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Duelo de redes neurais, embriões artificiais, inteligência artificial na nuvem. Desde 2001, a MIT
Technology Review faz uma lista anual dos principais avanços tecnológicos que vão afetar
profundamente a vida das pessoas.
Impressão 3D de metais
A impressão 3D já existe há décadas, mas ainda é mais usada como hobby ou para a produção
de protótipos. E imprimir qualquer coisa que não fosse plástico – especialmente metal – era caro
e demorado. Agora, contudo, o preço está caindo e a impressão está se tornando tão mais fácil
que pode ser usada de forma mais prática na produção de itens. Se for amplamente adotada,
isso pode mudar o modelo de produção industrial.
No curto prazo, diz o MIT, as indústrias não precisarão mais manter grandes estoques. No longo
prazo, grandes fábricas que produzem em massa uma quantidade limitada de peças podem ser
substituídas por plantas menores com maior variedade de produtos e que possam se adaptar às
necessidades dos consumidores.
Embriões artificiais
Em um avanço que redefine a forma como a vida é criada, embriologistas da Universidade de
Cambridge conseguiram criar embriões de ratos usando apenas células-tronco de outro
embrião, sem óvulo ou espermatozoide algum. Os pesquisadores colocaram as células em um
molde tridimensional e elas começaram a se comunicar e a se alinhar, tomando a forma de um
embrião de vários dias. “Nós sabemos que o potencial das células-tronco é mágico. Mas não
sabíamos que elas podem se organizar de forma tão bonita e tão perfeita”, afirmou Magdelena
Zernicka-Goetz, líder do time de pesquisa. Ela afirma que os embriões sintéticos provavelmente
não poderiam se tornar um rato no futuro, mas o feito dá uma dimensão de que pode ser
possível criar mamíferos dessa forma. O próximo passo é criar um embrião usando células-
tronco humanas, em um processo de pesquisa que já foi iniciado nas universidades do Michigan
e de Rockefeller. Isso vai ajudar os cientistas a entenderem o processo de diferenciação das
células.
Cidades sensíveis
Vários projetos de cidades inteligentes estão atrasados, reduziram os seus objetivos ambiciosos
ou excluíram todos que não são ricos. Mas um projeto em Toronto, chamado Quayside,
pretende mudar esse histórico de fracassos nas tentativas de repensar o urbanismo. O Sidewalk
Labs, da Alphabet, está colaborando com o governo canadense no projeto. Um dos objetivos
dele é basear as decisões sobre design, política e tecnologia em dados de uma extensa rede de
sensores, que recolheram informações sobre a qualidade do ar, o nível de ruídos e as atividades
das pessoas. O projeto prevê que todos os veículos serão autônomos e compartilhados. Robôs
irão caminhar no subsolo para fazer coisas como entregar cartas. E todos os softwares e sistemas
serão abertos, para que as pessoas possam criar outras soluções em cima da ferramenta.
A usina coloca o gás carbônico produzido na queima do gás natural em uma câmara de alta
pressão e alta temperatura. O fluido que resulta desse processo é usado para movimentar uma
turbina. Dessa forma, a maior parte do dióxido de carbono poderia ser reciclada continuamente.
Privacidade online
Uma ferramenta de privacidade vai permitir que o usuário prove que tem mais de 18 anos sem
revelar sua data de nascimento, ou que tem dinheiro o suficiente para fazer uma transação
financeira sem precisar compartilhar detalhes de sua conta bancária. Isso limita o risco de roubo
de identidade. Trata-se de um protocolo criptografado conhecido como prova de conhecimento
zero.
Para os bancos, essa tecnologia pode ser uma forma de usar o blockchain em sistemas de
pagamentos sem sacrificar a privacidade dos clientes, por exemplo.
Adivinhação genética
Após anos de enormes estudos genéticos – alguns dos quais envolveram mais de um milhão de
pessoas – a ciência comprovou que a maioria das doenças mais comuns, comportamentos e
traços de personalidade são ditados pelos genes. Os cientistas estão criando uma “análise de
risco poligênica”. Apesar de os testes de DNA oferecerem probabilidades, e não diagnósticos,
eles podem ajudar a medicina. Por exemplo, se uma mulher tem mais chances de desenvolver
câncer de mama, precisa fazer exames com mais frequência do que uma com pouco risco de ter
essa doença. As farmacêuticas também podem usar essa análise para desenvolver remédios
preventivos para doenças como Alzheimer ou problemas cardíacos. Escolhendo voluntários com
maiores chances de ter a doença específica, os pesquisadores podem avaliar os testes de forma
mais precisa.
O problema é que as previsões não são perfeitas. Quem quer realmente saber se pode
desenvolver Alzheimer? E se uma pessoa com baixo risco de câncer deixar de fazer os exames
periódicos e acabar com a doença? Outra questão controversa é que a análise de genes pode
prever qualquer traço, não apenas doenças. Por exemplo, pode prever cerca de 10% do
desempenho de uma pessoa em testes de QI. Como os pais e educadores irão usar esse tipo de
informação para a educação das crianças?