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de um edifício
Junho 2018
Índice
1. Introdução 8
2. Análise do caso em estudo e sua descrição 9
3. Projeto Ventilação 10
3.1. Sistema de Ventilação natural 10
3.2. Esquemas de ventilação 10
3.2.1. Ventilação conjunta 10
3.2.2. Ventilação separada 10
3.2.3. Requisitos de ventilação 10
3.3. Dimensionamento da ventilação 14
3.3.1. Admissão de ar 14
3.3.2. Passagens de ar interior 16
3.3.3. Evacuação de ar 19
3.3.4. Altura da chaminé 22
4. Projeto térmica 25
4.1. Caracterização da fração em estudo 25
4.2. Zonamento climático 25
4.3. Identificação dos tipos de envolvente 26
4.4. Levantamento dimensional dos elementos da fração em estudo 27
4.5 Soluções construtivas adotadas 28
4.6. Cálculo do coeficiente de redução de perdas (btr) 33
4.7. Coeficiente de transferência de calor por transmissão (H ext) 33
4.8. Coeficiente de transferência de calor por transmissão (H enu) 33
4.9. Coeficiente global de transferência de calor por transmissão (H tr) 34
4.10. Coeficiente global de transferência de calor por ventilação (H ve) 34
4.11. Ganhos térmicos 34
4.11.1. Ganhos de Inverno 34
4.11.1.1. Ganhos solares 34
4.11.1.2. Ganhos internos 36
4.11.1.3. Ganhos térmicos brutos 36
4.12. Ganhos de Verão 36
4.12.1.1. Ganhos solares 36
4.12.1.2. Ganhos internos 38
4.12.1.3. Ganhos térmicos brutos 38
4.13. Necessidades nominais anuais de energia útil 38
2
4.13.1. Inverno 38
4.13.1.1. Transferência de calor por transmissão 39
4.13.1.2. Transferência de calor por renovação de ar 39
4.13.1.3. Ganhos totais úteis 39
4.13.2. Verão 40
4.13.2.1. Transferência de calor por transmissão 40
4.13.2.2. Transferência de calor por renovação de ar 40
4.13.2.3. 40
4.14. Necessidades nominais anuais globais de energia primária 41
4.14.1. Inverno 41
4.14.2. Verão 42
4.14.3. Produção de AQS 42
5. Projeto de acústica 44
5.1. Requisitos acústicos 44
5.2. Sons de Condução aérea 44
5.3. Sons de Percussão 45
5.4. Verificação em fase de Projeto 46
5.4.1. Determinação de Índice isolamento aos sons de condução aérea entre os
quartos ou zonas de estar e o exterior do edifício D 2m , nT , w 46
5.4.2. Elemento simples 46
5.4.3. Elementos compostos 47
5.4.4. Elementos com grelhas autorreguláveis 47
5.5. Elementos com área translúcida superior a 60% do elemento da fachada em
analise 47
5.6. Determinação do Índice de isolamento aos sons de condução aérea entre os
quartos ou zonas de estar dos fogos e locais de circulação comum DnT , w 48
5.7. Determinar do Índice de isolamento sonso a sons de precursão
LnT , w ' ≤ 60 dB 49
5. Bibliografia 50
6. Anexos 51
Anexos – Projeto de Ventilação 51
Anexo 1 Esquema de Ventilação – Piso 1 e Piso 2 (3 e 4) 52
Anexo 2 Grelhas de passagem de ar interior 53
Anexo 3 Condutas de evacuação de ar para o exterior 54
Anexo 4 Esquentador Click 55
Anexos – Projeto de Térmica 57
3
Anexos – Projeto de Acústica 59
4
Índice de tabelas
Tabela 1. Caudais-tipo do piso 1 direita (T2)...................................................................11
Tabela 2.Caudais-tipo do piso 1 esquerda (T2)...............................................................11
Tabela 3. Caudais-tipo do piso 2 direita (T4)...................................................................11
Tabela 4. Caudais-tipo do piso 2 esquerda (T2)..............................................................12
Tabela 5. Caudais-tipo do piso 3 direita (T4)...................................................................12
Tabela 6. Caudais-tipo do piso 3 esquerda (T2)..............................................................12
Tabela 7. Caudais-tipo do piso 4 direita (T4)...................................................................13
Tabela 8. Caudais-tipo do piso 4 esquerda (T2)..............................................................13
Tabela 9. Classes de exposição ao vento, NP 1037-1-2015.............................................14
Tabela 10. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 1 direito (T2)
.........................................................................................................................................15
Tabela 11. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 1 esquerda
(T2)...................................................................................................................................15
Tabela 12. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 2 direito (T4)
.........................................................................................................................................15
Tabela 13. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 2 esquerdo
(T2)...................................................................................................................................15
Tabela 14. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 3 direito (T4)
.........................................................................................................................................16
Tabela 15. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 3 esquerdo
(T2)...................................................................................................................................16
Tabela 16. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 4 direito (T4)
.........................................................................................................................................16
Tabela 17. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 4 esquerdo
(T2)...................................................................................................................................16
Tabela 18. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior
de ar piso 1 direito (T2)...................................................................................................17
Tabela 19. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior
de ar piso 1 esquerdo (T2)...............................................................................................17
Tabela 20. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior
de ar piso 2 direito (T4)...................................................................................................17
Tabela 21. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior
de ar piso 2 direito (T4)...................................................................................................18
Tabela 22. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior
de ar piso 2 esquerdo (T2)...............................................................................................18
Tabela 23. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior
de ar piso 3 direito (T4)...................................................................................................18
Tabela 24. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior
de ar piso 4 direito (T4)...................................................................................................19
Tabela 25. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior
de ar piso 4 esquerdo (T2)...............................................................................................19
Tabela 26. Valores mínimos para área das seções das condutas coletivas lisas. Caudal
tipo por piso 45m3/h da NP 1037-1-2015.......................................................................20
Tabela 27. Abertura de evacuação de ar para a conduta da cozinha..............................21
Tabela 28. Abertura de evacuação de ar da I.S. das frações do lado esquerdo..............21
Tabela 29. Abertura de evacuação de ar da I.S. das frações do lado direito...................21
5
Tabela 30. Abertura de evacuação de ar da IS. das suites das frações do lado direito...21
Tabela 31. Coordenadas da Zona I...................................................................................23
Tabela 32. Dimensionamento da chaminé – zona A.......................................................23
Tabela 33. Dimensionamento da chaminé – zona B.......................................................24
Tabela 34. Zona de exclusão da zona B...........................................................................24
Tabela 35. Caracterização da fração em estudo..............................................................26
Tabela 36. Levantamento dimensional da envolvente exterior, excluindo os vãos
envidraçados....................................................................................................................27
Tabela 37. Levantamento dimensional dos vãos envidraçados exteriores.....................28
Tabela 38. Levantamento dimensional das pontes térmicas lineares.............................28
Tabela 39. Coeficientes de transmissão térmica superficiais máximos admissíveis para
elementos opacos, excluindo pontes térmicas planas....................................................28
Tabela 40. Solução construtiva e respetivo cálculo do coeficiente de transmissão
térmica para parede exterior...........................................................................................29
Tabela 41. Solução construtiva e respetivo cálculo do coeficiente de transmissão
térmica para parede exterior em zona de ponte térmica plana.....................................30
Tabela 42. Solução construtiva e respetivo cálculo do coeficiente de transmissão
térmica para parede interior com requisitos térmicos...................................................31
Tabela 43. Solução construtiva e respetivo cálculo do coeficiente de transmissão
térmica para cobertura (fluxo ascendente).....................................................................32
Tabela 44. Solução construtiva e respetivo cálculo do coeficiente de transmissão
térmica para cobertura (fluxo descendente)...................................................................32
Tabela 45. Solução construtiva para vãos envidraçados.................................................33
Tabela 46. Índice de isolamento sonoro aos sons de condução aérea...........................47
Tabela 47. Índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea em paramento
vertical.............................................................................................................................48
Tabela 48. Índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea em paramentos
horizontais.......................................................................................................................48
Tabela 49.Índice de isolamento sonoro a sons de percussão para os pavimentos.........49
6
Índice de Figur
Figura 1. Diagrama para o cálculo da seção das condutas coletivas lisas de secção
circular NP 1037-1-2015..................................................................................................20
Figura 2. Diagrama para o cálculo da seção das condutas individuais lisas de secção
circular NP 1037-1-2015..................................................................................................20
Figura 3. Definição de zonas A e B com cobertura plana................................................22
Figura 4. Definição das Zonas I e II (retirada da NP 1037-1-2015)..................................22
Figura 5. Excerto do Quadro 22, do ITE 12, de onde retirou-se a massa superficial para o
paramento vertical exterior.............................................................................................46
Y
7
1. Introdução
O presente trabalho foi realizado no âmbito da unidade curricular de
Edificações/Regulamentação da construção. Com o qual se pretende analisar as
características de ventilação, térmica e acústica de um edifício, com o objetivo de
serem cumpridos os requisitos atualmente estabelecidos.
Assim o trabalho, encontra-se dividido em três partes, Projeto de Ventilação, Projeto de
Térmica e Projeto de Acústica.
Para a realização do projeto de ventilação recorreu-se à Norma portuguesa NP 1037-1-
2015: Ventilação de edifícios com ou sem aparelhos de gás, Parte 1: Edifícios de
habitação, Ventilação natural, elaborado pelo Instituto Português da Qualidade, de
modo a assegurar os requisitos de qualidade do ar interior do edifício e o conforto dos
seus utilizadores.
Para a realização do projeto de térmica recorreu-se ao REH Light, com o intuito de
garantir o conforto térmico nas estações de aquecimento e arrefecimento.
Para a realização do projeto de acústica recorreu-se ao DL 96/2008, de forma a garantir
o cumprimento dos requisitos de isolamento acústico para a condução de sons aéreos
e de percussão.
8
2. Análise do caso em estudo e sua descrição
O edifício em estudo neste projeto é um edifício multifamiliar de quatro andares
destinados a habitação, e um andar inferior de cave, destinado a estacionamento de
automóveis, com 10 lugares. O edifício está ligado adjacentemente com outro edifício
apenas pelo lado direito.
O primeiro andar é constituído por dois apartamentos de tipologia T2, os restantes
andares do edifício são constituídos por dois apartamentos de tipologia T2 e T4.
9
3. Projeto Ventilação
3.1. Sistema de Ventilação natural
10
● uma renovação por hora em compartimentos principais;
● quatro renovações por hora em compartimentos secundários.
Deve-se balancear os caudais dos compartimentos principais com os compartimentos
secundários de forma a respeitar, a seguinte expressão 3.1.
Q admissão =Q evacuação (3.1)
Nas tabelas 1 a 8, pode observar-se a determinação dos caudais-tipo para cada fração
do edifício.
Caudal Caudal
Áre Caudal de Caudal de taxa de
Volume de de
Compartimentos a evacuação evacuação renovação
(m3) admissã admissã
(m2) (m3/h) (m3/h) (h-)
o (m3/h) o (m3/h)
Sala 23,2 60,2 60 63 1,04
Quarto 1
12,8 33,4 33 35 1,04
s/closet
Quarto 2 14,7 38,3 38 40 1,04
IS 4,8 12,6 50 50 4
Cozinha 8,3 21,6 87 87 4
Totais 63,9 166,1 132 137 137 137
Caudal Caudal
Áre Caudal de Caudal de taxa de
Volume de de
Compartimentos a evacuação evacuação renovação
(m3) admissã admissã
(m2) (m3/h) (m3/h) (h-)
o (m3/h) o (m3/h)
Sala 21,3 55,5 55 55 1
Quarto 1 14,0 36,4 36 36 1
Quarto 2 13,3 34,7 35 35 1
IS 4,2 10,8 43 45 4,15
Cozinha 7,9 20,5 82 82 4
Totais 60,7 157,9 127 125 127 127
11
Tabela 3. Caudais-tipo do piso 2 direita (T4)
Caudal Caudal
Caudal de Caudal de taxa de
Área Volume de de
Compartimentos evacuação evacuação renovação
(m2) (m3) admissã admissã
(m3/h) (m3/h) (h-)
o (m3/h) o (m3/h)
Sala 28,95 75,3 75 75 1
Suite 14,72 38,3 38 38 1
Quarto 1/
12,95 33,7 34 34 1
escritório
Quarto 2 14,48 37,6 38 38 1
Quarto 3 13,20 34,3 34 34 1
IS 1 4,15 10,8 43 45 4,20
IS 2 2,93 7,6 30 45 5,91
Cozinha 11,27 29,3 117 129 4,40
102,6
Totais 266,9 219 191 219 219
5
Caudal Caudal
Áre Caudal de Caudal de taxa de
Volume de de
Compartimentos a evacuação evacuação renovação
(m3) admissã admissã
(m2) (m3/h) (m3/h) (h-)
o (m3/h) o (m3/h)
Sala 33,3 86,6 87 94 1,08
Quarto 1 16,0 41,5 42 45 1,08
Quarto 2 14,4 37,5 38 41 1,08
IS 4,9 12,6 51 51 4
Cozinha 12,5 32,5 130 130 4
Totais 81,1 210,8 166 180 180 180
Caudal Caudal
Caudal de Caudal de taxa de
Área Volume de de
Compartimentos evacuação evacuação renovação
(m2) (m3) admissão admissã
(m3/h) (m3/h) (h-)
(m3/h) o (m3/h)
Sala 27,0 70,1 70 70 1
Suite 14,7 38,3 38 38 1
Quarto 1 13,0 33,7 34 34 1
Quarto 2
14,5 37,6 38 38 1
s/closet
Quarto 3 13,2 34,3 34 34 1
IS 1 2,9 7,6 30 45 5,91
IS 2 4,2 10,8 43 49 4,54
Cozinha 11,3 29,3 117 120 4,10
100,
Totais 261,7 214 191 214 214
7
12
Tabela 6. Caudais-tipo do piso 3 esquerda (T2)
Caudal Caudal
Caudal de Caudal de taxa de
Área Volume de de
Compartimentos evacuação evacuação renovação
(m2) (m3) admissão admissã
(m3/h) (m3/h) (h-)
(m3/h) o (m3/h)
Sala 33,3 86,6 87 87 1
Quarto 1
16,0 41,5 42 42 1
s/closet
Quarto 2
14,4 37,5 38 52 1,39
s/closet
IS 4,9 12,6 51 51 4
Cozinha 12,5 32,5 130 130 4
Totais 81,1 210,8 166 180 181 181
Caudal Caudal
Caudal de Caudal de taxa de
Área Volume de de
Compartimentos evacuação evacuação renovação
(m2) (m3) admissão admissã
(m3/h) (m3/h) (h-)
(m3/h) o (m3/h)
Sala 27,0 70,1 70 70 1
Suite 14,7 38,3 38 38 1
Quarto 1 13,0 33,7 34 34 1
Quarto 2
14,5 37,6 38 38 1
s/closet
Quarto 3 13,2 34,3 34 34 1
IS 1 2,9 7,6 30 45 5,91
IS 2 4,2 10,8 43 49 4,54
Cozinha 11,3 29,3 117 120 4,10
100,
Totais 261,7 214 191 214 214
7
Caudal Caudal
Caudal de Caudal de taxa de
Área Volume de de
Compartimentos evacuação evacuação renovação
(m2) (m3) admissão admissã
(m3/h) (m3/h) (h-)
(m3/h) o (m3/h)
Sala 33,3 86,6 87 87 1
Quarto 1
16,0 41,5 42 42 1
s/closet
Quarto 2
14,4 37,5 38 52 1,39
s/closet
IS 4,9 12,6 51 51 4
Cozinha 12,5 32,5 130 130 4
Totais 81,1 210,8 166 180 181 181
13
O caudal-tipo mínimo na instalação sanitária é de 45m 3/h, valor obtido da NP 1037-1-
2015.
3.3.1. Admissão de ar
A admissão de ar nos edifícios pode ser efetuada através de dois processos diferentes,
por meio da parede de fachada (aberturas posicionadas nas caixas de estores e outros
elementos das fachadas) e por condutas.
O dimensionamento das aberturas do edifício foi realizado por meio de sua fachada,
cuja classe de exposição ao vento foi determinada, com base na tabela 9 da NP 1037-1-
2015.
Tabela 9. Classes de exposição ao vento, NP 1037-1-2015
(3.22)
0,6∗3600∗
ρ√
2∆ P
Em que:
14
3
m
Q →Caudal−tipo( )
h
A → Área de abertura ( m2 )
∆ P → Diferença de pressão ( Pa)
m3
kg
¿
¿
¿
¿
¿
¿
ρ → Densidade do ar ¿
Nas tabelas 10 a 17, pode observar-se a determinação da área de admissão para os
compartimentos principais de todos os compartimentos principais, de todas a frações
do edifício em estudo. Com base nos resultados obtidos definiu-se que a entrada de ar
irá ser efetuada por uma abertura no caixilho da janela com as seguintes dimensões,
90cmx0,7cm.
Tabela 10. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 1 direito (T2)
Volume
Compartimentos A (m2)
(m3)
Sala 55,5 0,0038
Quarto 1 36,4 0,0025
Quarto 2 34,7 0,0024
Tabela 11. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 1 esquerda (T2)
Volume
Compartimentos A (m2)
(m3)
Sala 55,5 0,0038
Quarto 1 36,4 0,0025
Quarto 2 34,7 0,0024
Tabela 12. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 2 direito (T4)
Volume
Compartimentos A (m2)
(m3)
Sala 75,3 0,0052
Suite 38,3 0,0026
Quarto/escritório 33,7 0,0023
Quarto 2 37,6 0,0026
Quarto 3 34,3 0,0024
Tabela 13. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 2 esquerdo (T2)
Volume
Compartimentos A (m2)
(m3)
15
Sala 86,6 0,0065
Quarto 1 41,5 0,0031
Quarto 2 37,5 0,0028
Tabela 14. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 3 direito (T4)
Volume
Compartimentos A (m2)
(m3)
Sala 70,1 0,0048
Suite 38,3 0,0026
Quarto 1 33,7 0,0023
Quarto 2
37,6 0,0026
s/closet
Quarto 3 34,3 0,0024
Tabela 15. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 3 esquerdo (T2)
Volume
Compartimentos A (m2)
(m3)
Sala 86,6 0,0060
Quarto 1
41,5 0,0029
s/closet
Quarto 2
37,5 0,0036
s/closet
Tabela 16. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 4 direito (T4)
Volume
Compartimentos A (m2)
(m3)
Sala 69,9 0,0048
Quarto 1 37,7 0,0026
Quarto 2 34,3 0,0024
Quarto 3 33 0,0023
Quarto 4 38,2 0,0026
Tabela 17. Determinação de área útil das aberturas de entrada de ar piso 4 esquerdo (T2)
Volume
Compartimentos A (m2)
(m3)
Sala 86,6 0,0065
16
Quarto 1 41,6 0,0031
Quarto 2 37,4 0,0028
Tabela 18. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior de ar piso 1 direito (T2)
Tabela 19. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior de ar piso 1 esquerdo (T2)
Tabela 20. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior de ar piso 2 direito (T4)
17
Cozinha 129 0,0281 4
Tabela 21. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior de ar piso 2 direito (T4)
Tabela 22. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior de ar piso 2 esquerdo (T2)
Tabela 23. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior de ar piso 3 direito (T4)
18
Cozinha 120 0,0262 3
Tabela 24. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior de ar piso 4 direito (T4)
Espessura da
Largura da porta
Compartimentos Caudal (m3/h) A (m2) folga na porta
(m)
(cm)
Sala 70 0,0088 1
Quarto 1 38 0,0082 0,80 1
Quarto 2 34 0,0075 1
Quarto 3 33 0,0072 0,90 1
Quarto 4 38 0,0083 1
IS 1 44 0,0098 1
0,80
IS 2 30 0,0098 1
Cozinha 108 0,0268 3
Tabela 25. Determinação da espessura de folga nas portas para passagem de ar interior de ar piso 4 esquerdo (T2)
Espessura da
Largura da porta folga na porta
Compartimentos Caudal (m3/h) A (m2)
(m) (cm)
Sala 87 0,0119 1
Quarto 1 45 0,0099 1
Quarto 2 41 0,0089 0,80 1
IS 51 0,0111 1
Cozinha 130 0,0283 4
Nas cozinhas de todas as frações do piso 2, 3 e 4 será colocada uma grelha na porta,
pois a Espessura da folga na porta, é superior a 2 cm.
3.3.3. Evacuação de ar
19
As aberturas das evacuações foram determinadas de forma similar a Expressão 2 do
ponto 3.3.1. admitindo-se as perdas de carga no valor de 3Pa para os caudais de
evacuação.
O dimensionamento das condutas de evacuação de ar foi efetuado através de condutas
coletivas para todos os pisos, com exceção da cozinha do piso 1 esquerdo, pois se
encontra posicionada num local distante na vertical das restantes cozinhas. As
condutas coletivas estão posicionadas na prumada das cozinhas, I.S das suites, I.S. do
lado esquerdo e direito.
Definindo-se a utilização de condutas lisas de secção circular, conhecendo o valor do
caudal a extrair é possível estimar os valores mínimos das áreas das seções das
condutas. Através do diagrama da figura 1 e 2, para a conduta da cozinha, e I.S pois não
têm caudais-tipo iguais e da tabela 26, para as I.S. das suites da NP 1037-1-2015.
Tabela 26. Valores mínimos para área das seções das condutas coletivas lisas. Caudal tipo por piso 45m3/h da NP
1037-1-2015
Figura 1. Diagrama para o cálculo da seção das condutas coletivas lisas de secção circular NP 1037-1-2015
20
Figura 2. Diagrama para o cálculo da seção das condutas individuais lisas de secção circular NP 1037-1-2015
Nas seguintes tabelas 27, 28, 29 e 30, pode-se observar os resultados obtidos para os
diâmetros das condutas.
Seção
Seção calculado Diâmetro
Conduta coletiva Q mínima
(seção circular) (m3/h) Calculado Utilizado
m2 cm2 cm2
(cm) (mm)
Piso 1 – esquerda 118 0,0148 148,35 230,00 17,11
Piso 1 - direita 200,00
114,97 0,0145 144,58 220,00 16,74
(individual)
Piso 2 314,75 0,0396 395,83 550,00 26,46
Piso 3 306,03 0,0385 384,87 530,00 25,98 315,00
Piso 4 308,93 0,0389 388,51 540,00 26,22
Seção
Conduta Seção calculado Diâmetro
Q mínima
coletiva (seção
(m3/h) Calculado Utilizado
circular) m2 cm2 cm2
(cm) (mm)
Piso 1 45 0,0057 56,59 360,00 21,41
Piso 2 45,00 0,0057 56,59 360,00 21,41
250,00
Piso 3 51,00 0,0064 64,14 380,00 22,00
Piso 4 50,80 0,0064 63,89 380,00 22,00
Conduta Q Seção
Seção calculado Diâmetro
coletiva (seção (m3/h) mínima
circular) m2 cm2 cm2 Calculado Utilizado
21
(m) (mm)
Piso 1 50 0,0063 62,88 380,00 22,00
Piso 2 45,32 0,0057 56,99 365,00 21,56
250,00
Piso 3 49,00 0,0062 61,62 370,00 21,70
Piso 4 45,00 0,0057 56,59 360,00 21,41
Tabela 30. Abertura de evacuação de ar da IS. das suites das frações do lado direito
Seção
Conduta Seção calculado Diâmetro
Q mínima
coletiva (seção
(m3/h) Calculado Utilizado
circular) m2 cm2 cm2
(cm) (mm)
I.S. Suites do
0 0,0000 0,00 360,00 21,41 250,00
Piso 2, 3 e 4
22
− Medida a largura da fachada frontal ao vento incidente (L), assumindo ventos
L
Norte-Sul, calcula-se a relação desta com a altura (H), .
H
− Como a relação anterior, é inferior a 1,5, o parâmetro característico do edifício
(R) segundo a seguinte expressão 3, correspondentemente a maior e menor
dimensão da fachada frontal ao vento incidente:
0,33 0,67
R=M ∗K (3)
− A área de exclusão está dividida em Zona I e Zona II, de acordo com a figura 3.
Xi H
Ponto 1 0 0
Ponto 2 0,1R 0,6HI
Ponto 3 0,2R 0,7 HI
Ponto 4 0,4R 0,9 HI
Ponto 5 0,5R HI
− A Zona II, pode ser definida através de uma reta com declive descendente. Com
início no ponto 5 da Zona I, e termina em X II =2,7 R .
− Pode observar-se o dimensionamento da chaminé, na seguinte tabela 32.
23
1,2 1,4
6 3
2,5 1,6
2 7
5,0 2,1
4 5
6,3 2,3
0 9
24
− A zona II é definida entre o topo da bolha da zona I e o bordo do ressalto. A
zona II do ressalto é delimitada por uma reta entre o topo da bolha do ressalto
e o limite do ressalto.
− Pode observar-se o dimensionamento da chaminé, na seguinte tabela 33 e 34.
25
4. Projeto térmica
Para a conceção e dimensionamento do projeto térmico foi executado de acordo com o
REH Light (Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Habitação, numa
versão simplificada). Este documento foi elaborado com base no Decreto-Lei n.º
118/2013 e os correspondentes despachos e portarias.
Para efeitos do REH, a caracterização do comportamento térmico dos edifícios passa
por quantificar as necessidades nominais anuais da energia útil para aquecimento (Nic)
e arrefecimento (Nvc). Para além destas necessidades, também são consideradas as
necessidades nominais de energia primária (Ntc) do edifício. Estas necessidades são
comparadas com os seus valores limite respetivos (Ni, Nv e Nt) e calculadas com base
em condições de referência, como por exemplo: temperatura do ar interior de 18℃
para a estação de aquecimento e uma temperatura do ar interior ϴref,v de 25 ℃ para a
estação de arrefecimento. Com estes índices é possível, então, avaliar o desempenho
energético do edifício, para cada fração autónoma.
No entanto, é necessária a verificação de um conjunto de requisitos mínimos:
Requisitos de qualidade térmica da envolvente nos novos edifícios e nas
intervenções em edifícios existentes, expressos em termos de coeficiente de
transmissão térmica da envolvente opaca (U) e de fator solar dos vãos
envidraçados (g);
Requisitos de ventilação dos espaços, impondo um valor mínimo de cálculo
para a taxa de renovação do ar (Rph), tanto para construção nova como no caso
de intervenções em edifícios existentes;
Requisitos ao nível da qualidade, da eficiência e do funcionamento dos sistemas
técnicos a instalar nos edifícios;
Regras para cálculo do contributo das energias renováveis na satisfação das
necessidades energéticas do edifício.
26
em que, X trata-se do parâmetro ajustado, GD ou θ ext,v, consoante seja a estação de
aquecimento ou a estação de arrefecimento. Os restantes parâmetros, X REF, declive a e
zREF apresentam-se todos tabelados em função das subdivisões administrativas
nacionais NUTS III.
De acordo com os parâmetros GD e θ ext,v calculados, GD = 1562,8 °C e θ ext,v = 23,8 °C
definiram-se então as correspondentes zonas climáticas: zona climática de inverno I2
(1300 < GD ≼ 1800) e zona climática de verão V3 (θext,v> 22°C).
Apresentam-se, de seguida, em tabela 35, os dados de caracterização relativos à fração
em estudo.
Caracterização da fração
Localização (município) Mirandela
Área útil de pavimento (m2) 81,09
Tipologia (T2) 2
Pé direito médio (m) 2,7
Taxa nominal de renovação do ar no Inverno, Rphi 0,6
Taxa nominal de renovação do ar no Verão,Rphv 0,6
Classe de Inércia Térmica (Fraca =1; Média=2; Forte=3) 3
Duração da estação de aquecimento (meses) 4,7
Radiação média incidente num envidraçado a Sul Gsul (kWh/m2) 125
Graus dias (ºC) 1562,8
Temp. referência estação arrefecimento qref 25
Temp. média exterior estação arrefecimento qext,v 21,5
Radiação solar média de referência, correspondente à radiação incidente
480
numa superfície orientada a Oeste, Isol,ref (kWh/m2)
27
4.4. Levantamento dimensional dos elementos da fração em estudo
28
Relativamente aos valores para vãos envidraçados e pontes térmicas lineares, estes
encontram-se nas seguintes tabelas 37, 38:
Tabela 37. Levantamento dimensional dos vãos envidraçados exteriores.
Tabela 39. Coeficientes de transmissão térmica superficiais máximos admissíveis para elementos opacos, excluindo
pontes térmicas planas.
29
U ptp ≤ U max .
Tabela 40. Solução construtiva e respetivo cálculo do coeficiente de transmissão térmica para parede exterior.
R ΣR R se R si
e λ [W/ U [W/
Material [(m².ºC)/ [(m².ºC)/ [(m².ºC)/ [(m².ºC)/
[m] (m.ºC)] (m².ºC)]
W] W] W] W]
Reboco
0,015 1,30 0,01 2,75 0,04 0,13 0,34
tradicional
alvenaria,
tijolo
furado 0,25 - 0,56
(normal)
Reboco
0,015 1,30 0,01
tradicional
Tabela 41. Solução construtiva e respetivo cálculo do coeficiente de transmissão térmica para parede exterior em
zona de ponte térmica plana.
30
Parede exterior PTP
R ΣR R se R si
e λ [W/ U [W/
Material [(m².ºC)/ [(m².ºC)/ [(m².ºC)/ [(m².ºC)/
[m] (m.ºC)] (m².ºC)]
W] W] W] W]
Reboco
0,015 1,30 0,01 0,14 0,04 0,13 0,40
tradicional
Betão
armado 0,25 2,0 0,13
reboco
0,015 1,30 0,01
tradicional
Para paredes interiores optou-se por parede dupla de alvenaria de tijolo de 11 cm, com
isolamento térmico e acústico composto por placas de aglomerado de cortiça
expandida (ICB).
Tabela 42. Solução construtiva e respetivo cálculo do coeficiente de transmissão térmica para parede interior com
requisitos térmicos.
31
/W] /W] /W] /W]
Reboco
0,015 1,30 0,01 2,17 0,04 0,13 0,35
tradicional
Alvenaria,
tijolo
furado de
11 0,11 - 0,27
(normal)
Alvenaria,
tijolo
furado
(normal)
0,11 - 0,27
de 11
Reboco
0,015 1,30 0,01
tradicional
Como solução construtiva para a cobertura optou-se por cobertura plana não invertida
(sistema de impermeabilização por cima do isolamento térmico), laje (estrutura
resistente) em betão armado, camada de forma em betão leve e isolamento térmico e
acústico composto por placas de lã mineral. A espessura do sistema de
impermeabilização para efeitos de cálculo foi desprezada.
Tabela 43. Solução construtiva e respetivo cálculo do coeficiente de transmissão térmica para cobertura (fluxo
ascendente).
R ΣR R se R si
e λ [W/ U [W/
Material [(m².ºC)/ [(m².ºC)/ [(m².ºC)/ [(m².ºC)/
[m] (m.ºC)] (m².ºC)]
W] W] W] W]
32
Reboco
0,015 1,30 0,01 2,92 0,10 0,10 0,32
tradicional
Betão
0,30 2,0 0,15
armado
Betão de
agregados 0,10 0,85 0,12
leves
Tabela 44. Solução construtiva e respetivo cálculo do coeficiente de transmissão térmica para cobertura (fluxo
descendente).
R ΣR R se R si
e λ [W/ U [W/
Material [(m².ºC) [(m².ºC) [(m².ºC) [(m².ºC)
[m] (m.ºC)] (m².ºC)]
/W] /W] /W] /W]
Reboco
tradiciona 0,015 1,30 0,01 2,17 0,17 0,17 0,29
l
Betão
0,30 2,0 0,15
armado
Betão de
agregados 0,10 0,85 0,12
leves
Em relação aos vão envidraçados está planeada a inclusão de caixas de estore e optou-
se por vidros duplos incolores com espessura de lâmina de ar de 16 mm de baixa
emissividade e com permeabilidade ao ar elevada.
Material U [W/(m².ºC)]
Vidro
2,2
duplo
33
Os desenhos das soluções construtivas encontram-se no Anexo I.
❑ ❑
H ext =
( ∑ ❑ [ U i . Ai ] + ∑ ❑ [ ψ j . B j ]
i j
)(W /℃) (2)
Os valores calculados para o Hext estão presentes nas tabelas do Anexo II, comparados
com valores máximos de referência.
❑ ❑
H enu=btr
( i j
)
∑ ❑ [ U i . A i ]+∑ ❑ [ψ j . B j ] (W /℃) (3)
Os valores calculados para o H enu estão presentes nas tabelas do Anexo II, comparados
com valores máximos de referência.
34
4.9. Coeficiente global de transferência de calor por transmissão (H tr)
Em relação à fração em estudo, não existem elementos em contacto com o solo nem
em contacto com edifícios adjacentes, ou seja, H ecs = H adj = 0.
Os restantes cálculos efetuados para o Htr,ie Htr,v encontram-se no Anexo II.
35
F w, i é o fator de correção da seletividade angular dos envidraçados, em que
traduz a redução dos ganhos solares causada pela variação das propriedades do
vidro com o ângulo de incidência da radiação solar direta. Para o cálculo das
necessidades nominais de aquecimento toma o valor de 0,9;
g ꓕ , vi é fator solar do vidro para uma incidência solar normal à superfície do
vão. No caso da fração em estudo, considerou-se, como foi referido
anteriormente, vidro duplo, incolor 8 mm + incolor 5 mm, que segundo a tabela
37 do capítulo 4 do REH Light corresponde a um valor de 0,75.
Calculou-se também o fator de obstrução da radiação solar, que representa a redução
da radiação solar incidente devido ao sombreamento permanente provocado por
elementos nas proximidades. O fator de obstrução é calculado pela seguinte expressão:
F s=F h . F 0 . F f (8)
Em que:
Fh é o fator de sombreamento do horizonte por obstruções exteriores ao
edifício ou por outros elementos deste. Este é determinado, caso seja
necessário, por interpolação, através da tabela 40 do REH Light;
F0 é o fator de sombreamento por elementos horizontais sobrejacentes ao
envidraçado, compreendendo palas e varandas. Este é determinado também,
caso seja necessário, por interpolação, através das tabelas 41 (estação de
aquecimento) e 42 (estação de arrefecimento);
F f é o fator de sombreamento por elementos verticais adjacentes ao
envidraçado, compreendendo palas verticais, partes do próprio edifício ou
outros elementos. Este é determinado através das tabelas 43 ou 44 do REH
LIGHT, caso se trate, respetivamente, de estação de aquecimento ou de estação
de arrefecimento.
Todos estes fatores dependem do valor do ângulo que é medido entre o ponto médio
do vão envidraçado e a extremidade do elemento obstrutor.
Foi considerada a inexistência de edifícios que possam provocar sombreamento do
horizonte, logo o fator Fh toma o valor de 1,0 em todas as situações.
De seguida, foi calculada a área efetiva coletora, através dos parâmetros determinados
anteriormente, segundo a expressão 19.
2
A s =A w . F s . F g . gi (m ) (9)
Em que:
A w é a área total do vão envidraçado, incluindo o vidro e o caixilho (m 2);
F g é o valor típico da fração envidraçada do vão envidraçado, sendo que
depende do tipo de caixilharia adotada. Neste caso, foi escolhida uma
caixilharia de PVC sem quadrícula, que toma o valor de 0,65, segundo a tabela
45 do REH Light.
De seguida, foi determinada a área efetiva coletora a sul, segundo a seguinte
expressão:
2
A s , sul =X . A s (m ) (10)
36
Sendo que X é o fator de orientação para as diferentes exposições, que consta na
tabela 21 do REH Light.
Por fim, foram determinados os ganhos solares brutos, segundo a seguinte expressão:
❑
Q sol ,i=∑ ❑ A s , sul,i . G sul . M (kWh / ano) (11)
n
Em que:
❑
∫ ¿ . M . A p (kWh/ano) (12)
Q∫ ,i=0,72.q ¿
Em que:
Para os ganhos solares de Verão são efetuados os cálculos para os mesmo vãos
envidraçados que os ganhos solares de inverno.
Começa-se por calcular o fator solar global do vão envidraçado, gT , com todos os
dispositivos de proteção solar (permanentes ou móveis) totalmente ativados, tendo em
conta que para os vãos são utilizados vidros duplos, segundo a seguinte expressão:
37
❑
gTvc
gT =g ꓕ , vi ∏ ❑ (14)
i 0,75
Em que:
gTvc é o fator solar do vão envidraçado com vidro corrente e um dispositivo
de proteção solar (permanente ou móvel) totalmente ativado, para uma
incidência solar normal à superfície do vidro, tendo se adotado proteções
exteriores do tipo persiana de réguas metálicas ou plásticas de cor clara, com
um valor de gTvc igual a 0,04 (tabela 38 do REH Light).
1−F
+(¿¿ mv). gTp (15)
gv =F mv . gT ¿
Em que:
Fmv é a fração de tempo em que os dispositivos de proteção solar móveis se
encontram totalmente ativados, determinado segundo a orientação da vão
encontrando-se na tabela 39 do REH Light. O único envidraçado com valor
diferente de 0 foi o de orientação a Sul.
A s , op =α .U . A op . R se ( m2 ) (16)
Em que:
α é o coeficiente de absorção da superfície. Este toma o valor de 0,4, segundo a
cor clara do material das paredes e cobertura (tabela 33 do REH Light);
A op é a área da envolvente opaca (m2).
[ ]
❑ ❑
Qsol ,v =∑ ❑ I sol, j . ∑ ❑ F s , v . A s , v (kWh /ano) (17)
nj nj
j n
Em que:
38
● I sol, j
é a energia solar média incidente numa superfície com orientação j
durante toda a estação de arrefecimento (kWh/m 2), em que o valor é retirado
da tabela 18 do REH Light;
● A s , v é a área efetiva coletora de radiação solar da superfície do elemento n
nj
L
∫ ¿ . A p . 1000
v
(kWh/ano)
(18)
Q∫ , v =q ¿
Em que:
● Lv , é a duração da estação de arrefecimento que é igual a 2928 horas;
4.13.1. Inverno
39
Em que:
Qtr ,i é a transferência de calor por transmissão;
Qve ,i é a transferência de calor por renovação de ar (ventilação);
Qgu ,i são os ganhos totais úteis de Inverno;
40
1−γ a a 1
ηi = a +1
, se γ ≠ 1 e γ >0 ; , se γ=1 ; , se γ < 0 (25)
1−γ a+1 γ
Sendo que:
Qg
● γ= ;
Q tr +Q ve
● a é o parâmetro que traduz a influência da classe de inércia térmica. Este
valor depende da inércia do edifício, que pode ser fraca, média ou forte. Neste
caso é de inércia forte.
No anexo II apresentam-se todos os cálculos relativos às necessidades nominais anuais
de energia útil de Inverno.
4.13.2. Verão
( 1−ηv ) . Qg , v
N vc = ( kWh/m2) (26)
Ap
Em que:
● ηv é o fator de utilização dos ganhos térmicos na estação de Verão (pág. 49
do REH Light);
● Qg , v são os ganhos térmicos brutos na estação de arrefecimento (kWh) ;
H ve=H tr , i . H ve , i( W /° C ) (27)
H tr . ( θrev ,f −θ v, ext ) . L v
Qtr , v = (kWh /ano) (28)
1000
Em que:
● θref , v é a temperatura de referência para o cálculo das necessidades de
energia na estação de Verão, igual a 25 °C;
41
● θv , exté a temperatura média do ar exterior para a estação de arrefecimento
(˚C) (tabela 18 do REH Light).
N tc =N t , ic + N t , vc + N t , AQSc (31)
Em que:
● N t , ic são as necessidades nominais anuais globais de energia primária para a
estação de Inverno;
● N t , vc são as necessidades nominais anuais globais de energia primária para a
estação de Verão;
● N t , AQSc são as necessidades nominais anuais globais de energia primária
para produção de AQS.
42
Esta avaliação das necessidades visa determinar a classe energética do edifício. Este é
determinada através do rácio entre o valor das necessidades nominais anuais de
energia primária e o valor limite regulamentar para as necessidades nominais anuais
de energia primária. Para o caso em estudo e seguindo o procedimento de cálculo que
+¿¿ N tc
se apresenta de seguida, obteve-se uma classe energética A , Rnt = = 0,16 <
Nt
0,25.
4.14.1. Inverno
f i , k . N ic
( )
❑ ❑
N t , ic=∑ ❑ ∑❑ . F pu , j ( kW h EP /m2 . ano ) (32)
j k ηk
Em que:
● f i , k é a parcela das necessidades de energia útil para aquecimento supridas
pelo sistema k;
● ηk é a eficiência do sistema k. Este é determinado com recurso à tabela 7 do
REH Light;
● F pu , j é fator de conversão para energia primária de acordo com a fonte de
energia do tipo de sistemas de referência utilizado (kWh EP/kWh). Toma o valor
de 2,5 para eletricidade.
4.14.2. Verão
f v , k . ∂ . N vc
( )
❑ ❑
N t , vc =∑ ❑ ∑❑ . F pu , j ( kW h EP /m2 . ano ) (33)
j k ηk
Em que:
● f v ,k é a parcela das necessidades de energia útil para aquecimento supridas
pelo sistema k;
● ∂ é igual a 1.
43
Qa
Em que:
❑
N t , AQSc=∑ ❑
j
( ❑
∑❑
k
f a, k .
ηk
Ap
) . F pu, j ( kW hEP /m 2 . ano )
(34)
ano
kWh
¿ (35)
M
( AQS .4187 . ∆ T .η d )
Q a= ¿
3600000
Sendo que:
● M AQS é o consumo medio diário (l), que se calcula de acordo com a seguinte
expressão: M AQS=40. n . f eh ( l ) . Em que n é o número convencional de
ocupantes da fração autónoma e f eh é o fator de eficiência hídrica, que toma
o valor de 1;
● ∆ T é o aumento da temperatura necessária para a preparação das AQS;
● ηd é o número anual de dias de consumo de AQS de edifícios residenciais.
Este toma o valor de 365 dias.
Apresentam-se no Anexo IX todas as tabelas referentes às necessidades anuais
nominais de energia primária de Verão, de Inverno e de AQS, como também os cálculos
da classe energética do edifício.
44
5. Projeto de acústica
Nos últimos anos, tem-se desenvolvido uma crescente preocupação com o conforto e
qualidade de vida, que no caso da construção, tem-se traduzido na publicação de
Diretivas e Normas Europeias de modo a implementar regras que permitam o
enquadramento do que se considera atualmente as condições mínimas de conforto
acústico na conceção de edifícios. Atualmente, em Portugal, a regulamentação em
vigor para a prevenção e controlo do ruído e para o conforto acústico no interior dos
edifícios é o Regulamento Geral do Ruído (RGR) e o Regulamento dos Requisitos
Acústicos dos Edifícios (RRAE).
Com esta regulamentação pretende-se minimizar o problema da poluição sonora e
poluição acústica, particularmente em centros urbanos. De modo a atenuar as
consequências destes tipos de poluição, pretende-se a diminuição da intensidade
sonora dos ruídos, o tratamento dos meios de transmissão e para casos particulares,
como locais de trabalho, onde o ruído é elevado, deve-se equipar os recetores com
proteção. No entanto, no que diz respeito à acústica aplicada a edifícios, trabalha-se
sobretudo nos meios de transmissão, isto é, atua-se principalmente na restrição do
campo de propagação.
Na elaboração do projeto de acústica, deve ser feita a verificação dos requisitos
acústicos previstos na regulamentação, sendo que esta avaliação deverá ser efetuada
para os sons de condução aérea, assim como para os sons de percussão, de modo a
garantir o bem-estar dos habitantes. De referir que é sempre exigida a verificação em
obra da conformidade do projeto de acústica, através da realização de ensaios
acústicos.
A acústica é a ciência que trata do estudo do som, que varia com o meio de
propagação, e a relação com o ser humano. Assim, de modo a poder definir o limite
máximo para a intensidade sonora para existam condições de conforto.
A gama de som audível pode ser representada através da variação de frequência entre
20 Hz e 20 kHz e em amplitude entre uma pressão mínima de 20 μ Pa e uma
pressão máxima de 20 Pa. De modo a poder caracterizar a intensidade sonora
representatividade, recorre-se a uma escala logarítmica, que indica o nível de pressão
sonora.
Para o projeto de acústica, por norma o dimensionamento é feito em função de dois
tipos sons, os sons de condução aérea e os sons de percussão.
Este tipo de som tem origem na excitação das partículas do ar, sendo transmitido aos
compartimentos através das paredes e do pavimento. Existem essencialmente dois
45
tipos de transmissão, a transmissão direta, que ocorre quando existe um elemento de
separação comum entre os dois compartimentos, e a transmissão secundária ou
marginal, que se realiza através dos elementos adjacentes ou laterais, contornando
assim o elemento de separação comum.
Os requisitos acústicos estabelecidos para os sons de condução aérea, de acordo com o
DL n.º 96/2008 (RRAE), são definidos a partir de dois índices:
Índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea entre o exterior do
edifício e quartos ou zonas de estar dos fogos, D2 m,nT ,w .
Índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea, entre compartimentos
de um fogo, como locais emissores, e quartos ou zonas de estar de outro fogo,
como locais recetores, D nT , w .
Segundo o RRAE, os requisitos a cumprir são os seguintes para o edifício em estudo,
considerando que este situa-se numa zona mista são:
D2 m ,nT ,w ≥33 𝑑� (−3𝑑�), para paramentos verticais das zonas de estar e
quartos do fogo que façam fronteira com o exterior;
D2 m ,nT ,w ≥ 40 𝑑� (−3𝑑�), para paramentos verticais das zonas de estar e
quartos que façam fronteira com os locais de circulação vertical;
DnT , w ≥ 50 𝑑�, para paramentos horizontais, entre compartimentos de outro
fogo e quartos ou zonas de estar do fogo em estudo.
Os (-3 dB) deve-se ao número 7 do artigo 12 do DL nº 9/2007 (RGR), de acordo com o
que é referido em iii), n.º 1, do artigo 5.º do DL n.º 96/2008 (RRAE).
Os sons de percussão, por sua vez, têm origem na excitação das partículas do meio
sólido, causadas pela ação de impacto ou vibração. A transmissão de sons de percussão
entre dois locais, analogamente à transmissão de sons de condução aérea, depende
das transmissões directas através do elemento de separação directo (o que ocorre
quando o pavimento onde se dá a percussão é sobrejacente ao compartimento
receptor sob análise) assim como das transmissões secundárias, através dos elementos
adjacentes. Assim os requisitos acústicos de percussão são avaliados por um índice,
imposto no RRAE:
Índice de isolamento sonoro a sons de percussão proveniente de uma
percussão normalizada sobre pavimentos dos outros fogos ou de locais de
circulação comum do edifício (emissão) L'nt , w .
Segundo o mesmo regulamento, para o caso em estudo, é necessário que o L'nt , w
cumpra o seguinte requisito:
'
Lnt , w ≤ 60 dB , para paramentos horizontais, entre zonas de circulação comum
e compartimentos de outro fogo e quartos ou zonas de estar do fogo em
estudo.
46
5.4. Verificação em fase de Projeto
Para o cálculo do índice do isolamento sonoro aos sons de condução aérea, recorre-se
à seguinte expressão:
V
D 2 m,nt ,w =R w +10. log log (
S . T 0 .6,25 )
[ dB ] (5 .1)
Sendo que:
- Rw é o índice de isolamento (dB), sem considerar a transmissão marginal;
- V é o volume do compartimento em análise [m³];
- S é área do elemento em análise [m²];
- T 0 é tempo de reverberação de referência, adota-se 0,5 s.
Figura 5. Excerto do Quadro 22, do ITE 12, de onde retirou-se a massa superficial para o paramento vertical exterior.
47
Assim, é possível determinar o valor do índice de isolamento, para cada elemento
opaco. Este índice é calculado de acordo com as expressões:
{R500 Hz =13,2. log log ( m ) +13,8 m≤ 200 kg /m² R500 Hz =14,3. log log ( m ) +11 m>200 kg /m ²(5 .3)
Rw ≈ R 500 Hz +4 [ dB ] (5.4 )
No caso de elementos compostos, isto é, para paramentos verticais com mais do que
um elemento (sendo que cada elemento tem uma constituição diferente, por norma
diferencia-se os elementos opacos dos elementos envidraçados), é necessário
determinar um Rw ponderado, que tenha em conta o Rw dos elementos opacos
e dos vãos envidraçados. Assim, para obter o Rw ponderado utiliza-se a seguinte
expressão:
❑
( )
∑ ❑ Si
i
Rw =10. log
❑ RWi
[ dB ] (5 .5)
( )
∑ ❑ Si .10 10
Para elementos que possuam este tipo de grelhas, o valor de D2 m ,nt ,w deve ser
adaptado, usando, portanto, a seguinte expressão:
( )[
−D2 m,nt ,w ❑ −DnT ,e ,w ,i
Neste tipo de casos, onde 60% ou mais da fachada é constituída por um vão
envidraçado, é essencial acrescentar o termo de correcção adequado. Portanto, neste
caso acrescentou-se o termo de correcção associado ao ruído de tráfego, Ctr .
Assim, o índice de isolamento sonoro para elementos compostos, D2 m ,nt ,w , passa a
ser calculado de acordo com a expressão (5.8):
D2 m ,nt ,w ( Ctr ) =D2 m ,nt , w + (−5 ) [ dB ] (5.8)
48
Nos paramentos verticais 4.E.5. – N e 4.E.6. – N foram utilizadas janelas de abrir com
vidro duplo, 6+4 mm e caixa de ar de 10 mm, com razoável vedação de frinchas (
Rw =30 dB ¿ e no paramento vertical 4.E.2 – S foi utilizada uma janela de correr com
vidro duplo de 6+4 mm e caixa de ar de 16 mm, com boa vedação de frinchas
(Rw =32 dB) .
Tabela 47. Índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea em paramento vertical.
49
Tabela 48. Índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea em paramentos horizontais.
50
5. Bibliografia
NP 1037-1 (2015) - Ventilação de edifício com ou sem aparelhos a gás – Parte 1:
Edifícios de habitação – Ventilação natural. Instituto Português da Qualidade. Caparica.
REH Light (2016), Aelenei, D., Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Ciência
e Tecnologia - UNL.
51
6. Anexos
52
Anexo 1 Esquema de Ventilação – Piso 1 e Piso 2 (3 e 4)
53
Anexo 2 Grelhas de passagem de ar interior
54
Anexo 3 Condutas de evacuação de ar para o exterior
55
Anexo 4 Esquentador Click
56
Esquentador Click! HDG 2Click! HDG 2 (WRDG)
O Esquentador Click! HDG 2 é um esquentador compacto de exaustão natural, cuja ignição é
efetuada com recurso ao sistema HDG. Desenvolvido e patenteado pela Vulcano, o
hidrogerador doméstico mais pequeno do mundo garante a ignição do aparelho sem recurso a
baterias. A estas inovadoras características, acrescenta um novo design moderno e
funcional, com destaque para a chapa de marca em relevo, e um prático display digital com
tecnologia LCD (Liquid Crystal Display - ecrã de cristais líquidos):
• Permite visualizar a temperatura da água quente, de forma imediata e precisa;
• Facilita o diagnóstico, facultando instantaneamente os códigos de anomalias.
O Click! HDG 2 possui o novo queimador Vulcano full-premix que permite reduzir a
temperatura de combustão, conseguindo chegar aos níveis mais baixos de emissões de
NOx.
GAMA CLICK! HDG 2GAMA CLICK! HDG 2 WRDWRD 14-4 G 14-4 G
Escala ErP A+ → F
Perfil de Consumo L
Aumento de Temperatura ºC 50
Aumento de Temperatura ºC 25
Consumo de gás
Dimensões
Altura mm 655
Largura mm 425
Profundidade mm 235
57
Peso (sem tubagem) kg 14.2
58
Anexos – Projeto de Térmica
59
Anexo 5
60
Anexos – Projeto de Acústica
61
Anexo 6
62