmica, piso quartos de empregada, banheiro de com maior grau de
em cerâmica, armários embutidos, jogo de empregada, depósito, terraço – garagem, erudição.
materiais modernos e tradicionais, quarto de hóspedes, banheiro de hóspedes,
materiais locais (pedra), cores atribuídas hall íntimo, quartos, banheiro íntimo,
aos materiais. suíte – banheiro e closet, pátio interno -
piscina.
ANEXO E
CARACTERÍSTICAS RECORRENTES NA CASA MODERNISTA POTIGUAR (QUADRO GERAL DA ARQUITETURA RESIDENCIAL MODERNISTA POTIGUAR)
Implantação e Lote Aspectos Estéticos e Formais Aspectos Construtivos Aspectos Espaciais Obs.
Dimensão e Forma do Níveis: Estrutura: Planta: Sínteses:
Lote: 02 níveis, 02 níveis (sendo parte do térreo Estrutura em concreto armado, pilotis em concreto Planta tradicional, planta racional, Planta em único Síntese entre o
Lote exíguo, lote médio, aterrado), 02 níveis (sendo um subsolo da armado, pilotis metálicos, pilotis em concreto bloco, planta em único bloco + edícula da tradicional e o
lote amplo, lote irregular, garagem), 02 níveis (com plantas idênticas de duas armado em forma de “V”, pilar em alvenaria “V”, garagem, planta em um único bloco + edícula de moderno.
lote regular, lote residências), 03 níveis, 03 níveis (sendo um pilotis circulares dividindo, laje de cobertura plana serviço, planta em único bloco + edícula com Síntese entre o
quadrangular, lote irregular subsolo da garagem), 03 níveis (sendo um subsolo em concreto, laje de piso em balanço, laje de dependência de empregados, planta em único tradicional (tectônica e
formado pela junção de 03 com dependências de empregados), 03 níveis cobertura inclinada em concreto, laje de cobertura bloco contendo um apartamento tipo quitinete no distribuição espacial) e
lotes, lote em forma de (sendo um meio subsolo da garagem), 04 níveis em concreto armado impermeabilizada, laje de pavimento superior dos fundos do terreno, planta o moderno (elementos
“L”. (sendo um subsolo da garagem), 05 níveis, cobertura em balanço, piso externo do térreo com em 02 blocos, planta em 02 blocos articulados, formais).
desencontro de níveis. laje suspensa do terreno (calçadas), laje de piso planta em 02 blocos + edícula de serviço, planta
Localização do Lote: dupla (tipo sanduíche), moldura estrutural em 02 blocos + edícula de serviço e garagem, Influências/
Lote urbano Volume: (estrutura livre), paredes estruturais em alvenaria e planta em 02 blocos (garagem e corpo principal), Tendências:
Volume cubista tipo prisma sobre prisma, volume revestidas com massa, parede estrutural em pedra planta em 03 blocos articulados, planta em 03 Influência
Posição na Quadra: cúbico tipo prisma sobre prisma invertido (com (arrimo), moldura estrutural formando pérgola, blocos formando “T”, planta quadrangular, planta corbuseriana
Lote de esquina, lote no volume superior recuado em relação ao inferior), estrutura destacada externamente (vigas e pilares em forma de “U”, planta retangular, planta
meio da quadra. volume cúbico tipo prisma sobre prisma (com coloridos), viga em concreto armado no recuo ortogonal retangular em “L”, planta cruciforme, Outras
prisma inferior não recuado), volume com um lateral (pórtico), estrutura em concreto aparente, planta em forma de “O”, planta colada nos limites Características:
Topografia do Terreno: único bloco, volume em 02 blocos, volume estrutura da cobertura em madeira aparente (linhas lateral e posterior do lote, planta colada no limite Forma não segue a
Terreno inclinado, terreno assimétrico, volume trapezoidal em bloco único, em madeira), elementos em concreto aparente posterior do lote, planta colada no limite lateral do função (planta não
inclinado no sentido volume cubista retangular, volume assimétrico e (platibanda, vigas, pilotis, lajes e balaustrada), terreno, planta colada nos limites do terreno, planta geradora).
posterior do lote, terreno articulado, volume dinâmico (planos e escada de concreto em balanço, rampa atirantada irregular, planta assimétrica, planta com entrada Função segue a forma
abaixo do nível da rua, interpenetrações), volume compacto, volume de concreto armado, marquise em concreto pela lateral do lote, planta compacta, planta (planta não geradora).
terreno acima do nível da maciço, volume assimétrico e irregular, volume armado, postiço em concreto armado. ortogonal retangular, planta sugere simetria, planta Modelo de moderno
rua. suspenso em base recuada, volume cúbico não compacta, planta em 03 níveis articulados popular.
compacto, volume principal sugere simetria, Soluções, Elementos e Materiais Construtivos: (dinâmica), planta em 04 níveis articulados, planta Modelo moderno com
Tipo de Implantação: volume cubista formado pelo jogo de retângulos, Elementos antigos, elementos modernos, técnicas com garagem oposta ao cruzamento das vias maior grau de
Implantação estende-se no volume ortogonal e assimétrico, volume formado industriais, elementos construtivos padronizados e (manobras). erudição.
sentido longitudinal, por 02 trapézios, volumes cúbicos articulados, pré-fabricados. Projeto incompleto
implantação no sentido volume transparente e leve, volume formado por Jogo de materiais modernos e tradicionais, Disposição dos Ambientes: (reforma).
lateral e posterior do 03 trapézios articulado, volume retangular e materiais tradicionais, materiais de acabamento Continuidade espacial, disposição de ambientes de Residência construída
terreno, implantação horizontal, volume trapezoidal com moldura luxuosos, materiais rústicos (tijolo aparente), acordo com a insolação e ventilação, em 03 etapas.
estende-se no sentido (paredes laterais e laje de cobertura), volume materiais locais (pedra). interpenetração espacial, jogo de espaços, No andar superior, os
longitudinal e no centro do horizontal, volumes cúbicos articulados, zoneamento espacial, grandes vãos internos (jogo quartos e suítes não se
lote, implantação estende- interpenetração de volumes, volume cúbico Fechamentos: moldura (paredes laterais, laje de de espaços). comunicam com o
se no sentido longitudinal quadrangular com apenas uma linha vertical piso e platibanda), paredes de alvenaria simples e terraço descoberto.
no centro e fundos do trapezoidal, volume sugere simetria, volume em 03 revestidas com massa, paredes envidraçadas, Ambientes: Circulação
terreno, implantação blocos (sendo o frontal e o posterior prisma sobre paredes vazadas de cobogós, parede em tijolo Ambientes Sociais: varanda social, varanda social distribuidora de
estende-se no sentido prisma e o intermediário térreo, sugerindo aparente, paredes vazada de tijolo aparente, (galeria), terraço social, terraço social inferior, setores em forma de
longitudinal e lateral do horizontalidade), volume da caixa d’água em paredes de tijolo de vidro, divisórias em madeira terraço social superior, terraço social (calçada “U”.
lote, implantação estende- destaque, volume principal retangular e horizontal, marchetada, paredes vazadas de cobogós, parede externa), varanda de entrada, pátio de entrada, Projeto incompleto,
se no sentido transversal e volume do pavimento superior recuado e de em pedra. terraço de entrada, terraço/ hall da escada, hall de possível extravio da
no centro do lote, pequena dimensão, volume principal tipo prisma entrada, hall social, hall - vestíbulo da escada, planta do pavimento
implantação estende-se por sobre prisma retangular, volume sinuoso da rampa Esquadrias: esquadrias fixas ou móveis em estar, jantar, estar-jantar com pátio central superior.
todo o lote, implantação no (acesso do nível da rua e garagem ao piso madeira e vidro, esquadrias em ferro e vidro, (descoberto) e lago, bar, sala panorâmica, sala de Demolida em outubro
centro do terreno, alta taxa principal), volume em 02 blocos (principal e esquadrias em madeira e vidro, esquadrias em visita, sala de almoço, sala de refeições, sala de de 2003.
de ocupação do terreno, garagem), volume em 03 blocos (sendo o primeiro madeira e vidro (venezianas abaixo e vidro no música, sala de tv e som, salão de festas, sala de Circulação
baixa taxa de ocupação, com jogo de volumes e recortes, o intermediário alto), esquadrias em madeira e vidro com grade de jogos, lavatório, lavabo, banheiro social, salão das distribuidora de
implantação irregular. marcado pelo pátio e o posterior um bloco ferro, porta envidraçada de correr, porta crianças, adega, piscina, vestiários da piscina, lago, setores em forma de
maciço), volume cúbico trapezoidal suspenso por envidraçada com grade de ferro, portas com playground, pátio social, pátio social (pergolado). “O”.
Elementos da pilotis, volume em 02 blocos (garagem e corpo sistema misto de giro e de correr para dentro da Projeto de duas
Implantação: principal), volume assimétrico com recortes, parede, portas com bandeira (tipo ripado), portão Ambientes Íntimos: varanda íntima, varanda residências - plantas
Recuo frontal, recuo volume em 02 blocos (o 1o andar na vertical e, o basculante (garagem), janelas basculantes, janelas íntima (galeria), terraço íntimo, terraço íntimo idênticas nos
lateral, recuo de fundos, principal, térreo retangular e horizontal), volume basculantes próximas à laje, janelas pivotantes, (galeria), galeria íntima (circulação), terraço de pavimentos inferior e
pátio interno, jardim. em 02 blocos (sendo um com platibanda reta janelas de correr, janelas horizontais, janelas entrada íntima, terraço íntimo (galeria com superior.
horizontal com beiral e outro maciço com guilhotina janelas contínuas tipo painel (entre dois pergolado) hall íntimo oratório copa íntima Projeto não consta
ANEXO F

ARTIGO DE JORNAL E ENTREVISTAS

Fonte: ARQUIVO MUNICIPAL DE NATAL.


Roteiro de entrevistas com projetistas atuantes nas décadas 50 e 60 em Natal:

1. Quando começou a atuar profissionalmente? Como foi a sua trajetória até a atuação nas
décadas de 50 e 60?
2. Como era a arquitetura de Natal na época?
3. Como se deu a transição da arquitetura eclética para a arquitetura moderna?
4. Como se deu o processo de introdução e absorção das idéias modernistas? Quais eram as
referências?
5. Na sua opinião, as idéias modernistas foram absorvidas de forma positiva ou rejeitadas
pelos profissionais da época ?
6. O que era tido como arquitetura moderna na época? E casa modernista, como ela foi
divulgada na cidade nesse período?
7. Houve uma evolução dos projetos residenciais em Natal nas décadas de 50 e 60? Como se
deu essa evolução, foi no estilo, na organização espacial?
8. Houve uma adaptação dos conceitos modernistas ao contexto local?
9. Cite um projeto residencial exemplar representante das duas décadas.
10. Havia uma discussão das idéias modernistas com o cliente ou ele deixava o arquiteto livre
para colocar suas idéias modernistas no projeto?
11. Qual era a posição dos clientes frente às propostas modernistas? Lembra de algum
episódio de discussão com o cliente diante da apresentação de projeto modernista?
12. Existia algum grupo de arquitetos da “vanguarda” modernista em Natal nos anos 50 e 60?
Quem eram esses profissionais e o que faziam? Tratava-se de uma minoria ativa?
13. Houve algumas publicações/ artigos/ conferências que alavancaram os debates da época?
14. Uma vez que os projetos modernistas foram entregues e realizados, o senhor teve
condição de avaliar o grau de satisfação do usuário/ cliente? A execução do projeto foi fiel à
proposta? Houve reformas nessas residências para eventuais adaptações? Por que?
15. Como o senhor avalia o período moderno para a arquitetura da cidade do Natal?
Exemplar 01

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 02

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 03

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 04

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 05

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 06

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 07

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 08

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 09

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 11

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 15

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 16

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 20

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 22

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 23

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 24

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 29

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 30

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 33

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 36

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 40

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 46

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 47

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 51

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 54

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 56

Exemplares Potiguares Analisados


Exemplar 63

Exemplares Potiguares Analisados


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