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Introdução:
Apresentamos uma apostila com conteúdos de teoria musical com caderno de exercícios. A
apostila teórica tem a função de guia esquemático para acompanhamento das aulas. As atividades
principais tem fundo eminentemente pratico Dessa forma, buscamos reforçar a necessidade da
frequência, exercícios e discussões desenvolvidas dentro da escola.
A busca da organicidade e de atividade baseada em experiencia sensorial não nos impede o
método, Ao contrário, aponta para o cuidado na sedimentação do conhecimento e sua total
assimilação. Sem abrir mão da “demonstração”, apoiamo-nos num método racional e, por que não
dizer, “enxuto”.
O formato é original, não está baseado em cópias de modelos existentes. Mas é resultado da
experiencia, de nossas leituras e pesquisas. Dentro disso, buscamos um ponto que a todos interessa -
e que parece não solucionado – simplicidade com eficiência. Um guia simples para despertar desejos
maiores com uma seleção de tópicos para exercício e pratica da musica, sem apresentar a tradicional
fronteira intransponível do conhecimento hermético, de difícil acesso.
Mais do que isso, apostamos no mais tradicional meio de transmissão de conhecimentos – a
tradição oral. A área de conhecimento em questão está bastante afinada com isso. Podemos voltar no
tempo para as notáveis atividades dos antigos grupos filosóficos, artísticos reunidos, onde os mestres
palestravam e ensinavam. O mais simples relacionamento discípulo mestre sempre foi presencial
utilizando-se prioritariamente da fala.
A expectativa é de que o curso seja transformador. Que os pressupostos teóricos ( por vezes
tediosos ) sejam configurados e apareçam como coisas vivas, como fenômenos existentes. A ideia de
que a leitura musical é simples ( de fato, é...) e de que existe apenas um mito para ser desfeito é parte
dessa pauta. È preciso entender que o que está escrito numa partitura é música assim como letras e
fonemas traduzem idéias, invenções e poesia.
Nesse sentido, acreditamos que o olhar constante para a percepção dos objetos de estudo, e
a aplicação objetiva desse material teórico pode ser a chave de todo um processo ( para que serve...?)
Processo esse que , método após método, livro após livro, vem se estendendo e formando assim,
uma Babel prolixa de conhecimentos.
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Argumento:
Em relação aos itens principais do curso, importante dizer em relação ao primeiro item -
Conhecimentos teóricos sobre música- , que o estudo da teoria deve ser encarado com coragem e
persistência. O conteúdo é fundamental e deve ser assimilado. Toda a área de conhecimento existe e
se concretiza a partir de um corpo de postulados teóricos que explicam, analisam e definem toda a
atividade em torno do assunto.
Mas musica é vivência. O Canto Coral , a leitura rítmica, o conhecimento dos instrumentos
musicais, a percepção do fenômeno dentro do contexto musical propriamente dito ( audio-exemplos ),
são ferramentas basilares dentro do nosso processo. Dessa forma não apresentamos algo isolado do
mundo,( tipo aulas de física do curso pré-vestibular, onde o fenômeno aparece apenas no papel) sem
vinculo com a realidade, sem movimento e sem vida.
O segundo ponto refere-se a presença dos elementos com caráter universal, por assim dizer. A
ideia de expansão e modelo que envolva objetividade (e porque não dizer vida pratica), propõe uma
trajetória envolvendo conhecimentos gerais e o cotidiano da música. Tentamos desse modo conduzir o
discurso para a questão: “– Para que serve?...”.
Justamente, tendo em mente a necessidade da quebra do paradigma da impossibilidade e da
má relação do publico leigo com a assimilação da teoria musical (matéria mais das vezes tida como
bastante tediosa), lançamos mão dos vídeos e da utilização dos instrumentos musicais como parte
fundamental do processo. Ampliaremos para um campo mais aberto, apresentando a anatomia do
violão; o reconhecimento dos instrumentos e sessões de uma orquestra; historia da musica; percepção
do fenômeno sonoro . A inserção desse conteúdos dentro de uma Audição Comentada transforma-se
em matéria condicional para avançar no curso.
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ESCOLA PUBLICA DE MUSICA DE FARROUPILHA
- Projeto pedagógico -
MUSICALIZAÇÃO
ETAPAS DURAÇÃO CONTEÚDO METODOLOGIA AVALIAÇÃO
Teoria
Fundamentos P. Individuais / grupo Frequência
1 ano Canto Coral Aulas teórico expositivas Prova objetiva
3. Musicalização II
( Solfejo) Audição Comentada Atividades
Leitura Rítmica
Instrumento
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MUSICALIZAÇÃO I
( Iº Semestre )
UNIDADE I:
A Teoria Musical é tida por muitos como uma coisa chata e difícil, mas quando
compreendida torna-se fácil e muito interessante, pois nos fará entender, questionar,
definir e escrever o que tocamos ou mesmo cantamos. Pode ser lida e estudada em
qualquer parte do mundo graças a sua padronização. Quando a conhecemos e a
dominamos, temos acesso a ilimitadas matérias para estudo.
Música é a arte de expressar nossos sentimentos através dos sons e a Teoria é o
conjunto de conhecimentos que propõe explicar, elucidar e interpretar o que ocorre nesta
atividade prática. Ela é uma importante ferramenta na formação de conceito, metodologia
de estudo, maneira de pensar e entender o que fazemos. É a parte científica do estudo da
música..”
Pentagrama:
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Quando as notas ultrapassam esse limite se faz necessário a utilização de linhas
suplementares que funcionam como uma extensão artificial da pauta. Devem ser
desenhadas a partir da pauta procurando manter uma distancia semelhante as da própria
pauta.
Notas Musicais:
As notas musicais naturais são sete: Dó, Ré, Mi, Fá, Sól, Lá, Si. Estão representadas
abaixo em ordem ascendente - do agudo ao grave.
→
* A seguir assistiremos vídeo-aula sobre Guido D'arezzo:
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Claves:
Claves são sinais que servem para indicar o nome das notas. Estão situadas
normalmente no inicio da pauta.
As claves mais usadas são a clave de Sól ( para registros entre médio e agudo) e a
Clave de Fá ( para registros mais graves).
• A clave de Sól, que indica que a nota Sól deverá ser escrita na segunda linha.
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Notas musicais II:
Observe a figura abaixo. Chama-se escala geral das notas musicais. Está colocada
de uma maneira simplificada, utilizando o máximo possível, notas dentro do pentagrama.
As notas musicais estão dispostas nas duas claves em ordem ascendente, do
grave ao agudo.
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UNIDADE II:
O Tempo em Musica:
Cada figura de som tem sua respectiva pausa que lhe corresponde o mesmo tempo de
duração. Veja abaixo as figuras e suas pausas correspondentes:
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O Tempo em Musica II:
/ / / / / / / /
/ / / / / / / /
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As figuras não possuem um valor (tempo) fixo, mas são proporcionais entre si. A
semibreve é a figura que representa maior duração e é tomada como unidade.
UNIDADE III:
Compasso:
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• Travessão duplo: São duas linhas verticais que separam um trecho musical. Um
travessão duplo com linha direita mais grossa indica a pausa final da música.
Fórmula de Compasso I:
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Analisemos pois os termos fracionários (2/4, 2/2, 3/2, etc.) que representam os
compassos. O numerador indica o número de tempos do compasso.
Os números que temos como numerador são: 2 para o binário, 3 para o ternário
e 4 para o quaternário. O denominador indica a figura que representa a U.T. (unidade de
tempo). Os números que servem como denominador são
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Ponto de Aumento (simples e duplo):
Um ponto colocado ao lado direito de uma nota faz aumentar sua duração em
metade do seu valor:
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Ligadura, legato e stacatto:
• Ligadura:
É uma linha curva colocada sobre ou sob notas de mesma altura indicando que
somente a primeira será articulada.
Ex:
• Legato
Ex:
• Stacatto:
Ex:
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Fórmula de Compasso II:
2/4
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MUSICALIZAÇÃO I
( IIº Semestre )
UNIDADE I:
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Pulsação e Regência I:
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Pulsação e Regência II:
Ex 1:
Ex 2:
Sincope ou Contratempo:
• Sincope
Ocorre quando alteramos o cento métrico executando uma nota em tempo fraco ou
parte fraca do tempo, prolongando-a até a parte forte do tempo seguinte.
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Sincopes regulares: Notas de mesma duração.
Ex.1:
Ex. 2:
• Contratempo
Ocorre quando os tempos fortes ou partes fortes dos tempos são preenchidos
por pausas.
Ex 1:
Ex. 2:
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UNIDADE II:
Tom e semitom:
↓↓
↓↓
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• Tom
↓↓
↓↓
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Sinais de alteração:
São sinais que colocamos antes das notas para alterar-lhes a entoação.
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CASOS:
• Sinal de alteração vale para todo o compasso em casos de notas com mesmo
nome e altura.
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UNIDADE III:
Escalas Maiores:
A escala recebe o nome da Iª nota que denomina-se Tônica. O exemplo acima, que
inicia com a nota Dó, é feito apenas de notas naturais.
A estrutura será constante e para mantê-la, partindo de uma outra tônica, utilizamos
sinais de alteração outra.
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Armaduras:
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Ciclo das quintas:
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UNIDADE IV:
Propriedades do som:
Som
Propriedades do som:
• INTENSIDADE
• ALTURA
É a propriedade de um som ser grave, médio ou agudo. Sons graves são baixos e
agudos são altos.
• TIMBRE
Onda sonora: Onda longitudinal entre 20hz e 20.000 hertz que vibrando, faz chegar
ao ouvido humano uma sensação sonora. Toda onda sonora se propaga no meio liquido
solido ou gasoso não sendo possível sua existência no vácuo.
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