Você está na página 1de 12

EDITAL CODIFICADO | DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL |

GRUPO C
Sumário
DIREITO CIVIL
...........................................................................................................................................
...........................................................4
Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro (LINDB)
...............................................................................................................................4
Pessoa Natural
...........................................................................................................................................
..................................................... 14
Bens
...........................................................................................................................................
..................................................................... 14
Responsabilidade Civil
...........................................................................................................................................
.......................................... 16
Direito das Coisas/Direitos Reais
...........................................................................................................................................
.......................... 24
Negócio Jurídico
...........................................................................................................................................
...........

Ato Jurídico, Fato Jurídico e Teoria Geral do Negócio Jurídico


 1
Defeitos do Negócio Jurídico
 1
Domicílio e Bens
 2
Parte Geral
 4
Personalidade, Pessoa Natural e Capacidade
 1
Responsabilidade civil

Quando falamos em represtinação temos que analisar o seguinte:

Represtinação automatica (em regra é vedado) no entanto caso a lei revogadora traga de
forma expressa a primeira lei revogada poderá voltar a valer, exemplo:

Lei A revogada por Lei B revogada por Lei C (se nesse caso a lei C trouxer em seu texto de
forma expressa que a lei A voltará a valer isso será permitido)

Represtinação tácita, essa é vedada sem exceções. Trata-se de lei temporária ou


excepcional que perdeu sua vigência pelo decurso natural do seu tempo. Exemplo:
Lei da copa (vigência apenas durante a copa do Brasil) revogando determinada lei X,
quando a copa acabou a lei X não voltará a ter vigência.

E cabe dizer também que, se a lei nada dispuser em contrário, o prazo de vacátio legis
será de 45 dias dias;

Vacátio legis = período entre publicação e vigência da lei e se nesse período houver
qualquer alteração prazo é reaberto para o artigo alterado e seus artigos anteriores e,
apenas para agregar, as fases da Lei são: SPPV

- Sanciona
- Promulga
- Publica
- Vige: se nesse período houver alteração da lei será considerado uma nova lei.

Com o advento da Emenda 66/10, o reconhecimento do divórcio realizado no


estrangeiro não se subordina a prazo.

d)Na sucessão por comoriência serão reunidas, em acervo único, as heranças


provindas da morte simultânea dos cônjuges.
A comoriência é a presunção de morte simultânea, de uma ou mais pessoas, na mesma
ocasião (tempo), em razão do mesmo evento ou não, sendo essas pessoas reciprocamente
herdeiras.
No caso da comoriência, como não se consegue identificar quem faleceu primeiro, sendo
os indivíduos considerados simultaneamente mortos, não cabe direito sucessório entre
comorientes, vale dizer, comorientes não são herdeiros entre si.
Exemplificativamente, se marido e mulher morrerem num acidente de carro sem se
conseguir demonstrar quem morreu primeiro, serão os consortes considerados comorientes
e, por via de conseqüência, não serão herdeiros entre si. Se os consortes deixaram
descendentes, receberão estes, com base no artigo 1.829, C.C., lembrando que cada
comoriente deixará sua herança sem contemplar o outro comoriente, razão pela qual não
se analisa o regime de bens dos consortes.

Com base na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro


As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as
fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem.

LINDB
Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as
sociedades e as fundações, obedecem
à lei do Estado em que se constituirem.

a - VIGÊNCIA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. VACATIO LEGIS. ART. 1º DO CEC-LEI Nº


4.657/42 (LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL). INÍCIO DA VIGÊNCIA (45 DIAS DA
PUBLICAÇÃO). (...) 1. "De acordo com o art. 1º do Decreto-Lei nº 4.657/42 (Lei de
Introdução do Código Civil), as leis processuais começam a vigorar após a publicação,
respeitada a vacatio legis de 45 dias, se outro prazo não for especificamente estatuído"
b - Decreto-Lei no 4.657, de 4 de setembro de 1942): Art. 11 As organizações destinadas a
fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado
em que se constituírem

CPC, artigo 127: "O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei

A LINDB não faz essa diferenciação. Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a
vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. § 1º. Nos
Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três
meses depois de oficialmente publicada.

Art. 2º, § 1º LINDB. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare,
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que
tratava a lei anterior.

Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito. Ademais, julgamento por equidade, nos
termos do CPC/15, somente nos casos previstos em lei.

O período de vacatio legis é o lapso temporal entre a publicação e o começo da vigência da


lei, de sorte que o legislador apenas estabeleceu em seu artigo 1º que, salvo disposição
contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de
oficialmente publicada, independentemente de ser norma de direito material ou norma de
direito processual.

O conflito de normas que pode ser resolvido com a simples aplicação do critério hierárquico é
classificado como antinomia aparente de primeiro grau.

ANTINOMAIS JURÍDICAS – O CONFLITO ENTRE NORMAS:


a) Critério Cronológico: norma posterior prevalece sobre norma anterior;
b) Critério da Especialidade: norma especial prevalece sobre norma geral;
c) Critério Hierárquico: norma superior prevalece sobre norma inferior.

OBSERVAÇÃO: A antinomia de 1º grau refere-se ao conflito que envolve apenas um dos


critérios acima expostos; já a antinomia de 2º grau envolve dois critérios analisados.
Dos três critérios acima, o cronológico é o mais fraco de todos, sucumbindo diante dos
demais. O critério da especialidade é o intermediário e o da hierarquia é o mais forte,
tendo em vista a importância do Texto Constitucional. A antinomia aparente é aquela
que pode ser resolvida a parir de um dos critérios retro citados; já a antinomia real não
pode ser resolvida de acordo com os critérios expostos. Um exemplo de antinomia real
ocorre quando se tem uma norma geral superior e outra norma, especial e
inferior.
Fonte: PDF CARREIRAS POLICIAIS DELEGADO PC

Antinomia é a presença de duas normas conflitantes, válidas e emanadas de autoridade


competente, sem que se possa dizer qual delas merecerá aplicação em determinado caso
concreto.

→ Critérios básicos de solução dos choques entre normas:

1. CRITÉRIO CRONOLÓGICO: Norma posterior prevalece sobre a anterior. → Mais


fraco.

2. CRITÉRIO DA ESPECIALIDADE: Norma especial prevalece sobre a geral. →


Mediano/Intermediário.

3. CRITÉRIO HIERÁRQUICO: Norma superior prevalece sobre a inferior. → Mais forte.

→ CLASSIFICAÇÃO DAS ANTINOMIAS:

a) Antinomia de 1º Grau: Conflito entre normas que envolve apenas UM dos critérios
acima expostos.

b) Antinomia de 2º Grau: Choque de normas válidas que envolve DOIS dos critérios
analisados, ou, quando não houver a possibilidade de solucionar um conflito pelos critérios
acima, haverá uma antinomia de 2º grau.

b.1) Norma especial e anterior X norma geral posterior (especialidade x


cronológico)

Prevalece a primeira, em razão da especialidade.


b.2) Norma superior anterior X norma inferior posterior (hierárquico x
cronológico)

Prevalece a primeira, pela hierarquia.

b.3) Norma geral superior X norma especial inferior (hierárquico x


especialidade)

Não há uma metarregra geral de solução aqui, sendo essa, portanto, uma antinomia
real, segundo Maria Helena Diniz, podendo-se preferir para a solução do conflito qualquer
um dos critérios. Todavia, para Bobbio, deve prevalecer a lei superior. Deve ser decidido
à luz da situação concreta.

c) Antinomia Aparente: Aquela que pode ser resolvida pelos critérios da especialidade,
hierárquico e cronológico. Quando a própria leitiver critério para a solução do conflito.

d) Antinomia Real: Não pode ser resolvida pelos critérios acima. Não há na lei critério
para a solução do conflito.

Não há repristinação automatica.

A repristinação não é regra no Direito Brasileiro e sim exceção e só poderá ser aplicada por
expressa previsão legal. Daí, como a "Lei 03" não fala nada a esse respeito, então não
haverá repristinação. A partir daí ocorrerá apenas a aplicação do prazo geral de Vacatio
Legis = 45 dias. Desta feita, 45 dias após a publicação da "Lei 03" seu conteúdo entrará
em vigor = a regovação total (ab-rogação) da Lei 02.
Lei brasileira 45 dias para vigorar Lei estrangeira 3 meses para vigorar Em regra Vacatio Legis é
de 45 dias.

DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942.


Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco
dias depois de oficialmente publicada.
§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se
inicia três meses depois de oficialmente publicada.
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a
correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova
publicação.
§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique
ou revogue.
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com
ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes,
não revoga nem modifica a lei anterior.
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora
perdido a vigência.
Reportar abuso

Considerando que:
1) Em regra, não há repristinação automática
Art. 2º § 3º, LINDB. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter
a lei revogadora perdido a vigência.
2) A Lei 3 nada falou a respeito da repristinação;
3) Em regra, a lei entra em vigor no território nacional 45 dias após a publicação
(período de vacatio legis)
Art. 1º, LINDB Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta
e cinco dias depois de oficialmente publicada.
4) A lei 3 nada falou acerca do início de sua vigência

Então:
A lei 1 permanece revogada;
A lei 2 é revogada por expressa disposição da Lei 3;
Essa revogação somente ocorrerá 45 dias após a publicação da Lei 3, data em
que esta passará a prodrzir efeitos.

a) CORRETO
Com exceção dos casos previstos em lei, o exercício dos direitos de personalidade não
pode sofrer, voluntariamente, limitações, observada a característica da irrenunciabilidade
de tais direitos.
b) CORRETO
Além da possibilidade legal de realização de transplantes e exceto por determinação
médica, é defeso o ato de disposição sobre o próprio corpo quando importar diminuição
permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
c) CORRETO
Não se pode usar o nome de outrem em propaganda comercial sem a devida autorização.
d) ERRADO GABARITOOOOOOOOOOOOOOOO
Salvo se necessária à manutenção da ordem pública, a utilização da imagem de uma
pessoa falecida poderá ser proibida, exclusivamente a requerimento de seus ascendentes
ou descendentes, se se destinar a fins comerciais.
e) CORRETO
A intimidade da pessoa natural é inviolável, e o juiz adotará as providências para fazer
cessar ato contrário a esta norma.
Reportar abuso

4 – Art.11: o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação


voluntária, desde que não seja permanente nem geral.

Enunciado 139 da III Jornada de Direito Civil: DELEGADO RS 2018


139 – Art. 11: Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que
não especificamente previstas em lei, não podendo ser exercidos com abuso de
direito de seu titular, contrariamente à boa-fé objetiva e aos bons costumes.
Contratos escritos que objetivem a limitação voluntária, de direitos da
personalidade, e que não seja permanente nem geral, serão considerados
válidos.

A incorreção da assertiva "D" é o uso da palavra "exclusivamente", pois não são apenas os
ascendentes e os descendentes que podem requerer, mas também o cônjuge. O demais
está correto, consoante texto do art. 20, e seu parágrafo, do Código Civil.

Só pra lembrar:

Art.12, § único, cc - Direito da personalidade do morto = parente até 4º grau em


linha reta ou colateral

Art. 20, § único, cc - Trata da imagem do morto ou ausente = CAD = cônjuge,


ascendente ou descendente

- Artigo 20 do CC: salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou


à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra,
ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser
proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem
a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
Parágrafo único: em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para
requerer essa proteção o CÔNJUGE, os ASCENDENTES ou os DESCENDENTES.
e) A intimidade da pessoa natural é inviolável, e o juiz adotará as providências para fazer
cessar ato contrário a esta norma. CERTO
- Artigo 21 do CC: a vida privada da pessoa natural é INVIOLÁVEL, e o juiz, a
requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer
cessar ato contrário a esta norma.

Direito Civil
Parte Geral, Domicílio e Bens

II- Corresponde ao de seu domicílio, o lugar onde for encontrada a pessoa natural que não
tenha residência habitual. CERTO
- Artigo 73 do CC: ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que NÃO tenha residência
habitual, o lugar onde for encontrada.

III- Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem
e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. CERTO
- Artigo 78 do CC: nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio
onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.
- É a chamada CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO.

- Artigo 74 do CC: muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o


mudar.
Parágrafo único: a prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos
lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as
circunstâncias que a acompanharem.

O domicílio da pessoa natural e o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo
definitivo. se porém a pessoa natural tiver diversas residências; onde, alternativamente, viva,
considerar-se-á domicílio qualquer delas. E também domicílio da pessoa natural, quanto às
relações concernentes à profissão, o lugar onde é exercida.

Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:


I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será
considerado domicílio para os atos nele praticados.
§ 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa
jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do
estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
Abraços - lembrar de levar mais casacos em provas no RS; muito frio nesses dois turnos de concurso

I - CORRETA
Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou
de coação.

II - CORRETA
Art. 215. A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé
pública, fazendo prova plena.
§1º, V. Salvo quando exigidos por lei outros requisitos, a escritura pública deve conter
referência ao cumprimento das exigências legais e fiscais inerentes à legitimidade do ato.

Parte Geral, Ato Jurídico, Fato Jurídico e Teoria Geral do Negócio Jurídico, Defeitos do
Negócio

Responsabilidade civil

É o que dispõe o paragrafo único do art. 927 do Código Civil:


Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado
a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Reportar abuso

B - CORRETA
Art. 927, parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida
pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Duas observações importantes:


OBS.1: Os bens públicos (sejam eles de uso comum, especiais ou dominicais) não estão sujeitos
a prescrição e, portanto, não podem ser usucapidos.
OBS.2: Os únicos bens públicos alienáveis são os dominicais.
Constituição federal

Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de
outro imóvel urbano ou rural.
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu,
por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a
cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela
sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem
como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento
da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.

A) Correta. Art. 1197: A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu
poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a
indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a
sua posse contra o indireto.

CONTRATO DE LOCAÇÃO, COMODATO. Ex. o Locador não respeita as cláusulas do


contrato de locação.
A implicação jurídica dessa classificação é que a posse do possuidor direto não
exclui a do indireto, pois ambas deverão coexistir harmonicamente.

POSSUIDOR INDIRETO = LOCADOR

POSSUIDOR DIRETO = LOCATÁRIO

Exerce a posse indireta o proprietário da coisa, o qual, apesar de possuir o domínio do


bem, concede ao possuidor direto o direito de possuí-la temporariamente. É o caso do
locador, proprietário do imóvel que, ao alugá-lo, transfere a posse direta da coisa ao
locatário.
Já no contrato de comodato, há o comodante (transfere – possuidor indireto) e o
comodatário (recebe – possuidor direto). Existe ainda o desdobramento da posse no
contrato de depósito, arrendamento e doação com usufruto.

-Usucapião Extraordinária: (art. 1238, CC/02)


REGRA: 15 anos
Sem oposição
Independente de título
Independente de boa-fé
Posse contínua
EXCEÇÃO: 10 anos com todos os requisitos acima + moradia habitual ou obra/serviços produtivos

- Usucapião Ordinária: (art. 1242, CC/02)


REGRA: 10 anos
Sem oposição
Justo título
Boa-fé
EXCEÇÃO: 5 anos + Imóvel adquirido onerosamente + Registro cancelado + moradia habitual ou
investimentos

-Usucapião Especial Rural: (art. 1239, CC/02)


5 anos
Não proprietário de outro imóvel
Sem oposição
50 hectares
Posse – trabalho + moradia

-Usucapião Especial Urbana: (art. 1240, CC/02)


5 anos + moradia
Não proprietário de outro imóvel
250 m²

-Usucapião Especial Urbana por Abandono de Lar ou Familiar: (art. 1240-A, CC/02)
2 anos + moradia + abandono de lar
Sem oposição + exclusividade
250 m²(50% do imóvel)
Independente de título
Independente de boa-fé
Posse contínua
Não proprietário de outro imóvel

-Usucapião Coletivo (art. 10 e seguintes, Estatuto da Cidade)


Áreas urbanas com mais de 250 m²
População de baixa renda + moradia,
5 anos
Sem oposição
Impossível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor
Possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural

-Usucapião administrativa (Lei nº 11.977/2009)


Âmbito da regularização fundiária
Título de legitimação de posse é convertido em propriedade.

-Usucapião Extrajudicial (Art. 216-A, LRP incluído pelo NCPC)


Cartório do registro de imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel
Requerimento do interessado
Representado por advogado
Instruído com: ata notarial lavrada pelo tabelião, planta e memorial descritivo, certidões negativas e
justo título ou quaisquer outros documentos.

Extraordinária (sem justo título e boa-fé) = 15 anos.


Ordinária (com justo título e boa-fé) = 10 anos.
Usucapião especial rural = 5 anos (não fala-se em justo título ou boa-fé). Não superior a
cinquenta hectares.
Usucapião especial urbana = 5 anos (não fala-se em justo título ou boa-fé). Até duzentos e
cinquenta metros quadrados
Usucapião de móvel (justo título e boa-fé) = 3 anos.
Usucapião de móvel (sem justo título e boa-fé) = 5 anos.
Usucapião da mulher abandonada pelo marido = 2 anos. Imóvel urbano de até 250m²
Usucapião com base em registro cancelado = 5 anos.

Você também pode gostar