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Os critérios mais comuns para definição de pequena empresa envolvem vários fatores como
faturamento, número de empregados, capital, vendas, entre outros. No Brasil, oficialmente,
está em vigor a lei complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que define, em seu Art.
3º micro empresas como sendo “o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira,
em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta
mil reais)”; e empresa de pequeno porte como ”o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela
equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos
e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil
reais)”. Cada vez mais, a sobrevivência de uma empresa resulta da competência na satisfação
dos clientes, da gestão dos recursos financeiros e humanos disponíveis. Desta forma, as
características de pequenas empresas podem apresentar pontos fortes e pontos fracos no que
se refere a sua competitividade, comparando-se com suas similares maiores, pela forma como
são gerenciadas por seu principal executivo. Normalmente, o surgimento de uma pequena
empresa se dá através de um empreendedor, que ao ser o principal executivo, acaba por
influenciar a organização, dando-lhe seu próprio estilo em relação a características individuais
como: arrojo, crenças, obstinação pelo trabalho e pelo sucesso. Por este motivo, a
característica gerencial é autoritária, centralizadora, pouco participativa e integrada, o que
prejudica, de certa forma, o desempenho da empresa, levandoa, muitas vezes, ao
conservadorismo e individualismo, predominando o improviso em relação às ações planejadas
(SILVA CANDIDO, 1998). Vieira (1995 apud SILVA CANDIDO, 1998) destaca que além de
administrar, na maioria das vezes com falta do conhecimento de técnicas gerenciais, o
empresário da pequena empresa, normalmente, exerce papéis de encarregado da produção,
office-boy, vendedor, planejador de produção, controlador de custo, pagador, assistente
técnico, chefe de manutenção, além de atender o cliente. Ainda, segundo Vieira, com o
acúmulo de tarefas menos nobres, não existe tempo para planejar o negócio, pensar no
futuro, conquistar novos clientes, reunir-se com clientes tradicionais para ouvir suas críticas e
sugestões. Porém, segundo Whiteley (1994 apud SILVA CANDIDO, 1998) as MPE possuem
muitos pontos fortes, sendo um deles que o líder da pequena empresa pode operar mudanças
com mais rapidez do que uma grande organização, em função dos menores níveis gerenciais e
da proximidade com que estão alojados os departamentos. As mudanças que numa grande
companhia levam anos para acontecer, em um grupo pequeno, podem realizar-se em poucos
meses. Desta forma, a liderança do empresário, fundador do negócio, agiliza a tomada de
decisão e permite à empresa adaptar-se com mais facilidade às alterações do mercado.