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POSIÇÕES SECUNDÁRIAS OU RITUALÍSTICAS

PRIMEIRA POSIÇÃO SECUNDÁRIA - Linha de Oxalá

Médiuns puros de Oxalá não vibram (não recebem incorporação), são utilizados no terreiro,
pelo dirigente espiritual como colunas ou seguranças de trabalho, os chamados Médiuns
de Firmeza. Esta posição consiste em o médium ficar ereto, mãos caídas ao longo do
corpo, palmas das mãos voltadas para as pernas e pés unidos pelos calcanhares.

SEGUNDA POSIÇÃO SECUNDÁRIA - Linha das Senhoras

PARA OXUM: Braços à frente do tórax, palmas das mãos voltadas para baixo, fazendo
um leve movimento de remadas.

PARA IEMANJÁ: Braços à frente do tórax, palmas das mãos voltadas para cima, como se
estivessem segurando dois copos com agua, fazendo leve movimento semi rotativo.

PARA IANSÃ: Levantamento do braço direito, mão espalmada para a frente à altura da
cabeça, fazendo um movimento de leque e a mão esquerda, segurando a parte inferior da
vestimenta do médium (saia ou calça).

PARA NANÃ: Espinha dorsal recurvada para frente, braços estendidos para baixo, palmas
voltadas para dentro, fazendo leve movimento de gangorra com os braços que por sua vez
alternarão os braços.

TERCEIRA POSIÇÃO SECUNDÁRIA: Ibeji (Criança)

Esta Posição, consiste no levantamento das braços à altura da cabeça, com os indicadores
em riste, como se estivesse carregando duas velas.

QUARTA POSIÇÃO SECUNDÁRIA: Xangô

Esta posição consiste, na colocação dos dois braços paralelos sobre o tórax, punhos
fechados, dando aos mesmos leve movimento de retração.

QUINTA POSIÇÃO SECUNDÁRIA: Ogum

Esta posição consiste no levantamento do braço direito semi vertical, com a mão espalmada
para o lado do corpo, como se tivesse utilizando-a à guisa de espada; o braço esquerdo,
cruzando a frente do tórax, como que segurando um escudo.

SEXTA POSIÇÃO SECUNDÁRIA: Oxoce


Esta posição consiste em manter os dois braços à frente do corpo, como se estivesse
utilizando Arco e Flecha, sendo o braço esquerdo à frente (Arco) e o direito recuado
(Flecha), fazendo o movimento de quem caça.

SÉTIMA POSIÇÃO SECUNDÁRIA: Pretos Velhos

Esta posição consiste no encurvamento acentuado da espinha dorsal, segurando o médium,


com ambas as mãos, a parte inferior da indumentária (saia ou calça).

Nestas posições secundárias, os médiuns, com ligeiros movimentos dos pés, balanceando o
corpo, acompanhando o ritmo do ponto cantado, estarão facilitando a incorporação das
Entidades afins das respectivas linhas, exetuando-se a 1a Posição Secundária ou seja,
Médiuns de Oxalá, que não recebem vibrações incorporativas.

Estas 7 Posições Secundárias, são as que, com ligeiras variações, serão usadas pelas
Entidades de cada linha, incorporadas nos médiuns. Por essa razão, na maior parte dos
terreiros, usa-se constantemente as mesmas sob o nome de Pé de dança.

Gestos ritualísticos

Em todos os movimentos filos-religiosos, sem distinção, a utilização de


gestos ou posições ritualísticas é uma prática. Dos mais simples aos mais
complexos, eles fazem parte dos ritos, que sejam de caráter litúrgico até
os de simples pedidos pessoais.

Apesar de muitos não compreenderem exatamente o que significa o


termo dogma, a de se considerar que a Umbanda, através do Movimento
Umbandista, é dogmática em vários aspectos, visando, sob a sua ótica, o
máximo aproveitamento dos esforços realizados em seus ritos, quer
sejam de ordem individual, quer sejam de ordem coletiva.

Compreende-se que para cada ação em específico, há um gesto


ritualístico em específico, visto que na movimentação, irradiação ou
absorção de energias, os gestos proporcionam o direcionamento e os
pontos de recepção das energias sutis, de acordo com cada propósito,
visando a sua eficiência e eficácia.

As posições, que a princípio podem parecer desnecessárias, na realidade


proporcionam os seus aspectos físicos e astrais quer sejam o de
disciplina em si, bem como predispõe o psiquismo a uma sintonia com as
vibrações afins ao propósito daquele momento.
Gesto de vibração cruzada
Esta posição, "defensiva", é utilizada considerando dois
aspectos: a proteção do indivíduo e a ma
nutenção das energias. Por um lado, o indivíduo mantém as
palmas de suas mãos protegidas e bloqueadas, evitando que
haja a saída e entrada de fluxos através das delas, bem
como, neste gesto, protege o plexo solear, que é o
intermediário entre os plexos alinhados com os alinhados
com os pensamentos e sentimentos e os plexos alinhados
com os instintos e sensações. Este gesto pode e deve ser
utilizado nos momentos antecedentes aos ritos, bem como
no próprio dia-a-dia, pois estamos, sempre, abertos à
recepção e irradiação de energias, mesmo que
involuntariamente, além de proporcionar uma postura de
concentração.

Gesto litúrgico
Humildade, pedido e motivação. Neste gesto, através de sua
simbologia, traduz-se através da posição de joelhos a
"submissão" aos Seres Astrais superiores; através das mãos
espalmadas para o alto, o pedido para a atuação destas
forças; e, na composição, a predisposição para o início de
uma ação. Através deste gesto ritualístico, cria-se a
disposição para a realização de esforços. Este gesto ou
posição, normalmente é utilizado nos momentos
precedentes aos trabalhos de caridade ou de
desenvolvimento.

Gesto para prece


Em pé ou de joelhos (ambos no chão), utiliza-se este gesto
ritualístico para a realização de preces, principalmente
individuais, visando a louvação, agradecimento e pedidos.
O fato das mãos estarem juntas trazem o equilíbrio entre o
"dar e receber".

Gesto para pedidos


Por si só se explica.
Gesto para vibração direta
Esta posição é para a irradiação de energias. Normalmente,
individualmente ou em grupo, o indivíduo exerce uma
canalização de energias através da ponta de seus dedos (que
têm as suas correspondências com os plexos). Nesta
posição, as energias de polaridade positiva, provenientes
através sua "Coroa" e as energias de polaridade negativa,
provenientes através de seus pés, misturam-se através de
seu corpo astral, projetando-se sobre a pessoa que está
sendo beneficiada nesta irradiação. Este gesto ritualístico
utiliza-se com o direcionamento para apenas uma pessoa.

Gesto para vibração indireta


Esta posição é para a irradiação de energias. Considerando
que recebemos através da mão esquerda e damos através da
mão direita, aplica-se este gesto ritualístico para a
irradiação de energias para um grupo de pessoas. Assim,
está sendo "captada" a energia do "alto" e irradiando para
aqueles que a necessitam. Nas giras de caridade,
recomenda-se que o grupo de pessoas assistidas fiquem no
centro de um círculo formado pelos integrantes da corrente
para a irradiação conjunta.

Gesto para vibração com Yorimá(Preto Velho)

Nesta posição, proporciona a precipitação dos fluxos sutis


sobre o Chacra Básico, fundamental para o equilíbrio
energético. O círculo formado com os polegares e dedos
indicadores deverão estar direcionados para este Chacra, a
partir do ponto de emissão da irradiação. Não havendo um
ponto específico de ordem litúrgica (Congá, por exemplo),
o indivíduo deverá estar de frente para o cardeal norte ou
leste, recebendo os fluxos de Yorimá.

Gesto para vibração com Yori(Criança)


Nesta posição, proporciona a precipitação dos fluxos sutis
sobre o Chacra Cardíaco, fundamental para o equilíbrio
energético e harmonia dos sentimentos. O triângulo
formado com os polegares e dedos indicadores deverão
estar direcionados para este Chacra, a partir do ponto de
emissão da irradiação. Não havendo um ponto específico
de ordem litúrgica (Congá, por exemplo), o indivíduo
deverá estar de frente para o cardeal nordeste, norte ou
leste, recebendo os fluxos de Yori.
Gesto para vibração com Caboclos
Nesta posição, proporciona a precipitação dos fluxos sutis
sobre o Chacra Frontal, fundamental para o equilíbrio
energético e harmonia dos pensamentos. O triângulo
formado com os polegares e dedos indicadores deverão
estar direcionados para este Chacra, a partir do ponto de
emissão da irradiação. Não havendo um ponto específico
de ordem litúrgica (Congá, por exemplo), o indivíduo
deverá estar de frente para o cardeal leste, sudeste, sul,
sudoeste e oeste, recebendo os fluxos de Oxossi, Orixalá,
Xangô, Yemanjá e Ogum, respectivamente.

Gesto para saudação


aos Exús

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