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Modelação do Processo de Deterioração
Desenvolvimento da deterioração no tempo
Nível de deterioração
4
1 despassivação
2 fendilhação
3 3 delaminação
4 rotura
2
ti tp
INICIAÇÃO – não ocorre deterioração significativa. A penetração dos agentes agressivos vai aumentando até um valor crítico.
Ex: carbonatação, contaminação por cloretos
PROPAGAÇÃO – desenvolvimento da deterioração. O limite aceitável de danos pode atingir‐se rapidamente.
Ex: corrosão de armaduras
1
1.5.1. FASE DE INICIAÇÃO
MODELAÇÃO DA CARBONATAÇÃO
1ª Lei de Fick
A quantidade m de CO2 que se difunde através de uma camada de betão é dada pela seguinte expressão :
C1-C2
m = - D.A x t
onde: m = massa de CO2 [g]
D = coeficiente de difusão do CO2 no betão [m2/s]
A = Área da secção [m2]
C1 = concentração de CO2 no exterior [g/m3]
C2 = concentração de CO2 na frente de carbonatação [g/m3]
t = tempo [s]
x = espessura da camada de betão carbonatada [m]
2D
x 2= (C1-C2) t
a
em que a [g/m3] é a quantidade de CO2 necessária para carbonatar uma unidade de volume de betão.
2D
X = K √ t com: K= (C -C )
a 1 2
Para ter em conta os fatores que influenciam a carbonatação pode considerar‐se a seguinte expressão:
2 * D * c
X *t * K
a
2 * D * c t0
n
* t * k1* k 2
a t
onde:
X ‐ profundidade de carbonatação (m)
D – coeficiente de difusão do CO2 no betão carbonatado (65% HR; 20 ºC)
c =0,0007kg/m3 (concentração do CO2 no ar)
a = consumo de CO2, função do tipo e dosagem de cimento
K1 – fator dependente da HR do betão
K2 – fator dependente da cura do betão
n – fator dependente da molhagem/secagem ao longo do tempo (<0,3)
t0 – período de referência (1 ano)
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MODELAÇÃO DA CARBONATAÇÃO
ESTRUTURAS EXISTENTES
Metodologia:
K traduz a influência de todos os parâmetros que influenciam a carbonatação para a obra em causa
x=K t
4
MODELAÇÃO DA CARBONATAÇÃO
Exemplo:
Obra com 20 anos de idade
Ensaio de carbonatação x = 18 mm
Coeficiente de carbonatação K = 18 / 20 = 4 mm / ano
Modelação x = 4 t
t = 50 anos x = 28 mm
40
35
30
25
X [mm]
20
15
10
5
0
0 10 20 30 40 50 60 70
t [anos]
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MODELAÇÃO DA PENETRAÇÃO DE CLORETOS
Objetivo: Definir a resistência à penetração de cloretos do betão de modo a que ao fim do período de iniciação ti
a profundidade do teor crítico seja no máximo igual ao recobrimento
A penetração de cloretos origina um aumento da concentração de cloretos nas camadas superficiais que vai
diminuindo sucessivamente para o interior do betão ‐ Perfil de cloretos
O perfil de cloretos vai variando no tempo à medida que uma maior quantidade de cloretos penetra do exterior
A penetração de cloretos devida aos vários mecanismos de transporte obedece a diferentes leis.
No entanto, aplicam‐se em geral as leis da difusão para quantificar o transporte de cloretos no betão. 6
MODELAÇÃO DA PENETRAÇÃO DE CLORETOS
A difusão de cloretos para o interior do betão pode ser expressa pela 1ª Lei de Fick
∂C
F = - D ∂x
O fluxo de cloretos F é proporcional ao gradiente de concentração de cloretos C (x,t)
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MODELAÇÃO DA PENETRAÇÃO DE CLORETOS
O aumento da concentração de cloretos no volume dv=dx é igual à variação de fluxo entre a secção de abcissa x e a
secção de abcissa x+dx:
∂C ∂F ∂F
dx = F - F+ dx=-
∂t ∂x ∂x dx
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MODELAÇÃO DA PENETRAÇÃO DE CLORETOS
Aplicando a 1ª lei de Fick, obtém-se:
∂C ∂ ∂C
∂t = ∂x D ∂x
Especificando as condições de fronteira:
C(x) = 0 para t=0; 0 < x <
C(x) = Cs para x=0; 0 < t <
x
C(x;t) = Cs 1- erf
2 D t
onde: C (x,t) - representa o perfil de cloretos, isto é, a concentração de cloretos a uma distância x da
superfície do betão após o tempo t a partir do início da exposição.
Cs - representa a concentração de cloretos à superfície do betão
2 z 2
erf - é a função de erro definida pela seguinte expressão: erf (z) = exp(-u ).du
π 0
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MODELAÇÃO DA PENETRAÇÃO DE CLORETOS
Absorção rápido
Mecanismos de transporte
Difusão lento
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1.5.2. FASE DE PROPAGAÇÃO
MODELAÇÃO DA CORROSÃO
A corrente de corrosão pode ser convertida em perda de metal através da lei de Faraday:
MIt
m=
ZF
onde: m = massa de aço consumido [g]
I = corrente [A]
t = tempo [s]
Z = carga iónica [ 2 para Fe Fe 2+ + 2e- ]
M = peso atómico do metal [ 56 g para ferro]
F = constante de Faraday [96500 A s]
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1.6. Efeitos Gerais e Estruturais da Deterioração e sua Avaliação
1.6.1. EFEITOS DA CORROSÃO
Redução da secção
Aço Redução da ductilidade Fendilhação
Aumento de volume Betão Delaminação
Redução da secção
Redução da aderência aço‐betão
Redução da resistência do elemento estrutural
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1.6.2. EFEITOS DA CORROSÃO EM VIGAS
Redução da resistência à flexão
redução de Ac
Mrd Mrd
redução de As
Redução da resistência ao esforço transverso
redução de bw
Vrd
redução de Asw
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1.6.2. EFEITOS DA CORROSÃO EM VIGAS
Aumento da abertura de fendas e da deformação
A abertura de fendas aumenta por:
‐ aumento de σs devido à redução da secção da armadura
‐ redução da aderência aço‐betão
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1.6.2. EFEITOS DA CORROSÃO EM VIGAS
Alteração do modelo de comportamento estrutural
16
1.6.2. EFEITOS DA CORROSÃO EM VIGAS
Alteração do modelo de comportamento estrutural
delaminação
‐250 ‐1650
1860
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1.6.2. EFEITOS DA CORROSÃO EM VIGAS
Exemplo:
Redução da resistência à flexão associada à perda de secção das armaduras
‐ efeito da velocidade de corrosão no período de propagação ‐
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Exemplo:
Fendilhação
Perda de raio que provoca o início da fendilhação:
x = 10-3 * (74,5 + 7,3R/0 – 17,4 fcd)
R – recobrimento [mm]
Ф0 – diâmetro do varão [mm]
fcd – resistência à compressão diametral do betão [MPa]
R = 30 mm
Ф0 = 20 mm x = 42 μm
fcd = 2.5 MPa
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1.6.3. EFEITOS DA CORROSÃO EM PILARES
Redução da resistência devido:
‐ redução da secção da armadura longitudinal
‐ delaminação do betão redução da secção
‐ redução da secção das cintas redução da resistência das armaduras comprimidas
redução da resistência ao esforço transverso
‐ aumento das excentricidades devido à assimetria da delaminação
Redução da ductilidade devido:
‐ redução da secção das cintas redução do confinamento do betão
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