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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL


CURSO DIREITO
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO DIREITO 1º PERÍODO.

O Martelo das Bruxas, Malleus Maleficarum, tem como autor principal


Heinrich Kraimer, um dos maiores inquisidores do período medieval.
Convencido que o número de bruxas aumentava e que a influência de Satã
estava aumentando na Europa, escreveu o Martelo das Bruxas, com intuito de
sistematizar os meios de perseguições às bruxas, que se apresenta em três
partes: a primeira explicava de forma filosófica e argumentativa como provar a
existência das bruxas; a segunda explicava como o clero conseguiria
reconhecer os atos de bruxaria praticados, bem como seus autores em suas
comunidades; a terceira era um manual jurídico para acusar e condenar as
mulheres tidas como bruxas a pena de morte.
A obra contou com todo apoio do Pontífice com autorização da Bula
Papal, não se restringiu apenas a Alemanha, local de origem do inquisidor,
mas se expandiu após sua publicação se espalhando muito rápido por toda a
Europa, se tornando a bíblia dos inquisidores da caça as bruxas.
Sem sombra de dúvidas, foi um dos mais sórdidos e infame livro já
publicado na história, onde seu autor demonstrava um tamanho desequilíbrio
psicológico dado ao seu conteúdo, levando a incorrer perseguições implacáveis
as mulheres de forma injusta. Percebe-se que as práticas descritas no Martelo
das Bruxas se tornaram comuns e as pessoas eram influenciadas a
denunciarem e a fazerem coisas terríveis promovendo ódio e intolerância, pois
a maioria dos que liam o livro passavam a acreditar em bruxas e nos atos de
bruxaria por elas praticadas, com isso, mulheres que tinham talento com
manuseio de ervas, afim de tratamento e cura de doenças, ou algum fenômeno
natural que acontecesse acreditando ser por ato de bruxaria praticado pela
mulher, estas eram levadas a julgamentos onde não tinha-se direito nem a
defesa, sendo interrogadas e torturadas até confessarem a culpa, e acabavam
confessando, mesmo sendo inocentes por não haver outra forma de alívio.
Quando isso ocorria eram condenadas à morte com atos hediondos de
enforcamento ou queimadas vivas, dessa forma, a crueldade e a injustiça eram
disseminadas e qualquer um que defendesse ou expressasse dúvidas em
relação ao julgamento eram suspeitos gerando pânico e controle social.
Infere-se que as mulheres nesta época eram consideradas seres
inferiores e tinham como forte justificativa a sexualidade feminina, consideradas
muito mais emotivas, por isso, não conseguiam se conter ficando abertas ao
controle de satanás ou tidas como um símbolo do mal, ou seja, quando não
eram um modelo que se comportavam conforme o previsto, não sendo
contidas, eram consideradas bruxas e hereges.
Concluindo, podemos afirmar que, se faz necessário um olhar crítico e
analítico de toda e qualquer informação antes de disseminá-la, visto que
Malleus Maleficarum levou mais de 60 mil vítimas à morte.

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